domingo, 11 de fevereiro de 2018

A LUTA CONTRA A CARNE



Rm 7.14-20
Introdução: “O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). Essas palavras expressam uma luta interior que é uma realidade para cada filho de Deus. O Novo Testamento fala de uma guerra entre a carne e o espírito. A carne é parte da tríade de inimigos de Lutero: o mundo, a carne e o diabo. O que é, então, a “carne” da qual a Escritura fala? O que ocorre com é que a carne pode afastar um crente de uma vida centralizada em Deus e que agrade a Deus.


I A VALIDADE DA LEI
1-Exemplo do casamento (Rm 7.1-3)
·        “O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). Essas palavras expressam uma luta interior que é uma realidade para cada filho de Deus.
·        O Novo Testamento fala de uma guerra entre a carne e o espírito.
·        A carne é parte da tríade de inimigos de Lutero: o mundo, a carne e o diabo.
·        O que é, então, a “carne” da qual a Escritura fala?
·        O que ocorre com a carne que pode afastar um crente de uma vida centralizada em Deus e que agrada a Deus?
·        Paulo usa a simbologia da vida o matrimonial, para ilustrar a vinculação à lei, sobre o velho pecaminoso.
·        Quando este é morto pelo Espírito, a consciência está livre e um desobrigado do outro (quando há separação no casamento por morte de um dos cônjuges).
·        Não que a consciência nada devesse fazer, mas, sim, para que agora possa ater-se tanto mais a Cristo, o outro homem, e produzir frutos para a vida.
·        Paulo expõe em seguida, a forma mais ampla a peculiaridade do pecado e da lei, de como, pela lei, o pecado fica ainda mais ativo e violento (lembra-se do que diz a lei, olho por olho e dente por dente).
·        Pois o velho homem se torna mais inimigo da lei por não poder pagar o que a lei exige, porque a sua natureza é pecado, e ele de si mesmo não pode fazer outra coisa, motivo por que a lei é sua morte e seu total martírio.
·        Não que a lei seja má, mas a natureza pecaminosa é má em si mesmo, e que não pode suportar o bem que dele exige coisas boas, assim como um doente não suporta que se exija que ele corra e salte ou pratique outros atos de uma pessoa sadia.

2- Mortos pela lei.
·        Quando os cristãos estavam na carne produziam frutos para a morte, agora, ‘em Cristo’, os cristãos servem a Deus em novidade de espírito, e, portanto, produzem frutos para Deus “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto” (Sl 51:10).
·        Só é possível servir a Deus após adquirir um novo espírito.
·        O mesmo Deus que cria a paz é o Deus que vivifica o coração e o espírito dos abatidos (Is 57:15 -19).
·         O Deus que cria um novo coração é o mesmo que produz o fruto dos lábios (Is 57:19).
·        É próprio à carne produzir frutos para a morte, assim como é próprio do Espírito produzir frutos para a vida eterna (Rm 6:16).
·        Como aos cristãos judeus? A resposta a esta pergunta encontra-se no início da carta, isto porque, ao registrar que estava falando a quem conhecia a lei, é possível demonstrar que Paulo estava tratando especificamente com os cristãos de origem judaica e que agora pertenciam à igreja que estava em Roma.
·        Por ser uma carta intitulada: ‘Epístola de Paulo aos Romanos’, muitos são levados a entender que Paulo escreveu especificamente aos cristãos chamados dentre os gentios que habitavam em Roma.
·        Porém, ao observar alguns versos desde o início da carta, veremos que Paulo escreveu focado em dois grupos de cristãos: cristãos chamados dentre os judeus e cristãos chamados dentre os gentios.
·         “… porque não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Rm 6:14) – Ora, quem esteve debaixo da lei a não ser os cristãos chamados dentre os judeus?
·        Perceba que o público alvo da carta aos Romanos inicialmente eram os judeus convertidos, embora os cristãos gentios também pudessem se beneficiar da exposição de Paulo;
·         “Convosco falo, gentios” (Rm 11:13) – Observe que, após tratar diretamente com os judeus, Paulo direciona o seu discurso aos cristãos chamados dentre os gentios, para que eles não se ensoberbecem contra os cristãos que foram chamados dentre os judeus.
·        “Mas tu que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus” (Rm 2:17) Paulo direcionou o seu discurso especificamente aos cristãos judeus a partir deste ponto em diante, embora, o alvo da mensagem do evangelho seja todos os homens sem distinção alguma (Rm 2:3).

