Mt. 25.14-19
Introdução: JESUS contou a
parábola dos talentos para deixar claro que seus seguidores ungidos tinham uma
obrigação a cumprir. Precisamos entender o significado dessa parábola, pois ela
afeta todos os cristãos verdadeiros, tanto os que têm esperança celestial como
os que têm esperança terrestre.
I A CARACTERÍSTICA DA PARÁBOLA
1-Os Talentos
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A parábola dos talentos foi contada como parte
da resposta que Jesus deu aos seus discípulos quando eles lhe perguntaram sobre
“o sinal da [sua] presença e da terminação do sistema de coisas”. (Mat. 24:3).
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Assim, a
parábola se cumpre em nossos dias e é parte do sinal de que Jesus está
presente, governando como Rei.
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A parábola dos talentos é uma de quatro
ilustrações que estão relacionadas entre si, registradas em Mateus 24:45 a 25:46.
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As outras três — sobre o escravo fiel e
discreto, sobre as dez virgens e sobre as ovelhas e os cabritos — também
fazem parte da resposta de Jesus à pergunta sobre o sinal de sua presença.
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Nas quatro ilustrações, Jesus destacou
características que identificariam seus seguidores verdadeiros nestes últimos
dias.
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As
ilustrações sobre o escravo, as virgens e os talentos se referem a seus
seguidores ungidos.
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Na ilustração sobre o escravo fiel — o
pequeno grupo de ungidos encarregado de alimentar os domésticos nos últimos
dias —, Jesus deixou claro que esse grupo precisaria ser fiel e discreto, ou prudente.
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Na
parábola das virgens, Jesus enfatizou que todos os
seus seguidores ungidos teriam de estar preparados
e vigilantes, pois,
embora soubessem que ele viria, não saberiam nem o dia nem a hora.
2- A distribuição
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Na parábola dos talentos, Jesus mostrou que os
ungidos precisariam ser diligentes
ao cumprir suas responsabilidades cristãs.
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Na última ilustração, a parábola das ovelhas e
dos cabritos, Jesus se referiu aos que têm esperança terrestre.
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Ele destacou que estes teriam de ser leais e dar total apoio aos irmãos
ungidos de Cristo na Terra.
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Vamos nos concentrar agora na ilustração dos
talentos.
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O homem da ilustração tinha 8 talentos,
uma enorme fortuna naquela época.
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Antes de viajar para fora, ele dividiu os
talentos entre seus escravos, esperando que eles fizessem negócios durante sua
ausência.
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Assim como aquele homem, Jesus tinha algo muito
valioso antes de subir ao céu.
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O que, Era algo relacionado com a obra a que ele
tinha se dedicado.
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O que então podemos concluir?
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Ao dar a
seus seguidores a comissão de fazer discípulos, Jesus na verdade estava lhes
confiando “seus bens” — seus talentos, (Mat. 25:14).
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Dito de
modo simples, os talentos se referem à responsabilidade de pregar e fazer
discípulos.
3-O Trabalho
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Na parábola dos talentos, o amo deu
5 talentos ao primeiro escravo, 2 ao segundo e 1 ao terceiro. (Mat. 25:15).
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Embora
cada escravo tenha recebido um valor diferente, o amo esperava que todos eles
fossem diligentes ao usar os talentos.
·
Da mesma forma, Jesus esperava que seus
seguidores ungidos dessem o melhor de suas habilidades no ministério, (Mat. 22:37; Col. 3:23).
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No tempo do fim, principalmente desde 1919, os
fiéis escravos ungidos de Cristo na Terra têm feito negócios com os talentos do
Amo.
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Assim como os dois primeiros escravos, irmãs e
irmãos ungidos têm dado seu melhor segundo suas circunstâncias.
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Não há necessidade de especular sobre a
identidade do escravo que recebeu 5 talentos e do que recebeu
2 talentos.
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Na ilustração, esses dois escravos dobraram o
valor que o amo lhes deu; então, os dois eram igualmente diligentes.
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O Amo tem o direito de esperar resultados.
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Como já mencionado, seus fiéis discípulos do
primeiro século realmente aumentaram seus bens.
II LIÇÕES DA PARÁBOLA
1-Segundo a capacidade
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No primeiro século, a partir do Pentecostes de
33 d.C, os seguidores de Cristo começaram a fazer negócios com os talentos.
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O livro bíblico de Atos atesta a diligência
deles na obra de pregar e fazer discípulos, Atos 6:7; 12:24; 19:20.
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Que dizer do tempo do fim, período em que se
cumpre a parábola dos talentos?
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Os fiéis e diligentes servos de Jesus têm
realizado a maior obra de pregar e fazer discípulos que já houve em toda a
História.
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Graças a esse esforço conjunto, milhares de
novos discípulos têm se juntado aos proclamadores do Reino todo ano.
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Isso faz da obra de pregação e ensino um aspecto
impressionante do sinal da presença de Jesus no poder do Reino. Não há dúvida
de que isso deixa o Amo deles muito feliz!
2-Nem soberba nem inveja
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Segundo a parábola, quando o amo voltou, ele viu
que os dois primeiros escravos — o que recebeu 5 talentos e o que
recebeu 2 talentos — foram fiéis; cada um dobrou o valor recebido.
