sábado, 6 de abril de 2019

JONAS: O PROFETA FUJÃO


Jn. 1.1-5
Introdução: Jonas era filho de Amitai. Morava em uma pequena aldeia chamada Gate-Hefer na terra de Zebulom na Galileia. Certo dia Deus falou a Jonas: Jonas! Eu quero que você se disponha para mim. Suba a grande cidade de Nínive e profetize contra ela, porque os seus pecados subiram até mim e já não os posso suportar.


I O PROFETA E A SUA MISSÃO
1-Pregar em Nínive (Jn 1.2)
·        Jonas é mencionado em 2 Rs.14.25.
·        Ele profetizou durante o reinado de Jeroboão II, que foi o rei de Israel de 793 a.C a 753 a.C e provavelmente pertenceu ao grupo de profetas mencionado em conexão com o ministério de Elias (2 Rs.2.3).
·        Deus deu uma ordem a Jonas que fosse pregar em Nínive, a cidade mais importante da Assíria, um emergente poder mundial de seus dias.
·        Dentro de 50 anos Nínive se tornaria a capital do vasto império Assírio.
·        Jonas se dispôs, mas não para obedecer a Deus e sim fugir Dele.
·        Foi até o porto de Jope e embarcou em um navio que se dirigia para Társis.
·         Jonas provavelmente lutava com os sentimentos que nutria contra Nínive, uma das cidades do império Assírio.
·        Um império de gentios cruéis e inimigos de Israel.

2-Sua Fuga (Jn. 1.3).
·        Quem não conhece a história de Jonas o profeta fujão? Que foi chamado por Deus para advertir a cidade de Nínive concernente ao juízo divino que estava prestes a se abater sobre ela em consequências de seus pecados.  .
·        Nínive era a capital da Assíria, uma nação perversa, cruel e imoral; e era para esta nação que Deus chamou Jonas para levar a palavra de Deus.
·        Mas ao invés de Jonas atender ao chamado de Deus, ele resolve fugir da presença de Deus, o que sabemos que é impossível; pois Deus é Onisciente, Onipresente e Onipotente.
·        Que situação calamitosa, Deus chama um profeta sua para uma missão, e, ele resolve desobedecer a Deus.
·        Toda desobediência tem um preço.
·        Jonas enfrentou uma grande tempestade, colocaram em risco muitas vidas, foi dormir, e por fim foi atirado ao mar.
·        A história de Jonas nos alerta, de que não vale apena desobedecer a Deus, o preço é muito alto.

3-Uma nova chance (Jn. 3.1).
·        Em Jonas 3, aprendemos que não há caso perdido. Embora Nínive fosse ímpia e má, quando ouviu a Palavra de Deus por meio de Jonas, ela creu.
·        Muitas vezes nós rotulamos as pessoas.
·        Não acreditamos que “aquele” ou “aquela” pessoa possa ser convencida pelo Espírito Santo para arrependimento.
·        Isso cria um bloqueio e não compartilhamos com elas a boa Palavra de Deus. Jonas a princípio, fez o mesmo.
·        Mas quando Deus o impeliu a pregar, e ele o fez, os ninivitas creram.
·        Do menor ao maior, todos expressaram atitude de arrependimento.
·        Em consequência a isso, a nação foi perdoada e o juízo de destruição cancelado.
·        Muitas famílias, pessoas, enfim poderiam ser poupados se nós, os que cremos compartilhássemos mais a mensagem de Jesus Cristo.

II SUAS CONTRADIÇÕES
1- Um peso para o navio (Jn. 1.4).
·        Jonas odiava os assírios e temia suas atrocidades.
·         Seu ódio era tão forte que não desejava que recebessem o perdão de Deus.
·         Na verdade temia que aquele povo se arrependesse. (Jn 4.2,3).
·        Por esta razão, respondeu com indiferença e desobediência ao propósito de Deus.
·         Talvez, não sabendo ele que a desobediência é a consequência e a causa de todos os males.
·        Jonas fugiu de suas responsabilidades para com Deus.
·        Suas desobediências foram: 1-Quando fugiu da vontade de Deus; 2- Quando fugiu da presença de Deus (Sl 139.7,8).; 3-Quando fugiu de sua missão.; 4-Consequências da Desobediência: 5- Deus enviou uma grande tempestade. (1.4). 6-Deus enviou um grande peixe para que tragasse a Jonas. (1.7).
·        Instrumento de Castigo: “… e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe.” (1.17).

