domingo, 24 de abril de 2016

PEREGRINAÇÃO NO DESERTO


Êx. 20.1-4
Introdução: O padrão da lei moral consistia em orientar o comportamento do povo de Israel dentro das normas estabelecidas e promulgadas por Deus através dos dez mandamentos. A lei moral envolve regras que devem predominar na conduta do indivíduo para que as suas tendências sejam convenientes na vida individual e social; aptidões estas que constituem o padrão moral de cada um.
Imagine a seguinte situação: Você é intimado a comparecer perante um tribunal, acusado de violar leis que podem condená-lo à prisão.
Durante o julgamento, no momento de sua defesa, você argumenta ao juiz que não conhecia aquela determinada lei e, portanto não sabia daquele crime e que finalmente devia ser considerado inocente.
No fim do julgamento, você recebe a notícia que foi condenado culpado baseado no artigo 3º da lei 4.657 (Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro) que diz: "Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece"!
Se como cidadãos de nosso país temos a obrigação de conhecer e obedecer às leis vigentes, o que dizer de nossas obrigações com a Lei Divina?.

A LEI E SEUS PROPÓSITOS
1-Lei Moral (Êx). 20.3-17
·        Satanás agiu apressadamente e ardilosamente para prejudicar a ação divina na entrega da lei e, isso foi notório quando o povo impaciente com a demora de Moisés em descer do monte, se inclinou fazer uma festa idólatra.
·        Quando Moisés desceu e se deparou com a terrível cena quebrando as tábuas da lei, certamente Satanás se sentiu vitorioso, porém o que ele não esperava é que Deus iria reescrever a lei com novas tabuas.
·        A LEI MORAL FOI PROMULGADA PARA CONDUZIR ISRAEL PELOS PRECEITOS DIVINOS - Deuteronômio 9.9 Subindo eu ao monte a receber as tábuas de pedra, as tábuas da aliança que o Senhor fizera convosco, então fiquei no monte quarenta dias e quarenta noites; pão não comi, e água não bebi.
·        Enquanto Moisés jejuava por quarenta dias e noites no Monte Sinai em total santidade, pois o lugar que pisava era terra santa pela presença de Deus, o povo festejava sem qualquer preocupação com o que se passava ali no monte.
·         Visto que Moisés demorou no monte além daquilo que os hebreus julgavam convenientes e isso motivou a sua rebeldia ao ponto de se entregaram a uma terrível e profana idolatria, tendo Arão cooperado para o triste incidente.
·        Os israelitas tinham acabado de chegar do Egito, uma terra de muitos ídolos e deuses.
·        Porque cada deus representava um aspecto diferente da vida, era comum adorar muitos deuses a fim de conseguir o número máximo de benção.
·        Hoje não são diferentes, muitas pessoas frequentam variadas igrejas (congregações), para obter um numero maior de bênçãos.
·        Lei Moral Êxodo 20-Também conhecida como "Os 10 mandamentos" ou "Decálogo" é a expressão do caráter de Deus e foi escrita pelo dedo de Deus em duas tábuas de pedra que foram entregues a Moisés.


2-Lei Civil
·        Lei Civil-Êxodo 21-22 - Conjunto de normas que regia o modo como os Hebreus viviam em comunidade. Exemplo: Código criminal, política de comércio, regras de hospitalidade e programas sociais.
·        Lei de Saúde- Levítico 11 e Deuteronômio 14 - Conjunto de orientações sobre cuidados com a saúde e higiene. Exemplo: Alimentos puros e impuros, cuidados com doentes e mortos.
3-Lei Cerimonial
·        Lei Cerimonial-Levítico 1-8 - Instruções sobre o Tabernáculo; suas cerimônias e ofertas que apontavam para a futura morte expiatória de Cristo como Cordeiro de Deus. Exemplo: Oferta pelo pecado.
·        Quando Cristo morreu, cumpriu os simbolismos proféticos do sistema sacrifical, tipificados na lei cerimonial. Estava profetizado que a morte do Messias faria "cessar o sacrifício e a oferta de manjares" (leia Daniel 9:27).
·        Na morte de Cristo, o véu do templo foi rasgado de alto a baixo, em duas partes, através de meios sobrenaturais  (Mateus 27:51), indicando o fim do significado espiritual dos serviços do templo.
·        Na morte de Cristo, a vigência da lei cerimonial chegou ao fim.
·        Embora tivessem papel vital antes da morte de Cristo, as leis cerimoniais serviram a um propósito temporário e foram concedidas ao povo de Deus até a vinda de Cristo que morreria como verdadeiro Cordeiro de Deus. Seu sacrifício expiatório providenciou perdão para todos os pecados.
·        Esse ato cancelou "o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz" (Colossenses 2:13-15).

