segunda-feira, 21 de junho de 2021

PREPARADOS PARA VENCER A GUERRA ESPIRITUAL


Ef.6.1-24

Introdução: Esse trecho tem o belo equilíbrio que esperamos encontrar na Palavra de Deus: os filhos devem obedecer aos pais, e os pais devem tratar os filhos de tal modo que estes se submetam aqueles. Os filhos devem obedecer aos pais por amor a Cristo, mesmo que os pais não sejam cristãos. Honrar pai e mãe e o único dos Dez Mandamentos que e seguido por uma promessa (Dt. 5.16) 

 RELAÇÃO FILHOS E PAIS

1-Filhos obedeçam a seus pais (Ef.6.1,2)

1.      Quando Paulo escreveu esta carta aos efésios, estava em vigência no Império Romano o regime do pater postestas.

2.      O pai tinha o direito absoluto sobre o filho: podia casá-lo, divorciá-lo, escravizá-lo, vendê-lo, rejeitá-lo, prendê-lo, e até matá-lo.

3.      A revolução hippie – Hoje estamos vivendo o outro extremo.

4.      Na década de 60 irrompe com os hippies uma explosão de revolta a toda instituição e autoridade.

5.      A natureza – v. 1 – “Filhos obedecei a vossos pais… pois isto é justo”.

6.      Obediência dos filhos aos pais é uma lei da própria natureza, é o comportamento padrão de toda a sociedade.

7.       Os moralistas pagãos, os filósofos estoicos, a cultura oriental (chineses, japoneses e coreanos), as grandes religiões como Confucionismo, Budismo e Islamismo defendem essa bandeira.

8.      A desobediência aos pais é um sinal de decadência moral da sociedade e um sinal do fim dos tempos – Rm 1:28-30; 2 Tm 3:1-3.

 2-Honra gera recompensas (Ef.6.3)

1.      Honrar é mais do que obedecer – Os filhos devem prestar não apenas obediência, como também amor, respeito e cuidado pelos pais.

2.       É possível obedecer sem honrar.

3.       Ilustração: o irmão mais velho do filho pródigo.

4.       Filhos que não cuidam dos pais na velhice.

5.      Filhos que trazem flores para os pais depois que morrem.
Honrar pai e mãe é honrar a Deus – Lv 19:1-3.

6.      A desonra aos pais era um pecado punido de morte (Lv 20:9; Dt 21:18-21).

7.      Resistir a autoridade dos pais é insurgir-se contra a autoridade do próprio Deus.

8.      Honrar pai e mãe traz benefícios – Ef 6:2-3.

9.      a) Prosperidade – No Velho Testamento as bênçãos eram terrenas, temporais, como a posse da terra. No Novo Testamento nós somos abençoados com toda sorte de bênçãos espirituais em Cristo. b) Longevidade – Um filho obediente livra-se de grandes desgostos.

10.     Vejamos por exemplo algumas coisas importantes.

11.    1) Ouvir os pais – Quantos desastres, casamentos, perdas, lágrimas e mortes não teriam acontecido se os filhos escutassem os pais. Exemplo: Sansão; 2) Ter cuidado com as seduções – (Pv 1:10) – drogas, sexo, namoro, abandono da igreja e amigos.

 3-Pais abençoem seus filhos. (Ef.6.4)

1.      Paulo exorta os pais não a exercer a sua autoridade, mas a contê-la.

2.      Mediante o pátria potestas o pai podia não só castigar os filhos, mas também vender, escravizar, abandonar e até matar seus filhos.

3.      Sobretudo, os fracos, doentes e aleijados tinham pouca chance de sobreviver.

4.      Paulo ensina, entretanto, que o pai cristão, deve imitar outro modelo.

5.      A paternidade é derivada de Deus (3:14-15; 4:6).

6.      Os pais humanos devem cuidar dos filhos como Deus Pai cuida da família dele.

7.      Uma exortação negativa – v. 4 – “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira”.

8.      A personalidade da criança é delicada e os pais podem abusar de sua autoridade, usando ironia e ridicularização. 

9.      O excesso ou ausência de autoridade provoca ira nos filhos – Ef 6:4.
O excesso ou ausência de autoridade leva os filhos ao desânimo – Cl 3:20.

