Jo. 13.33-35
Introdução: Jesus disse: “Um novo mandamento vos dou:
Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos
outros vos ameis” (João 13:34).
Será que Jesus substituiu a definição clara do amor nos Dez Mandamentos por um
novo princípio religioso, que diz que basta o amor para guiar
nossas vidas?
I AMOR A TODA PROVA
1-Sua hora havia chegado (Jo. 13.1).
·
Jesus sabia que seria traído por um dos seus
discípulos, negado por outro e abandonado por todos eles por um tempo.
·
Todavia, “Como havia amado os seus que estavam
no mundo, amou-os até o fim”.
·
Deus nos conhece completamente, assim como Jesus
conhecia os seus discípulos.
·
Ele sabe dos pecados que cometemos e aqueles que
ainda vamos cometeremos.
·
Entretanto, mesmo assim ele nos ama.
·
Isto porque a partir de João 13.1, até o
capítulo 17.26, temos a descrição da última noite e das últimas instruções de Jesus
aos seus discípulos antes de se entregar para o sacrifício voluntário na cruz
em nosso lugar.
2-Jesus sabia que seria traído (Jo. 13.2).
·
Entre os numerosos discípulos que o seguiam,
Jesus designou doze para serem os mais próximos, para partilharem e continuarem
a sua missão.
·
Não foi com ligeireza que instituiu este grupo
de doze apóstolos, foi depois de ter orado toda uma noite.
·
Mas, a dado momento, Jesus apercebeu-se de uma
mudança de atitude em Judas, um dos doze.
·
Jesus compreendeu que ele se afastava
interiormente, e até que o ia «entregar», como dizem os evangelhos.
·
Segundo o evangelho de João, já na Galileia,
muito antes dos acontecimentos em Jerusalém que deviam levá-lo à cruz, Jesus
compreendeu o que se passava (João 6,70-71).
·
Por que razão não afastou Judas nessa altura e o
conservou perto de si até ao fim?
·
Uma das palavras que Jesus utiliza para falar da
criação do grupo dos doze apóstolos dá-nos uma pista: Não vos escolhi eu a vós, os Doze? (João 6,70; ver também João 13,18).
3-Jesus sabia da confiança do Pai (13.3)
·
Você já se perguntou por que algumas pessoas tem
mais intimidade com Deus do que as outras?
·
Você já pode ter pensado que, como muitos pais
humanos, Deus tem seus filhos favoritos.
·
Enquanto
alguns parecem ser tão íntimos e próximos, outros parecem distantes e
indiferentes com o Pai.
·
Mas a realidade é que Deus não tem favorito e
nem ama um filho menos do que o outro, pois Ele ama cada ser humano com
amor infinito e incondicional.
·
Ele trouxe a todos, liberdade de aproximar do
Seu trono da graça com confiança, e assim, somos nós, e não Ele, quem escolhe o quão perto ou longe estaremos
do Seu trono onde Deus se encontra.
·
“Assim, aproximemo-nos do trono da graça com toda a
confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude
no momento da necessidade.”
(Hebreus 4:16, NVI).
(Hebreus 4:16, NVI).
·
Portanto, a intimidade com Deus depende
apenas da nossa vontade e comprometimento de se aproximar Dele, pois
o convite de Jesus está sempre aberto.
·
Ele fala em nossos corações.
·
Eis que estou à porta
e bato. “Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com
ele, e ele comigo.” (Apocalipse 3:26, NVI).
II LAVA OS PÉS DOS DISCÍPULOS
11- Amor
Perseverante (Jo. 13.1).
·
A perseverança é a chave para uma vida firme com
Jesus.
·
Ter perseverança significa persistir em seguir
Jesus, mesmo enfrentando muitas dificuldades,Perseverar é não desistir.
·
Seguir Jesus nem sempre é fácil, mas se
perseveramos receberemos a recompensa de Deus.
·
Perseverar também é persistir em fazer o bem.
·
Há muita tentação para se desviar, mas com a
ajuda de Deus você pode resistir.
·
Perseverar é continuar fazendo o bem, independentemente
das circunstâncias, por amor a Deus.
·
E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo
próprio colheremos, se não desanimarmos. Gálatas
6:9.
·
Meus irmãos considerem motivo de grande alegria
o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua
fé produz perseverança.
·
E a perseverança deve ter ação completa, a fim
de que vocês sejam maduros e íntegros, sem que falte a vocês coisa alguma. Tiago 1:2-4.
2-Lavou os pés dos Discípulos
com humildade (Jo. 13 4,5).
·
Jesus
lavou os pés dos discípulos para lhes ensinar a servir uns aos outros.
·
Ele estava dando o exemplo para todos seguirem.
·
Quem ama
Jesus serve seus irmãos.
·
No tempo de Jesus, quando as pessoas chegavam a
casa lavavam os pés, porque muitos andavam descalços ou de sandálias.
·
Na casa
com convidados, a pessoa de posição mais baixa na casa lavava os pés dos
convidados.
·
Normalmente, lavar os pés era o trabalho dos
escravos ou das mulheres.
