sábado, 27 de junho de 2020

A MULHER SAMARITANA E JESUS


Uma Samaritana e um Judeu (Jo.4.6-19)

A Mulher Samaritana e Jesus ( Uma Samaritana e um Judeu) (Jo.4.6-19)

1.      Jesus se assentou junto ao poço de Jacó, perto da hora sexta (meio-dia) ( Jo 4:6 e 8 ), momento em que uma mulher samaritana chega junto à fonte para tirar água (nomear alguém pelo nome da cidade era desonroso, pois demonstrava que tal indivíduo não pertencia à comunidade de Israel), e foi abordada pelo Mestre que lhe dirigiu a palavra dizendo: Dá-me de beber ( Jo 4:7 ).
2.      A atitude do Senhor para com a samaritana (solicitar água) trouxe à tona o que todo homem e mulher possuem de mais nobre: a razão, o raciocínio ( Jó 32:8 ).
3.      Obrigatoriamente a mulher formulou uma questão com base em uma gama de conhecimento prévio.
4.      Ela não formulou o pensamento mais brilhante da humanidade, mas trouxe a lume uma questão importante para aquela mulher e para o seu povo: – Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? ( Jo 4:9).
5.      Os samaritanos eram discriminados pelos judeus, mas Jesus, apesar de ser Judeu, não deu importância a esta questão, antes a mulher serviu muito bem ao propósito d’Ele naquele momento.
6.      Na pergunta, a mulher destaca que era mulher e ao mesmo tempo samaritana, ou seja, que havia um impedimento duplo àquele homem que, aparentemente, deveria ser mais um judeu zeloso da sua religiosidade.
7.      Muitos questionamentos surgiram na cabeça da samaritana, pois Jesus ignorou práticas e regras pertinentes ao judaísmo ao solicitar água. – Será que ele não percebeu que sou mulher e samaritana?
8.      Será que ele beberá da água que eu lhe der sem receio de se contaminar?

O Dom de Deus
1.      Depois de despertar o raciocínio da samaritana, Jesus estimula ainda mais o interesse da mulher: – Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
2.      A mulher samaritana não alcançou de imediato a excelência das palavras de Cristo, pois ela não possuía experiência na verdade “Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal” ( Hb 5:14 ).
3.      Se a samaritana tivesse a mente exercitada na verdade não faria a pergunta: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? 
4.      Pela argumentação, dá para perceber que a Samaritana se foca na impossibilidade de alcançar água sem os meios necessários, porém, não contestou o que Jesus afirmou sobre possuir água viva.
5.      Não considerando a argumentação inicial de Jesus acerca do dom de Deus, ela analisou: – És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?
6.      Oferecer uma alternativa de água sem ser a água do poço de Jacó fez parecer à samaritana que aquele judeu desconhecido era, no mínimo, presunçoso, pois se colocou em uma posição superior à de Jacó, que deixou o poço como legado aos seus filhos e, que naquele momento, provia a necessidade de muitos samaritanos.
7.      As questões seguintes precisavam de respostas: – Tu não tens com que tirar água e o poço é fundo! Onde tens água viva?
8.      Mas Jesus estava trabalhando para que o “ouvir” daquela mulher fosse despertado pela palavra de Deus, pois sua proposta dava a conhecer que Ele era, de fato, superior ao próprio pai Jacó.
9.      É neste ponto que estava a deficiência de conhecimento da samaritana, pois se ela conhecesse quem era Jesus, concomitantemente conheceria o dom de Deus, pois Cristo é o dom de Deus.
10.    Se ela conhecesse quem era que pedia: – Dá-me de beber, saberia que Ele era maior que o pai Jacó, saberia que Cristo era o descendente prometido a Abraão em quem todas as famílias da terra seriam bem-aventuradas ( Gn 28:14 ).
11.    Se ela conhecesse quem era o Cristo, veria que através da água que Cristo estava oferecendo, de fato e de direito ela se tornaria um dos filhos de Abraão.
12.     Se ela conhecesse a Cristo, veria que os filhos segundo a carne não são os filhos de Abraão, e sim os filhos da Fé, a descendência do último Adão (Cristo) que estava se manifestando ao mundo ( Gl 3:26 -29; Rm 9:8 ).
13.    Se ela conhecesse a Cristo, veria que apesar de fazer parte entre os últimos poderia tomar parte entre os primeiros, pois através do Descendente é possível a todos os povos serem bem-aventurada como o crente Abraão ( Mt 19:30 ).
14.    Se ela conhecesse Aquele que pedia de beber e que estava lhe oferecendo água viva, veria que Ele é o dom de Deus, pois é Cristo que dá vida ao mundo ( Jo 1:4 ).
15.    Ela veria que Ele é o sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, por quem todos os homens, de qualquer tribo ou língua, podem oferecer dons e serem aceitos por Deus “Tu subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro, recebeste dons para os homens, e até para os rebeldes, para que o SENHOR Deus habitasse entre eles” ( Sl 68:18 ).
16.    Deus deu testemunho da oferta (dons) que Abel oferecera por causa daquele que subiria ao alto levando cativo o cativeiro, o sumo sacerdote constituído por Deus sem principio e fim (eterno) de dias ( Hb 7:3), que ofereceu-se a si mesmo como Cordeiro imaculado a Deus, e só através d’Ele os homens são aceitos por Deus ( Hb 7:25 ).

Pr. Carlos Borges (CABB)

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