Jo. 17.13-17
Introdução: O discurso
do cenáculo é concluído nesta “oração sacerdotal”, pois é neste momento que
Jesus se consagra para o sacrifício em que Ele é, simultaneamente, sacerdote e
vítima. O sacerdote fazia sacrifícios pelo povo e intercedia por eles, e aqui
vemos Jesus intercedendo e se preparando para sua morte.
I A VIDEIRA VERDADEIRA
1-Pruduz Frutos (Jo. 15.1-11).
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Cristo é a videira verdadeira, e Deus é o
Lavrador que cuida dos ramos para torná-los frutíferos.
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Os ramos são todos aqueles que se declaram
seguidores de Cristo.
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Os ramos frutíferos são os verdadeiros crentes
(servos) que, por meio da união de sua vida com a de Cristo, produzem muitos
frutos para o Reino.
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Mas aqueles que se tornam improdutivos, que se
negam a seguir a Cristo depois de estabeleceram um compromisso superficial com
Ele, serão separados da videira.
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Os seguidores improdutivos são como mortos serão
cortados e lançados fora.
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Jesus faz distinção entre os dois tipos de poda:
Arrancar e lançar fora e limpar os ramos.
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Os ramos frutíferos são limpos, para que o seu
crescimento seja favorecido.
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Isso indica que algumas vezes Deus nos
disciplina, visando fortalecer o nosso caráter e a nossa fé.
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Mas os ramos que não dão frutos são arrancados
do tronco, não somente porque não tem valor, mas também porque muitas vezes
influenciam o restante da árvore.
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As pessoas que não dão frutos para Deus ou que
tentam obstruir os esforços daqueles que o estão seguindo, serão tirados da Videira e
não desfrutarão do poder vivificante do Senhor.
2- Frutos que permanecem (Jo. 15.6.20).
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Estar em Cristo significa (1)- Crer que Ele é o Filho de Deus (1 Jo. 4.15). (2)- Recebe-lo como
Salvador e Senhor (Jo. 1.12). (3) – Fazer o que Deus diz (1. Jo. 3.24). (4)-
Continuar a crer nas Boas Novas (1 Jo. 2.24). E (5) – Relacionar-se em amor com
os demais crentes que formam o corpo de Cristo (Jo. 15.12).
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Quando a videira produz muitos frutos, Deus é
glorificado porque Ele diariamente envia a luz solar e a chuva para fazer a
plantação crescer, e constantemente alimenta cada planta pequena, preparando-a
para florescer.
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Que momento de glória é para o Senhor da
colheita quando ela é levada para os celeiros, pois está madura e pronta para
uso.
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Ele faz tudo isso acontecer!
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Esta analogia demonstra como Deus é glorificado
quando as pessoas têm um bom relacionamento com Ele e começa a dar muitos
frutos em sua vida.
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Quando as coisas estão indo bem, sentimos
júbilo.
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Quando as dificuldades chegam, muitas vezes,
afundamo-nos na depressão.
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Mas a verdadeira alegria transcende (vai além
dos limites) da onda gigante das circunstancia; vem de um relacionamento consistente
com Jesus Cristo.
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Quando a nossa vida está entrelaçada com a dEle.
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Jesus nos ajuda a andar sobre as adversidades sem
cair em profunda debilidade, e conduz-nos à prosperidade, sem que nos movamos
em uma soberba ilusória.
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A alegria de viver com Jesus Cristo diariamente
nos manterá sensatos, a despeito da dimensão de nossos problemas.
3- O mundo nos Odeia (Jo. 15.21-26).
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Mais uma vez Jesus ofereceu esperança.
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O Espírito Santo nos dá força para resistir ao
ódio que não tem razão de ser, ao mal em nosso mundo e à hostilidade que muitos
demonstram contra Cristo.
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Isso é especialmente confortante para aqueles
que enfrentam perseguições.
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Jesus usou dois nomes para o Espírito Santo “Consolador e Espírito da Verdade”.
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A palavra “Consolador”
transmite o sentido da ajuda, encorajamento e força, estão contidos na obra do
Espírito Santo.
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A expressão “Espírito
da Verdade” indica o ensino, o esclarecimento e a lembrança do Espírito.
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Ele ministra à mente e ao coração dos cristãos.
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As duas atribuições são importantes.
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Por que
os eleitos não são mais do mundo e o mundo os odeia (17.14-16).
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Nós
(eleitos) não somos mais do mundo, fomos tirados do mundo.
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Eleitos
por Deus o pai, fazemos parte de uma família divina agora, Deus o pai nos
ressuscitou juntamente com Cristo e nos fez assentar nos lugares celestiais em
Cristo Jesus. (Ef 2.6).
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E justamente por não sermos do mundo, ele nos
odeia.
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Assim
como Cristo não é do mundo, quando nos unimos a ele, também não somos mais.
II O ESPÍRITO SANTO
1- O Espírito Santo no mundo (Jo. 16.5-11).
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Uma busca cuidadosa
nas Escrituras irá mostrar que toda obra de Deus tem sido, e sempre será em
Trindade.
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É sempre Deus o Pai,
em Seu propósito; Cristo, o Filho, como Aquele que executa esses propósitos, e
o Espírito, por meio de cujo poder os propósitos são executados.
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O Espírito Santo é
eterno. (Hebreus 9.14.)
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Ele é uma Pessoa e não apenas uma influência,
pois o Senhor Jesus diz em João 14.16, “E eu
rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para
sempre“.
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Ele convence o mundo
do pecado e avisa do juízo prestes a vir. (João 16.8-11.)
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Ele guia a toda à
verdade; Ele glorifica a Cristo, e cuida das coisas de Cristo, e as mostra para
nós. (João 16.13,14.)
