Mc.6.1-16
Introdução: Neste capítulo de Marcos 6 estudo, vemos Jesus visitar sua cidade natal, Nazaré, e não ser bem recebido pelos seus, um povo incrédulo e que o desprezava. Jesus então entende que precisa pregar nas cidades vizinhas e envia os doze para irem, de dois em dois, curando e expulsando demônios, orientando que, onde não fossem bem recebidos, que sacudissem o pó de suas sandálias e fossem adiante.
1-Local de Incredulidade (Mc.
6.3)
1. Jesus
ensinava sábia e eficiente, mas as pessoas de sua cidade consideravam-no apenas
um carpinteiro.
2. Perguntavam:
“De
onde lhe vêm essas coisas”?
3. E
que sabedoria é esta que lhe foi dada?
4. E
como se fazem tais maravilhas por suas
mãos?
5. Sentiam-se
ofendidos por outras pessoas se
impressionarem com Jesus e seguirem-no.
6. Rejeitavam
a autoridade Dele porque o
consideravam igual a todos daquela cidade.
7. Pensavam
que o conheciam, mas suas preconcebidas noções a respeito de quem Jesus era
tornou impossível aceitarem sua
mensagem.
8. Não
deixe que os preconceitos o tornem uma pessoa cega em relação à verdade.
9. À
medida que aprender mais a respeito de
Jesus, procure enxergá-lo como Ele é.
1. Jesus
poderia ter feito milagres maiores em Nazaré, mas preferiu não fazê-lo por
causa do orgulho e da incredulidade do
povo.
2. As
maravilhas que realizou ali tiveram
pouco efeito sobre as pessoas, porque não aceitaram sua mensagem e não creram
que Ele fora enviado por Deus.
3. Por
isso, Jesus dirigiu-se para outro lugar à procura daqueles que respondessem às
evidências dos milagres por Ele operados e à sua mensagem.
4. E
ele não podia fazer ali nenhuma obra poderosa, salvo impor suas mãos sobre
poucas pessoas enfermas, curando-as.
5. Marcos
não considera e ele não podia uma afirmação de limitações no poder de Jesus, e
sim o fato em si (“Ele não fez”, Mt .13:58).
6. O
motivo era a descrença do povo Antes eles estavam admirados com Jesus (v. 2).
7. Em uma “inversão irônica, Marcos é o único a
concluir a narrativa” com Jesus admirado com eles.
8. O
que O surpreendeu foi a “falta de fé” deles.
9. O povo de Nazaré não se referiu a Jesus pelo
nome, mas somente como “este”, um
sinal de desprezo.
3-Reações a Incredulidade (Mc. 6.6)
1. E admirou-se da descrença
deles.
2. E ele percorreu as aldeias
vizinhas, ensinando.
3. Esta é a terceira vez que
Jesus percorreu a Galileia pregando (Mc. 1:14).
4. Os discípulos foram
enviados de dois em dois.
5. Individualmente,
poderia ter alcançado mais regiões do país, mas este não era o plano de Cristo.
6. Uma
das vantagens de viajar aos pares era que podiam fortalecer e encorajar-se
mutuamente, especialmente quando
enfrentassem a rejeição por parte das pessoas.
7. Nessa
força vem Deus, mas Ele atende muitas de nossas necessidades por meio do
trabalho em equipe ( a trindade santa trabalha em equipe).
8. Ao
servir a Cristo, não procure fazê-lo sozinho.
9. Deu-lhes
poder sobre os espíritos imundos.
10. De
dois em dois reflete o bom senso (Ec 4:9-10) e era o costume de Jesus (Mc 11:1), seguido pela
igreja primitiva (At 8:14).
1- Homem Devasso (Mc. 6.18)
1. A
Palestina era dividida em 4 (quatro) territórios, cada um deles com seu próprio
governador.
2. Herodes
Antipas, chamado de Herodes nos Evangelhos, era o governador da Galileia; seu
irmão Felipe governava Traconites e Ituréia.
3. A
mulher de Felipe era Herodias, mas ela o
deixou para casar-se com Herodes
Antipas.
4. Quando
João confrontou os dois por terem cometido adultério Herodias elaborou uma
conspiração para matá-lo.
5. Ao
invés de tentar livrar-se de seu pecado.
6. Herodias
tentou livrar-se daquele que a trouxe à atenção pública.
7. Isso
é exatamente o que os lideres religiosos estavam tentado fazer com Jesus
8. Mas Herodes ouvindo isso, dizia: Este
é João, a quem eu decapitei; ele está ressuscitado dentre os mortos.
9. Pois
o próprio Herodes mandara prender a João, e o confinou na prisão, por causa de
Herodias, esposa de seu irmão Filipe; porque ele havia se casado com ela.
1. A
ideia de Jesus ser João Batista ressurreto levou Herodes a refletir
temerosamente no homem que decapitara.
2. João
foi preso por causa de Herodias.
3. Antes,
Herodias era casada com o meio-irmão de Herodes, Herodes Filipe, e teve uma
filha com ele, chamada Salomé.
4. Herodes
Antipas convenceu Herodias a deixar Filipe e casar-se com ele.
5. Para
abrir caminho, Herodes Antipas teve que se divorciar de sua própria esposa.
