quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O PÃO NOSSO E O PERDÃO



O PÃO NOSSO E O PERDÃO
Mt. 6.11-15
Introdução: PROVISÃO -... O pão nosso de cada dia nos dá hoje...
Deus garante a provisão necessária para os seus filhos, isso é a expressão do Seu cuidado conosco. A nós cabe viver na Sua dependência, confiando nas Suas promessas. Cristo começa pedindo pelo corpo.
PERDÃO -... Perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores...
Perdoar não é uma condição para sermos perdoados por Ele, as palavras demonstram o Seu interesse em nos lembrar da necessidade e importância do perdão.

I QUESTÃO DE DESEJO
1-Usando Deus (Mt 6.33; 6.36).
·         Buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça significa priorizar Deus em nossa vida, de modo que nossos pensamentos estejam voltados para sua vontade, e que nosso caráter seja semelhante ao do Senhor sirvamos e obedeçamos a Deus em tudo.
·         O que é realmente importante para nós? Pessoas, metas, desejos e até objetos disputam lugar em nossa vida e, se não formos firmes e escolhermos dar ao Senhor o primeiro lugar em cada área de nossa vida, qualquer um desses interesses (desejos) pode ocupar rapidamente o lugar de Deus.
·         Jesus criticou pessoas que o seguiam somente por causa dos benefícios temporais, e não por satisfazer a fome espiritual.
·         Muitos usam a religião para ganhar prestigio conforto, e até votos em época de eleições, mas esses são motivos egoístas.
·         Os verdadeiros cristãos seguem a Jesus simplesmente porque sabem que Ele é o caminho, a verdade e a vida.

2--Anseio dos incrédulos (Sl 49.6; Jo 6.8).
·         O Salmo 49.6, ressalta a futilidade de confiar nas riquezas, como a condição transitória de tudo o que há na terra.
·         O salmista declara que a pessoa cujos valores da vida consistem na abundancia de bens ou prazeres ou forma deste mundo (Mt 6.19-21), ao invés de buscar a Deus e ao seu reino, perecerá, por outro lado, os que vivem para Deus serão libertos do poder da sepultura (Seol).
·         Há um contraste entre os discípulos e o menino que deu a Jesus o que tinha, certamente tinham mais recursos do que o garoto, mas sabiam que não tinham o suficiente, por esta razão nada deram.
·         O menino deu o pouco que tinha, e fez toda a diferença, se nada oferecermos a Deus, Ele nada terá para usar, mas Ele pode usar o que temos e transformar em muito.
·         Jesus normalmente preferia operar seus milagres por intermédio das pessoas, neste episódio, ele tomou o que o menino ofereceu e usou para realizar um dos muitos milagres.
3-Coisas a seguir (Jo 14.14)
·         Jesus estava viajando com seus discípulos desde a Judeia, no sul, até a Galileia, no norte. Em vez de evitar passar pela Samaria (como fazia a maioria dos judeus), escolheu a rota mais curta, que passava pela Samaria.
·         Eles chegaram a um lugar da Samaria chamado Sicar, localizado próximo ao deserto, onde estava o poço de Jacó (com uma profundidade de 100 metros), próximo da terra que Jacó havia dado a seu filho José (João 4.5-6; Gênesis 28.22).
·         Esgotado, Jesus sentou-se próximo ao poço, enquanto seus discípulos entraram na cidade para comprar alimentos. O poço foi o mesmo onde Isaque se encontrou com Rebeca, e onde Jacó reconheceu Raquel (Gênesis 24.11; 29.10) Era a hora sexta (meio dia), uma hora quando usualmente o lugar estava vazio por causa do calor. A referencia à hora sexta está vinculada a Jesus (João 19).
·         Na Galileia, na Festa dos Tabernáculos, Jesus disse em alto e bom som que, se alguém tem sede, deve ir a Ele e beber. Significa que precisamos ir a Ele e crer em Jesus para que rios de água viva jorrem do nosso interior, pois quando depositamos nossa fé no Senhor, temos a água que nos dá vida (João 7.37-38).
·         Foi assim com a mulher samaritana que, em busca de água para saciar a sua sede natural no poço de Jacó, encontrou-se com Jesus, o Único capaz de saciar a sede espiritual que havia no seu interior. E, a partir desse encontro com a verdadeira água viva, ela teve sua vida transformada para sempre. (João 4.5-14)


