quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

O JULGAMENTO E MORTE DE JESUS

 

Mt.27.33-61

Introdução: Jesus após terminar o Sermão Profético e as Parábolas, e seus ensinos. Jesus se prepara para a sua missão mais importante, que seria a sua prisão e sofrimento e que culminaria na sua morte na Cruz para cumprir a sua missão efetivo Salvar a Humanidade, através da Sua morte Vicária.  

 I ATOS ANTERIORES A PRISÃO

1- Jesus é ungido e traído (Mt.26.12)

1.      Ela fez isso pelo meu enterro – não se deve supor que Maria entendesse claramente que ele estava prestes a morrer.

2.      Os apóstolos, ao que parece, não o compreendiam completamente, ou que ela pretendia que ele fosse enterrado; mas ela o fez como um ato de bondade e amor, para demonstrar respeito por seu Senhor.

3.      Ele disse que era uma preparação adequada para seu enterro.

4.      Nos tempos antigos, os corpos eram ungidos e embalsamados para o propósito do sepulcro.

5.       Jesus disse que isso era “realmente” uma preparação para esse enterro; um encaixe adequado para o túmulo.

6.      Quando os discípulos viram o generoso derramamento desse unguento sobre o corpo (v. 12) de Jesus (cabeça, v. 7, e pés, Jo. 12: 3), indignaram-se, achando que era um desperdício.

7.      Mateus não aponta ninguém particularmente nessa murmuração (talvez envergonhado de sua participação).

8.      Mas João menciona Judas como o instigador, e mostra a hipocrisia dele em demonstrar preocupação pelos pobres.

 2- A Santa Ceia (Mt.26.28)

1.      Bebei dele todos, isto é, todos vocês.

2.      O Novo Testamento ou aliança foi posto em vigor com a morte de Cristo.

3.      A velha aliança dada por Deus a Israel exigia sacrifícios contínuos pelo pecado.

4.      Mas a morte de Cristo forneceu um sacrifício perfeito, e tornou possível ambas, a justificação e a regeneração (Hb. 8:6-13). 

5.      Derramado em favor de muitos. (Conf. 20:28) A morte de Cristo, embora suficiente em si mesma para resolver a questão da remissão dos pecados de todos, aqui foi considerada realmente eficiente só para os crentes.

6.      Desta hora em diante, não beberei. Esta declaração dirigiu o olhar dos discípulos para o futuro reino do Pai (o reino de Deus, messiânico, Mc. 14:25).

7.      Para  momento de alegria e comunhão na grande Ceia das Bodas.

8.      Tendo cantado um hino, saíram.

 3-O Getsêmani (Mt.26.40)

1.      Encontrando os discípulos dormindo em consequência do efeito extenuante da fadiga e da emoção prolongada.

2.       Jesus escolheu Pedro para uma entrevista particular (talvez à vista de sua recente jactância).

3.      Insistindo com ele a continuar alerta e orando para que os acontecimentos não viessem surpreender entregando-se a tentação. 

4.      O espírito, na verdade, está pronto. 

5.      A natureza espiritual do homem iluminada pelo Espírito Santo. 

6.      Mas a carne é fraca. 

7.      Alguns pensam que a carne aqui indica uma parte da constituição do ser humano que não é pecadora se controlada pelo espírito (e assim o provérbio poderia se aplicar também a Jesus); outros.

8.      Substancialmente, esta oração foi proferida três vezes; em todas elas a submissão do Filho foi completa.

9.       Mas é claro que Jesus sabia qual seria o resultado. Ainda dormis. 

10.    Provavelmente não era ironia, mas uma simples declaração de que a sua oportunidade de serem úteis em uma crise já tinha passado.

 II PRISÃO E JULGAMENTO DE JESUS

1-A Prisão (Mt.26.47)

1.      Grande turba. Um destacamento de soldados romanos, com suas costumeiras espadas, sob as ordens de um quiliarca (Jo. 18:12).

2.      A polícia do templo judeu sob as ordens dos principais sacerdotes e dos anciãos, armada de varapaus (Jo. 18:12).

3.      Alguns dos príncipes dos sacerdotes e os anciãos (Lc. 22:52).

4.      48. Havia dado um sinal. 

5.      A maior parte dos soldados romanos não conhecia Jesus.

6.      E o beijou. 

7.      A forma composta aqui (katephilêsen) sugere um abraço forte e caloroso (em contraste com a forma simples mencionada no versículo 48).

8.      50. Amigo. Camarada, companheiro (hetaire).

9.       O termo reconhece sua associação anterior, sem a conotação de afeição.

10.    Para que vieste?

11.    Essas palavras de Jesus seriam elípticas, às quais deveríamos acrescentar algum verbo, como por exemplo, "Faça aquilo a que vieste"?

 2- Perante o Sinédrio (Mt. 26.57)

1.      Mateus 26:57 . Mas os que haviam tomado Jesus o levaram a Caifás. 

2.      Embora os judeus tivessem sido privados do que é chamado de jurisdição mais alta, ainda restavam entre eles alguns vestígios daquela autoridade judicial que a Lei confere ao sumo sacerdote ( Deuteronômio 1: 8).

3.      Para que, enquanto perdessem o poder. autoridade absoluta, mantiveram o poder de administrar correção moderada.

4.      Esta é a razão pela qual Cristo é levado perante o sumo sacerdote para ser interrogado. não que uma sentença final possa ser pronunciada sobre ele pelo tribunal de furto, mas que os padres possam posteriormente apresentá-lo ao governador, sob a influência agravante de sua decisão. 