3- A lei mostra o pecado
·        Compreendemos que a posição do homem diante de Deus é a de um pecador.
·        Agora, consideremos por que Deus estabeleceu a lei. Uma vez compreendida a lei, seremos capazes de compreender a obra de Deus.
·        Deus sempre soube da condição do homem, mas o homem conhece sua própria condição? Posto que o pecado fosse manifestado diante de Deus, ele também deve ter sido sentido na consciência do homem.
·         Todavia, a consciência do homem está apercebida do pecado?
·        Infelizmente, não. Porquanto o homem não percebe o pecado, precisamos do operar da lei.
·        Que é a lei? A lei nada mais é do que a exigência de Deus para que o homem trabalhe para Ele.
·         Em Romanos, Efésios e Gálatas, o apóstolo Paulo mostra repetidamente que o homem é salvo pela graça, não pela lei.
·         Em outras palavras, o homem é salvo porque Deus trabalha para o homem, não porque o homem trabalha para Deus.
·         Não é uma questão de sermos algo diante de Deus ou de fazermos algo para Deus, mas do próprio Deus vir para o nosso meio a fim de tornar-se algo e fazer algo por nós.
·        Essa é a razão de o apóstolo, sob a revelação do Espírito Santo, constantemente enfatizar este ponto: que tanto para os gentios como para os judeus, a salvação procede absolutamente da graça e não da lei.
·         Queremos gastar algum tempo para ver que é impossível o homem ser salvo pela lei.
·         Não estou usando o termo lei em referência à lei mencionada no Antigo Testamento.
·         Lei, conforme aplico aqui, refere-se a um princípio, isto é, o princípio de o homem trabalhar para Deus.
·        Veremos se a nossa salvação depende ou não de fazermos algo para Deus.
·        Portanto, tenhamos em mente que lei na Bíblia não se refere meramente à lei dada a nós por Deus, por intermédio de Moisés.


II A LEI ESTIMULA O PECADO
1-Sem Lei sem pecado
·        Compreendemos que a posição do homem diante de Deus é a de um pecador. Agora, consideremos por que Deus estabeleceu a lei.
·        Uma vez compreendida a lei, seremos capazes de compreender a obra de Deus.
·        Deus sempre soube da condição do homem, mas o homem conhece sua própria condição?
·         Posto que o pecado fosse manifestado diante de Deus, ele também deve ter sido sentido na consciência do homem.
·         Todavia, a consciência do homem está apercebida do pecado?
·        Infelizmente, não. Porquanto o homem não percebe o pecado, precisamos do operar da lei.
·        Que é a lei?
·        A lei nada mais é do que a exigência de Deus para que o homem trabalhe para Ele.
·         Em Romanos, Efésios e Gálatas, o apóstolo Paulo mostra repetidamente que o homem é salvo pela graça, não pela lei.
·         Em outras palavras, o homem é salvo porque Deus trabalha para o homem, não porque o homem trabalha para Deus.
·        Não é uma questão de sermos algo diante de Deus ou de fazermos algo para Deus, mas do próprio Deus vir para o nosso meio a fim de tornar-se algo e fazer algo por nós.

2-A Experiência de Paulo
·        Paulo era judeu, fariseu, da tribo de Benjamim. Seu nome hebraico era Saulo (At 7:58).
·         Nasceu em Tarso, cidade da Ásia Menor.
·         Esteve presente na morte de Estevão: "E também Saulo consentiu na morte dele" (At 8:1).
·        Vivia em obediência fiel à lei mosaica e, baseado neste zelo extremado perseguia a Igreja, "entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere (At 8:3)”; o que foi por ele confirmado na Carta aos Filipenses (Fp 3:5-7).
·        Até o  momento da conversão  de  Saulo, sua situação ainda era de perseguidor da Igreja, "respirando ainda ameaças de morte contra os discípulos do Senhor" (At 9:1), levava Saulo a viver com este propósito.
·        Logo após assistir a morte de Estevão, solicitou cartas para continuar as perseguições.
·        "Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?" Paulo aceita imediatamente que Jesus é o Senhor: (At 9:5-6) Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? O Senhor, demonstrando seu grande amor, diz a Paulo que duro é para o homem resistir às oportunidades que o levam ao verdadeiro Caminho: "Saulo, Saulo, duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões" At 9:5.
·        Recalcitrar significa teimar, resistir obstinadamente.
·        Paulo passou a entender que até aquele momento resistia ao Caminho. 
·        Quantos hoje em dia não sofrem pela mesma atitude dele?

