Lc. 2.1-24
Introdução: Lucas foi o único escritor do Evangelho que relaciona os
acontecimentos que registrou com a História mundial. Seu relato foi dirigido a
um público predominantemente grego, interessado e familiarizado com a política.
A Palestina estava sob os romano; César Augusto, o primeiro Imperador romano,
era o líder. Os governantes romanos, tidos como deuses, viviam como tal, sendo
as suas ordens como leis imutáveis, e que o povo tinha que obedecer sob pena de
severas punições, daí o temor do povo em não contrariar esses deuses.
I O NASCIMENTO DE JESUS
1- O Decreto de César (Lc. 2.1,3).
1. Um
censo romano foi feito para ajudar o recrutamento militar e/ou à coleta de impostos.
2. Os
judeus não tinham que servir no exército romano, mas talvez não deixassem de
pagar as taxas.
3. O
decreto de Augusto foi editado no tempo perfeito de Deus e de acordo com seu
perfeito PLANO de trazer Seu Filho ao mundo.
4. Deveria
ser tributado – Essa palavra “imposta” significa arrecadar e arrecadar
dinheiro para o uso do governo.
5. Este não é o significado da palavra original
aqui.
6. Significa antes
“inscrever-se” ou fazer uma “lista” dos cidadãos, com seus empregos, a
quantidade de suas propriedades etc., equivalente ao que se entende por censo.
7. A Judéia era naquela
época tributária de Roma.
8. Pagou impostos ao
imperador romano; e, embora Herodes fosse “rei”, ele ainda mantinha sua
nomeação sob o imperador romano e estava sujeito a ele na maioria dos assuntos.
9. Além disso, como essa
“inscrição” era apenas para verificar os números e as propriedades dos judeus,
é provável que eles estivessem muito dispostos a se matricular dessa maneira;
e, portanto, ouvimos dizer que eles foram de bom grado, sem tumulto – ao
contrário do modo comum quando deveriam “ser tributados”.
1. Deus controla toda a
história.
2. Devido ao decreto do
Imperador Augusto, toda a situação encaminhou-se para que Jesus nascesse
justamente na cidade profetizada para o nascimento dEle (Mq. 5.2), embora José
e Maria não vivessem lá.
3. José e Maria eram
descendentes de Davi.
4. No AT, há inúmeras
profecias que asseguram que o Messias nasceria da linhagem de Davi (Is. 11.1; Jr.33.15;
Ez. 37.24; Os. 3.4.
5. Tiras de pano eram
usadas para manter um bebê aquecido e dar-lhe uma sensação de segurança.
6. Acredita-se que estes
panos protegiam os órgãos internos.
7. O costume de enrolar
crianças deste modo ainda é praticado em muitos países do Oriente Médio.
3-Os anjos e os pastores (Lc. 28.20).
1. Deus continuou a
revelar seu Filho, mas não àqueles a quem poderíamos esperar.
2. Lucas registrou que o
nascimento de Jesus foi anunciado aos pastores no campo.
3. Talvez estes provessem
cordeiros para os sacrifícios no Templo, por meio destas ofertas Deus concedia
o perdão dos pecados.
4. Aqui, é relatado que os
anjos convidaram os Pastores a saudarem o cordeiro de Deus (Jo. 1.36), que tiraria
os pecados do mundo inteiro para sempre.
5. Os pastores ficaram
apavorados, mas o temor transformou-se em alegria quando os anjos anunciaram o
nascimento do Messias.
6. Primeiro os pastores
correram par ver o bebê, depois divulgaram a noticia.
7. Jesus é o seu Messias,
o seu Salvador.
8. Nós
os salvos esperamos ansiosamente encontrá-lo por meio da oração e da Palavra
todos os dias?
9. Quem
de nós, já descobriu este Senhor tão maravilhoso, a ponto de não conseguir
evitar compartilhar nossa alegria com os nossos amigos e familiares?
1-Consagração de Jesus (Lc. 2.21-24).
1. As
famílias judias observavam várias cerimônias logo após o nascimento de um belo
bebê.
2. Entre
as mais importantes estão.
3. (1) A
circuncisão- Todo menino era circundado e recebia um nome no oitavo dia
após o nascimento (Lv. 12.3; Lc. 1.59,60).
4. A
circuncisão simbolizava a separação dos judeus dos gentios e seu relacionamento
singular com Deus.
5. (2)- A redenção do primogênito- O filho
primogênito era apresentado a Deus um mês após o nascimento (Êx. 13.2, 11-16; Nm.
15,16).
6. A
cerimônia incluía o resgate da criança para Deus por meio de uma oferta.
7. Deste
modo, os pais reconheciam que o filho pertencia a Deus, o único com poder de
dar a vida.
8. (3) A Purificação da mãe- Por quarenta
dias depois do nascimento de um filho, ou oitenta após do nascimento de uma
filha, a mãe era considerada impura e não podia entrar no Templo.
9. No
final desse período de separação, os pais deveriam oferecer um cordeiro em
holocausto e um pombo (macho ou fêmea) como oferta pelos pecados.
10. O
sacerdote sacrificava estes animais e declarava a mulher purificada.
11. Se
um cordeiro fosse muito caro para a família, os pais poderiam oferecer dois
pombos (macho ou fêmea).
12. José
e Maria fizerem isso por Jesus, apesar de ser Filho de Deus, eles cumpriram a
Lei, Jesus não se esquivou da Lei, pelo contrario Ele a cumpriu perfeitamente.
1. Simeão
profetizou que Jesus traria duplas consequências a Israel, alguns cairiam por
causa Dele (Is. 8.14,15), enquanto outros seriam elevados (Ml. 4.2).
