Rm 11.33-36
Introdução: Ninguém jamais entendeu
plenamente a mente do Senhor. Ninguém foi seu conselheiro. Deus não deve coisa
alguma a nenhum de nós. Isaías e Jeremias fizeram as mesmas perguntas para
mostrar que somos incapazes de aconselhar a Deus e de criticar suas decisões (Is
40.13; Jr 23.18). Somente Deus possui o poder e a sua sabedoria absoluta.
I IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA
1- A doutrina e seu valor
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Conhecemos a sã
doutrina através da obediência (João 7:17). Se um homem está aberto à verdade e
deseja obedecer a Deus, o Senhor lhe dará a sabedoria, de modo que ele possa
discernir a sã doutrina da falsa. Em Provérbios 1:23, Deus diz: “Atentai
para a minha repreensão; pois eis que vos derramarei abundantemente do meu
espírito e vos farei saber as minhas palavras”.
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Deus
promete tornar conhecida a Sua verdade àqueles que se arrependem e a Ele se
submetem.
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Conhecemos a sã
doutrina quando conhecemos a Palavra de Deus (João 8:31-32). Na 2 Timóteo 2:15,
o crente é ensinado a “dividir corretamente a Palavra da verdade”.
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Será que Deus
exigiria que o crente dividisse corretamente a palavra da verdade, se não lhe
desse a capacidade de fazê-lo? Este verso indica que Deus vai
considerar o cristão responsável por esta tarefa, porque aquele que divide
corretamente a palavra da verdade é aprovado.
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E fica implícito que quem não o faz é
reprovado. Isto significa que Pat Boone e os cristãos ecumenistas
estão errados ao dizer que Deus não torna o crente responsável por conhecer a
sã doutrina.
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Conhecemos a sã
doutrina através do Espírito Santo. A 1 João 2:20-21 diz: “E vós tendes
a unção do Santo, e sabeis tudo. Não vos escrevi porque não soubésseis a
verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade”.
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O verso 27 diz: “E a unção que vós recebestes dele,
fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua
unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos
ensinou, assim nele permanecereis”. (A unção” aqui na é
usada no sentido errôneo usado pelos carismáticos, mas da permanência do
Espírito em nós, quando aceitamos Jesus Cristo como Salvador e Senhor de nossa
vida).
2- A pratica da doutrina
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Podemos
dizer que a igreja do Novo Testamento cresceu porque deu amplo destaque ao
ensino doutrinário; foi assim que ela conseguiu ter um crescimento constante.
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Isto não quer dizer que a igreja não sofresse
oposição, nem que não enfrentasse falsos ensinos e heresias, ao contrário, os cristãos
foram martirizados por causa de suas profundas convicções doutrinárias; não
abriram mão delas.
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Ninguém arrisca sua vida por algo em que não
acredita fortemente. Os cristãos não negaram Cristo nem sua doutrina; para
eles, os fundamentos de sua fé eram nítidos.
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O
fato é que a igreja desde a sua origem era estruturada na Palavra, era capaz de
divulgar e defender suas doutrinas básicas.
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Ela
estava edificada “sobre o
fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra
angular”. (Ef. 2.20), como diz Paulo.
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Há cristãos que, menosprezando a doutrina bíblica, alegam: “O
importante não é a teoria; e, sim: a prática”.
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Entretanto, quem disse que a
doutrina bíblica é meramente teórica? Ela é a vontade de Deus. E, como tal,
deve ser posta em prática.
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Aos filhos de Israel, ordena o
Senhor: “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as
intimarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e deitando-te e levantando-te”.
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Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por testeiras entre
os teus olhos. “E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas” (Dt
6.6-9).
3-A Vontade de Deus
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A vontade de Deus
é trazer salvação. Deus nos ama e quer o melhor para nós. Sua vontade é boa e
perfeita. Pela vontade de Deus, Jesus morreu e ressuscitou para dar vida eterna
a todo aquele que crer.
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Aquele que ama a Deus procura fazer a sua
vontade. Devemos orar a
Deus, pedindo que ele nos ensine sua vontade.
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A vontade de Deus
é que vivamos de maneira santa, fazendo o bem e sendo gratos. Quem faz a
vontade de Deus é abençoado.
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O mundo e a sua
cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. 1 João 2:17.
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Todo aquele que o
Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei.
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Pois desci dos
céus, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me
enviou.
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E esta é a
vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas
os ressuscite no último dia.
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“Porque a vontade
de meu Pai é que todo aquele que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida
eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”. João 6:37-40.
II VERDADEIRA DOUTRINA
1-Profundidade da riqueza
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Neste estudo
falaremos, sobre a verdadeira doutrina, visto que muitas novas doutrinas têm
surgido no mundo evangélico.
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Vamos buscar na
Bíblia o que é a verdadeira doutrina.
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Vemos hoje que
muitas igrejas têm criado sua própria doutrina, sem consultar a Bíblia.
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Vejamos o que diz
a Palavra de Deus. Isaias 34: 16; II Tm. 3: 16 e 17; Jô. 17: 17.
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A Bíblia nos
mostra claramente que a verdadeira doutrina, nós só encontramos na Palavra de
Deus. Jô. 7: 16 e 17; Is. 54: 13; Jô. 14: 26.
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Como podemos
saber que as Palavras de Jesus, é a verdadeira doutrina (Mt. 7: 28; Mc. 1: 21;
22 e 27; Jô. 18: 19; II Jô. 9).
