Rute 1.14-18
Introdução: Cinco mulheres foram citadas na genealogia de Jesus (Mt 1:1-17):
Tamar, Raabe, Rute, mulher de Urias (Bate-Seba) e Maria. Dentre elas, Rute ganhará um especial
destaque neste post, não apenas por ser a única que possui um livro na Bíblia,
como também por ter sido peça-chave na história do povo de Israel.
I MULHER E MOABITA
1- O contexto em Israel (Rt. 1.1).
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Houve uma época na terra de Canaã em que o povo
passou por um período de fome e Elimeleque resolveu se mudar com sua família
para a terra de Moabe para fugir da fome na terra (Rt 1:1-2).
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Os
Moabitas eram descendentes de Ló (a filha primogênita de Ló teve relações com
ele quando este estava embriagado -Gên. 19.37), sobrinho de Abraão, e era um
povo que estava sob a maldição.
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Deus amaldiçoou os moabitas determinando que
nenhum deles tivesse permissão para entrar na tenda da congregação até a décima
geração (Dt 23:2-6).
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Rute era moabita e sua história é uma prova da
imensa compaixão de Deus para com as pessoas.
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Elimeleque chegou à terra de Moabe e pouco tempo
depois faleceu, deixando a viúva Noemi e seus dois filhos, Malom e Quiliom (Rt
1:3).
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Alguns anos depois, os filhos de Elimeleque se
casaram com mulheres moabitas, Rute e Orfa (Rt 1:4), que aprenderam sobre a
cultura e a religião do povo de Israel por meio de Noemi.
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Entretanto, alguns anos mais tarde, Malom e
Quilliom também faleceram (Rt 1:5).
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Diante de tantas tragédias pessoais, Noemi decidiu
buscar refúgio em seu próprio povo voltando para as terras de Israel (Rt 1:6).
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Ao comunicar sua mudança de volta para seu povo
à suas noras, Noemi se surpreendeu ao se deparar com a decisão de uma delas.
Enquanto Orfa decidiu permanecer em sua terra, Rute resolveu acompanhar Noemi
em sua jornada.
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Mesmo quando Noemi insistiu para que ela ficasse
estas foram as suas palavras: Não me instes para que te deixe e me obrigue a
não seguir-te; porque, aonde
quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei
eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. “Onde quer que morreres,
morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o SENHOR o que bem lhe aprouver, se
outra coisa que não seja a morte me separar de ti.” Rt 1:16-17.
2-Um exemplo de Superação
(Rt. 2.11).
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Orfa e
Rute representam dois caminhos na carreira cristã.
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Orfa
escolheu voltar para o seu povo e para seus deuses. Rute, porém, escolheu
acompanhar sua sogra que, aqui, representa o povo de Deus.
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Ela foi atraída a Cristo pelas palavras
e pelo cuidado de Noemi.
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Mas o que
Rute fez para que sua história virasse um livro da Bíblia em uma época em que
as mulheres não estavam em evidência?
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Rute foi
leal à visão que recebera de Noemi e pela sua atitude a história do povo de
Israel foi mudada.
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Ao chegar a
Belém de Judá, Rute foi rebuscar espigas nos campos de Boaz, um dos parentes
mais próximos de Elimeleque, para suprir a casa de Noemi.
3-O agir sutil de Deus (Rt. 2.12).
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Aqueles
que pela fé, entram debaixo asas da graça podem estar certos de uma recompensa
completa por terem feito isso.
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Desta expressão,
os judeus descrevem os prosélitos como alguém que se abriga debaixo das asas da
majestade divina.
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O ato de rebuscar espigas tipifica a experiência
inicial de um cristão com Deus.
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Rute era
moabita, viúva e pobre, e, por isso, precisou recorrer aos campos de Boaz para
obter seu sustento.
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Da mesma forma, os novos na fé também devem
recorrer a irmãos mais experientes para adquirir sustento, todavia, não podem
se acomodar com a situação inicial de “rebuscador”, é necessário sempre
buscar mais da palavra de Deus e ter o desejo de ser totalmente saciado.
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No final da história de Rute há um casamento.
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Seguindo as tradições da época (A Lei do Levirato – Dt
25:25-28; Rt 4:1-10), Boaz resgatou tudo que pertencia a Elimeleque, a
Quilliom, a Malom e tomou Rute como esposa para gerar a descendência de
Elimeleque que estava comprometida com a morte de seus filhos.
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Rute concebeu e deu à luz a Obede.
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Obede foi avô de Davi.
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Em Davi nós
não só vemos a transição de Juízes para Reis, mas nós também vemos a formação
da descendência do Senhor Jesus.
II SEU CARÁTER
1- Lealdade (Rt. 1.17)
·
RUTE estava andando ao lado de Noemi numa
estrada que se estendia pelos áridos planaltos de Moabe.
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Não havia mais ninguém além das duas no meio
daquela imensa paisagem.
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Já era quase noite, e Rute olhava para sua
sogra, talvez se perguntando se não seria melhor procurar um lugar para dormir.
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Rute tinha muito carinho por Noemi e faria todo
o possível para cuidar dela.