II QUESTÃO DA RIQUEZA
1-Canal de Bênção (Jo 14.14; Mt (. 19.24)).
·         Quando Jesus disse que podemos pedir qualquer coisa ao Pai, devemos lembrar que os nossos pedidos devem ser seu nome e de acordo com o caráter e a vontade de Deus.
·         O Pai não nos concederá pedido contrário à sua natureza ou à sua vontade, não podemos usar o nome de Jesus como uma formula magica para realizar os nossos desejos egoístas.
·         Se estivermos sinceramente seguindo a Deus e procurando fazer a sua vontade, os nossos pedidos estarão de acordo com o seu desejo, e ele no-los concederá (JO. 1516; Jo 16.23).
·         A impossibilidade de um camelo passar pelo fundo de uma agulha representa o grau de dificuldade de uma pessoa rica entrar no Reino dos céus.
·         Entretanto, Jesus disse que “a Deus tudo é possível” (Mt. 19.26), mesmos os ricos poderão entrar no Reino se Deus os conduzir, o que vale é a fé em Cristo, e não a confiança em si mesmo ou nas riquezas.

2-Pecado ou Virtude?(Jr. 9.23,24)
·         A riqueza pode se tornar o centro da nossa vida e tomar o lugar de Deus, as pessoas tendem a admirar quatro qualidades em outras: Sabedoria Humana, Poder (força), bondade e riquezas.
·         Cada um desses aspectos pode se tornar uma fonte de grande orgulho, mas, Deus coloca uma prioridade maior em conhecê-lo pessoalmente e viver uma vida que reflita a Sua retidão e justiça.
·         As riquezas podem facilmente se tornar um ídolo, em resposta à pergunta do jovem como ter a vida eterna, Jesus disse guardasse os 10 mandamento de Deus.
·         Então Jesus listou seis deles, todos referentes aos relacionamentos com os outros, quando o jovem respondeu que guardava os mandamentos, Jesus disse que se ele quisesse ser perfeito deveria vender tudo o que tinha e dar o dinheiro aos pobres.
·         A declaração de Jesus expôs a fraqueza do homem, na realidade, sua riqueza era seu deus, o seu ídolo, e ele não desistiria dela. Assim ele violou o primeiro mandamento (Êx. 20.3; Mt 22.34-40).

3-Prosperidade Bíblica (3 Jo 1.2; Ml 3.10).
·         Deus nos concede recursos que devemos usar e investir em sua obra, Paulo usa a ilustração da semente para explicar que os recursos que Deus nos dá não devem ser escondidos, totalmente dissipados ou jogados fora.
·         Os recursos que Deus nos dá devem ser cultivados a fim de produzirem mais colheitas, quando investimos na obra de Deus os recursos que ele nos dá , ele nos supre com muito mais para que possamos continuar a ofertar.
·         A casa do Tesouro era uma parte do Templo onde eram armazenados grãos e outros alimentos entregues como dízimos.
·         Os sacerdotes viviam destas ofertas, precisamos também dar do muito que Deus nos tem concedido, a fim de sustentarmos aqueles que servem a Deus e ministram as necessidades espirituais de outras pessoas.
·         Não há nada de errado em desejar uma vida prazerosa, Deus nos dá boas dádivas e quer que apreciemos, mas ter amizade com o mundo e envolver buscar prazeres à custa dos outros ou à custa a custa de obediência a Deus.

III PERDOAR E SER PERDOADO
1-Condições do perdão (Mt. 6.14,15; Ef 4.32)).
·         Jesus nos dá uma surpreendente advertência sobre o Perdão; se recusarmos perdoar aos outros, Deus também se recusará a perdoar-nos.
·         Por quê? Quando não perdoamos aos outros, negamos nossa condição de pecadores que precisam do perdão de Deus.
·         O perdão dos pecados concedido por Deus quando aceitamos Jesus como Salvador, não e resultado direto de perdoarmos aos outros, e sim do sacrifício de Cristo por nós (Ef 4.32).
·         Ao entendermos o significado da misericórdia de Deus para conosco, devemos colocá-la em prática em relação ao nosso próximo.
·         É fácil pedir perdão a Deus, mas é difícil concedê-lo aos outros, sempre que pedimos que Deus perdoe os nossos pecados, devemos perguntar a nós mesmos: Será que eu tenho perdoado aqueles que me têm magoado?
2-Lutando pela paz
·         Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti. “Confiai no SENHOR perpetuamente; porque o SENHOR Deus é uma rocha eterna”. (Isaías 26.3,4).
·         Esta é uma promessa fantástica da Palavra de Deus! Ser conservado em paz significa não se desgastar interiormente diante dos problemas.
·         Justamente nos dias em que tanto se fala sobre angustia, estresse, depressão e síndrome do pânico, encontrar um meio divino de se conservar em paz é algo por demais valiosos.

