domingo, 5 de dezembro de 2021

ENTRADA TRIUNFAL EM JERUSALÉM

 

Mt.21.1-17

Introdução: A entrada de Jesus em Jerusalém nos enseja  três(3) verdades importantes, como vemos  a seguir: Em primeiro lugar, a consumação de um plano eterno. A vinda de Jesus ao mundo foi um plano traçado na eternidade. Ele preanunciou sua entrada em Jerusalém três(3) vezes. Agora  havia chegado o grande momento. Não há nada  de improvisação. Nada  de surpresa. Ele veio para essa hora.

 I O MESSIAS EM JERUSALÉM

1- A Entrada Triunfal (Mt.21.5)

1.      Mateus mencionou uma jumenta  e um jumentinho, enquanto outros mencionam apenas o jumentinho.

2.      O evento é o mesmo, porém Mateus focalizando a profecia em Zacarias 9.9, em que  foram mencionados uma jumenta e um jumentinho.

3.      O relato de Mateus demonstra  como os atos de Jesus refletiam as palavras do profeta; mais um indicação de que Ele verdadeiramente  é o Messias.

4.      Ao entrar  em Jerusalém montado em um jumento, Jesus  reafirma sua realeza messiânica e, ao mesmo tempo, sua humildade.

5.      Mostra-nos a afirmação de Jesus sobre si mesmo.

6.      Mostra-nos sem dúvida alguma sua afirmação de que é o Messias de Deus, o Ungido de Deus; e muito provavelmente nos apresenta a afirmação de que é o purificador do templo e da casa de Deus.

7.      Se Jesus tivesse aceito afirmar que era um profeta, é muito possível que nunca teria tido que morrer.

8.      Mas ele só se sente satisfeito com o lugar supremo, quer tudo ou nada.

9.      Os homens devem reconhecê-lo como rei ou não recebê-lo absolutamente.

 2-A Figueira sem frutos (Mt.21.19)

1.      Por que Jesus amaldiçoou a figueira?

2.      Esse não foi um ato impensado de indignação, mas  uma representação, uma parábola.

3.      Jesus  estava demonstrando  sua ira diante  de uma religião vã.

4.      Assim  como a figueira causava boa impressão a distância, mas se mostrava infrutífera  quando examinada de perto.

5.      Também o Templo parecia imponente à primeira vista, mas seus sacrifícios  e outras atividades eram vazias, porque  não visavam adorar a Deus sinceramente(ver Mt.21.43).

6.      Aqueles que apenas ostentam sua fé, sem colocá-la em prática, são semelhante a figueira que secou e morreu por não produzir frutos.

7.      Ter uma fé genuína  significa produzir  frutos  para o Reino de Deus.

8.      Por outro lado, na versão do Marcos não ocorre nada com a figueira em seguida; só na manhã seguinte, quando voltam a passar pelo mesmo caminho, os discípulos se dão conta de que se secou.

9.      Visto que existem estas duas versões do relato, pode-se deduzir que houve algum desenvolvimento e como a versão de Marcos é a mais antiga, deve ser a mais fiel aos fatos.

10.    A fim de compreender esta história, é necessário entender os hábitos de crescimento das figueiras e a forma em que dão fruto.

11.    Na Palestina, a figueira era a árvore favorita.

12.    A imagem da Terra Prometida era a de uma “terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e romeiras” (Deut. 8:8).

13.    Romeiras e figos faziam parte do tesouro que levaram os espiões para demonstrar a fertilidade da terra (Núm. 13:23).

14.    A imagem de paz e prosperidade que aparece a cada momento no Antigo Testamento é a imagem de uma época na qual cada homem se sentará debaixo de sua própria vinha e sua própria figueira (1 Reis 4:25; Miquéias 4:4; Zacarias 3:10).

15.    A imagem da ira de Deus mostra o dia em que Deus queimará e destroçará as figueiras(as falsas religiosidades) (Salmo 105:33: Jeremias 8:13; Oséias 2:12).

16.    Nós devemos produzir frutos na estação certa, para honra e glória do Senhor Jesus.

 3-As Parábolas de  repreensão (Mt. 21.23)

1.      Quando pensamos nas coisas extraordinárias que Jesus esteve fazendo, não nos surpreende as autoridades judaicas lhe perguntarem que direito tinha de fazê-las.