II A PRESENÇA DO SENHOR
1- Tabernáculo (Êx. 25.8)
·        O Tabernáculo era à sombra de Jesus Cristo que perdoou os pecados dos Israelitas e de todos quantos que creem nele.
·        Nosso Senhor era o verdadeiro possuidor do Tabernáculo. E Ele era o Salvador que lançou fora os pecados de todo mundo de uma vez por todas, e ao mesmo tempo, a própria oferta de sacrifício para toda a humanidade.
·        Embora o povo de Israel pecasse diariamente, impondo suas mãos na cabeça do animal puro de sacrifício no pátio do Tabernáculo de acordo com o sistema de sacrifício, eles podiam passar seus pecados sobre a oferta.
·        Isto é como qualquer um que cria no ministério dos sacerdotes e na oferta de sacrifício dada de acordo com o sistema de sacrifício podia receber a remissão de pecado, sendo lavado de seus pecados e se tornando alvo como a neve.
·         Igualmente, crendo no batismo e sacrifício de Jesus, a essência verdadeira do Tabernáculo, o povo de Israel e os que entre nós que somos Gentios tem sido revestido da bênção de remissão de todos os nossos pecados e de viver com o Senhor para sempre.
·        Não só os Israelitas, mas todos os Gentios também podem ser libertos de todos os seus pecados só crendo em Jesus, o Senhor do Tabernáculo.
·        O Tabernáculo nos ensina o que o presente da remissão de pecado que Deus deu a todo mundo representa.
·        Nós somos o templo (Tabernáculo) do Espírito Santo.
·        Nosso corpo é o Átrio, Nossa Alma Lugar santo, e nosso espírito o santo dos santos.
·        O Espirito Santo, em comunhão com nosso espírito, impregna nossa alma, que também impregnada pelo Espírito Santo impregna nosso corpo, e, assim podemos dar bons testemunhos, pela nossa vida espiritual (espírito), nossos pensamentos (nossa alma) e pelo nosso viver materialmente falando (corpo).
2-Sacerdócio
·        O propósito eterno de Deus exigiu que ele canalizasse toda a humanidade para Jesus Cristo  "Para em todas as coisas [Cristo] ter a primazia" (Colossenses 1:18).  .
·        Por um lado, a lei foi designada para convencer o homem do pecado e mostrar-lhe a necessidade de eliminar o seu pecado, porém essa lei foi divinamente projetada para não conseguir providenciar tudo o que o homem realmente necessitava. 
·         A sabedoria de Deus sabia que isso faria o homem ansiar por um sistema melhor.
·        Debaixo da lei mosaica, o povo ficava distanciado de Deus pelos sacerdotes, os quais ficavam entre Deus e o homem. 
·         O sacerdote era um mediador que ensinava a lei, mas principalmente oficiava os cultos religiosos dos israelitas.  .
·        Os sacerdotes só podiam vir da tribo de Levi.  No entanto, o simples fato de alguém ser levita não fazia dele um sacerdote.  Para atuar como sacerdote, era necessário o chamado de Deus.  "Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão" (Hebreus 5:4). 
·         Então, ser sacerdote era uma honra especial, e os que desempenhavam essa função eram diretamente chamados por Deus.  Embora os demais levitas desempenhassem trabalhos importantes na vida religiosa de Israel, não eram sacerdotes.
·        Louvemos a Deus pelo fato de que "nos constituiu reino, sacerdotes" (Apocalipse 1:5) e que "a lei constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza, mas a palavra do juramento, que foi posterior à lei, constitui o Filho, perfeito para sempre" (Hebreus 7:28).  .
·        Na verdade, o sacerdócio do Antigo Testamento clamava por algo melhor; e, no propósito eterno de Deus, o sacerdócio melhor estava por vir.  Somos eternamente gratos que "possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu não o homem" (Hebreus 8:1-2).