3- A visão perfeita de Deus (Mt 5.24)
·         Relações interrompidas podem dificultar o nosso relacionamento com Deus, se tivermos uma mágoa ou uma queixa contra um amigo, devemos solucionar o problema o mais rapado possível.
·         Aqueles que reivindicam amar a Deus, odiando os outros, são hipócritas, nossas atitudes em relação ao próximo refletem nosso relacionamento com Deus. (1 Jo 4.20).
·         Os nossos relacionamentos com outras pessoas não devem comprometer nossa fé., Paulo aconselha os crentes , para que não se envolvam em compromissos com pessoas descrentes, porque isso poderia enfraquecer o seu compromisso cristão, a sua integridade e os seus padrões e valores.  

Pr. Carlos Borges(CABB)

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

SEJA FEITA A TUA VONTADE

Rm 12.1-3
Introdução: A oração do Pai Nosso, não é uma coisa comum, é uma orientação que Jesus nos deu para quando orarmos, as coisas no Reino de Deus não acontece por acaso, mas, por atitudes que tomamos com relação à oração e conhecimento dos propósitos de Deus na nossa vida e no universo, do qual Ele é Senhor absoluto.

I VONTADE SUPERIOR
1-Seu nome é Altíssimo (Lc 1.32)
Ø  O nome Jesus é uma forma grega do nome hebraico Josué, que significa “O Senhor salva”, da mesma maneira que Josué conduziu Israel à Terra Prometida (Js 1.1,2), Jesus conduz seu povo à vida eterna.
Ø  O simbolismo do nome “Jesus” teve grande influencia sobre o povo judeu da época, que levava os nomes a serio e os via como uma insígnia de poder.
Ø  Em nome de Jesus, pessoas foram curadas, demônios expulsos e pecados perdoados.
Ø  Séculos antes, Deus havia prometido a Davi que o seu reino duraria para sempre (2 Sm 7. 16).
Ø  Esta promessa foi cumprida com a vinda de Jesus, um descendente direto de Davi, cujo reinado continuará por toda a eternidade.
2- Planos elevados (Is 35.8)
Ø  Esses “Caminhos Santos” é o caminho que os peregrinos justos percorrerão desde o deserto do sofrimento até Sião (Jerusalém).
Ø  Esse caminho somente poderá ser encontrado se obedecerem a Deus.
Ø  Apenas os remidos caminharão pelo caminho de Deus, onde estarão protegidos dos malfeitores e dos animais selvagens.
Ø  Deus está preparando um caminho para o seu povo chegar ao lar, e Ele caminhará ao seu lado.
Ø  Deus não aponta simplesmente a direção a tomar, ele acompanha-nos durante o trajeto.

3-Fé e humildade (Hb 11.3)
Ø  Deus chamou o universo à existência a partir do nada, Ele ordenou que houvesse, e houve.
Ø  Nossa fé está no Deus que criou todo o universo por sua palavra, a Palavra de Deus tem um poder espantoso.
Ø  Quando Ele fala, Nós ouvimos e respondemos?
Ø  Como nós podemos nos preparar melhor para responder à Palavra e Deus?
Ø  Deus se agrada de um coração contrito e humilde em sua presença, quando assim fazemos, as chances de sermos atendido é muito grande (veja o exemplo de Maria irmã de Lázaro).

II VONTADE NO CÉU
1-Recapitulando o Gênesis (Gên.3.1; Gên 3.6).
Ø  Em algum tempo atrás Satanás foi um anjo de luz, mas,  se rebelou contra Deus e foi expulso, tornando um anjo caído.
Ø  Por que Satanás nos tenta? A tentação é um convite a viver segundo a vontade dele e desistir de viver de acordo com a vontade de Deus.
Ø  Como um ser criado ele possui limitações definidas, embora tente afastar as pessoas de Deus, ele não terá a vitória final.  
Ø  Satanás tentou Eva e foi bem sucedido em fazê-la pecar, desde então ele tem estado ocupado, induzindo as pessoas ao pecado.
Ø  Até mesmo Jesus foi tentado por ele (Mt. 4.1-11), porém Ele não pecou.