2.      Perguntaram-lhe qual era sua autoridade e de onde a tinha recebido.

3.      Nesse momento, Jesus não estava disposto a lhes dar a resposta correta: que sua autoridade derivava do fato de que era o Filho de Deus.

4.      Se o tivesse feito, teria precipitado os acontecimentos.

5.      Naquela época, as pessoas procuravam fatores externos que garantissem autoridade: educação, títulos, posição social e relacionamentos.

6.      Hoje ocorre o mesmo.

7.      Mas a autoridade  de Jesus é intrínseca à sua pessoa, não provém de algum fator externo e superficial..

8.      Se formos seguidores de Cristo, Deus nos concederá esta autoridade e, confiantemente, poderemos  falar e agir em Seu nome, porque Ele nos autorizou a fazê-lo.

9.      Estamos exercendo essa autoridade?

 II ERRAIS POR NÃO CONHECER AS ESCRITURAS

1-Dai a Deus o que é de Deus (Mt.22.21)

1.      Jesus evitou essa armadilha, mostrando que temos duas cidadanias (1 Pe.2.17).

2.      A cidadania terrena implica  pagarmos pelos serviços e benefícios que recebemos, mas nossa cidadania exige o empenho de nossa obediência e compromisso para com Deus.

3.      Para ter uma consciência limpa perante Deus e os homens, os cristãos obedecem às leis do país em que vivem, incluindo as relacionadas com o pagamento de impostos. (Rom. 13:5, 6).

4.      Reconhecemos, porém, que o SENHOR Deus é o Soberano Supremo, a quem amamos de todo coração, alma, mente e força. (Mar. 12:30; 4:11).

5.      Portanto, nossa submissão a Deus é sem reservas. (Sal. 86:11, 12).

6.      Muitos países oferecem programas ou serviços sociais em benefício dos que precisam de ajuda material.

7.      Não é errado o cristão receber tal ajuda — contanto que se habilite para isso.

8.      Falar a verdade com o próximo não permite dar informações falsas a autoridades governamentais a fim de receber assistência pública.    

 2- A Ressurreição (Mt.22.31)

1.      Os saduceus tinham conhecimento que os rabinos ensinavam que se uma mulher tivesse dois maridos nessa vida, na ressurreição ela ficaria só com o primeiro.

2.      Com base neste ensino curiosamente os saduceus em confronto com Jesus conhecia uma mulher que tivera sete maridos.

3.      Qual dos sete ficaria com ela na ressurreição?

4.      É evidente que os saduceus não acreditavam no ensino rabínico da ressurreição nem da mulher que tendo dois maridos, ficaria com o primeiro na ressurreição.

5.      Para os saduceus Jesus parecia estar num beco sem saída. - Ledo engano.

6.      Os saduceus estavam redondamente enganados pensando que na vida eterna haverá casamentos e similares como nesta vida há.

7.      Os saduceus nesta passagem bíblica nos revelaram ter três problemas sérios: crer em não haver ressurreição dos mortos, falta de conhecimento das Escrituras e desconhecimento do poder de Deus para ressuscitar os homens.

8.      Os saduceus consideravam os livros de Moisés como únicos escritos sagrados e Jesus usou justamente uma passagem dos escritos de Moisés (Ex.3.6-16) para comprovar sua afirmação.

9.      Se Jesus afirmou que Abraão, Isaque e Jacó ainda estavam vivos milhares de anos após suas mortes físicas, então todos os que já se desencarnaram, deixaram de viver entre os mortais ainda estão vivos.

 3-O Grande Mandamento (Mt.22.36)

1.      O primeiro aspecto do amor ao Senhor é amá-Lo de todo o coração.

2.      É muito difícil explicar como nós podemos amar o Senhor dessa forma, mas vou tentar.

3.      Pesquisando o significado dessas palavras eu percebi que, o que o texto tenta passar, é um sentimento muitíssimo forte.

4.      Chegando, até mesmo, a se confundir com uma paixão desenfreada pelo Senhor.

5.      Essa forma de amor ao Senhor não é nova, mas é vista na palavra em várias situações.

6.      Um dos livros menos compreendidos das escrituras, e que não está ali por um acaso, é o livro de Cânticos.

7.      Nele nós percebemos uma relação de intimidade entre o Rei e uma mulher. Veja: "Arrasta-me após ti; corramos! O rei introduziu-me nos seus aposentos. Exultaremos de alegria e de júbilo em ti. Tuas carícias nos inebriarão mais que o vinho. Quanta razão há de te amar!" Cânticos 1:4.