2- Adorar sem obediência (1.3)
·        Em meio à forte tempestade, Jonas dormia profundamente no porão do navio, talvez por causa do cansaço, exaustão e pressão.
·        Isto nos mostra a condição espiritual do profeta, que ao invés de estar buscando a Deus em favor dos marinheiros que estavam prestes a ir a pique, preocupava-se apenas consigo mesmo.
·         Mesmo diante da aparentemente situação os atos de Jonas não incomodavam sua consciência.
·        A negligência é a omissão de cuidado; descuido, incúria, desmazelo, menoscabo, desatenção.
·        “Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios.” (1Tss 5.6).
·        “Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentro os mortos, e Cristo te esclarecerá.” (Ef 5.14).
·        “… que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.” (Rm 13.11).


3- Pregar sem paixão (Jn 3.4).
·        Jonas foi pregar em Nínive sem ter paixão pelas almas que ali residiam.
·        Apesar da iniquidade dos habitantes de Nínive, eles estavam abertos à mensagem de Deus e arrependeram-se imediatamente.
·        Se simplesmente anunciamos a mensagem da salvação que é concedida por Deus, surpreender-nos-emos pelo número de pessoas que nos ouvirão.
·        O fato era que a cidade era grande e Jonas começou a pregar a palavra de Deus percorrendo a cidade que levava três dias de caminhada e ia dizendo: “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida”.
·        O bom pregador deve pregar com amor pelas almas, não podemos ir pregar a mensagem do Evangelho sem ter o amor que Jesus teve pelas almas perdidas.

III SEUS RESULTADOS
1- O arrependimento de Nínive (Jn 3. 5).
·        Dos versos de 5 a 10, veremos que os ninivitas se arrependem e Deus responde com compaixão.
·        A pregação de Jonas trouxe dramático arrependimento, o qual evocou a misericórdia de Deus em relação à Nínive.
·        Que pregação excelente – pregar a pura palavra de Deus, se acréscimos ou invenções - e que eficácia: O povo creu.· Arrependeram-se.  Proclamaram um jejum. Vestiram-se com panos de saco, a vestimenta tradicional do luto no antigo Oriente Próximo. O arrependimento foi rápido e muito difundido.

2- Deus susta o juízo (Jn 3.10)
·        O verso 10 fala que Deus se arrependeu.
·         Samuel afirmou em 1 Sm 15.29 que 29 “Aqueles que é a Glória de Israel não mente nem se arrepende, pois não é homem para se arrepender”.
·        A ideia de arrependimento para nós traz sempre a conclusão de que erramos interiormente.
·        Mas a palavra usada aqui poderia ser traduzida por “compadece”.
·         Neste caso, o verso ficaria. “E Deus se compadeceu, e o mal que tinha dito lhes faria, não o fez”.
·         Davi afirmou em Salmos 51.17 que Deus não despreza a um coração quebrantado e contrito.
·         Desta forma, fica fácil pensar que a não destruição de Nínive não foi porque Deus se arrependeu, mas porque os ninivitas se arrependeram e creram nele.


3-A resposta Final( Jn 4.11).
·        O que queria Deus dizer quando falou a Jonas que havia na cidade de Nínive mais de 120.000 pessoas “que absolutamente não sabem a diferença entre a sua direita e a sua esquerda”?
·        Deus enviou o profeta Jonas a Nínive, para anunciar a sua iminente ruína.
·         Toda a população arrependeu-se então, de modo que Deus decidiu poupar a cidade.
·         A reação de Jonas a este desenvolvimento foi má, e Deus disse-lhe: “Não devia [eu] ter pena de Nínive, a grande cidade, em que há mais de cento e vinte mil homens que absolutamente não sabem a diferença entre a sua direita e a sua esquerda, além de haver muitos animais domésticos?” — Jonas 4:11.
·        Alguns comentadores entenderam disso que havia 120.000 jovens (talvez abaixo da idade de cinco ou sete anos) na cidade, de modo que calcularam a sua população total em 600.000.
·         Tais comentadores referem-se ao tempo em que Deus disse a Moisés que os únicos que entrariam na Terra da Promessa, seriam os “pequeninos” ou “vossos filhos que hoje não conhecem nem o bem nem o mal” (Deu. 1:39).
·         Disse-se também que, se Yahweh estava disposto a poupar Sodoma, se tivesse havido ali apenas dez justos, sua misericórdia certamente poderia tê-lo induzido a poupar uma grande cidade com 120.000 jovens, que nem mesmo aprenderam a distinguir uma mão da outra. — Gên. 18:22-32.

Pr. Carlos Borges(CABB) 

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