A FIGUEIRA ESTÉRIL
(Temos que frutificar)
Lc 13.6-9
Introdução: Jesus demonstrou que todos os homens, não importando se
judeus ou gentios, estavam em igual condição diante de Deus. Deste modo, caso
os judeus, que se consideravam privilegiados diante de Deus por serem
descendentes da carne de Abraão não mudassem de conceito, de igual modo
pereceriam, passariam para a eternidade sem Deus e sem salvação.
I CARACTERÍSTICA DA PARÁBOLA
1-A localização da figueira
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O homem que procurou fruto na figueira plantada
em sua vinha e não achou, representa o Senhor Deus, o vinhateiro representa a
pessoa de Cristo e a figueira o povo judeu.
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Então, como interpretar as relações que envolvem
as figuras desta parábola?
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Por que a figueira não produzia fruto?
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Por que a figueira deveria ser cortada?
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No Antigo Testamento, uma árvore frutífera
frequentemente era usada como símbolo de uma vida reta (Sl 1,3; Jr 17.7,8).
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Jesus indicou o que aconteceria com outro tipo
de árvore, a que tomou tempo e espaço valiosos, Jesus advertiu seus ouvintes de
que Deus não toleraria para sempre a falta de produtividade de uma pessoa (Lc
3.9).
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Desfrutaremos do tratamento especial de Deus sem
dar qualquer coisa em troca?
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Responda ao cuidadoso e paciente jardineiro (Jesus),
produzindo os frutos que Deus lhe destinou a produzir.
2-Pano de Fundo
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Era comum entre os judeus que figueiras fossem
plantadas em vinhas.
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Isso também significa que quando plantadas nas
vinhas, as figueiras recebiam cuidados especiais.
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Os judeus
presumiam de si mesmo que eram filhos de Deus por serem descendentes da carne
de Abraão, mesmo após o batismo de João, e na parábola da figueira, presumiam
que os galileus que foram mortos por Pilatos eram mais pecadores que todos os
outros galileus;
- Os judeus foram repreendidos quanto ao que pensavam de si mesmos.
- Os judeus são apontados como infrutíferos, não produz o fruto requerido por Deus;
- A árvore está prestes a ser cortada.
- Qual é o fruto digno do arrependimento? Qual o fruto que certo homem foi procurar na figueira e não encontrou? Porque o machado está posto a raiz das árvores?
- Jesus demonstrou certa feita que os escribas e fariseus parecessem justos aos olhos dos homens, tendo em vista o regramento e a moral deles, porém, eram hipócritas, visto que, no interior estavam plenos de iniquidade “Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade” (Mt 23:28).
3-Resumo
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Jesus usou essa parábola, para poder dar uma instrução
(lição) a Israel (judeus), ele usou a figura de uma figueira, que nasceu em uma
vinha, com um propósito, a vinha representava o povo de Israel.
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Não podemos ser crentes nominais, isto,é, sem
nenhuma atividade que possa dar como testemunho que somos servos do deus vivo.
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Precisamos produz frutos digno (moral e ético)
para a gloria do Senhor Jesus.
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“Eu sou a
videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque
sem mim nada podeis fazer” (Jo 15:5).
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O fruto proveniente de Deus, os judeus
rejeitaram. Não quiseram estar ligados a Oliveira verdadeira (Ef 2:17).
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O fruto dos lábios que os judeus produziam era:
‘para que o homem possa ser salvo é necessário tornar-se um prosélito,
circuncidar-se, cumprir a lei e seguir os ritos’.
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Na condição de prosélito (convertido ao
judaísmo), o homem passava a declarar que era salvo por ser um dos descendentes
de Abraão “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar
e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho
do inferno duas vezes mais do que vós” (Mt 23:15; Ex12: 48).
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Ao aceitarem o ensinamento judaico, os
prosélitos eram circuncidados e fazia a oferta de sacrifício segundo a lei,
rito importante para os judeus, considerado como um novo nascimento, o início
de uma nova vida, que ali estava mais um filho de Abraão.
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Porém, este era o maior erro deles, pois não
eram filhos de Abraão e induziam as pessoas a erro, tornando-as duas vezes
mais, filhas do inferno. Por quê?
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Porque, além de serem descendentes da carne de
Adão e, portanto, filhos da desobediência e da ira, agora acreditavam que eram
filhos de Abraão.
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O fruto que deviam produzir era confessar e
professar o nome de Cristo do mesmo modo que o apóstolo Pedro professou diante
da multidão: “E em nenhum outro há
salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os
homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4:12).
II LIÇÕES DA PARÁBOLA
1-Privilégio e Responsabilidade
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O fruto que o crente produz é o fruto dos lábios
que professam a Cristo.
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Este fruto (singular) que somente o crente
produz, possui no seu interior a semente incorruptível, que é a palavra de
Deus.
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O fruto que o crente produz é vida, pois através
dele é que se ganha almas para o reino de Deus “O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio” (Pr
11:30).
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Boas ações todos os homens podem produzir, pois
Jesus demonstrou que, até mesmo os fariseus sendo maus sabiam dar boas dádivas
aos seus semelhantes.