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Ele, o Espírito Santo, fala
em João 16.13, Atos 13.2, 1 Timóteo 4.1 e Apocalipse 14.13.
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Ele reparte a cada um conforme Ele quer. (1 Coríntios 12.11.)
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Ele nos auxilia em nossas fraquezas e intercede pelos santos.
(Romanos 8.26.)
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Ele possui os pensamentos de Deus, por isso temos a mente do
Espírito, conforme a vontade de Deus. (Romanos 8.27.)
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Ele é o Espírito de verdade – sendo as próprias palavras das
Escrituras a expressão do Espírito. (João 16.13; 1 Coríntios 2.13).
2- O Espírito Santo no crente (Jo. 16.12-15).
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A verdade a qual o Espírito Santo nos conduz é a
respeito de Cristo.
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O Espírito Santo também nos ajuda, pela prática da
paciência, a discernir o certo do errado.
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Jesus disse que o Espírito Santo lhes anunciaria
“o que há de vir”; a natureza da missão dele, a oposição que enfrentaria e
o resultado final de seus esforços.
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Eles não entenderam completamente estas
promessas até a vinda do Espírito Santo, após a morte e a ressurreição de
Jesus.
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Então o Espírito Santo revelou aos discípulos as
verdades que foram escritas nos livros que agora formam NT.
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Todo crente é habitado
pelo Espírito, e sabe disso pelo amor de Deus que é derramado em seu coração.
(Efésios 1.13; 1 Coríntios 6.19; Romanos 5.5.).
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Toda bênção cristã é
um dom. Não recebemos essas bênçãos por nossos próprios esforços ou orações.
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Nós as recebemos
quando a fé recebe a Cristo, e crê no evangelho da Sua graça. (Efésios 1.3.)
·
Aqueles que creram no
evangelho no dia de Pentecostes receberam também o dom do Espírito. (Atos 2.38.)
3- Paz e bom animo (Jo. 16.23).
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Jesus falava sobre um
novo relacionamento entre o crente e Deus.
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No antigo pacto, as
pessoas se aproximavam de Deus por intermédio dos sacerdotes.
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Depois da ressurreição
de Jesus, qualquer crente poderia aproximar-se de Deus, diretamente.
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Um novo dia amanheceu,
e todos os crentes são sacerdotes, podem falar com Deus pessoalmente e diretamente
(Hb. 10.19-23).
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Aproximamo-nos de Deus
não por causa de nossos méritos, mas porque Jesus, nosso grande Sumo Sacerdote,
tornou-nos aceitáveis a Deus.
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O nosso desfrutar
daquilo que temos recebido depende do nosso andar. (Romanos 15.13; Efésios
4.30; 1 Coríntios 2.15.).
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Andemos
cuidadosamente, em oração, submissos à Palavra, e julgando tudo aquilo que
possa impedir a ação do bendito Espírito de Deus em nos mostrar as coisas que
pertencem a Cristo.
III
JESUS ORA POR NÓS
1- Jesus ora por salvação (Jo. 17.1-5).
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Jesus fez essa oração especificamente pelos
discípulos, não pelo mundo em geral: “Eu peço em favor deles. Não peço em
favor do mundo, mas por aqueles que Me deste, pois são Teus.” (v.9).
·
A oração inteira aqui neste capítulo foi feita
não somente pelos onze discípulos, mas por TODOS os discípulos de Jesus,
inclusive os de hoje.
·
Veja o
que Ele disse: “Não peço somente por eles
[os onze], mas também em favor dos que vão crer em Mim por meio da mensagem
deles.” (v.20).
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Isso
inclui você e eu também! Como disse uma jovem, não é “fera” saber que Jesus
orou por nós, especificamente por mim e por você?
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Saber que não há como o Pai não responder essa
oração que o Filho fez em nosso favor? Enquanto você for um discípulo,
considere-se coberto e garantido por ela!
2- Jesus ora por proteção (Jo. 17.6-20).
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Jesus orou por todos aqueles que ainda o
seguiriam, incluindo eu, você e os outros que conhecemos.
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Ele orou por nossa unidade (Jo. 17.11), para
sermos protegidos contra o Diabo (Jo. 17.15) e para que Deus nos santificasse
(Jo. 17.17).
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Saber que Jesus orou por nós deve dar-nos
confiança para trabalharmos para o seu Reino.
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O grande desejo de Jesus para os seus discípulos
era que fossem como um só ser.
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Queria que se unissem como uma testemunha poderosa
da realidade do amor de Deus.
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Nós estamos ajudando na união do corpo de
Cristo, a Igreja?
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Nós podemos orar por outros cristãos, evitar
fofocas, ensinar outros, trabalhar junto a alguém com humildade, dar seu tempo
e seu dinheiro, exaltar a Cristo, recusar-se a tomar partido em discursões que
tragam divisão no meio do povo de Deus.
3- Jesus ora por unidade (Jo. 17.21-26).
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Jesus orou pela unidade entre os cristãos,
baseando-se na unidade entre Ele e o Pai.
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Os cristãos poderão conhecer a unidade entre si
se viverem em união com Deus.
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Por exemplo, cada ramo vive ligado à videira,
que por sua vez está unida a todos os outros ramos, agindo do mesmo modo.
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Jesus não pediu ao Pai para nos tirar do mundo,
mas para sermos guardados do mal. Passaremos por aflições, mas ele nos livrará
do mal... A oração do Pai Nosso também nos fala de livrarmos do mal. R. C.
Sproul, em seu livro “A oração muda às
coisas?”, nos explica que “mal”
está se referindo ao o diabo mesmo, a Satanás, e não ao oposto de bem.
Pr. Carlos Borges (CABB).
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