6. Por
isso, Herodias tinha uma desavença contra ele, e queria matá-lo, mas ela não
podia.
7. Porque
Herodes temia a João, sabendo que ele era um homem justo e santo. e o
observava, e ao ouvi-lo, ele fazia muitas
coisas, e o ouvia de boa vontade.
8. Estes
versículos contrastam as opiniões de Herodias e Herodes Antipas acerca de João
Batista.
9. Herodias
tinha uma desavença contra ele, e queria matá-lo, e procurava uma maneira de
conseguir isso (todos os verbos no pretérito imperfeito).
10. Antipas,
por sua vez, temia a João, considerando-o um homem justo e santo.
1. Como
um governante sob a autoridade romana,
Herodes não tinha um reino.
2. Assim,
ofertar até a metade de seu reino foi a forma de dizer que ele daria a filha de Herodias quase tudo que ela
pedisse.
3. Após
esta palavra, Herodes ficaria muito constrangido na presença de seus convidados
se negasse o pedido da filha de
Herodias.
4. As
palavras são poderosas porque podem levar a grandes pecados, portanto devemos
usá-las com muito cuidado.
5. E
entrando a filha de Herodias (Salomé), e dançando, e agradando a Herodes, e aos
que estavam sentados com ele, o rei disse à donzela: Pede-me o que quiseres, e eu te
darei.
6. Marcos
não cita o nome de Salomé, mas o historiador judeu Josefo sim.
7. Filha
(v. 22, 28) é a mesma palavra que Jesus usou para a menina de 12 anos em Mc.5:41.
8. Dançando
e agradando não necessariamente envolvem sensualidade no relato de Marcos,
embora seja possível.
1- Ao alimentar cinco mil homens (Mc. 6.37)
1. Quando
Jesus pediu a seus discípulos que providenciasse alimento para mais de cinco
mil pessoas, eles ficaram admirados e
disseram que seria necessário uma pequena fortuna para alimentar tal multidão.
2. Ele
respondendo, lhes disse: Dai-lhes vós de
comer.
1. E
eles disseram-lhe: Devemos ir e comprar
duzentos denários de pão e dar-lhes de comer?
2. Jesus
responde com outra ordem, enfatizando vós.
3. Duzentos denários seriam aproximadamente o
salário de um ano de trabalho.
4. Obviamente,
os discípulos não tinham tal quantia, já que tinham acabado de voltar de uma
missão na qual não levaram pão nem dinheiro (v. 8).
5. Alimentar
essa gente toda era um grande desafio.
6. Uma
situação que parece impossível de ser
solucionada com os recursos humanos
representa uma oportunidade para Deus agir em nosso favor.
1. Porque
todos o viram, e perturbaram-se.
2. E imediatamente falou com eles, e disse-lhes: Tende bom ânimo; sou eu, não tenhais medo.
3. Jesus
tranquiliza os discípulos com duas ordens: Tende bom ânimo e não tenhas medo.
4. As
palavras sou eu literalmente são “eu sou”,
conforme no grego, Ego Eimi, o nome de Deus em Êx 3:14 (Is 41:4).
5. Jesus
fez algo que só Deus poderia fazer e usou o nome do Senhor para identificar a
si mesmo.
6. O medo que sentiam os discípulos devia-se ao fato de
que Jesus havia os deixado, de acordo com eles, sozinhos no barco.
7. Porque eles ainda não entendiam que, embora ele não
estivesse fisicamente entre eles, ele não os havia deixado.
8. Esse sentimento é o mesmo que nós experimentamos em
situações difíceis, como atualmente.
E, como mulheres, temos que viver situações
muito difíceis, é quando sentimos que não podemos remar mais contra a corrente
e contra o vento forte.
9. Os discípulos tinham medo, mas a presença de Jesus
acalmou seus temores.
1. E,
onde quer que ele entre, em aldeias, ou cidade, ou nos campos, eles colocavam
os enfermos nas ruas, e pediam-lhe que eles pudessem tocar somente na orla da
sua roupa; e todos quantos o tocavam ficavam curados.
2. Aldeias…
cidade e campos totalizam a região da Galileia: Nas ruas (Gr. ggorg)
eram os centros mais ativos da vida local.
3. A
afirmação de que os enfermos… pediam-lhe a Jesus que os curasse lembra o
leproso (Mc 1:40), o endemoninhado
(Mc 5:10) e o dirigente da
sinagoga, visto que se usa a mesma palavra.
4. As
numerosas curas aqui em Genesaré contratam com os poucos que foram curados em
Nazaré (Mc.6.5,6).
5. Tocar
ao menos na orla (beira do manto)
6. Essa
confiança lembra a da mulher que tocou as vestes(roupa) de Jesus e foi
curada(Mc.5.28,29).
7. Marcos
utiliza um valioso contraste: A surpreendente incredulidade do círculo mais íntimo de Jesus segue-se a
abundante fé daqueles mais afastado.
8. O
contato coma fé pura e exemplar de pessoas simples e anônimas era uma preciosa
fonte de aprendizado para os discípulos
– que, com o vimos, ainda estavam em processo de cura de seus próprios corações (Mc.6.52).