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Porém, o
fruto dos lábios que professam a Cristo, somente os que creem segundo as
escrituras podem produzir por estar ligados a Oliveira verdadeira.
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Quando professa a mensagem da cruz, a língua do
justo é como prata escolhida, que servirá o fruto precioso, que é salvação em
tempo oportuno “Prata escolhida é a
língua do justo; o coração dos perversos é de nenhum valor” (Pr 10:20); “Como
maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita há seu tempo” (Pr
25:11).
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O bom comportamento tem o seu campo de aplicação
na vida do cristão, visto que através de um bom comportamento evita-se o
escândalo, como bem alertou o apóstolo Paulo “Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos
gregos, nem à igreja de Deus” (1Co 10:32).
2-Tempos de Frutos
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A Palavra
diz que é pelos frutos que se conhece a árvore, mas o que são os frutos?
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O que frutos
têm a ver com dons?
Nada. Dons são dádivas de Deus, não são frutos.
Nada. Dons são dádivas de Deus, não são frutos.
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Frutos vêm
da convivência com Deus, afinal não somos árvores temporãs.
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Tem
jabuticabeira gigante, bonita, cheia de folhas e flores, mas jamais dá frutos,
para que servem, árvores no pomar, tratadas e bem nutridas são para dar frutos.
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Crente
tem que produzir frutos o tempo todo, a todo instante.
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Não existe
esta de dar frutos só de vez em quando, ou não ser ainda tempo.
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Afinal
não adianta estar junto ao ribeiro, ser frondosa, ser grande e não dar fruto.
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É impossível
ser fiel a Deus sem ter frutos.
3-Última chance
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A Figueira
desta passagem, somos nós. É você! Quando alguém precisa de alimento, quando
passa por você com fome, o que você tem para oferecer?
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Que
possamos nos lembrar de que esta Figueira sendo nós, e sendo podadas pela
Palavra e nela alicerçados, nenhum vento nos arranca e seremos cada vez mais
firmados, pois nenhum acontecimento miraculoso e passageiro nos afastará da
nossa Fé no Senhor.
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O dia tem 24
horas e se o diabo trabalha 25 horas, você deve vigiar 26.
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Não é
cabelão, paletosão com ou sem abertura, o tamanho da Bíblia que provam que temos
comunhão com Deus.
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O que prova
sua comunhão com Deus é sua produção de frutos.
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Não
podemos ser crente lua cheia, que brilha e encanta em dado momento, nos demais momentos, não podemos ser lua nas suas fases,
quando sua luz vai diminuindo, perdendo a sua luz até não ter luz nenhuma.
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Jesus está voltando, precisamos fazer o trabalho que Ele nos outorgou.
III
CONCLUSÃO DA PARÁBOLA
1-Juizo versus misericórdia
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E isso significa dizer que “apesar dos pesares”,
a misericórdia do Senhor tem sido manifestada por sua infinita graça a todos.
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O Senhor Jesus tem advogado, ou seja,
intercedido a todo aquele que pede em seu nome. Porém muitos dentre o povo de
Deus acabam usando e abusando da misericórdia de Deus e da liberdade em Cristo
para dar ocasião à carne e ao pecado (Jd 4).
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Muitos por terem a consciência cauterizada pelo
pecado e por viver uma prática religiosa acabam não glorificando a Deus com
suas vidas. Acabam esquecendo-se de Deus e não tendo mais temor a Ele. (Rm
3:18).
2-Não basta à
aparência
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Mas qual seria a relação entre uma figueira
amaldiçoada e a vida de fé, cheia de frutos, que o Senhor espera que tenhamos?
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Tal como aquela figueira, muitos de nós
conseguem impressionar e convencer à primeira vista.
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Nossas “folhas
verdes” dão a aparência de viço, de vida, de robustez, o que não
necessariamente implica em autenticidade e principalmente em produtividade.
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Em tempos de números e estatísticas, ouvimos por
todos os lados de índices que falam em crescimento da igreja.
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Alguns calculam que em duas décadas a maioria da
população brasileira será evangélica.
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Mas seria isso suficiente para afirmarmos que a
Obra de Deus está verdadeiramente arraigada e influenciando para o bem estar
desta terra?
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Não podemos viver de aparência, brilharmos
dentro da igreja e ficarmos sem brilho fora dela.
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Não cabe hipocrisia no meio do povo de Deus,
Jesus por diversas vezes chamou de hipócrita (aparentar uma virtude que não
tem).
3-Convite ao arrependimento
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Será que temos uma igreja comprometida com a
humilde e serena verdade do evangelho?
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Será que essas multidões presentes em censos e
pesquisas estão unidas pelo vínculo do amor e da fé?
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E será
que como se fossem um só coração dão testemunho real e com autoridade de Cristo
através de suas próprias vidas?
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São perguntas vitais e que nos impelem a uma
profunda reflexão.
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É bem verdade que folhas verdes são belas e dão
boa impressão.
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Mas, para Deus, isso não basta.
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Não devemos ser apenas figueiras com folhas.
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Temos que
ir além da aparência, temos que ter compromisso e conteúdo – temos que ser
figueiras com frutos!
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Sem arrependimento, não há conversão, sem
conversão não há salvação, sem salvação não tem vida eterna
Pr. Carlos Borges (CABB)