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O amo disse o mesmo aos dois: “Muito bem,
escravo bom e fiel! Foste fiel em poucas coisas. Designar-te-ei sobre muitas
coisas.” (Mat. 25:21, 23).
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O que então podemos esperar quando o Amo, o
glorificado Jesus, vier para julgar?
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Apesar desse talento mencionado no texto ser
dinheiro, creio que podemos, na interpretação do ensino dessa história,
entendermos que Jesus Cristo é esse senhor da parábola e que Ele nos dá muitas
coisas valiosas (dons, capacidades, possibilidades, oportunidades, etc, etc)
para usarmos e multiplicarmos em nossa vida e, principalmente, para o Seu
reino.
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Na obra do Mestre não cabe porfia, ou qualquer
outra situação que possa atrapalhar o serviço do Mestre.
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É comum observarmos, grupos porfiando, pessoas
tendo inveja do trabalho de outras ou até mesmo provocando cisões, por invejas.
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Na obra de Deus não cabe espaço para divisões ou
outra situação que venha criar embargo na obra do Mestre.
3-Responsabilidade
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Os antigos orientais quando se sentiam
ameaçados, tinham o costume de guardar objetos preciosos debaixo da terra, para
mantê-los em segurança.
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Foi justamente o que fez um dos servos que
recebeu um talento (que poderia equivaler ao salário de vinte anos de trabalho
braçal), na parte mais dramática da Parábola
dos Talentos.
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O
trabalho na seara do Senhor está intimamente relacionado às habilidades
potenciais, que cada ser humano recebe do Criador.
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Não
podemos fazer a obra do Mestre, sem termos responsabilidade na execução da
missão.
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O
problema do servo infiel não foi a sua pouca capacidade, pois o senhor
distribuiu os talentos conforme a capacidade de cada homem.
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Jesus
mostra que o que impediu com que este servo lograsse êxito na sua jornada, foi
justamente o medo que o paralisava, pois achava que não tinha capacidade alguma
de negociá-lo.
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Muitas
vezes o medo de fazermos a obra de Deus, pode estar relacionado com uma falta
de responsabilidade para com o Mestre.
III CONCLUSÕES DA PARÁBOLA
1- A prestações de contas
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Porém, quando o servo que havia recebido apenas
um talento e não tendo multiplicado, pelo contrário, por tê-lo enterrado,
tentou explicar ao Senhor dizendo que teve receio e escondeu o que estava em
suas mãos, foi devolver o único talento que obtinha.
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A conclusão é que todos recebem, a diferença
está no que cada um fará com a medida que lhe foi confiada até a volta do
Senhor para casa.
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Essa ida e volta do Senhor me faz lembrar as
palavras de Jesus (João 14.2-3).
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O servo que enterrou o talento que havia
recebido não assumiu a sua responsabilidade e negligência, pelo contrário,
responsabilizou o Senhor (Mateus 25.24-25) por tal ato, mesmo dizendo que o
conhecia e agiu de forma incorreta.
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A pergunta é: será que o conhecia mesmo? Os
outros dois tiveram atitudes diferentes que muito alegram o coração do Senhor.
2-A Fidelidade é o que conta
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Fidelidade
significa basicamente “lealdade”, e é a atitude característica de quem é fiel e
confiável.
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O
significado da palavra fidelidade na Bíblia apresenta algumas dificuldades pelo
fato de que ela traduz a raiz grega que geralmente é traduzida pela palavra
“fé”.
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A fidelidade é um ato de obediência [Gn 22:2-3] “ E disse: Toma agora o teu filho, o teu único
filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em
holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi”.
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Então se levantou Abraão pela manhã de
madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e
Isaque seu filho; e cortou lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao
lugar que Deus lhe dissera.
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Fidelidade é a Característica do relacionamento
contínuo de Deus com o mundo e do relacionamento desejado de um crente para com
Deus e com os outros.
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O Antigo
e o Novo Testamento louvam a Deus por sua Fidelidade e desafiam o povo de Deus
a desenvolver a fidelidade em sua vida.
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A lealdade firma inabalável são consideradas
virtudes essenciais para o crescimento pessoal e espiritual.
3-Haverá recompensas
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“Policarpo,
pastor da igreja de Esmirna, em 155 d.C. foi martirizado na fogueira”.
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Quando
lhe perguntaram se queria voltar atrás na sua fé e adorar o imperador, ele
respondeu: “Tenho 86 anos servindo a
Cristo e Ele nunca falhou, não irei negá-Lo agora”.
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Pagou a
sua fidelidade com a morte, mas recebeu vida.
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Ser fiel é ser estável.
Deus mesmo é fiel (Dt 7:9).
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A fidelidade não está
condicionada ao ambiente.
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Esmirna estava sob a
pressão do Maligno, mas foi fiel.
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Também estamos sob
pressão.
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Temos que ser fieis firmes.
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Nossa mensagem é
bastante poderosa para enfrentar qualquer situação.
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O crente tem a garantia,
pelo exemplo de Jesus, de que vale a pena ser fiel.
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Jesus é o nosso modelo.
Pr. Carlos Borges(CABB)
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