Ef.6.1-24
Introdução: Esse trecho
tem o belo equilíbrio que esperamos encontrar na Palavra de Deus: os filhos
devem obedecer aos pais, e os pais devem tratar os filhos de tal modo que estes
se submetam aqueles. Os filhos devem obedecer aos pais por amor a Cristo, mesmo
que os pais não sejam cristãos. Honrar pai e mãe e o único dos Dez Mandamentos
que e seguido por uma promessa (Dt. 5.16)
RELAÇÃO FILHOS E PAIS
1-Filhos obedeçam a seus pais (Ef.6.1,2)
1. Quando
Paulo escreveu esta carta aos efésios, estava em vigência no Império Romano o
regime do pater postestas.
2. O
pai tinha o direito absoluto sobre o filho: podia casá-lo, divorciá-lo,
escravizá-lo, vendê-lo, rejeitá-lo, prendê-lo, e até matá-lo.
3. A
revolução hippie – Hoje estamos vivendo o outro extremo.
4. Na
década de 60 irrompe com os hippies uma explosão de revolta a toda instituição
e autoridade.
5. A natureza – v. 1 – “Filhos obedecei a vossos pais… pois isto é justo”.
6. Obediência dos filhos aos pais é uma lei
da própria natureza, é o comportamento padrão de toda a sociedade.
7. Os moralistas pagãos, os filósofos estoicos, a
cultura oriental (chineses, japoneses e coreanos), as grandes religiões como
Confucionismo, Budismo e Islamismo defendem essa bandeira.
8. A desobediência aos pais é um sinal de
decadência moral da sociedade e um sinal do fim dos tempos – Rm 1:28-30; 2 Tm
3:1-3.
2-Honra gera recompensas (Ef.6.3)
1. Honrar
é mais do que obedecer
– Os filhos devem prestar não apenas obediência, como também amor, respeito e
cuidado pelos pais.
2. É
possível obedecer sem honrar.
3. Ilustração: o irmão mais velho do filho pródigo.
4. Filhos que não cuidam dos pais na velhice.
5. Filhos que trazem flores para os pais
depois que morrem.
Honrar pai e mãe é honrar a Deus – Lv
19:1-3.
6. A desonra aos pais era um pecado punido
de morte (Lv 20:9; Dt 21:18-21).
7. Resistir a autoridade dos pais é
insurgir-se contra a autoridade do próprio Deus.
8. Honrar
pai e mãe traz benefícios – Ef 6:2-3.
9. a)
Prosperidade – No Velho
Testamento as bênçãos eram terrenas, temporais, como a posse da terra. No Novo
Testamento nós somos abençoados com toda sorte de bênçãos espirituais em
Cristo. b) Longevidade – Um filho
obediente livra-se de grandes desgostos.
10. Vejamos por exemplo algumas coisas importantes.
11. 1)
Ouvir os pais – Quantos
desastres, casamentos, perdas, lágrimas e mortes não teriam acontecido se os
filhos escutassem os pais. Exemplo:
Sansão; 2) Ter cuidado com as seduções – (Pv 1:10) – drogas, sexo, namoro, abandono da igreja e amigos.
1. Paulo exorta os pais não a exercer a sua
autoridade, mas a contê-la.
2. Mediante o pátria potestas o pai podia
não só castigar os filhos, mas também vender, escravizar, abandonar e até matar
seus filhos.
3. Sobretudo, os fracos, doentes e
aleijados tinham pouca chance de sobreviver.
4. Paulo ensina, entretanto, que o pai
cristão, deve imitar outro modelo.
5. A paternidade é derivada de Deus
(3:14-15; 4:6).
6. Os pais humanos devem cuidar dos filhos
como Deus Pai cuida da família dele.
7. Uma exortação negativa – v. 4 –
“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira”.
8. A personalidade da criança é delicada e
os pais podem abusar de sua autoridade, usando ironia e ridicularização.
9. O excesso ou ausência de autoridade
provoca ira nos filhos – Ef 6:4.
O excesso ou ausência de autoridade leva os filhos ao desânimo – Cl 3:20.
10. Cada criança é uma pessoa peculiar e que
precisa ser respeitada nas suas individualidades.
11. Os pais podem provocar a ira dos filhos
quando. a) Por excesso de proteção –
exemplo da águia. b) Por favoritismo
– Isaque, Jacó. c) Por desestímulo – não consegue agradar os pais. d) Por não reconhecer a diferença dos
filhos. e) Por falta de diálogo –
Davi e Absalão. f) Por meio de
palavras ásperas ou agressão física. g)
Por falta de consistência na vida e na disciplina – Pais como espelho.
II SERVOS E SENHORES
1-Orientçãao aos servos
(Ef. 6.5)
1.
Dos vs.
5 ao 8, ele está a falar com os escravos. Essa é a expressão de uma cristologia
cuidadosamente considerada.
2.
Em
primeiro lugar, os escravos se identificam com Cristo quando adotam unia
postura de submissão obediente (Fp 2.1-11).
3.
Os
escravos serviam ao Cristo exaltado em vez de servirem apenas a seus mestres
terrenos, eles chegaram a uma auto compreensão radicalmente nova, centrada em
Cristo.
4.
O
obstáculo para obter unidade e fraternidade que incluísse os escravos era que a
própria personalidade de um homem ou mulher era uma mercadoria que pertencia a
outra pessoa (na antiguidade, os escravos eram chamados de "ferramentas
com almas").
5.
Paulo insistiu que o fato de sermos possuídos por
Cristo prevalece sobre todas as outras definições da nossa personalidade: "o que foi chamado no Senhor, sendo
escravo, é liberto do Senhor" (1 Co 7.22).
6.