3-O Resultado da lei
·        Leiamos o verso: “porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado…”.
·        Aqui Paulo está falando que a Lei de Deus não pode ser um meio de salvação porque a nossa carne está enferma.
·        Por mais que nos esforcemos para ser obedientes, seremos pecadores.
·         Unicamente Jesus pode, através do seu sacrifício substitutivo na cruz, livrar-nos da condenação eterna.
·        Todavia, a obediência à Lei de Deus é uma consequência da salvação efetuada por Cristo na vida do crente, é um fruto da graça.
·        Obviamente que isso não significa impecabilidade, pois carregamos em nosso corpo a natureza pecaminosa, o Pecado.
·         A experiência da salvação nos conduz ao constante crescimento na graça.
·         A obediência é fruto dessa graça, fruto da fé, não meritória para se obtiver a salvação, mas como resultado da salvação já realizada no coração do crente.

III A LEI VERSUS O PECADO
1-O espiritual e o carnal
·        A Bíblia fala em crente carnal e crente espiritual.
·        No assunto da espiritualidade há uma certa complexidade para se definir ambas condições.
·        Não se define por uma mera questão técnica de observação de comportamentos, porque é possível ser espiritual, tendo um verdadeiro interesse pelo Senhor e pelo Seu Reino, ser sensível ao Espírito Santo e pender para a comunhão com Deus e apreciá-la, e ainda assim, encontrar-se em algum grau preso às coisas terrenas.
·        Estes crentes espirituais estão em progresso de crescimento espiritual e geralmente obtêm vitória sobre as coisas que ainda os prendem a afetos terrenos, que consideram que não poderiam ser felizes ou viverem sem tais hábitos ou posses deste mundo.
·        Já o crente carnal é aquele que perdeu o interesse por Deus e pelas coisas espirituais.
·        Seu prazer está direcionado somente para o que é terreno.


2-Não faço o que quero
·        “Sabemos que a lei é divina; mas eu sou humano e fraco e fui vendido ao pecado para ser seu escravo”. Eu não entendo o que faço, pois não faço o que gostaria de fazer. Pelo contrário, faço justamente aquilo que odeio.
·         Se faço o que não quero isso prova que reconheço que a lei diz o que é certo. E isso mostra que, de fato, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em mim é que faz.
·         Pois eu sei que aquilo que é bom não vive em mim, isto é, na minha natureza humana. Porque, mesmo tendo dentro de mim a vontade de fazer o bem, eu não consigo fazê-lo.
·        Pois não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço. Mas, se faço o que não quero, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em mim é que faz. Assim eu sei que o que acontece comigo é isto: quando quero fazer o que é bom, só consigo fazer o que é mau. “Dentro de mim eu sei que gosto da lei de Deus.” Romanos 7: 14-22.
 
3-Desventurado sou
·        No final do capítulo 7.14-25a, descrevendo a nossa condição humana, nos mostra que, mesmo sendo crentes convertidos ao Senhor, continuamos a sentir a presença do pecado em nós. 
·        Esse é o motivo de estarmos sempre vendo amados irmãos mal humorados, com problemas, dominados por coisas das quais se envergonham. 
·        Contra a presença do pecado lutamos constantemente e só teremos trégua a partir do momento que estivermos na presença do Senhor Jesus, em estado de glorificação. 
·        “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se faço o que quero, consinto com a lei que é boa” (vv. 14-16).
·        Neste texto Paulo parte para uma reflexão profunda e, tristemente, se vê numa situação constrangedora
               
         Pr. Carlos Borges (CABB)

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