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As duas levavam no coração uma grande dor.
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Noemi era viúva já por muitos anos, mas agora
chorava a morte de seus dois filhos, Quiliom e Malom.
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Rute também estava de luto.
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Malom era seu marido.
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Ela e Noemi iam para o mesmo lugar, a cidade de
Belém, em Israel.
2- Abandono da Idolatria (Rt. 1.16).
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Vendo Noemi naquela estrada deserta, Rute não
tinha dúvida do que sentia.
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Seu coração transbordava de amor por Noemi
— e pelo Deus a quem ela servia.
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Assim, Rute disse: “Não instes comigo para te abandonar, para recuar de te acompanhar;
pois, aonde quer que fores, irei eu, e onde quer que pernoitares, pernoitarei
eu”. Teu povo será o meu povo, e teu Deus, o meu Deus.
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Onde quer que morreres, morrerei eu e ali serei
enterrada.
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“Assim me
faça Jeová e assim lhe acrescente mais, se outra coisa senão a morte fizer
separação entre mim e ti.” — Rute 1:16, 17.
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O povo de Noemi se tornaria seu próprio povo,
pois Rute estava disposta a deixar para trás tudo que conhecia em Moabe
— incluindo os deuses moabitas.
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Ao contrário de Orfa, Rute podia dizer
com toda a sinceridade que queria que o Deus de Noemi, Jeová, também fosse seu
Deus.
3- Obediência e Submissão (Jz. 3.6).
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Quando as duas se estabeleceram em Belém, Rute
começou a pensar em qual seria o melhor modo de cuidar de si mesma e de Noemi.
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Ela soube que a Lei que Israel havia recebido de
Jeová incluía uma provisão amorosa para os pobres.
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Eles tinham permissão de entrar nos campos na
época da colheita e seguir os ceifeiros, respingando o que fosse deixado para
trás e o que crescia nas beiradas dos campos. (Lev. 19:9, 10; Deut. 24:19-21.).
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A fé demonstrada por Rute é um excelente exemplo
para todos os que lutam pelo sustento nesta época de dificuldades econômicas.
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Ela não se achava no direito de exigir nada dos
outros e, por isso, era grata por tudo que faziam por ela.
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Não
sentia vergonha de trabalhar arduamente por várias horas para cuidar de quem
amava, mesmo que fosse num serviço humilde.
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Com apreço, aceitou e aplicou conselhos sábios
sobre como trabalhar com segurança e em boa companhia.
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O mais importante é que nunca perdeu de vista
onde estava seu verdadeiro refúgio — sob a proteção de seu Pai, Jeová
Deus.
II SUA RECOMPENSA
1-Seu casamento com Boaz (Rt. 4.13).
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Uma curiosidade: você sabia que Rute ultrapassa
as barreiras para unir?
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Seu nome
significa “amizade”.
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Essa moabita guerreira, embora viúva de Quiliom,
voltou para Israel com a sogra Noemi.
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Ela se casou com Boaz, que era israelita.
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Já
pensou, que privilégio?
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Na genealogia de Cristo, em Mateus 1,
encontramos cinco mulheres.
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É
interessante o nome de Rute estar lá porque, como uma moabita, que não podia
fazer parte do povo de Israel, ela mostrou que se formos leais e confiantes,
poderemos ser recompensados. Deus cuida!
2- Bisavó de Davi (Rt. 4.17).
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Boaz e Rute foram os bisavós do rei Davi, Rute e uma das
antepassadas da família de Jesus.
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Rute era moabita.
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Qualquer participação de uma moabita na
comunidade de Israel seria vedada por dez gerações, mas ela foi aceita pela
obediência e pela fé, características que precisamos para pertencer ao povo de
Deus.
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A opção de seguir ao Senhor é a melhor decisão
que podemos tomar na vida.
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Sempre vale a pena ajudar as outras pessoas.
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Com certeza, essa é uma recompensa que não
falha.
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Ainda que estivermos sofrendo muito, podemos
sentir que Deus estará nos protegendo.
3-Parente de Jesus (Rt. 4.22).
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V.10 e
também tomo por mulher Rute, a moabita, que foi esposa de Malom, para suscitar
o nome deste sobre a sua herança, para que este nome não seja exterminado
dentre seus irmãos e da porta da sua cidade; disto sois, hoje, testemunhas.
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Jesus não apenas foi o nosso resgatador, mas
continua sendo.
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Ele continua nos redimindo.
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Ele nos
redime todos os dias, colocando o seu manto sobre mim, chamando-me para o seu
lado, reconhecendo-me como Sua noiva.
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Todos os dias, dia após dia, ele continua a nos
redimir, e redime a você também.
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Não
somente quando nos convertemos, mas hoje também, salvando-nos da nossa própria
estupidez, de nosso próprio pecado, de nossa própria fraqueza.
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Ele nos adquiriu com o Seu sacrifício no
Calvário, e se apresentou para nos resgatar, com o seu próprio sangue.
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Nós nos tornamos parente de Jesus pela fé quando
aceitamos seu sacrifício vicário, nos tornando filho de Deus irmão de Jesus por adoção.
Pr. Carlos Borges (CABB)
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