8.      Esse texto representa a relação de Cristo e a Igreja.

9.      É tão lindo ver como Deus deseja ter tal intimidade com o homem!

10.    Talvez ainda não faça tanta razão estas poucas palavras.

11.    Mas, de fato, não farão!

12.    Amar o Senhor com tal sentimento não pode ser compreendido e nem estudado.

13.    Esse amor é desenvolvido através da oração incessante.

14.    Através da busca intensa do Senhor Jesus.

15.    Todo aquele que busca o Senhor Jesus, de todo o coração, o encontrará. "Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus" Salmos 51:17.

 II A HIPOCRISIA DOS FARISEUS

1-Dizem e não fazem (Mt.23.3)

1.      As tradições dos fariseus, bem como a interpretação e a aplicação de suas leis, tornaram-se para eles  tão importantes quanto a Lei de Deus.

2.      As leis não eram  totalmente más, algumas  eram até  benéficas, mas problemas surgiram quando os líderes religiosos :1-Sustentaram a ideia de que as leis elaboradas por homens  eram iguais  às criadas por Deus ; 2-Recomendavam a todos que obedecessem as suas leis, porém eles mesmos não as respeitavam ; 3- Obedeciam às leis não para honrar a Deus, mas para terem uma aparência  de homens justos.

3.      Jesus geralmente não condenou o que os fariseus  ensinavam, mas a hipocrisia deles.

4.      A interpretação que eles dão à lei é principalmente correta, mas suas vidas não correspondem aos seus ensinamentos.

5.      Não é dever das pessoas imitar seus professores, a menos que suas vidas sejam puras; eles devem obedecer à lei de Deus e não enquadrar suas vidas pelo exemplo das pessoas más. 

 2-Negligenciam as justiça (Mt.23.23)

1.      Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas!

2.      Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade.

3.      Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem contudo deixar o restante.
Mateus 23:23

4.      Pagas o dízimo – Uma décima parte.

5.      A lei exigia que os judeus dedicassem uma décima parte de todas as suas propriedades ao apoio dos levitas, Números 18: 20-24 . 

6.      Outra décima parte pagaram pelo serviço do santuário, geralmente em gado ou grãos, mas onde moravam longe do local de culto, mudaram para dinheiro, Deuteronômio 14: 22-24 .

7.      Além desses, deveria haver a cada três anos uma décima parte dada aos pobres, para serem comidos em suas próprias habitações Deuteronômio 14: 28-29. de modo que quase um terço da propriedade dos judeus era dedicado a serviços religiosos por lei. Isso foi além das ofertas voluntárias que eles fizeram. Quão mais brandas e gentis são as leis do cristianismo sob as quais vivemos!

  3-O Lamento sobre Jerusalém (Mt.23.37)

1.      Jesus queria reunir seu povo da mesma forma que a galinha protege sob suas asas seus pintinhos, mas os judeus  não o permitiriam.

2.      Jesus também quer proteger-nos, basta que todos  o busquemos.

3.      Muitas vezes, , ferimo-nos  e não sabemos a quem recorrer.

4.      Rejeitamos a ajuda de Cristo, porque não acreditamos  que ele possa dar nos tudo o que necessitamos.

5.      Mas  quem conhece  as nossas necessidades  melhor do que Cristo?

6.      Aqueles que se voltam para Jesus descobrem que Ele ajuda  e conforta como ninguém mais pode fazer.

7.      Jerusalém era a cidade do povo escolhido  de Deus: o lar de Davi, o maior rei de Israel, a sede  do Templo e a morada terrena de Deus.

8.      Esta cidade  deveria ser o centro de adoração ao verdadeiro Deus e o símbolo de justiça para todos os povos.

9.      Mas Jerusalém estava cega em relação a Deus e insensível  às necessidades  humanas.

10.    Aqui,  vemos a profundidade dos sentimentos de Jesus por todos os perdidos e por sua amada cidade, que em breve seria destruída.

        Pr. Capl. Carlos Borges (CABB).

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