2-Lugar de Decisões (Sl 68.18; Ef 4.8).
Ø  Esse versículo de Salmo, citado em Ef. 4.8,é aplicável  ao ministério do Cristo ressuscitado.
Ø  Celebra a vitória do Messias sobre o mal e assegurar que os que creem e confiam nEle também podem superar o mal.
Ø  Paulo usa essa imagem para ensinar que Cristo, por sua crucificação e ressurreição, foi vitorioso na luta contra Satanás.
Ø  Quando Cristo ascendeu ao céu, Ele concedeu dons à igreja, alguns dos quais são discutidos por Paulo em Ef 4.11-13.

3-Orando com o Espírito (Jo 15.26)
Ø  Mais uma vez Jesus ofereceu esperança, o Espírito Santo nos dá força para resistir ao ódio que não tem razão de ser, ao mal em nosso mundo e à hostilidade que muitos demonstram contra Cristo.
Ø  Jesus usou dois nomes para o Espírito Santo, “Consolador” e “Espírito da Verdade”.
Ø  A palavra “Consolador” transmite o sentido de ajuda, encorajamento e força, que estão contidos na obra do Espírito Santo.
Ø  A expressão “Espírito da Verdade” indica o ensino, o esclarecimento e a lembrança da obra do Espírito Santo.
Ø  Ele ministra à mente e ao coração dos cristãos, as duas atribuições são importantes.

III VONTADE NA TERRA
1-Vontade na Criação (Sl. 10322).
Ø  Em tudo e em todos os lugares devemos louvar o Senhor, todos os seus anjos e todas as suas obras o fazem.
Ø  Louvar a Deus significa lembrar-se de tudo o que Ele é e fez por nós (v.2), isso implica em temê-lo, obedecer a seus mandamentos e fazer a sua vontade.
Ø  Quando Deus nos criou, Ele o fez com propósito definidos, estamos aqui por obra e graça do Senhor, como criaturas somos sua propriedade, como servos somos seus servidores, portanto ninguém é dono de ninguém.
Ø  Deus fez o homem para manter comunhão com Ele, e ser cooperador na sua administração, das coisas da terra.
Ø  Somos de certo modo privilegiados, somos superiores aos demais animais, temos raciocínio, vontade, falamos, pensamos e nossa estrutura é diferente.

2-Vontade na Igreja (Cl 1.27)
Ø  Os falsos mestres na igreja de Colossos acreditavam que a perfeição espiritual era um plano secreto e escondido que apenas algumas pessoas privilegiadas poderiam descobrir.
Ø  Paulo disse que estava proclamando a Palavra de Deus em sua plenitude, não apenas uma parte do plano.
Ø  Ele “também chamou o plano de Deus de um “mistério”, oculto dos séculos e das gerações”, não no sentido de que apenas alguns o entenderiam, mas porque estava até que Cristo viesse.
Ø  Por meio de Cristo, esse mistério foi revelado a todos, o plano secreto de Deus pode ser resumido pela seguinte frase “Cristo vive em você”.
Ø  Deus planejou ter seu Filho, Jesus Cristo, vivendo nos corações de todos aqueles que creem nEle, até os gentios como os colossenses.

3- Vontade para você (nós) (1Jo. 5.14).
Ø  Quando nos comunicamos com Deus, não exigimos o que queremos, antes conversamos com Ele a respeito daquilo que Ele quer para nós.
Ø  Se fizermos nossa oração de acordo com a sua vontade, Ele ouvirá e podemos estar certo de que se Ele ouvir, nos dará uma resposta.
Ø  A vida de Abraão foi cheia de fé, por ordem de Deus ele saiu de sua terra (casa) e foi para outra terra, obedecendo sem questionar.
Ø  Creu na aliança que Deus fez com ele, em obediência a Deus, Abraão estava disposto até a sacrificar seu filho Isaque.
Ø  Quando cremos em uma pessoa, conhecendo sua índole, quem ela é, do que é capaz de fazer, e com esse conhecimento fica mais fácil confiar, foi assim com Abraão, |Isaque e Jacó hoje deverá também ser assim também conosco.