·
Ninguém
queria lavar os pés dos outros, porque o pé era a parte mais suja do corpo.
·
Jesus era o líder.
·
Ele não tinha a obrigação de lavar os pés de
ninguém. Pelo contrário, outras pessoas deveriam lavar os seus pés!
·
Mas Jesus
não se preocupava com sua posição social (João 13:3-5).
·
Ele fez o
trabalho que precisava ser feito, para o bem de seus discípulos.
·
Jesus não
agia como se fosse superior aos outros.
3- Pedro e Judas (Jo13.).
·
Você já parou para pensar com qual, ou quais dos
apóstolos se parece mais? Cada pessoa irá se identificar mais com um e menos
com outros.
·
As personalidades dos doze são bastante
diferentes.
·
Observando o trabalho de Jesus com cada um,
podemos compreender as mudanças, o amadurecimento ao qual Deus nos conduz.
·
Vejamos a diferença entre Pedro e Judas, em
relação à culpa.
·
Os dois traíram Jesus.
·
Judas, por algumas moedas de prata.
·
Pedro, devido ao medo da cruz. Claro que as
motivações foram diferentes, mas o que mais chama a atenção neste caso é o
desfecho da história: Judas enforcou-se!
Pedro tornou-se o primeiro Papa pedra sobre a qual Jesus edificou sua Igreja!
Por quê?
·
A Palavra diz: “Então Judas, que o entregara,
vendo que Jesus fora condenado, sentiu remorso… retirou-se e foi enforcar-se”.
·Judas percebeu seu erro e
sentiu remorso, aquela dor profunda de quem errou e acredita que seu erro não
tem concerto.
·
O problema do remorso é que ele congela a pessoa
no momento do erro, fazendo-a acreditar que tudo acabou.
·
Quando olhamos apenas para o erro e cremos que
falhamos de uma forma irreparável, dificilmente nos damos uma nova chance.
·
Parar no erro e condenar-se é ser como Judas.
·
Ele acreditou que sua vida havia chegado ao fim,
que não haveria mais motivos para continuar a viver, pois o erro que havia
cometido não merecia perdão; acreditou que não merecia uma nova chance, foi
cruel consigo e enforcou-se.
·
Judas aprendeu com Jesus o que é o amor, a
misericórdia, o perdão?
III O Novo Mandamento
1-Tema Chave de Jesus (Jo. 13.33).
·
Nosso Salvador terminou os seus discursos
públicos.
·
Ele agora
se concentra em uma conversa particular com seus amigos.
·
Assim nós temos um relato do que aconteceu entre
ele e seus discípulos.
(1) Ele lavou os pés de seus discípulos: Jesus e seus discípulos estavam jantando.
(1) Ele lavou os pés de seus discípulos: Jesus e seus discípulos estavam jantando.
·
Jesus levantou-se, tirou a sua capa, e amarrou
uma toalha na sua cintura.
·
(2) Jesus sabia que ele seria traído por um de seus discípulos, negado
por outro e abandonado por todos.
·
Ainda
assim, ele agora mostra a eles a extensão total do seu amor.
·
Deus nos conhece completamente assim como Jesus
conhecia os seus discípulos (João 2:24-25, 6: 64).
·
João 13: 1-17 - Estes versículos nos
contam o que Jesus disse aos seus discípulos na noite anterior à sua morte.
·
Tendo
apenas os discípulos como sua audiência, Jesus deu as instruções finais para
prepará-los para a sua morte e ressurreição.
2- Novo Mandamento (Jo. 13.34,35).
·
João
13:34-35 Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim
como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.
·
Nisto
conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.
·
“Novo
mandamento vos dou”.
Um mandamento recém-chegado, mas que se baseia no 2º grande mandamento da
antiga lei, “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus
22:39).
·
É
uma ordenança inquestionável de Jesus para que o homem se aproxime mais do
caráter santo e perfeito de Deus.
·
Jesus viveu
intensamente este amor e mostrou na prática como devemos andar também, ou seja,
amando uns aos outros como Ele nos amou. “Nisto
conhecerão todos que sois meus discípulos”–
3-Testemunho do amor (Jo. 13,35).
·
Esta situação era bem solene. Ele escolheu lavar
os pés dos discípulos e desse modo estabelecer um exemplo. Isso mudaria a vida deles para sempre. Quatro razões podem
ser estipuladas como e porque Cristo fez isso:
·
(1)
Para mostrar a natureza de seu amor incondicional pelos seus discípulos – versículos
1
·
(2)
Para expressar o seu amor incondicional através de sua humildade voluntária –
versículos 3-5
·
(3)
Para exemplificar seu amor incondicional através do trabalho servil de lavar os
pés.
·
Isto
é uma mudança de paradigma importante significando não apenas uma troca de ação
entre senhor e servo, mas também uma transformação espiritual.
·
(4)
Para estabelecer um exemplo de amor incondicional para todo o cristão para que
cada um possa ser “o servo dos servos” – versículos 12-17
·
Portanto amemos uns aos outros como Jesus nos amou, pois “se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a
seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não
pode amar a Deus, a quem não vê” (1 João 4:20).
Pr. Carlos Borges (CABB)
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