Êx. 20.1-4
Introdução: O padrão da lei moral consistia em orientar o
comportamento do povo de Israel dentro das normas estabelecidas e promulgadas
por Deus através dos dez mandamentos. A lei moral envolve regras que devem
predominar na conduta do indivíduo para que as suas tendências sejam
convenientes na vida individual e social; aptidões estas que constituem o
padrão moral de cada um.
Imagine a seguinte
situação: Você é intimado a comparecer
perante um tribunal, acusado de violar leis que podem condená-lo à prisão.
Durante o julgamento, no momento de sua defesa, você argumenta ao juiz que não conhecia aquela determinada lei e, portanto não sabia daquele crime e que finalmente devia ser considerado inocente.
No fim do julgamento, você recebe a notícia que foi condenado culpado baseado no artigo 3º da lei 4.657 (Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro) que diz: "Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece"!
Se como cidadãos de nosso país temos a obrigação de conhecer e obedecer às leis vigentes, o que dizer de nossas obrigações com a Lei Divina?.
Durante o julgamento, no momento de sua defesa, você argumenta ao juiz que não conhecia aquela determinada lei e, portanto não sabia daquele crime e que finalmente devia ser considerado inocente.
No fim do julgamento, você recebe a notícia que foi condenado culpado baseado no artigo 3º da lei 4.657 (Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro) que diz: "Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece"!
Se como cidadãos de nosso país temos a obrigação de conhecer e obedecer às leis vigentes, o que dizer de nossas obrigações com a Lei Divina?.
A LEI E SEUS PROPÓSITOS
1-Lei
Moral (Êx). 20.3-17
·
Satanás agiu apressadamente e ardilosamente para
prejudicar a ação divina na entrega da lei e, isso foi notório quando o povo
impaciente com a demora de Moisés em descer do monte, se inclinou fazer uma
festa idólatra.
·
Quando Moisés desceu e se deparou com a terrível
cena quebrando as tábuas da lei, certamente Satanás se sentiu vitorioso, porém
o que ele não esperava é que Deus iria reescrever a lei com novas tabuas.
·
A LEI MORAL FOI
PROMULGADA PARA CONDUZIR ISRAEL PELOS PRECEITOS DIVINOS - Deuteronômio 9.9 Subindo eu ao monte a receber as tábuas de
pedra, as tábuas da aliança que o Senhor fizera convosco, então fiquei no monte
quarenta dias e quarenta noites; pão não comi, e água não bebi.
·
Enquanto Moisés jejuava por quarenta dias e noites
no Monte Sinai em total santidade, pois o lugar que pisava era terra santa pela
presença de Deus, o povo festejava sem qualquer preocupação com o que se
passava ali no monte.
·
Visto que
Moisés demorou no monte além daquilo que os hebreus julgavam convenientes e
isso motivou a sua rebeldia ao ponto de se entregaram a uma terrível e profana
idolatria, tendo Arão cooperado para o triste incidente.
·
Os israelitas tinham acabado de chegar do Egito, uma
terra de muitos ídolos e deuses.
·
Porque cada deus representava um aspecto diferente
da vida, era comum adorar muitos deuses a fim de conseguir o número máximo de
benção.
·
Hoje não são diferentes,
muitas pessoas frequentam variadas igrejas (congregações), para obter um numero
maior de bênçãos.
·
Lei Moral Êxodo 20-Também conhecida como
"Os 10 mandamentos" ou "Decálogo" é a expressão do caráter
de Deus e foi escrita pelo dedo de Deus em duas tábuas de pedra que foram
entregues a Moisés.
2-Lei
Civil
·
Lei Civil-Êxodo
21-22 - Conjunto de normas que regia o modo como os Hebreus viviam em comunidade.
Exemplo: Código criminal, política de comércio, regras de hospitalidade e
programas sociais.
·
Lei
de Saúde- Levítico 11 e Deuteronômio 14 - Conjunto de
orientações sobre cuidados com a saúde e higiene. Exemplo: Alimentos puros e
impuros, cuidados com doentes e mortos.
3-Lei Cerimonial
·
Lei
Cerimonial-Levítico 1-8 - Instruções sobre o Tabernáculo; suas cerimônias e
ofertas que apontavam para a futura morte expiatória de Cristo como Cordeiro de
Deus. Exemplo: Oferta pelo pecado.
·
Quando Cristo
morreu, cumpriu os simbolismos proféticos do sistema sacrifical, tipificados na
lei cerimonial. Estava profetizado que a morte do Messias faria "cessar o
sacrifício e a oferta de manjares" (leia Daniel 9:27).
·
Na morte de
Cristo, o véu do templo foi rasgado de alto a baixo, em duas partes, através de
meios sobrenaturais (Mateus 27:51), indicando o fim do significado
espiritual dos serviços do templo.