Elaborada por Pr. Carlos Borges(CABB) 

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A PRIMEIRA CARTA DE JOÃO



I Jo.1.1-4 (Lição nº 1ª - 3º Trimestre 2009)

Introdução:A primeira  epístola de João foi escrita para uma comunidade cristã que se defrontava com a heresia gnóstica do primeiro século. João procurou encorajar os seus membros a viverem uma espécie de vida coerente com a  comunhão com Deus e seu Cristo. A epístola aborda temas  vitais como a  justiça,amor e o conhecimento certo. O autor não considera esses temas meramente como exigências éticas, mas como realidade espirituais baseadas na revelação cristã  de Deus e Seu Filho.

I ENTENDENDO A CARTA DE JOÃO, O APÓSTOLO- É fácil nos  assustarmos com a maldade que vemos ao nosso redor e sermos subjugado pelos  problemas que enfrentamos. O mal é obviamente muito mais forte do que nós. João nos assegura, porém, que Deus é ainda mais forte. Ele  vencerá todo o mal – e seu Espírito e  sua Palavra vivem em nosso coração.
Os falsos ensinadores são populares no mundo porque como os falsos profetas  do A.T. dizem o que as pessoas querem ouvir. João adverte que os cristãos que fielmente ensinam a Palavra de Deus não ganharão qualquer competição de popularidade no mundo. As pessoas não querem ter seus pecados denunciados; não querem ouvir solicitações de mudanças de comportamentos. Um falso mestre será bem recebido pelos não cristãos.
Todos acreditam que o AMOR é importante, mas o amor é normalmente considerado um SENTIMENTO. Na verdade é uma escolha e uma ação. Deus é a fonte  de nosso amor.Ele nos amou o suficiente para sacrificar seu Filho por nós.

II CONHECENDO O AUTOR DA CARTA- Muitas controvérsias  têm envolvido este assunto.
A associação com João, o filho de Zebedeu, está  enraizada  na tradição da igreja  primitiva. Ao final  de segundo século, I João e em uma extensão menor, 2 João, foram citadas pelos patriarcas da Igreja como tendo autoridade; e no terceiro século, 3 João foi também considerada desta maneira.
A primeira afirmação especifica de que  o Evangelho de João e I João foram escritos pela mesma pessoa foi feita por  Dionísio de Alexandria no terceiro século.
Por muitos anos existiu a dúvida a respeito da autoria comum do dito Evangelho e das três (3) cartas porque  2 e 3 João foram  escritas pelo “presbítero”, aparentemente sendo distinguida do apóstolo associado ao referido Evangelho e a 1 João.
As cartas de 2 e 3 João eventualmente foram também atribuídas ao apóstolo, o  qual  chamava a si próprio de “ presbítero” sem qualquer modéstia.

1-Um autor com uma característica singular- João deixa transparecer em suas cartas que foi alcançado pelo amor de Deus, e consequentemente transformado. O amor de Deus não é estático, inerte, egoísta, alcança e atrai a todos. João tinha esse conhecimento, pois ele foi alcançado de uma maneira muito especial. Agora ele vem revelar esse amor através de suas cartas, expõe esse amor de Deus de uma maneira bem clara. Deus estabeleceu o exemplo do verdadeiro amor, a base para todo relacionamento amoroso: quem ama alguém carinhosamente está disposto a dar-se gratuitamente, a ponto de sacrificar-se a si mesmo.
Crer é muito mais  do que  chegar a um entendimento intelectual de que Jesus é Deus. Significa colocar a nossa confiança e segurança  nEle. O único que nos pode salvar. É confiar a nossa vida presente e nosso destino eterno a Cristo. Crer  é ter a certeza de que as Palavras dEle são fidedignas e que Jesus tem o  poder de transformar-nos em alguém muito melhor.

III O PROPÓSITO DA CARTA DE JOÃO- O propósito de João ao escrever esta epístola foi duplo:
 1- Expor e rebater os erros  doutrinários e éticos  dos falsos  mestres.
2- Exortar seus filhos  na fé  a manter uma vida de santa comunhão com Deus, na verdade e na justiça, cheios de alegria e de certeza da vida  eterna, mediante a fé  obediência em Jesus, o Filho de Deus, e pela habitação interior do Espírito Santo.

