domingo, 23 de outubro de 2022

A AUTORIDADE DO SERVO

 

Mc. 5.21-43

Introdução: Duas histórias de desastres. Temos aqui um sanduíche. O evangelista João Marcos gosta disso. Ele começa com uma história, a corta no meio contando outra história e depois termina com a história que começou mostrando que estão relacionadas.

A primeira história mostra um chefe da sinagoga. Ele tinha tudo, mas sua filha estava em estado terminal. Um desastre. Sem esperança. Ele a viu nascer, crescer, falar as primeiras palavras. Sua princesa. Mas agora sua vida está esvaindo. Você sabe qual o sentimento de um pai vendo seu filho morrer?

A segunda história mostra uma mulher que está vendo sua vida esvair há 12 anos. Uma hemorragia. Uma enfermidade cruel que a afasta de tudo. Ela não pode ser tocada por ninguém, pois que a tocar é considerado impuro.

 I  AUTORIDADE SOBRE OS DEMÔNIOS

1-A ação de Satanás (adversário) (Mc.5.5)

1.      Há todo tipo de situações que podem trazer uma tragédia: Um motorista bêbado. Um sinal vermelho. Uma ultrapassagem errada. Uma piscina não coberta. Um homem nervoso com uma arma.

2.      Clamando e Ferindo-se ele era um pavor e um tormento para si mesmo.

3.      O Diabo é um mestre cruel para aqueles que ele leva cativo.

4.      Os adoradores de Baal, em sua fúria, se cortavam como este louco fazia.

5.      A voz de Deus diz: “ Não te faças nenhum mal.

6.      A voz  de Satanás diz: “Faça a si mesmo todo o mal que puder”. mesmo assim, a Palavra de Deus é desprezada, e a de Satanás, considerada.

7.      Adorou-o: Até mesmo o diabo (caluniador), em sua pobre criatura, foi forçado a temer  diante de Cristo e a curvar-se a Ele, Filho de Deus.

8.      O demônio reconheceu Jesus como o Filho de Deus. Sai deste homem – Observe a palavra de comando que Cristo deu ao espírito imundo para acabar com sua possessão (tomar posse, domínio), Sai deste homem, espírito imundo.

9.      Aqui está um exemplo do poder  e da autoridade com a qual Cristo ordenou os espíritos imundos,  e eles o obedeceram (Mc.1.27).

10.    Legião: Uma legião de soldados entre os romanos consistia  em um grupo entre seis mil e 12 mil homens.

11.    Os demônios pelejam contra Deus  e Sua glória, contra Cristo e Seu evangelho contra  os homens e sua santidade e felicidade.

 2-A Ação da Sociedade ( Mc.5.3)

1.      Sua morada nos sepulcros: Ele ( o demoninhado) morava entre os túmulos (sepulcros) de pessoas mortas.

2.      As tumbas ficavam  fora da cidade  em lugares desolados, o que dava  grande  vantagem  ao diabo, pois aí daquele que está sozinho.

3.      Tocar  um túmulo era profano (Nm. 19.16).

4.      Cristo, ao resgatar as almas do poder de Satanás, salva os vivos de entre os mortos.

5.      Grilhões e cadeias: Nenhum homem poderia prendê-lo.

6.      Além das cordas não conseguirem segurá-lo, os grilhões   e as cadeias de ferro também não conseguiam.

7.      Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e correntes, e as correntes foram arrancadas em pedaços, e os grilhões quebrados em partes, e nenhum homem podia amansá-lo.   

8.      Nenhuma força humana tem poder para libertar almas (pessoas) aprisionadas por Satanás.

9.      Somente Jesus é capaz de libertar o oprimido e tratar a verdadeira fonte do problema humano (At. 3. 6; Jo. 8.36).

 3- A Ação de Jesus (Mc. 5.19).

1.      Vai para a tua casa- Ele deve ir para sua casa encontrar-se com seus amigos, anunciar-lhes que grande coisas o Senhor  fez por ele, de modo que Cristo seja honrado e que seus vizinhos  e seus amigos sejam convidados  a crer em Cristo.