2. Nessa
oração, Simeão frisou dois fatos de grande importância.
3. Primeiro,
ele entendeu que a vinda de Jesus ao mundo significava a vinda da salvação.
4. Ver
Jesus era o mesmo que ver a salvação divina.
5. Quando
adulto Jesus descreveu sua missão nestes termos: “Porque o Filho do Homem veio
buscar e salvar o perdido (Lc. 19.10)”.
6. O
apóstolo Paulo escreveu alguns anos depois: “Fiel é a Palavra e digna de toda
aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais
eu sou o principal (1 Tm. 1.15)”.
7. Não
é possível manter-se neutro em relação a Jesus, as pessoas o aceitam alegremente
ou rejeitam-no.
8. Como
mãe, Maria ficaria entristecida pela rejeição que Jesus enfrentaria.
9. Esta
é a primeira referência à dor materna no Evangelho de Lucas.
1. Embora
Simeão e Ana fossem muito idosos jamais perderam a esperança de que veriam o
Messias.
2. Guiados
pelo Espírito Santo, eles estão entre os primeiros a dar testemunho sobre Jesus.
3. Na
cultura judaica, os anciãos eram respeitados, devido à idade de Simeão e Ana,
suas profecias trouxeram uma confirmação extra.
4. Nossa
sociedade valoriza mais a energia da juventude do que a sabedoria dos anciãos, assim,
as contribuições dos idosos são frequentemente ignoradas.
5. Como
cristãos, devemos inverter estes valores.
6. Encoraje
as pessoas na terceira idade a compartilharem suas sabedoria e experiências.
7. Ouça
cuidadosamente quando falarem.
8. Ofereça-lhes
sua amizade e ajude-as a encontrar caminhos para continuarem a servir a Deus
1- O regresso a Nazaré (Lc. 2.39-40).
1. Maria
e José teriam retornado imediatamente a Nazaré ou permanecido em Belém por
algum tempo, como sugere o relato em Mt. 2?
2. Houve
um intervalo de vários anos entre os acontecimentos descritos nos versículos 38
e 39, tempo suficiente para o casal encontrar um lugar para morar em Belém,
fugir para o Egito, a fim de escapar da ira de Herodes, e retornar a Nazaré em
outra ocasião segura.
3. Jesus
era cheio de sabedoria.
4. Este
fato não surpreende, uma vez que Ele permanecia em intimo contato com o Pai
celestial.
5. Em
Tg. 1.5, é dito que Deus generosamente dá sabedoria a todo aquele que pede.
6. De
acordo com os ensinamentos de JESUS, podemos crescer em sabedoria se andarmos com
Deus.
1. De
acordo com Lei, todo homem devia ir a Jerusalém três vezes por
ano, por ocasião das grandes festas: A Páscoa, Festas dos Pães Asmos, que dura
uma semana.
2. A
Páscoa judaica comemora a noite em que os hebreus saíram do Egito, quando Deus matou
os primogênitos egípcios, mas não feriu os lares marcados com o sangue do
cordeiro (Êx. 12.21-36).
3. Lucas
inicia a narrativa, afirmando que os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém
para a festa da Páscoa (Lc 2,41).
4. Na
história do povo de Israel, por vários séculos, esta festa era uma celebração
doméstica, um momento de memória coletiva do povo, mas também de fortalecimento
de vínculos familiares.
5. Entretanto,
o rei Josias (640-609 a.C.) determinou que a festa deveria ser celebrada de
forma centralizada em Jerusalém, a capital (2Rs 23,21-23).
6. Com essa medida, ele conseguiu concentrar
poder através do controle do culto praticado no templo, que ficava em
Jerusalém.
7. Houve
muita resistência, mas a medida do rei Josias foi imposta pela força bruta.
8. Para
Lucas, os pais de Jesus seguem essa tradição, inclusive quando ele completa
doze anos (Lc 2,42).
9. Terminada a festa, eles começam a viagem de
volta, sem notar que o menino não está na caravana.
10. Depois
de andarem um dia inteiro, percebem a sua falta e começam a procurá-lo entre os
parentes e conhecidos.
11. Como
não o encontram, retornam a Jerusalém (Lc 2,43-44).
1. Quando os dias festivos
terminaram em Jerusalém, Jesus ficou para trás, enquanto seus pais presumiram
que ele estava na comitiva que voltava para a Galileia.
2. Eles estariam em uma caravana com muitos
parentes e amigos (2:43-44), então seria fácil supor que Jesus estava entre o
grupo em algum lugar.
3. Quando perceberam que ele
havia desaparecido, voltaram a Jerusalém e o encontraram após três dias de
busca (2:45-46).
4. Ele estava no templo,
interagindo com os mestres e surpreendendo-os com seu entendimento (2:46-47).
5. Quando seus pais
perguntaram por que ele os preocupava, Jesus respondeu: Você não sabia que era necessário
que eu estivesse na casa de meu Pai? (2:48-49).
6. Eles não entenderam que
ele tinha uma missão única no reino de seu Pai celestial (2:50).
7. No entanto, ele também
tinha a responsabilidade de honrar seu pai e sua mãe terrenos (ver Êxodo
20:12), então ele obedeceu e foi para casa com eles (Lucas 2:51).
8. Embora seu filho a
confundisse, Maria guardava todas essas coisas em seu coração (2:51). Um dia,
ela entenderia. Enquanto isso, Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça
diante de Deus e dos homens (2:52).
9. Isso demonstra sua
verdadeira humanidade.
10. Ele não era simplesmente
Deus disfarçado de homem.
11. Ele tinha uma natureza
divina perfeita e uma natureza humana genuína que amadureceu à medida que
crescia.
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