quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

UMA NOVA VIDA EM CRISTO



Rm 6.19-23
Introdução: O apóstolo Paulo acaba de apresentar a “a doutrina da identificação com Cristo”. Em Adão toda raça humana caiu em pecado é miséria. Em Cristo, o segundo Adão, porém, fomos libertados do pecado e da morte.

I O SIGNIFICADO DO BATISMO
1-A graça abundante
·        A doutrina do reino da Graça, levianos e libertinos a distorceram o ensino de Paulo.
·        Eles ensinavam que a pratica do pecado abrem largas avenidas para uma ação mais robusta da graça (Rm 6.1).
·        A enérgica resposta (doutrina) de Paulo é “claro que não”!
·        Pecar deliberadamente implica decidir por aproveitar-se de Deus; tal atitude demonstra que a pessoa não compreendeu a gravidade do pecado.
·        O perdão de Deus não torna o pecado menos grave; a morte de seu Filho comprova a terrível gravidade do pecado.
·        Jesus pagou com a vida para que pudéssemos ser perdoados.
·        A disponibilidade da misericórdia divina não deve ser desculpa para uma vida descuidada e ou lassidão (cansaço) moral, isto, é, casado de pratica moral. Ou amoral.

­2- Simbologia do batismo.
·        A palavra vem do grego e significa “mergulho”, “submersão”.
·        O batismo é a primeira ordenança de Jesus; é através dele que o novo convertido passa a fazer parte de uma igreja local.
·         O batismo significa morrer para o pecado e ressuscitar para uma nova vida em Cristo, disposição de viver de acordo com a vontade de Deus e identificação com o povo da aliança de Deus.
·        A imersão e a forma habitual (costumeira) do batismo; simbolicamente, o velho homem é “sepultado” nas águas.
·        O batismo é símbolo da morte, do enterro do antigo estilo de vida do homem, também simboliza o (novo) nascimento.
·        O batismo é símbolo da morte do crente para o mundo de pecado.
 “Pois sabemos que o nosso antigo ego foi crucificado com Ele, afim de que o corpo do pecado pudesse ser aniquilado para que não mais fôssemos escravos do pecado — porque qualquer pessoa que morreu já foi liberta do pecado ” (Rm 6:6.7). Isto, é, para quem morreu salvo, se morreu sem salvação está condenando.


3-União com Cristo
·        Nosso Senhor discursa relativamente ao fruto que os Seus discípulos deveriam produzir, usando a ilustração de uma videira.
·        Jesus Cristo é a videira, a verdadeira videira.
·         A igreja que é o corpo de Cristo é uma videira.
·        Cristo é a videira plantada no vinhedo, e não uma planta que nasce espontaneamente da terra; ao contrário, Ele foi plantado na terra, porque o Verbo se fez carne.
·        A videira é uma planta que é cultivada por propagação, e por isso Cristo será conhecido como salvação até aos confins da terra.
·        O fruto da videira honra a Deus e dá alegria aos homens, assim o fruto da mediação de Cristo é melhor que o ouro (Prov. 8.19).
·        Ele é a verdadeira videira, porque o oposto à verdade é a falsificação; e é somente nEle que podemos achar o fruto da verdade.
·        A fonte de vida, designada como videira, que é Cristo, produz a verdade que salva, e somente nEle podemos encontrar esta salvação verdadeira, pelo conhecimento da verdade que está nEle.

II MORTOS PARA O PECADO
­1-Esforço Moral
·        No capítulo 6, Paulo contesta a ideia errônea de que os crentes podem continuar no pecado e ainda assim estarem livres da condenação eterna, em virtude da graça e misericórdia de Deus em Cristo.
·        Paulo refuta essa distorção antinomiana da doutrina da graça, pondo em relevo uma verdade fundamental: o verdadeiro crente demonstra estar "em Cristo" por estar morto para o pecado.
·        Ele foi transportado da esfera do pecado para a esfera da vida com Cristo (vv. 2-12).
·        Uma vez que o crente genuíno separou- se definitivamente do pecado, não continuará a viver nele.
·        Inversamente, quem vive no pecado não é crente genuíno (cf.1 Jo 3.4-10).
·         Em todo este capítulo, Paulo enfatiza que não se pode ser servo do pecado e servo de Cristo a um só tempo (vv. 11-13, 16- 18).
·         Se um crente torna-se servo do pecado, o resultado será a condenação e a morte eterna (vv. 16,23).
·        O NT emprega várias palavras em grego para descrever o pecado nos seus vários aspectos.
·        As mais importantes são: (a) Hamartia, que significa "transgredir", "praticar o mal", "pecar contra Deus“ (Jo 9.41).
·        (b) Adikia, que significa "iniquidade", "maldade" ou "injustiça" (1.18; 1 Jo 5.17).
·         O termo pode ser descrito como falta de amor, porque todos os delitos surgem por falta de amor a Deus e ao próximo (Mt 22.37-40; Lc 10.27-37).