3-Festas e Ofertas
·        Páscoa- Na Páscoa dos hebreus o povo celebrava a saída do Egito, da terra da escravidão. O sangue de um cordeiro devia ser passado nos umbrais de suas portas para identificar aqueles que tinham a promessa de Deus feita a Abraão. Aquele sangue impediria que o anjo da morte executasse sua tarefa naquela casa que era matar o primogênito. E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo (Ex 12:14).
·        Pães Asmos-Esta festa deve ser celebrada por toda uma semana e imediatamente após a Páscoa. -“Guardai pois a festa dos pães ázimos, porque naquele mesmo dia tirei vossos exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis a este dia nas vossas gerações por estatuto perpétuo” (Ex 12:17). “E aos quinze dias deste mês é a festa dos pães ázimos do Senhor; sete dias comereis pães ázimos” (Lv 23.6). Sete dias, uma semana completa, significa uma vida toda. Uma semana significa uma existência completa. Jesus nos oferece a possibilidade de vivermos toda a nossa vida livres da maldição do pecado.
·        Primícias – Cristo foi feito as Primícias dos que dormem. Esta festa devia ser celebrada ao seguinte dia do sábado, ou seja, no domingo (Lv 23:11). “Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra, que vos hei de dar, e fizerdes a sua colheita, então trareis um molho das primícias da vossa sega ao sacerdote. Ele moverá o molho perante o Senhor, para que sejais aceitos; no dia seguinte ao sábado, o sacerdote o moverá” (Lv 23:10-11).
·        Pentecostes-Esta Festa é também chamada de Festa das Semanas ou Festa da Colheita. Ao cumprir o Dia de Pentecostes, Jesus envia o Espírito Santo para revestir sua Igreja de poder do alto para que ela seja testemunha do seu evangelho tanto em Jerusalém, como na Judeia, Samaria e até aos confins da terra.
·        Trombetas - Esta festa aponta para o futuro, para a volta do Senhor, o Arrebatamento da Igreja e consequentemente o encerramento dos trabalhos da Igreja aqui na Terra. “Fala aos filhos de Israel, dizendo: No sétimo mês, ao primeiro do mês, tereis descanso, memorial com sonido de trombetas, santa convocação” (Lv 23:24).
·        Expiação - Jesus pagou o preço da nossa redenção, contudo nos ensina que para segui-lo temos que tomar nossa cruz, renunciarmos a nós mesmos (sacrifício vivo).
·        Tabernáculos-Esta Festa aponta para o reinado milenar de Jesus. É a mais importante Festa profética para a Igreja. Assim como a Festa dos Pães Ázimos, esta festa dura toda uma semana, que significa um período de tempo completo – um período milenar.
·        Oferta pelos Pecados- Porque o pecado é uma transgressão da lei – Da Lei divina. Do mesmo modo lemos: Quando uma alma pecar, pois não é pecado se, de um modo ou de outro, não for uma ação da alma (Mq. 6.7) e é a alma que se fere com o pecado (Pv. 8.36).
·        Oferta pela culpa- A oferta pela culpa era um meio de tratar o pecado cometido por ignorância. Era para aqueles que pecavam de alguma maneira contra a “propriedade Sagrada”. Lv. (5.14).
·        Holocaustos- Por que existem tantas regras detalhadas para cada oferta? O propósito de Deus era ensinar o seu povo um estilo de vida totalmente novo, purificando–os das inúmeras práticas pagãs que tinham aprendido.
·        Ofertas pacificas- O sacrifico pacifico era dividido em três tipos, de acordo com seus propósitos, oferta de ação de graça, voto e oferta voluntária. AÇÃO DE GRAÇA quando alguém queria agradecer a Deus por recuperar-se de uma enfermidade; OFERTA DE VOTO era oferecida quando em cumprimento de um voto e a OFERTA VOLUNTÁRIA não precisava de motivo ou ocasião.
·        Oferta de manjares-A palavra hebraica empregada para “oferta de manjares” é minchah. Significa uma dádiva feita a outro, de ordinário, a um superior. Quando Caim e Abel apresentaram suas ofertas a Deus, segundo se relata em Gênesis 4: 3 e 4 foi uma minchah que ofereceram. Assim também foi a dádiva de Jacó e Esaú. Gen. 32:13.
III A INCREDULIDADE DO POVO
1-Israel Vagueia
·        A incredulidade do povo Israelita produziu experiências margas e dolorosas, pois a própria Palavra de Deus nos afirma obedecer é melhor do que sacrificar.
·        Por essa incredulidade que uma geração foi dizimada no deserto, rumo à cidade prometida.

2- Lições da Jornada
·        O povo de Israel aprendeu amargamente a obedecer a Deus, o deserto serviu de escola para uma grande multidão de pessoas, recém-saídas do Egito como coração ainda apegado as “coisas” do Egito, ídolos e deuses, e comidas a eles oferecidas.

 Pr. Carlos Borges(CABB)

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