O
Dom de Deus
Jo.20.31
1.
Depois de despertar o raciocínio da samaritana,
Jesus estimula ainda mais o interesse da mulher: – Se tu conheceras
o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te
daria água viva.
2.
A mulher samaritana não alcançou de imediato a
excelência das palavras de Cristo, pois ela não possuía experiência na
verdade “Mas
o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os
sentidos exercitados para
discernir tanto o bem como o mal” (
Hb 5:14 ).
3.
Se a samaritana tivesse a mente exercitada na verdade não faria a
pergunta: –
Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água
viva?
4.
Pela argumentação, dá para perceber que a Samaritana se foca na
impossibilidade de alcançar água sem os meios necessários, porém, não contestou
o que Jesus afirmou sobre possuir água viva.
5.
Não considerando a argumentação inicial de Jesus
acerca do dom de Deus, ela analisou: – És tu maior do que
o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus
filhos, e o seu gado?
6. Oferecer uma
alternativa de água sem ser a água do poço de Jacó fez parecer à samaritana que
aquele judeu desconhecido era, no mínimo, presunçoso, pois se colocou em uma
posição superior à de Jacó, que deixou o poço como legado aos seus filhos e,
que naquele momento, provia a necessidade de muitos samaritanos.
7.
As questões seguintes precisavam de respostas: – Tu não tens com que tirar água e o poço é fundo!
Onde tens água viva?
8.
Mas Jesus estava trabalhando para que o “ouvir” daquela mulher fosse
despertado pela palavra de Deus, pois sua proposta dava a conhecer que Ele era,
de fato, superior ao próprio pai Jacó.
9.
É neste ponto que estava a deficiência de conhecimento da samaritana,
pois se ela conhecesse quem era Jesus, concomitantemente conheceria o dom de
Deus, pois Cristo é o dom de Deus.
10. Se ela conhecesse
quem era que pedia: – Dá-me de beber, saberia que Ele
era maior que o pai Jacó, saberia que Cristo era o descendente prometido a
Abraão em quem todas as famílias da terra seriam bem-aventuradas ( Gn 28:14 ).
11. Se ela conhecesse
quem era o Cristo, veria que através da água que Cristo estava oferecendo, de
fato e de direito ela se tornaria um dos filhos de Abraão.
12. Se ela conhecesse a
Cristo, veria que os filhos segundo a carne não são os filhos de Abraão, e sim
os filhos da Fé, a descendência do último Adão (Cristo) que estava se
manifestando ao mundo ( Gl 3:26 -29; Rm 9:8 ).
13. Se ela conhecesse a
Cristo, veria que apesar de fazer parte entre os últimos poderia tomar parte
entre os primeiros, pois através do Descendente é possível a todos os povos
serem bem-aventurada como o crente Abraão ( Mt 19:30 ).
14.
Se ela conhecesse Aquele que pedia de beber e que
estava lhe oferecendo água viva, veria que Ele é o dom de Deus, pois é Cristo
que dá vida ao mundo ( Jo 1:4 ).
15.
Ela veria
que Ele é o sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, por quem todos os
homens, de qualquer tribo ou língua, podem oferecer dons e serem aceitos por
Deus “Tu
subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro, recebeste dons para os homens, e
até para os rebeldes, para que o SENHOR Deus habitasse entre eles” ( Sl 68:18 ).
16. Deus deu testemunho
da oferta (dons) que Abel oferecera por causa daquele que subiria ao alto
levando cativo o cativeiro, o sumo sacerdote constituído por Deus sem principio
e fim (eterno) de dias ( Hb 7:3), que ofereceu-se a si mesmo como Cordeiro
imaculado a Deus, e só através d’Ele os homens são aceitos por Deus ( Hb 7:25
).
A Orção de um Justo
1. “Portanto, confessem
os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados.
2. A oração de um justo
é poderosa e eficaz. 17 Elias era humano como nós. Ele
orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante
três anos e meio. 18 Orou outra vez, e os céus enviaram
chuva, e a terra produziu os seus frutos.” (Tiago 5:16-18)
3.
Aqui,
somos instruídos a orar uns pelos outros, especialmente para aqueles que estão
lutando fisicamente e espiritualmente.
4.
E à
medida que continuamos lendo, Tiago nos lembra que Elias era um homem como nós,
que foi capaz de orar e cumprir os propósitos de Deus, como nós devemos.
5.
Ele orou
com fervor e paixão.
6. A Palavra de Deus nos diz que ele orou
“fervorosamente” e buscou a Deus com todo o seu ser.
7.
O que
motivou Elias a orar com tanta paixão?
8. Em primeiro lugar, o seu entendimento de Deus o
moveu a orar com fervor.
9. Elias sabia a quem ele estava orando.
1. Ele sabia que Deus tem todo o poder.
2. Ele entendeu que o Senhor poderia fazer o
impossível.
3. Elias orou fervorosamente, porque sua fé era em
Deus e não em sua oração.
4.
A
compreensão de cada pessoa sobre Deus vai determinar a sua força e perseverança
na oração.
5.
Deus nos
deu o Seu poderoso Espírito Santo para nos guiar na oração e nos ensinar como
devemos orar. “Da mesma forma, o Espírito nos ajuda em nossa
fraqueza.
6. Nós não sabemos o que
devemos orar, mas o próprio Espírito intercede por nós quando nós não sabemos
como colocar os nossos desejos em palavras.” (Romanos 8:26).
7.
Para
muitos, Deus é “muito pequeno” e duvidam de Seu poder e habilidade.
8. Eles não têm fé e suas orações não são
respondidas.
9. Por outro lado, aqueles que crescem em
conhecimento e compreensão de Deus Todo-Poderoso, a Sua grandeza, a Sua
soberania e santidade; aprendem a orar fervorosamente e eficaz.
10. A situação em que Elias viveu e estava sendo
confrontado, o levou a procurar a orientação e direção de Deus; portanto,
esperou em Deus para falar e responder às suas orações.
11. Devemos fazer o mesmo.
12. Quando olhamos ao redor e vemos os que estão
perdidos, magoados e feridos, isso deve levar-nos a orar fervorosamente.
13. Quando vemos pessoas que negam a vontade e a
Palavra de Deus, isto deve nos desafiar e mover-nos a orar com todo o nosso
coração.
14. Quando vemos a igreja impotente e ineficaz,
devemos acelerar nossa busca por Deus.
15. Devemos no entanto, não deixe que as condições
ao nosso redor nos oprimem; precisamos buscar a Deus e descansar Nele.
16. Seria fácil ficar sobrecarregado quando olhamos
para as condições que nos rodeiam.
17. As necessidades são enormes e podem nos
desanimar.
18. No entanto, é por isso que devemos buscar a
Deus.
19. É por isso que nós temos que correr para Ele e
descansar à sombra do Todo-Poderoso.
20. É somente quando corremos a Ele, descansamos
Nele, e derramamos nossos corações a Ele que podemos enfrentar e lidar com as
condições que nos rodeiam e ser fortalecido para fazer a Sua vontade, e
alcançar os perdidos.
Pr. Carlos Borges (CABB)