2.      Esta é uma  dívida que temos com Cristo e com nossos irmãos, para que Ele seja glorificado, e nós, edificado.

3.      Várias razões foram conjecturadas porque Jesus não permitiu que esse homem fosse com ele.

4.      Pode ter sido que ele desejasse deixá-lo entre o povo como uma evidência conclusiva de seu poder de realizar milagres.

5.      Ou pode ter sido que o homem temesse que, se Jesus o deixasse, os demônios retornariam, e que Jesus lhe dissesse que permanecesse para lhe mostrar que a cura estava completa e que ele tinha poder sobre os demônios quando ausente e quando presente.

6.      Mas a razão provável é que ele desejava restaurá-lo para sua família e amigos.

7.      Jesus não estava disposto a atrasar a alegria de seus amigos e prolongar a ansiedade deles, fazendo com que ele ficasse longe deles. 

 II AUTORIDADE SOBRE AS DOENÇAS

1-A Condição da Mulher (Mc. 5.26)

1.      Ela teve o melhor tratamento que poderia ter recebido dos médicos, fez uso dos remédios e métodos que lhes prescreveram.

2.      Depois que ela gastou tudo que tinha com os médicos, estes desistiram dela, dizendo que era incurável.

3.      Observem a forte fé que ela tinha no poder de Cristo para curá-la.

4.      A mulher acreditava que Ele curava não como um profeta com virtude procedente de Deus, mas como Filho de Deus pela virtude inerente em si mesmo.

5.      Se tão somente tocar: Tal era seu caso que ela não poderia por modéstia contar-lhe publicamente, como outros faziam com suas queixas e, portanto ela desejava uma cura pessoal e condicional.

  1. Por causa da natureza de sua doença; era algo que não podia ser tornado público, sem expô-la à vergonha e desprezo.

7.      Era um distúrbio inveterado; durou doze anos.

8.      Foi contínuo; ela parece não ter tido intervalo de saúde.

9.      Seu distúrbio foi agravado pelos medicamentos que ela usava – ela sofreu muito, etc.

10.    Sua doença era ruinosa tanto para sua saúde quanto para as circunstâncias – ela gastou tudo o que tinha.

11.    Ela agora foi levada ao último ponto de miséria, desejo e desespero; ela estava piorando e não tinha dinheiro nem bens para fazer outro experimento para obter sua saúde.

12.    Ela foi tão abatida por sua desordem a ponto de ser incapaz de ganhar qualquer coisa para sustentar sua vida miserável por mais algum tempo. 

13.    Foi dito, e o ditado é bom: “A extremidade do homem é a oportunidade de Deus”. e. E agora Jesus vem, e ela é curada. 

 2-A fé da mulher (Mc. 5.28)

1.      Jesus, reconhecendo imediatamente que dele saíra poder, virando-se no meio da multidão, perguntou: Quem me tocou nas vestes?" Marcos 5:30.

2.      No meio da multidão havia uma mulher que sofria há muitos anos com um fluxo de sangue e que havia gastado tudo que possuía para tentar se curar, sem ser possível.

3.      Ela se decidiu a apenas tocar nas vestes de Jesus para ser curada e assim aconteceu e ela foi curada.

4.      O poder de Jesus era tamanho e o Espírito de Deus se movia com tanta liberdade nele que ao tocar nas suas vestes esta mulher foi curada.

5.       Este poder para curar não advém da natureza divina de Jesus, mas da comunhão que ele tinham com seu Pai, como vimos em algumas ocasiões.

6.      Apesar da grande quantidade de cristãos que vemos no Brasil, pouco deles vive a prática e sinceridade da vida com Deus como fazia Jesus.

7.       Se assim fosse, não haveria mais coxos, doentes, cegos ou qualquer doença nas igrejas evangélicas.

8.      Esta é uma reflexão que deve ser feita, pois certamente existe algo errado. 

 3- A Cura da Mulher (Mc. 5.29)

1.      Secou a fonte de seu sangue- Ela estava na multidão  atrás dele e conseguiu tocar Suas vestes, e logo se sentiu perfeitamente bem.