10.    Cada criança é uma pessoa peculiar e que precisa ser respeitada nas suas individualidades.

11.    Os pais podem provocar a ira dos filhos quando. a) Por excesso de proteção – exemplo da águia. b) Por favoritismo – Isaque, Jacó. c) Por desestímulo – não consegue agradar os pais. d) Por não reconhecer a diferença dos filhos. e) Por falta de diálogo – Davi e Absalão. f) Por meio de palavras ásperas ou agressão física. g) Por falta de consistência na vida e na disciplina – Pais como espelho.

 II SERVOS E SENHORES

1-Orientçãao aos servos (Ef. 6.5)

1.      Dos vs. 5 ao 8, ele está a falar com os escravos. Essa é a expressão de uma cristologia cuidadosamente considerada.

2.      Em primeiro lugar, os escravos se identificam com Cristo quando adotam unia postura de submissão obediente (Fp 2.1-11).

3.      Os escravos serviam ao Cristo exaltado em vez de servirem apenas a seus mestres terrenos, eles chegaram a uma auto compreensão radicalmente nova, centrada em Cristo.

4.      O obstáculo para obter unidade e fraternidade que incluísse os escravos era que a própria personalidade de um homem ou mulher era uma mercadoria que pertencia a outra pessoa (na antiguidade, os escravos eram chamados de "ferramentas com almas").

5.      Paulo insistiu que o fato de sermos possuídos por Cristo prevalece sobre todas as outras definições da nossa personalidade: "o que foi chamado no Senhor, sendo escravo, é liberto do Senhor" (1 Co 7.22).

6.      Ao prestar serviço incansável ao seu verdadeiro proprietário celestial, os escravos tinham uma oportunidade extraordinária para demonstrar que o que importava não era o seu valor no mercado, mas o seu valor para Aquele que entregou a própria vida para resgatá-los.

7.      Paulo não está justificando o antigo sistema de escravidão.

8.      Se os senhores esperavam ser obedecidos como se fosse o próprio Cristo, então os escravos poderiam esperar mais de seus senhores cristãos - serem tratados da mesma maneira que Cristo trata os seus.

 2-Servindo como ao Senhor (Ef. 6.7)

1.      Senhores terrenos e escravos são todos escravos de seu senhor celestial (cf. "o que foi chamado, sendo livre, é escravo de Cristo"; 1 Co 7.22).

2.      De modo que os senhores terrenos devem não apenas administrar a relação senhor-escravo com grande paciência e misericórdia, mas também considerar e tratar os seus escravos como iguais.

3.      A sociedade terrena pode perdoar senhores que tratam os seus escravos com crueldade, mas Deus não perdoará.

4.      Perante Deus, senhor e escravo são iguais.

5.      Deus responsabilizará os senhores por tratarem os escravos da mesma maneira que tratariam seus outros companheiros cristãos.

6.      Receberemos nossa recompensa de Cristo, ainda que os homens não nos recompensem.

7.      Todo o bem que fizermos voltará para nós.(Ef.6.8), pois Deus é o galardoador.

8.      Também  todo o mal que fizermos  voltará para nós, é a lei da semeadura e colheita.

3-Orientações aos  Patrões (Ef.6.9)

1.      O objetivo disso é garantir aos servos um tratamento adequado.

2.       É evidente, a partir disso, que havia na igreja cristã aqueles que eram “mestres”; e a interpretação mais óbvia é que eles eram os donos dos escravos.