Para melhor compreender a doutrina do Senhor Jesus, temos que aprender com ELE. Mt. 11: 29; Mq. 7: 8; Isaías 1: 17 e 18.
Para melhor compreender a doutrina do Senhor Jesus, temos que aprender com ELE. Mt. 11: 29; Mq. 7: 8; Isaías 1: 17 e 18.
2-Ensino Régio de Cristo
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Os ensinamentos de Jesus já percorreram 2000 anos e continuam sendo
extremamente valiosos. Eles podem mudar sua vida.
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Ao tornar-se homem Jesus não perdeu sua essência divina. “Ninguém jamais
viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto
do Pai, o tornou conhecido.” (João 1:18).
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Os ensinamentos de Jesus são fruto desse relacionamento. Jesus e o Pai
são um só. Eles vivem em uma formidável comunhão.
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Alguns reis selêucidas reivindicaram para si o título de “Deus”. Jesus,
no entanto, não apenas reivindicou, mas como ele mesmo declarou: “Eu tenho um
testemunho maior que o de João; a própria obra que o Pai me deu para concluir,
e que estou realizando, testemunha que o Pai me enviou.” (João 5:36).
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O ministério, os milagres e os ensinamentos de Jesus, a sua morte na
cruz e
sua
ressurreição testemunham que Ele é Deus!
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Para ir até Jesus precisamos primeiro crer. A fé produz o arrependimento
e o Espírito Santo produz a regeneração, o novo nascimento.
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Enquanto esteve no deserto o povo de Israel recebia o maná (Êxodo 16.35)
para satisfazer suas necessidades temporárias.
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Mantê-los
alimentados. Os ensinamentos de Jesus, no entanto, satisfazem todas as
necessidades do ser humano. Sejam elas espirituais ou terrenas.
3-Proclamando a verdade
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O interesse
primordial de todos os que se tornam discípulos de Jesus Cristo deveria ser
conhecer e obedecer à sua vontade, como cidadão do Seu Reino.
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É importante que quem proclame a mensagem de
Deus, tome o máximo cuidado com o que ensina e prega, para que isso seja a
mensagem de Deus, proveniente das escrituras inspiradas, isto é, a revelação de
Jesus Cristo, dos profetas do Antigo Testamento e dos apóstolos do Novo
Testamento.
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Todo mundo, tanto
os perdidos como os salvos, precisam ouvir a verdade proclamada por lábios
ungidos pelo Espírito Santo, dedicado aos retos caminhos de Deus. Jesus fez
severa advertência aos seus discípulos a respeito dos falsos profetas,
dizendo-lhes: “Acautelai-vos, porém, dos
falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são
lobos devoradores. Pelos seus frutos
os conhecereis”.
III
RELAÇÃO COM O TODO
1-Revelação apenas nas Escrituras
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Deus Se revela em
Sua Palavra, a Bíblia. (Para provar a autenticidade da Bíblia).
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A Bíblia é um
livro sobre Deus e Sua relação com os seres humanos.
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As Escrituras contêm uma longa história da
revelação do próprio Deus ao homem—desde o primeiro homem, Adão, ao profeta e
legislador Moisés, e até aos apóstolos de Jesus Cristo e à
Igreja primitiva.
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Em contraste com
muitas suposições humanas, a Bíblia transmite a verdadeira imagem de Deus.
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Este livro
notável revela como Ele é o que Ele tem feito e o que Ele espera de nós. E
também nos diz por que estamos aqui e revela seu plano, pouco compreendido,
para a Sua criação.
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Este manual de
conhecimentos básicos é fundamentalmente diferente de qualquer outra fonte de
informação. Ele é realmente único, pois contém, em muitos aspectos, a
assinatura genuína do Todo-Poderoso.
2-O Novo Testamento revela o antigo
Testamento
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O Antigo
Testamento estabelece a fundação para os ensinamentos e eventos encontrados no
Novo Testamento.
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A Bíblia é uma
revelação progressiva. Se você pular a primeira metade de qualquer livro bom e
tentar terminá-lo, você vai ter dificuldade de entender seus personagens, o
enredo e o final.
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Da mesma forma, o Novo Testamento só pode ser
completamente entendido quando é visto como o cumprimento dos eventos,
personagens, leis, sistema de sacrifício, alianças e promessas do Antigo
Testamento.
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Sem o Antigo
Testamento, não entenderíamos os costumes judaicos que são mencionados no Novo
Testamento.
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Não entenderíamos
as distorções que os fariseus tinham feito à lei de Deus por acrescentarem suas
tradições.
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Não entenderíamos por que Jesus estava tão
transtornado ao purificar o Templo. Não entenderíamos que podemos usar a mesma
sabedoria que Cristo usou em Suas muitas respostas aos Seus adversários
(humanos e demoníacos).
3-As Falsas doutrinas
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Se há doutrinas
falsas, então obrigatoriamente precisa haver uma doutrina conhecida e
reconhecidamente correta.
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Na verdade, há
uma doutrina sem par e há outras doutrinas.
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Quando existe uma sã doutrina, é notório que
existam doutrinas insanas ou que causam insanidade.
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A sã doutrina
fortalece, enquanto as outras enfraquecem e causam enfermidade. As falsas
doutrinas causam confusão, a sã doutrina, por outro lado, proporciona a
certeza.
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De um modo geral, as falsas doutrinas se
ocupam principalmente de coisas secundárias.
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Os falsos mestres
procuram vinculares as pessoas a um personagem ou à sua organização.
Pr. Carlos Borges (CABB)
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