sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

A TEMPESTADE ACALMADA



Mc. 4.35-41
Introdução: Jesus acalma a tempestade, certamente um dos relatos mais impressionantes que podemos imaginar. O palco era o barco naquele dia, e o Autor da vida mostrou mais uma vez a sua grandeza em relação a absolutamente tudo, até a natureza.

35. “E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para o outro lado.36.. E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos. 37.E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia. 38.E ele estava na popa, dormindo sobre uma almofada, e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos? 39.E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança. 40.E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé? 41. E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?” (Marcos 4.35-41)


I ASPECTO DO MILAGRE
1-A travessia do mar (Mc. 4.36).
1.      V. 36 – Esse versículo fala da travessia de vários barcos, e não apenas de um, bem como da despedida das multidões, que tinham acabado de ser instruídas por meio de parábolas.
2.      Talvez Marcos desejasse dizer-nos que se tornara difícil para Jesus escapar das multidões, mesmo quando atravessava o lago, pois outros tinham aprendido a seguir Jesus.
3.       Ou então, conforme alguns sugerem, Jesus reunira grande número de discípulos por essa época.
4.      A esses era permitido segui-lo, o que significa que, pelo menos em algumas ocasiões, foram incluídos no círculo mais íntimo.
5.      Talvez alguns dos setenta estivessem entre eles.

2-A Tempestade (Mc. 4.37)
1.      Em primeiro lugar, as tempestades da vida são inesperadas.
2.       William Barclay diz que o Mar da Galileia era famoso por suas tempestades.
3.      É um lago de águas doces, de 21 quilômetros de comprimento por 14 de largura, há 220 metros a baixo do nível do Mar Mediterrâneo e é cercado de montanhas por três lados, que têm até 300 metros de altura.
4.      Os ventos gelados do Monte Hermon (2.790m), coberto de neve durante todo o ano, algumas vezes, descem com fúria dessa região alcantilada e sopram com violência, encurralados pelos montes, caindo sobre o lago, encrespando as ondas e provocando terríveis tempestades. 
5.      Essa era uma profissão que eles tinham anos de prática, então certamente enfrentaram diversas tempestades em suas vidas e também era conhecido que aquela região que estavam passando tinha várias tempestades.
6.      Contudo, mesmo diante de tanta experiência ainda assim ficaram com medo daquela tempestade.
7.      Isso nos mostra que muitas das vezes em nossas vidas podemos ter a experiência necessária para diversas coisas, porém, experiência sem Jesus não adianta de nada!
3-Ele controla a tempestade (Mc). 4.39
1.      Percebemos que mesmo diante de experiência, o que realmente importa é a presença de Jesus Cristo.
2.      Na passagem da tempestade, que estamos analisando, quando os discípulos chamam Jesus, ele rapidamente faz maravilhas.
3.      Assim podemos perceber que a presença de Jesus é muito mais valiosa do que a nossa experiência.
4.       Temos que começar a compreender como igreja de Cristo, que dependemos completamente da presença de Jesus.
5.       Não adianta lotarmos nossos cultos com experiência:
6.      Chamar o pregador mais experiente.
7.      Chamar o cantor mais experiente.
8.      Chamar o maestro mais experiente.
9.      Se mesmo diante de tanta experiência, a presença de Jesus não se manifestar, não adianta nada!
10.    Estamos vivendo uma geração que pede diversos sinais, como milagres, maravilhas, curas e por aí vai…
11.     A minha pergunta para esse geração é: “Onde está a presença de Jesus na sua vida?”.

II O QUE REVELA SOBRE JESUS
1-Ele se importa com as tempestades (Mc. 4.38).
1.      Enquanto Jesus Cristo dormia tranquilamente sobre uma almofada na popa.
2.      Os discípulos lutavam com seus remos e o leme na tentativa de fugir da tempestade.
3.      Mas o esforço daqueles homens era inútil e o perigo de naufrágio era real.
4.      As ondas eram tão grandes que cobriam o barco causando inundação a bordo.
5.      O Mestre só despertou quando foi chamado por seus discípulos.
6.      Eles estavam realmente desesperados.
7.      Por isto eles perguntaram ao Senhor Jesus: “Mestre, não te importa que pereçamos?” (Marcos 4:38).
8.      Ao acalmar a tempestade Jesus revela ser genuinamente Deus.
9.       Se por um lado à plena humanidade de Cristo foi revelada no fato de Ele ter se cansado e dormido no barco, por outro lado sua plena divindade foi revelada quando Ele soberanamente acalmou a tempestade.
10.    Jesus se importa com as tempestades de nossas vidas.

2-Ele age nas Tempestades (Mc. 4.39).
1.      Jesus levanta-se com tranquilidade, repreende o vento que estava agitando as águas, dizendo: “Acalma-te, emudece!”.
2.       O vento aquietou-se, e fez-se grande bonança.
3.       A palavra dita por Jesus produziu uma calmaria instantânea.
4.      Sua voz ainda pode ser ouvida por aqueles que  o escutam.
5.      Nenhuma força até hoje pode perturbar ou causar destruição quando a alma dá ouvidos à sua voz e lhe obedece.
6.      Em sua voz está à substância da intervenção divina na vida humana, e todos nós precisamos muito dessa intervenção.
7.       A maior lição que há aqui é que Cristo pode salvar a alma das tempestades repentinas da vida.
8.      O texto do Evangelho de Marcos (4.35-41) mostra que Jesus não realiza apenas um milagre na natureza, mas, sobretudo é um libertador do medo.
9.       Esse milagre acontece fundamentado na fé e tem como objetivo despertar a fé dos discípulos.

