sábado, 29 de outubro de 2022

O SERVO ENFRENTA A INCREDULIDADE

 

Mc.6.1-16

Introdução: Neste capítulo de Marcos 6 estudo, vemos Jesus visitar sua cidade natal, Nazaré, e não ser bem recebido pelos seus, um povo incrédulo e que o desprezava. Jesus então entende que precisa pregar nas cidades vizinhas e envia os doze para irem, de dois em dois, curando e expulsando demônios, orientando que, onde não fossem bem recebidos, que sacudissem o pó de suas sandálias e fossem adiante.

 I  A INCREDULIDADE DOS NAZARENOS

1-Local de Incredulidade (Mc. 6.3)

1.      Jesus ensinava sábia e eficiente, mas as pessoas de sua cidade consideravam-no apenas um carpinteiro.

2.      Perguntavam: De onde lhe vêm essas coisas”?

3.      E que  sabedoria é esta que lhe foi dada?

4.      E como se fazem  tais maravilhas por suas mãos?

5.      Sentiam-se ofendidos por outras pessoas  se impressionarem com Jesus e seguirem-no.

6.      Rejeitavam a autoridade Dele porque o consideravam igual a todos daquela cidade.

7.      Pensavam que o conheciam, mas suas preconcebidas noções a respeito de quem Jesus era tornou impossível  aceitarem sua mensagem.

8.      Não deixe que os preconceitos o tornem uma pessoa cega em relação à verdade.

9.      À medida que aprender  mais a respeito de Jesus, procure enxergá-lo como Ele é.

 2-Efeitos da Incredulidade (Mc. 6.5) 

1.      Jesus poderia ter feito milagres maiores em Nazaré, mas preferiu não fazê-lo por causa do orgulho e da incredulidade  do povo.

2.      As maravilhas  que realizou ali tiveram pouco efeito sobre as pessoas, porque não aceitaram sua mensagem e não creram que Ele fora enviado por Deus.

3.      Por isso, Jesus dirigiu-se para outro lugar à procura daqueles que respondessem às evidências dos milagres por Ele operados e à sua mensagem.

4.      E ele não podia fazer ali nenhuma obra poderosa, salvo impor suas mãos sobre poucas pessoas enfermas, curando-as.

5.      Marcos não considera e ele não podia uma afirmação de limitações no poder de Jesus, e sim o fato em si (“Ele não fez”, Mt .13:58).

6.      O motivo era a descrença do povo Antes eles estavam admirados com Jesus (v. 2).

7.       Em uma “inversão irônica, Marcos é o único a concluir a narrativa” com Jesus admirado com eles.

8.      O que O surpreendeu foi a “falta de fé” deles.

9.       O povo de Nazaré não se referiu a Jesus pelo nome, mas somente como “este”, um sinal de desprezo.

  3-Reações a Incredulidade (Mc. 6.6)

1.      E admirou-se da descrença deles.

2.      E ele percorreu as aldeias vizinhas, ensinando.

3.      Esta é a terceira vez que Jesus percorreu a Galileia pregando (Mc. 1:14).

4.      Os discípulos foram enviados de dois em dois.

5.      Individualmente, poderia ter alcançado mais regiões do país, mas este não era o plano de Cristo.

6.      Uma das vantagens de viajar aos pares era que podiam fortalecer e encorajar-se mutuamente, especialmente  quando enfrentassem a rejeição por parte das pessoas.

7.      Nessa força vem Deus, mas Ele atende muitas de nossas necessidades por meio do trabalho em equipe ( a trindade santa trabalha em equipe).

8.      Ao servir a Cristo, não procure fazê-lo sozinho.  

9.      Deu-lhes poder sobre os espíritos imundos.

10.    De dois em dois reflete o bom senso (Ec 4:9-10) e era o costume de Jesus (Mc 11:1), seguido pela igreja primitiva (At 8:14).

 II A INCREDULIDADE DE HERODES

1- Homem Devasso (Mc. 6.18)

1.      A Palestina era dividida em 4 (quatro) territórios, cada um deles com seu próprio governador.

2.      Herodes Antipas, chamado de Herodes nos Evangelhos, era o governador da Galileia; seu irmão Felipe governava Traconites e Ituréia.

3.      A mulher de Felipe  era Herodias, mas ela o deixou para casar-se  com Herodes Antipas.

4.      Quando João confrontou os dois por terem cometido adultério Herodias elaborou uma conspiração para matá-lo.

5.      Ao invés de tentar livrar-se de seu pecado.

6.      Herodias tentou livrar-se  daquele que a trouxe  à atenção pública.

7.      Isso é exatamente o que os lideres religiosos estavam tentado fazer com Jesus      

8.      Mas Herodes ouvindo isso, dizia: Este é João, a quem eu decapitei; ele está ressuscitado dentre os mortos.

9.      Pois o próprio Herodes mandara prender a João, e o confinou na prisão, por causa de Herodias, esposa de seu irmão Filipe; porque ele havia se casado com ela.

 2-Homem Perturbado (Mc. 6.16)

1.      A ideia de Jesus ser João Batista ressurreto levou Herodes a refletir temerosamente no homem que decapitara.

2.      João foi preso por causa de Herodias.

3.      Antes, Herodias era casada com o meio-irmão de Herodes, Herodes Filipe, e teve uma filha com ele, chamada Salomé.