·
Na morte de Cristo,
a vigência da lei cerimonial chegou ao fim.
·
Embora tivessem
papel vital antes da morte de Cristo, as leis cerimoniais serviram a um
propósito temporário e foram concedidas ao povo de Deus até a vinda de Cristo
que morreria como verdadeiro Cordeiro de Deus. Seu sacrifício expiatório
providenciou perdão para todos os pecados.
·
Esse ato cancelou
"o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o
qual nos era prejudicial removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz" (Colossenses
2:13-15).
II
A PRESENÇA DO SENHOR
1- Tabernáculo (Êx. 25.8)
·
O Tabernáculo era à sombra de Jesus Cristo que perdoou os
pecados dos Israelitas e de todos quantos que creem nele.
·
Nosso Senhor era o verdadeiro possuidor do Tabernáculo. E Ele
era o Salvador que lançou fora os pecados de todo mundo de uma vez por todas, e
ao mesmo tempo, a própria oferta de sacrifício para toda a humanidade.
·
Embora o povo de Israel pecasse diariamente, impondo suas
mãos na cabeça do animal puro de sacrifício no pátio do Tabernáculo de acordo
com o sistema de sacrifício, eles podiam passar seus pecados sobre a oferta.
·
Isto é como qualquer um que cria no ministério dos sacerdotes
e na oferta de sacrifício dada de acordo com o sistema de sacrifício podia
receber a remissão de pecado, sendo lavado de seus pecados e se tornando alvo como
a neve.
·
Igualmente, crendo no
batismo e sacrifício de Jesus, a essência verdadeira do Tabernáculo, o povo de
Israel e os que entre nós que somos Gentios tem sido revestido da bênção de
remissão de todos os nossos pecados e de viver com o Senhor para sempre.
·
Não só os Israelitas, mas todos os Gentios também podem ser
libertos de todos os seus pecados só crendo em Jesus, o Senhor do Tabernáculo.
·
O Tabernáculo nos ensina o que o presente da remissão de
pecado que Deus deu a todo mundo representa.
·
Nós somos o templo (Tabernáculo) do Espírito Santo.
·
Nosso corpo é o Átrio, Nossa Alma Lugar santo, e nosso
espírito o santo dos santos.
·
O Espirito Santo, em comunhão com nosso espírito, impregna
nossa alma, que também impregnada pelo Espírito Santo impregna nosso corpo, e,
assim podemos dar bons testemunhos, pela nossa vida espiritual (espírito), nossos
pensamentos (nossa alma) e pelo nosso viver materialmente falando (corpo).
2-Sacerdócio
·
O propósito eterno de Deus exigiu que ele canalizasse toda a
humanidade para Jesus Cristo "Para
em todas as coisas [Cristo] ter a primazia" (Colossenses 1:18).
.
·
Por um lado, a lei foi designada para convencer o homem do
pecado e mostrar-lhe a necessidade de eliminar o seu pecado, porém essa lei foi
divinamente projetada para não conseguir providenciar tudo o que o homem
realmente necessitava.
·
A sabedoria de Deus
sabia que isso faria o homem ansiar por um sistema melhor.
·
Debaixo da lei mosaica, o povo ficava distanciado de Deus
pelos sacerdotes, os quais ficavam entre Deus e o homem.
·
O sacerdote era um
mediador que ensinava a lei, mas principalmente oficiava os cultos religiosos
dos israelitas. .
·
Os sacerdotes só podiam vir da tribo de Levi. No
entanto, o simples fato de alguém ser levita não fazia dele um sacerdote.
Para atuar como sacerdote, era necessário o chamado de Deus. "Ninguém,
pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como
aconteceu com Arão" (Hebreus 5:4).
·
Então, ser sacerdote
era uma honra especial, e os que desempenhavam essa função eram diretamente
chamados por Deus. Embora os demais levitas desempenhassem trabalhos
importantes na vida religiosa de Israel, não eram sacerdotes.
·
Louvemos a Deus pelo fato de que "nos constituiu
reino, sacerdotes" (Apocalipse 1:5) e que "a lei constitui
sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza, mas a palavra do juramento, que
foi posterior à lei, constitui o Filho, perfeito para sempre" (Hebreus
7:28). .
·
Na verdade, o sacerdócio do Antigo Testamento clamava por
algo melhor; e, no propósito eterno de Deus, o sacerdócio melhor estava por
vir. Somos eternamente gratos que "possuímos tal sumo sacerdote,
que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus, como ministro do
santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu não o homem"
(Hebreus 8:1-2).
3-Festas e Ofertas
·
Páscoa- Na Páscoa dos hebreus o povo celebrava a saída do Egito, da terra da
escravidão. O sangue de um cordeiro devia ser passado nos umbrais de suas
portas para identificar aqueles que tinham a promessa de Deus feita a Abraão.