2.      Virtude de si mesmo saíra – JESUS  sabia que isso não ocorreu por qualquer deficiência, nem pelo esgotamento dessa virtude, mas por exercê-la, e o prazer que Ele sentia em fazer o bem.

3.      Quem me tocou-  Cristo passa e olha ao redor para ver aquela que tinha feito tal coisa, não para poder culpá-la por sua presunção, mas para elogiar e encorajar sua fé.

4.      Assim como os atos secretos  de pecado, os atos secretos de fé são conhecidos pelo Senhor Jesus, e estão debaixo de sua vigilância.

5.      Mas a cura física foi só o inicio de um processo mais profundo; aquela mulher, outrora doente, frustrada, abandonada e desvalorizada.

6.      Libertou-se de seu mal, ganhou um poderoso testemunho, desenvolveu uma fé preciosa e ainda foi explicitamente acolhida na família de Deus.

7.      Cura completa, física, emocional, social e espiritual.

 III AUTORIDADE SOBRE A MORTE

1- Contraste entre situações (Mc. 5.24)

1.      Jairo era um homem que vinha abertamente implorando a cura de uma filha doente, e não é ninguém menos que um dos líderes da sinagoga, o qual presidia  a adoração da sinagoga.

2.      Apesar de ser líder, ele se dirigiu a Jesus com grande humildade e reverência.

3.      Quando viu a Jesus Cristo, ele se ajoelhou dando honra a Jesus.

4.      Jairo tem uma pequena filha com cerca de 12 anos, e ela jaz  à cama, morrendo.

5.      Porém, ele crê que se Cristo apenas for e impuser suas mãos sobre ela, esta retornará a vida, mesmo estando às portas do túmulo.

6.      Cristo prontamente concorda e vai com ele.

7.      A filha de Jairo tinha 12 anos de idade e a mulher do fluxo de sangue, sofria doze anos com a sua enfermidade, então Jesus entra em cena e restaura as vidas, uma enfermidades física e outra uma enfermidade patológica.

 2- Continue Crendo (Mc. 5.36)

1.      Não tema, apenas acredite. A mensagem sobre a morte dela provocara desespero: pois ele não pedira nada a Cristo, a não ser alívio para a jovem doente.

2.      Portanto, Cristo pede que ele tome cuidado para que, por medo ou desconfiança, ele exclua a graça, à qual a morte não será obstáculo.

3.      Por essa expressão, apenas acredite, ele quer dizer que não vai querer poder, desde que Jairo o permita; e, ao mesmo tempo, exorta-o a ampliar seu coração com confiança, porque não há espaço para temer que sua fé seja mais extensa que o poder ilimitado de Deus.

4.      E realmente este é o caso de todos nós: pois Deus seria muito mais liberal em suas comunicações conosco, se não estivéssemos tão perto; mas nossos desejos escassos o impedem de derramar seus dons sobre nós em maior abundância.

5.      Em geral, somos ensinados por esta passagem que não podemos ir além dos limites da crença: porque nossa fé, por maior que seja, nunca abraçará a centésima parte da bondade divina. 

 3- A força do Amor (Mc. 5.41)

1.      Tomou-a pela mão e lhe disse: “Talita cumi!”, que significa “menina, eu lhe ordeno, levante-se!”. Marcos 5.41, NVI

2.       Lucas 8:54 . E ele segurou a mão dela e chorou. 

3.      Embora naturalmente esse grito não servisse para recordar os sentidos da jovem falecida, Cristo ainda pretendia dar uma exibição magnífica do poder de sua voz, para que pudesse acostumar mais plenamente os homens, para ouvir sua doutrina.

4.      É fácil aprender com isso a grande eficácia da voz de Cristo, que alcança até os mortos, e exerce uma rápida influência sobre a própria morte.

5.      Consequentemente, Lucas diz que seu espírito retornou, ou, em outras palavras, que imediatamente ao ser chamado, obedeceu ao mandamento de Cristo.

6.      Eis a arma com que Jesus vence a morte:  a força do Seu eterno amor  e soberano poder.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)

 

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