3-Ele acalma os corações (Mc. 4.39).
1.      Os discípulos entraram em pânico porque a tempestade ameaçava destruir todos, enquanto Jesus parecia despreocupado e indiferente.
2.      A tempestade que enfrentaram era manifesta no mundo físico, mas também existem outras.
3.      Pense nas “tempestades” em sua vida., nas situações que lhe trouxeram grandes ansiedades.
4.      Quaisquer que sejam suas dificuldades, você tem duas opções: 1- Pode afligir-se e supor que Jesus não se importa mais com a sua vida. 2- Ou pode resistir ao medo e confiar Nele.
5.      Quando sentir que está entrando em pânico, confesse que precisa de Deus e confie que Ele cuidará de você.
6.      Jesus sempre defendera seus seguidores contra os ataques dos doutores da lei e fariseus, explicando-lhes as parábolas.
7.       
8.       No texto em estudo, Jesus queixa-se da ausência de fé dos discípulos.
9.       Pois os discípulos, em vez de reagir com fé, reagem com muito medo.     


III ENSINAMENTOS
1-Chegamos ao Destino (Mc. 4.35).
1.      “Naquele dia”: isso indica o mesmo dia em que as parábolas anteriores do reino foram proferidas.
2.      “Passemos para a outra margem”: Jesus frequentemente cruzava para o lado oposto do lago, porque aquela região não era muito populosa.
3.      Ali quase não o conheciam, o que lhe dava a oportunidade de escapar das multidões de ouvintes da populosa margem ocidental.
4.      A fé cresce quando permanecemos em Jesus.
5.       Permanecendo em Jesus, reconhecemos o “ser” e a “autoridade” de Jesus.
6.      Com essa fé podemos superar as tormentas da vida, tais como: medos, mortes, doenças, perdas, preocupações, acontecimentos que se acumulam na vida da gente e ameaçam nos derrubar.
7.       A própria vida desenvolve a fé em Jesus. “A fé não é obtida a partir de nossas próprias forças”. A fé é dom de Deus.
8.      A fé não é coisa pequena. Lutero nos diz na explicação do primeiro mandamento: ‘Devemos temer e amar a Deus sobre todas as coisas’.
9.       Jesus nunca nos prometeu que nada nos ameaçaria, mas que segui-lo significa tomar sobre nós a nossa cruz.
10.    “É necessário estar preparado para morrer com ele e confiar em seu poder criador”

2-Não fracassar na fé (Mc. 4.40).
1.      O evangelista mostra que Jesus queria que os discípulos entendessem mais do que entendiam.
2.      Aqui a palavra “tímidos” significa covarde/ medroso.
3.      O evangelista fala do temor covarde que levou os discípulos a entrar em pânico sob a pressão, o que mostra que ainda não haviam aprendido o suficiente sobre Jesus.
4.      Essa critica a falta de fé dos discípulos.
5.      Ainda assim, o milagre acontece.
6.       O mar agitado e o vento de tempestade são acalmados.
7.       Esse texto nos ajuda na seguinte reflexão: duvidar não facilita as coisas, antes atrapalha.
8.      Deus sempre caminhou e continua a caminhar conosco.
9.      Deus quer estar próximo de nós em todas as situações, mas muitas vezes somos ingratos e por qualquer coisa ou problema nos colocamos contra Deus.
10.     Logo dizemos: Deus nos abandonou, ou até mesmo: Deus não existe.
11.    Revoltamo-nos contra Deus, assim como os discípulos se revoltaram contra Jesus, porque durante a tempestade ele dormia tranquilamente.
12.     Manter a calma ajuda-nos a resolver os problemas mais facilmente.

3-A Pergunta mais importante (Mc. 4.41).
1.      Antes, os discípulos estavam tomados de um temor covarde; mas agora foram tomados de grande temor por causa do que tinham acabado de ver.
2.       Um tipo de medo substituiu outros, embora de melhor espécie certamente.
3.      Os discípulos ainda estavam no processo de conhecer Jesus.
4.      Por isso eles ficaram surpresos e novamente entraram em dúvida em relação a ele: “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?”.
5.      Pouco a pouco, os discípulos se dão conta de que Jesus não é qualquer pessoa que eles estão seguindo, mas é alguém com autoridade sobre o natural e o sobrenatural.
6.      Jesus critica os discípulos por seu medo desproporcional, como se os poderes do mar pudessem destruí-los contra a providência e a vontade de Deus.
7.      Ainda assim, o milagre acontece.
8.      O mar agitado e o vento de tempestade são acalmados. “A palavra dita por Jesus produziu calmaria instantânea”.
9.       Sua voz ainda pode ser ouvida por aqueles que escutam.
10.    Nenhuma força, até hoje, pode perturbar ou causar destruição quando a alma dá ouvidos à sua voz e lhe obedece


                Pr. Carlos Borges (CABB)

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