Ao prestar
serviço incansável ao seu verdadeiro proprietário celestial, os escravos tinham
uma oportunidade extraordinária para demonstrar que o que importava não era o
seu valor no mercado, mas o seu valor para Aquele que entregou a própria vida
para resgatá-los.
7. Paulo não está justificando o antigo sistema de
escravidão.
8. Se os senhores
esperavam ser obedecidos como se fosse o próprio Cristo, então os escravos
poderiam esperar mais de seus senhores cristãos - serem tratados da mesma
maneira que Cristo trata os seus.
1.
Senhores
terrenos e escravos são todos escravos de seu senhor celestial (cf. "o
que foi chamado, sendo livre, é escravo de Cristo"; 1 Co 7.22).
2.
De modo
que os senhores terrenos devem não apenas administrar a relação senhor-escravo
com grande paciência e misericórdia, mas também considerar e tratar os seus
escravos como iguais.
3.
A
sociedade terrena pode perdoar senhores que tratam os seus escravos com
crueldade, mas Deus não perdoará.
4.
Perante
Deus, senhor e escravo são iguais.
5.
Deus
responsabilizará os senhores por tratarem os escravos da mesma maneira que
tratariam seus outros companheiros cristãos.
6.
Receberemos
nossa recompensa de Cristo, ainda que os homens não nos recompensem.
7.
Todo o
bem que fizermos voltará para nós.(Ef.6.8), pois Deus é o galardoador.
8.
Também todo o mal que fizermos voltará para nós, é a lei da semeadura e
colheita.
3-Orientações aos Patrões (Ef.6.9)
1.
O
objetivo disso é garantir aos servos um tratamento adequado.
2.
É
evidente, a partir disso, que havia na igreja cristã aqueles que eram
“mestres”; e a interpretação mais óbvia é que
eles eram os donos dos escravos.
3. Algumas dessas pessoas seriam convertidas, como são agora.
4. Paulo não disse que eles não podiam ser cristãos.
5.
Ele não
disse que deveriam excluir imediatamente da comunhão.
6.
Ele não os reprovou,
nem usou linguagem severa e severa em relação a eles.
7.
Ele lhes ensinou seu
dever para com os que estavam sob eles e estabeleceu princípios que, se
seguidos, levariam, em última análise, à liberdade universal.
8.
Eles
foram para demonstrar para seus servos o mesmo espírito que ele havia exigido
que os servos mostrassem para eles – a mesma bondade, fidelidade e respeito
pela vontade de Deus.
9.
Ele
exigira que os servos agissem conscientemente, lembrar que os olhos de
Deus estavam sobre eles e que, naquela condição da vida, eles deveriam se
considerar servindo a Deus e principalmente como responsáveis.
1-O Inimigo número um (Ef.6.11)
1.
Coloque toda a armadura de
Deus – Toda a descrição aqui é derivada das armas de um
soldado antigo.
2.
As várias partes
dessas armas – constituindo a “panóplia inteira” – são especificadas em Efésios
6: 14-17.
3.
A palavra traduzida como
“armadura inteira” panoplian “panoply”) significa “armadura completa”,
ofensiva e defensiva; ver Lucas 11:22 ; Romanos
13:12 nota; 2 Coríntios 6: 7 nota. “A
armadura de Deus” não é a que Deus veste, mas a que ele providenciou para o
soldado cristão.
4.
O significado aqui é: (1)
que não devemos fornecer em nossa guerra armas que as pessoas empregam em suas
competições, mas aquelas que Deus fornece; que devemos
renunciar às armas carnais e vestir as que Deus ordenou para a conquista da
vitória.
5. (2) devemos
colocar a “armadura inteira”. Não devemos
ficar armados em parte com o que Deus designou e em parte com as armas que as
pessoas usam; nem devemos colocar
“apenas uma parte” da armadura, mas o “todo” dela. Um homem
precisa de “toda” essa armadura se estiver prestes a travar as batalhas do
Senhor; e se lhe falta uma das
armas que Deus designou, a derrota pode ser a consequência.
2-Principados e Potestades (Ef.6.12)
1. Aqueles
que não são carne e sangue são os demônios sobre os quais Satanás tem
controle.
2. Estes
não são mera fantasia – São bastante
reais.
3. Enfrentamos
um poderoso exército cujo objetivo é derrotar a Igreja de Cristo.
4. Quando
cremos em Cristo, estes seres se
tornam nossos inimigos e tentam
tudo o eu for possível para nos
afastar do Senhor e levar-nos de volta
ao pecado.
5. Embora
tenhamos a vitória garantida,
devemos nos engajar nesta luta até a
volta de Jesus.
6. Satanás está pelejando constantemente contra aqueles que estão do lado do Senhor
1. Portanto,
leve até você. Embora nosso inimigo seja tão poderoso,
Paulo não deduz que devemos jogar fora nossas lanças, mas que devemos preparar
nossa mente para a batalha.
2. Uma promessa de vitória está, de fato,
envolvida na exortação, para que você possa.
3. Se colocarmos
toda a armadura de Deus e lutarmos bravamente até o fim,
certamente permaneceremos.
4. Em
qualquer outra suposição, ficaríamos desanimados com o número e a variedade de
concursos; e, portanto, ele acrescenta, no dia do mal.
5. Por essa
expressão, ele os desperta da segurança, pede que se preparem para conflitos difíceis,
dolorosos e perigosos e, ao mesmo tempo, os anima com a esperança de vitória;
pois entre os maiores perigos estarão seguros.
6. E tendo
feito tudo. Eles são assim orientados a cultivar confiança durante
todo o curso da vida.
7. Não
haverá perigo que não possa ser enfrentado com sucesso pelo poder de Deus; nem
quem, com essa assistência, lutar contra Satanás, falhará no dia da batalha.
Pr.Cap.Carlos Borges (CABB)
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