3.       Algumas dessas pessoas seriam convertidas, como são agora. 

4.      Paulo não disse que eles não podiam ser cristãos. 

5.      Ele não disse que deveriam excluir imediatamente da comunhão.

6.       Ele não os reprovou, nem usou linguagem severa e severa em relação a eles.

7.       Ele lhes ensinou seu dever para com os que estavam sob eles e estabeleceu princípios que, se seguidos, levariam, em última análise, à liberdade universal.

8.      Eles foram para demonstrar para seus servos o mesmo espírito que ele havia exigido que os servos mostrassem para eles – a mesma bondade, fidelidade e respeito pela vontade de Deus. 

9.      Ele exigira que os servos agissem conscientemente, lembrar que os olhos de Deus estavam sobre eles e que, naquela condição da vida, eles deveriam se considerar servindo a Deus e principalmente como responsáveis.

 III GUERRA ESPIRITUAIS

1-O Inimigo número um (Ef.6.11)

1.      Coloque toda a armadura de Deus – Toda a descrição aqui é derivada das armas de um soldado antigo.

2.       As várias partes dessas armas – constituindo a “panóplia inteira” – são especificadas em Efésios 6: 14-17.

3.      A palavra traduzida como “armadura inteira” panoplian “panoply”) significa “armadura completa”, ofensiva e defensiva; ver Lucas 11:22 ; Romanos 13:12 nota; 2 Coríntios 6: 7 nota. “A armadura de Deus” não é a que Deus veste, mas a que ele providenciou para o soldado cristão.

4.       O significado aqui é: (1) que não devemos fornecer em nossa guerra armas que as pessoas empregam em suas competições, mas aquelas que Deus fornece; que devemos renunciar às armas carnais e vestir as que Deus ordenou para a conquista da vitória.

5.      (2) devemos colocar a “armadura inteira”. Não devemos ficar armados em parte com o que Deus designou e em parte com as armas que as pessoas usam; nem devemos colocar “apenas uma parte” da armadura, mas o “todo” dela. Um homem precisa de “toda” essa armadura se estiver prestes a travar as batalhas do Senhor; e se lhe falta uma das armas que Deus designou, a derrota pode ser a consequência.

2-Principados e Potestades (Ef.6.12)

1.      Aqueles que não são carne e sangue são os demônios sobre os quais Satanás tem controle.

2.      Estes não são mera fantasia – São bastante  reais.

3.      Enfrentamos um poderoso exército cujo objetivo é derrotar a Igreja de Cristo.

4.      Quando cremos em Cristo, estes  seres se tornam  nossos inimigos  e tentam  tudo o eu for possível para nos  afastar do Senhor e levar-nos de volta  ao pecado.

5.      Embora tenhamos a vitória  garantida, devemos  nos engajar nesta luta até a volta de Jesus.

6.      Satanás  está pelejando  constantemente  contra aqueles que estão do lado do Senhor

 3- Toda Armadura de Deus (Ef.6.13)

1.      Portanto, leve até você. Embora nosso inimigo seja tão poderoso, Paulo não deduz que devemos jogar fora nossas lanças, mas que devemos preparar nossa mente para a batalha.

2.       Uma promessa de vitória está, de fato, envolvida na exortação, para que você possa. 

3.      Se colocarmos toda a armadura de Deus e lutarmos bravamente até o fim, certamente permaneceremos.

4.       Em qualquer outra suposição, ficaríamos desanimados com o número e a variedade de concursos; e, portanto, ele acrescenta, no dia do mal. 

5.      Por essa expressão, ele os desperta da segurança, pede que se preparem para conflitos difíceis, dolorosos e perigosos e, ao mesmo tempo, os anima com a esperança de vitória; pois entre os maiores perigos estarão seguros. 

6.      E tendo feito tudo. Eles são assim orientados a cultivar confiança durante todo o curso da vida.

7.      Não haverá perigo que não possa ser enfrentado com sucesso pelo poder de Deus; nem quem, com essa assistência, lutar contra Satanás, falhará no dia da batalha.


Pr.Cap.Carlos Borges (CABB)

  

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