5.      O  levaram para Caifás – de Anás, sogro de Caifás, a quem o levaram primeiro; onde os escribas e os anciãos – ou membros principais do sinédrio.

6.      Foram reunidos – Sem dúvida por uma convocação de Caifás, e estavam esperando que Jesus fosse trazido diante deles. 

7.      Mas Pedro o seguiu de longe – De várias formas agitado por paixões conflitantes: o amor o obrigou a seguir seu Mestre; o medo o fez segui-lo à distância. 

 3-Perante Pilatos (Mt.27.11)

1.      E Jesus ficou diante do governador – Muitas coisas são omitidas por Mateus, no relato deste julgamento, que são registradas pelos outros evangelistas. Um relato muito mais completo é encontrado em João 18: 28-40.

2.      E o governador perguntou-lhe … – Esta pergunta foi feita por causa da “acusação” que os judeus fizeram contra Jesus.

3.      A acusação era de  “de perverter a nação e proibir de prestar homenagem a César”, Lucas 23: 2 . Foi sob essa acusação que, após consulta, eles concordaram em denunciá-lo perante Pilatos.

4.      “Eles” o condenaram por “blasfêmia”, mas eles sabiam que Pilatos ignoraria completamente uma acusação desse tipo.

5.       Eles, portanto, tentaram substituir uma acusação totalmente diferente daquela pela qual professavam considerá-lo culpado, excitar o ciúme do governador romano e obter sua morte sob acusação de traição contra o imperador romano.

6.      Não poderíamos ter estado diante de Deus por causa de nossos pecados, nem ter levantado nossa face em Sua presença, se Cristo não tivesse sido julgado e condenado, e assim feito uma oferta pelo pecado por nós. 

7.      O governador perguntou: Você é o rei dos judeus? E Jesus lhe disse: Tu dizes. 

III A CRUCIFICAAÇÃO E MORTE DE JESUS

1-As Humilhações (Mt.27.29)

1.      Coroa de Espinhos-Isso deu  continuidade à brincadeira sádica de torná-lo um falso rei.

2.      Ainda que quisessem fazer isso apenas para Sua vergonha, eles poderiam (fazer) uma coroa de palha, mas eles queriam ser cruéis  com Jesus.

3.      Cana- Foi usado  um falso cetro, como se fosse um bom cetro para esse rei, tal cetro, tal reino, ambos fracos e vacilantes, infrutíferos e sem valor.

4.      Entretanto, eles estavam equivocados, pois Seu Trono é para sempre e sempre, e o cetro de Seu Reino é um cetro de justiça (Sl 45.6).

5.      Salve Rei- Fazendo dele um falso rei, eles por conseguinte, imitam uma homenagem  a Ele.

6.      Eles cuspiam Nele{...}batiam-lhe –É estranho  que os filho  dos  homens pudessem agir com tamanha vilania, e que o filho de Deus pudesse  sofrer tamanha infâmia.

7.      Eles bateram  em Cristo; é provável  que faziam isso  sobre a coroa de espinhos, e tais golpes na cabeça feriam-na.

 2- A Crucificação (Mt.27.46)

1.      Eli, Eli … – Essa língua não é pura hebraica nem siríaca, mas uma mistura de ambas, comumente chamada de “siro-caldãica”.

2.      Essa era provavelmente a língua que o Salvador normalmente falava.

3.      As palavras são retiradas do Salmo 22: 1 .

4.      Meu Deus, meu Deus … – Essa expressão denota sofrimento intenso.

5.      Tem sido difícil entender em que sentido Jesus foi “abandonado por Deus”.

6.      É certo que Deus aprovou sua obra. É certo que ele era inocente.

7.      Ele não fez nada para perder o favor de Deus.

8.      Como seu próprio Filho – santo, inofensivo, imaculado e obediente – Deus ainda o amava.

9.       Em qualquer um desses sentidos, Deus não poderia tê-lo abandonado.

10.    Jesus foi por um tempo, em seu sofrimento, esquecido por Seu Pai.

11.    Ele colocou em Sua alma  uma noção da aflição de Sua ira contra o homem pelo pecado.

12.    Cristo se fez pecado por nós.

13.    A pessoa de Cristo esquecida por Seu Pai era o mais  doloroso de seu sofrimento.

14.    Por esse  motivo podemos avaliar o que será se abandonado por Deus.

 3- A morte (Mt. 27.54)

1.      Verdadeiramente este era Filho de Deus. 

2.      Embora seja atualmente popular explicar a declaração do centurião em termos de conceitos pagãos, deve-se notar que o seu comentário baseava-se na observação de alguns notáveis fenômenos.

3.       E deve-se notar a possibilidade de que o homem, tendo estado no meio dos judeus durante algum tempo, poderia ter começado a crer.

4.      Afinal, os pagãos podem se tornar cristãos.

5.      Eles ouviram, provavelmente, que Jesus professava ser o Filho de Deus.

6.       Vendo essas maravilhas, eles acreditavam que Deus estava atestando a verdade de suas profissões.

7.       O centurião era pagão e provavelmente não tinha noções muito distintas da frase “o Filho de Deus” – talvez entendendo apenas que ele era como os heróis pagãos que foram deificados; mas ele certamente considerou essas maravilhas como prova de que ele era “o que professava ser”.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)

Nenhum comentário:

Postar um comentário