Aquele sangue impediria que o anjo da morte executasse sua tarefa naquela casa
que era matar o primogênito. E este
dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas
gerações o celebrareis por estatuto perpétuo (Ex 12:14).
·
Pães Asmos-Esta
festa deve ser celebrada por toda uma semana e imediatamente após a Páscoa. -“Guardai pois a festa dos pães ázimos, porque naquele mesmo dia tirei
vossos exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis a este dia nas vossas
gerações por estatuto perpétuo” (Ex 12:17). “E aos quinze dias
deste mês é a festa dos pães ázimos do Senhor; sete dias comereis pães
ázimos” (Lv 23.6). Sete dias, uma semana completa, significa uma vida
toda. Uma semana significa uma existência completa. Jesus nos oferece a
possibilidade de vivermos toda a nossa vida livres da maldição do pecado.
·
Primícias – Cristo
foi feito as Primícias dos que dormem. Esta festa devia ser celebrada ao
seguinte dia do sábado, ou seja, no domingo (Lv 23:11). “Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra,
que vos hei de dar, e fizerdes a sua colheita, então trareis um molho das
primícias da vossa sega ao sacerdote. Ele moverá o molho perante o Senhor, para
que sejais aceitos; no dia seguinte ao sábado, o sacerdote o moverá” (Lv
23:10-11).
·
Pentecostes-Esta Festa é também chamada de Festa das Semanas ou Festa da Colheita.
Ao cumprir o Dia de Pentecostes, Jesus envia o Espírito Santo para revestir sua
Igreja de poder do alto para que ela seja testemunha do seu evangelho tanto em
Jerusalém, como na Judeia, Samaria e até aos confins da terra.
·
Trombetas - Esta
festa aponta para o futuro, para a volta do Senhor, o Arrebatamento da Igreja e
consequentemente o encerramento dos trabalhos da Igreja aqui na Terra. “Fala
aos filhos de Israel, dizendo: No sétimo mês, ao primeiro do mês, tereis
descanso, memorial com sonido de trombetas, santa convocação” (Lv 23:24).
·
Expiação - Jesus pagou o preço da nossa redenção, contudo nos ensina que para segui-lo
temos que tomar nossa cruz, renunciarmos a nós mesmos (sacrifício vivo).
·
Tabernáculos-Esta Festa aponta para o reinado milenar de
Jesus. É a mais importante Festa profética para a Igreja. Assim como a Festa
dos Pães Ázimos, esta festa dura toda uma semana, que significa um período de
tempo completo – um período milenar.
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Oferta pelos Pecados- Porque o pecado é uma
transgressão da lei – Da Lei divina. Do mesmo modo lemos: Quando uma alma pecar, pois não é pecado se, de um modo ou de outro,
não for uma ação da alma (Mq. 6.7) e é a alma que se fere com o pecado (Pv. 8.36).
·
Oferta pela culpa- A oferta pela culpa era um meio
de tratar o pecado cometido por ignorância. Era para aqueles que pecavam de
alguma maneira contra a “propriedade Sagrada”. Lv. (5.14).
·
Holocaustos- Por que existem tantas regras
detalhadas para cada oferta? O propósito de Deus era ensinar o seu povo um
estilo de vida totalmente novo, purificando–os das inúmeras práticas pagãs que
tinham aprendido.
·
Ofertas pacificas- O sacrifico pacifico era
dividido em três tipos, de acordo com seus propósitos, oferta de ação de
graça, voto e oferta voluntária. AÇÃO DE GRAÇA quando alguém queria
agradecer a Deus por recuperar-se de uma enfermidade; OFERTA DE VOTO era
oferecida quando em cumprimento de um voto e a OFERTA VOLUNTÁRIA não precisava
de motivo ou ocasião.
·
Oferta de manjares-A palavra
hebraica empregada para “oferta de manjares” é minchah. Significa uma dádiva feita a outro, de
ordinário, a um superior. Quando Caim e Abel apresentaram suas ofertas a Deus, segundo
se relata em Gênesis 4: 3 e 4 foi uma minchah que ofereceram. Assim também foi a
dádiva de Jacó e Esaú. Gen. 32:13.
III A
INCREDULIDADE DO POVO
1-Israel Vagueia
·
A incredulidade do povo Israelita produziu experiências margas e
dolorosas, pois a própria Palavra de Deus nos afirma obedecer é melhor do que
sacrificar.
·
Por essa incredulidade que uma geração foi dizimada no deserto, rumo à
cidade prometida.
2- Lições da Jornada
·
O povo de Israel aprendeu amargamente a obedecer a Deus, o deserto
serviu de escola para uma grande multidão de pessoas, recém-saídas do Egito
como coração ainda apegado as “coisas” do Egito, ídolos e deuses, e comidas a
eles oferecidas.
Pr. Carlos Borges(CABB)