4.      Herodes Antipas convenceu Herodias a deixar Filipe e casar-se com ele.

5.      Para abrir caminho, Herodes Antipas teve que se divorciar de sua própria esposa.

6.      Por isso, Herodias tinha uma desavença contra ele, e queria matá-lo, mas ela não podia.

7.      Porque Herodes temia a João, sabendo que ele era um homem justo e santo. e o observava,     e ao ouvi-lo, ele fazia muitas coisas, e o ouvia de boa vontade.

8.      Estes versículos contrastam as opiniões de Herodias e Herodes Antipas acerca de João Batista.

9.      Herodias tinha uma desavença contra ele, e queria matá-lo, e procurava uma maneira de conseguir isso (todos os verbos no pretérito imperfeito).

10.    Antipas, por sua vez, temia a João, considerando-o um homem justo e santo.

 3-Técnica de “Sanduíche”(Mc.6.22)

1.      Como um governante sob a autoridade  romana, Herodes não tinha um reino.

2.      Assim, ofertar até a metade de seu reino foi a forma de dizer que ele daria  a filha de Herodias quase tudo que ela pedisse.

3.      Após esta palavra, Herodes ficaria muito constrangido na presença de seus convidados se negasse o pedido da filha  de Herodias.

4.      As palavras são poderosas porque podem levar a grandes pecados, portanto devemos usá-las  com muito cuidado.  

5.      E entrando a filha de Herodias (Salomé), e dançando, e agradando a Herodes, e aos que estavam sentados com ele, o rei disse à donzela: Pede-me o que quiseres, e eu te darei.

6.      Marcos não cita o nome de Salomé, mas o historiador judeu Josefo sim.

7.      Filha (v. 22, 28) é a mesma palavra que Jesus usou para a menina de 12 anos em Mc.5:41.

8.      Dançando e agradando não necessariamente envolvem sensualidade no relato de Marcos, embora seja possível.

 III  A INCREDULIDADE  DOS DISCIPULOS

1- Ao alimentar  cinco mil homens (Mc. 6.37)

1.      Quando Jesus pediu a seus discípulos que providenciasse alimento para mais de cinco mil pessoas, eles ficaram admirados  e disseram que seria necessário uma pequena fortuna para alimentar tal multidão.

2.      Ele respondendo, lhes disse: Dai-lhes vós de comer.

1.      E eles disseram-lhe: Devemos ir e comprar duzentos denários de pão e dar-lhes de comer?

2.      Jesus responde com outra ordem, enfatizando vós.

3.       Duzentos denários seriam aproximadamente o salário de um ano de trabalho.

4.      Obviamente, os discípulos não tinham tal quantia, já que tinham acabado de voltar de uma missão na qual não levaram pão nem dinheiro (v. 8).

5.      Alimentar essa gente toda era um grande desafio.

6.      Uma situação que parece impossível  de ser solucionada  com os recursos humanos representa uma oportunidade para Deus agir em nosso favor.

 2-Ao Andar sobre as Águas (Mc. 6.50)

1.      Porque todos o viram, e perturbaram-se.

2.       E imediatamente falou com eles, e disse-lhes: Tende bom ânimo; sou eu, não tenhais medo.

3.      Jesus tranquiliza os discípulos com duas ordens: Tende bom ânimo e não tenhas medo.

4.      As palavras sou eu literalmente são “eu sou”, conforme no grego, Ego Eimi, o nome de Deus em Êx 3:14 (Is 41:4).

5.      Jesus fez algo que só Deus poderia fazer e usou o nome do Senhor para identificar a si mesmo.

6.      O medo que sentiam os discípulos devia-se ao fato de que Jesus havia os deixado, de acordo com eles, sozinhos no barco.

7.      Porque eles ainda não entendiam que, embora ele não estivesse fisicamente entre eles, ele não os havia deixado.

8.      Esse sentimento é o mesmo que nós experimentamos em situações difíceis, como atualmente.
E, como mulheres, temos que viver situações muito difíceis, é quando sentimos que não podemos remar mais contra a corrente e contra o vento forte.

9.      Os discípulos tinham medo, mas a presença de Jesus acalmou seus temores.

 3- O Exemplo de Fora (Mc. 6.56)

1.      E, onde quer que ele entre, em aldeias, ou cidade, ou nos campos, eles colocavam os enfermos nas ruas, e pediam-lhe que eles pudessem tocar somente na orla da sua roupa; e todos quantos o tocavam ficavam curados.

2.      Aldeias… cidade e campos totalizam a região da Galileia: Nas ruas (Gr. ggorg) eram os centros mais ativos da vida local.

3.      A afirmação de que os enfermos… pediam-lhe a Jesus que os curasse lembra o leproso (Mc 1:40), o endemoninhado (Mc 5:10) e o dirigente da sinagoga, visto que se usa a mesma palavra.

4.      As numerosas curas aqui em Genesaré contratam com os poucos que foram curados em Nazaré (Mc.6.5,6).

5.      Tocar ao menos na orla (beira do manto)

6.      Essa confiança lembra a da mulher que tocou as vestes(roupa) de Jesus e foi curada(Mc.5.28,29).

7.      Marcos utiliza um valioso contraste: A surpreendente incredulidade  do círculo mais íntimo de Jesus segue-se a abundante fé daqueles mais afastado.

8.      O contato coma fé pura e exemplar de pessoas simples e anônimas era uma preciosa fonte  de aprendizado para os discípulos – que, com o vimos,  ainda estavam  em processo de cura  de seus  próprios corações (Mc.6.52).

  Pr. Capl. Carlos Borges (CABB) 

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