2- Livres do julgo da lei (Rm 3.10-14)
·        O apóstolo dos gentios ensinou que “os que são da fé são abençoados junto com Abraão, homem de fé”.
·        Agora, no v. 10, Paulo aponta para o contraste existente entre a condição espiritual dos que “são da fé” e a condição espiritual dos que “se apoiam na prática da Lei”
·         Se por um lado, os que são da fé são abençoados (v. 9), os que buscam sua justificação através da observância dos preceitos da Lei Mosaica estão debaixo de maldição.
·         Paulo se refere a estes, literalmente, como “os que são das obras da Lei”.
·         Isso realça o contraste com “os que são da fé” e, considerando que o Apóstolo trata aqui do meio pelo qual alguém é liberto da condenação eterna, a expressão aponta para a atitude de quem põe a confiança em sua própria justiça para a salvação da alma.
·        Para provar a existência de maldição sobre os mestres legalistas e sobre todos os que buscavam ser justificados pela prática da Lei.
·         Paulo mais uma vez recorre à Sagrada Escritura, palavra final em qualquer discussão de ordem doutrinária.
·         Citando, a princípio, Deuteronômio 27.26, demonstra que é maldito todo aquele que não pratica a totalidade dos preceitos legais.
·        Paulo tem em mente aqui um pressuposto claro: ninguém jamais conseguiu guardar a Lei (6.13; At 15.10).
·         Logo, todos os que se colocam sob o seu jugo fatalmente a transgridem e, assim, tornam-se objeto de sua terrível maldição.


3-Sob o regime da Graça
·        Por que nosso Senhor teria alertado aos próprios apóstolos para vigiarem e orarem em todo o tempo, alegando que o espírito está pronto, mas a carne é fraca?
·        Se não houvesse o risco de se decair da Sua graça que é poderosa para nos firmar na fé até o fim, enquanto consentirmos e cooperarmos com o seu trabalho de santificação, porque teríamos tantos alertas na Bíblia quanto ao perigo extremo de decair da graça?
·        Em II Pe 3.17 o apóstolo Pedro alerta os crentes quanto ao perigo de descair da firmeza da graça por darem ouvidos ao erro doutrinário de falsos mestres.
·        Paulo afirmou que muitos crentes gálatas que procuravam se justificar pelas obras da Lei haviam decaído da graça.
·        E o mesmo apóstolo exortou a igreja de Corinto a vigiar para não cair da graça por pensarem estar de pé pelo seu próprio poder, sem se sujeitarem ao trabalho do Espírito Santo.
·        A graça e a obra de salvação são seguras a ponto de nosso Senhor afirmar que não lançará fora de modo algum a qualquer que venha a Ele.
·        Isto pressupõe, para muitos, que a salvação de genuínos crentes é irrevogável.
·        E cremos que, de fato, genuínos crentes perseverarão até o fim, especialmente em razão do trabalho paciente e poderoso realizado pelo Espírito Santo em suas vidas.
·        Todavia, como a igreja VISÍVEL, neste mundo, está cheia de hipócritas, ou seja, de pessoas que parecem ser crentes, mas que na verdade não são, torna-se muito difícil para o simples juízo humano saber quem é e quem não é crente de fato.
·        Por isso, os crentes devem provar para si mesmos, pela perseverança em fé e santificação, que pertencem realmente ao Senhor, confirmando assim a sua eleição.

III A LIBERDADE CRISTÃ
1-Livres em Cristo
·        Jesus realizou uma obra perfeita de libertação para nós.
·        Ele é o Salvador Poderoso que Deus prometera na casa de Davi; o Libertador que prometera a Moisés.
·        Esta obra está consumada por Jesus.
·        Ele já nos libertou completamente. Uma liberdade plena, para vivermos uma novidade de vida, reinando em vida por Jesus Cristo: "Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo” Romano 5.17.
·        Mas isto é só para aqueles e sobre aqueles que creem.

2-Ofertas de justiça
·        Praticar a justiça é agir conforme aquilo que é correto e, para nós que servimos a Deus, a Bíblia Sagrada é o manual que nos mostra a vontade de Deus, aquilo que devemos e que não devemos fazer.
·        Aquele que age corretamente, segundo os mandamentos de Deus, a Bíblia chama de justo.
·        “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal.” (Jó 1. 1). Jó é um exemplo de uma pessoa justa.
·        A sabedoria de provérbios nos ensina que a pessoa que ama a justiça tem alegria por praticá-la: “Praticar a justiça é alegria para o justo…” (Pv 21. 5).
·        Sabemos que ser verdadeiro e correto não é fácil, é enfrentar a nossa natureza, o mundo e o diabo que, dia a dia, nos indicam o caminho da injustiça e da desobediência à palavra de Deus.

3-Libertos, mas servos.
·        Hoje em dia não esta em voga, ou na moda falar em servo, serviço cristão, submissão etc.
·        Claro que tem um motivo para isso, e o motivo principal são justamente porque pregamos a liberdade, o livre arbítrio e as bênçãos de Deus, essas pregações são louváveis e dignas de toda a aceitação.
·        Contudo a pregação do estilo “servo” aparentemente é contraria a liberdade principalmente pelo conceito de servo que a Bíblia coloca:
·        Servo no grego é “DOULOS”, e no aramaico é “EVED” que significam “escravo”.
·        Os escravos não tinham vontade própria, nem direito a preferências, nem qualquer papel na família ou sociedade.
·         Eram tão somente propriedades do Senhor.

Pr. Carlos Borges (CABB).

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