1- Erros concernente a Cristo­- O crente permanecerá em Cristo como salvo, somente a medida em que permanecer  no ensino bíblico original de Cristo e dos apóstolos. Isso sugere duas coisas:
(a) –Abandonar  o evangelho original conforme o NT é espiritualmente fatal, e nos separa de Jesus Cristo(Cf. Gl.1.6-8 ;5.1-4).Os crentes devem  permanecer  biblicamente CONSERVADORES quanto à teologia,isto é,sempre seguirem os ensinos do NT.
(b) – É perigoso correr atrás de novos ensinos ou mestres, que pregam coisas NOVAS,alheias à fé cristã(Cf.Jd3). Por essa razão, é importante estudar a Palavra de Deus e ser-lhe fiel, nossa própria alma e nosso destino eterno dependem disso.
Para João, o ponto mais importante é que a vida  dos crentes não será caracterizada pelo pecado. A primeira  vinda de Jesus teve  a finalidade de tirar os NOSSOS pecados, embora Ele mesmo fosse sem pecado(Cf.Jo.8.46; Hb.4.15) .Novamente, João apela ao exemplo de Jesus. Aqueles que  alegam viver(literalmente, permanecer) nEle, devem  viver como Ele( I Jo.2.6,29 ; 3.3) qualquer que permanecer  nEle não continua pecando(Nova Versão Internacional). O pecado é uma atitude de REBELIÃO contra os mandamentos de Deus, que em I João consiste na crença  no Filho e no AMOR pelos irmãos. Até mesmo um mandamento da lei mosaica como a proibição do assassinato representa  em 3.11-15 uma  referência  especifica  à ausência  do amor ao próximo na vida dos oponentes.Assim, o autor  pode  concluir que ninguém que  continue no pecado( isto é,os adversários) jamais viu ou  conheceu  a Deus e a Jesus.

2- Auto engano moral – O crente deve rejeitar qualquer teologia  ou doutrina afirmando que a pessoa pode estar  fora da comunhão com Deus(1.3), continuar a pecar, fazer as  obras do diabo(v.8), amar o mundo(2.15), lesar o próximo (v.14-8), e ainda ser filho de Deus, salvo, a caminho do céu. Contrariamente a esse  FALSO ensino,João cria claramente que quem continua na prática de pecado conhecido “é do diabo” e “ não é de Deus”.
Quem habitualmente pratica o pecado, e afirma que tem a vida eterna e que é filho de Deus, está  enganado e “é mentiroso”. Além disso o que caracteriza um verdadeiro filho de Deus é o amor a Deus, manifesto na guarda dos seus mandamentos.(5.2) e na solicitude sincera pelas necessidades espirituais e físicas doutros crentes.

3- A auto exaltação espiritual- “Não creiais em todo espírito, mas provai se o espírito  são de Deus”.Na verdade, existem fundamentalmente apenas dois espíritos que merecem consideração. Um deles é o Espírito de Deus(v.2), enquanto o outro é o espírito do anticristo; um é o espírito da verdade, enquanto o outro é o espírito  do erro. Os leitores são  exortados a provar os  espíritos, “porque já muito falsos profetas se têm levantado no mundo”.
Precisamos ter muito cuidado, e levar em consideração as instruções de João, pois na nossa atualidade, temos vistos muitos “ pseudos” pregadores que chegam nas igrejas, rotulados de exímios conhecedores  da  Palavra de Deus, chegam nas igrejas com “palavras de ordem”, usam e abusam da “auto-sugestão”, que é um instrumento de manipulação de massa, transformam uma mentira em “verdade”, obrigam o povo(crentes ingênuos,não atento) a fazerem o que eles querem, é nesta pratica da auto-sugestão, que eles estabelecem os seus “ganhos” e saem dos cultos garbosos, enfatuados, e ainda são “exaltados” como “verdadeiros homens de Deus”.
Diante de tudo isso fica uma pergunta, baseado no livro de João, estes “pregadores modernos”, eles estão na luz e andam na luz ?, o amor de Cristo está neles ?, eles amam seus irmãos de fé ?, se as respostas forem  SIM, entendemos que suas atitudes deverão refletir essa verdade.
Terão uma vida santa sem hipocrisia; o amor de Cristo será notório em suas vidas, pois a HUMILDADE será notória em seus atos; conseqüentemente os seus irmãos na fé não serão explorados por eles.
Pr. Carlos Borges(CABB)