quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A PRIMEIRA CARTA DE JOÃO



I Jo.1.1-4 (Lição nº 1ª - 3º Trimestre 2009)

Introdução:A primeira  epístola de João foi escrita para uma comunidade cristã que se defrontava com a heresia gnóstica do primeiro século. João procurou encorajar os seus membros a viverem uma espécie de vida coerente com a  comunhão com Deus e seu Cristo. A epístola aborda temas  vitais como a  justiça,amor e o conhecimento certo. O autor não considera esses temas meramente como exigências éticas, mas como realidade espirituais baseadas na revelação cristã  de Deus e Seu Filho.

I ENTENDENDO A CARTA DE JOÃO, O APÓSTOLO- É fácil nos  assustarmos com a maldade que vemos ao nosso redor e sermos subjugado pelos  problemas que enfrentamos. O mal é obviamente muito mais forte do que nós. João nos assegura, porém, que Deus é ainda mais forte. Ele  vencerá todo o mal – e seu Espírito e  sua Palavra vivem em nosso coração.
Os falsos ensinadores são populares no mundo porque como os falsos profetas  do A.T. dizem o que as pessoas querem ouvir. João adverte que os cristãos que fielmente ensinam a Palavra de Deus não ganharão qualquer competição de popularidade no mundo. As pessoas não querem ter seus pecados denunciados; não querem ouvir solicitações de mudanças de comportamentos. Um falso mestre será bem recebido pelos não cristãos.
Todos acreditam que o AMOR é importante, mas o amor é normalmente considerado um SENTIMENTO. Na verdade é uma escolha e uma ação. Deus é a fonte  de nosso amor.Ele nos amou o suficiente para sacrificar seu Filho por nós.

II CONHECENDO O AUTOR DA CARTA- Muitas controvérsias  têm envolvido este assunto.
A associação com João, o filho de Zebedeu, está  enraizada  na tradição da igreja  primitiva. Ao final  de segundo século, I João e em uma extensão menor, 2 João, foram citadas pelos patriarcas da Igreja como tendo autoridade; e no terceiro século, 3 João foi também considerada desta maneira.
A primeira afirmação especifica de que  o Evangelho de João e I João foram escritos pela mesma pessoa foi feita por  Dionísio de Alexandria no terceiro século.
Por muitos anos existiu a dúvida a respeito da autoria comum do dito Evangelho e das três (3) cartas porque  2 e 3 João foram  escritas pelo “presbítero”, aparentemente sendo distinguida do apóstolo associado ao referido Evangelho e a 1 João.
As cartas de 2 e 3 João eventualmente foram também atribuídas ao apóstolo, o  qual  chamava a si próprio de “ presbítero” sem qualquer modéstia.

1-Um autor com uma característica singular- João deixa transparecer em suas cartas que foi alcançado pelo amor de Deus, e consequentemente transformado. O amor de Deus não é estático, inerte, egoísta, alcança e atrai a todos. João tinha esse conhecimento, pois ele foi alcançado de uma maneira muito especial. Agora ele vem revelar esse amor através de suas cartas, expõe esse amor de Deus de uma maneira bem clara. Deus estabeleceu o exemplo do verdadeiro amor, a base para todo relacionamento amoroso: quem ama alguém carinhosamente está disposto a dar-se gratuitamente, a ponto de sacrificar-se a si mesmo.
Crer é muito mais  do que  chegar a um entendimento intelectual de que Jesus é Deus. Significa colocar a nossa confiança e segurança  nEle. O único que nos pode salvar. É confiar a nossa vida presente e nosso destino eterno a Cristo. Crer  é ter a certeza de que as Palavras dEle são fidedignas e que Jesus tem o  poder de transformar-nos em alguém muito melhor.

III O PROPÓSITO DA CARTA DE JOÃO- O propósito de João ao escrever esta epístola foi duplo:
 1- Expor e rebater os erros  doutrinários e éticos  dos falsos  mestres.
2- Exortar seus filhos  na fé  a manter uma vida de santa comunhão com Deus, na verdade e na justiça, cheios de alegria e de certeza da vida  eterna, mediante a fé  obediência em Jesus, o Filho de Deus, e pela habitação interior do Espírito Santo.

1- Erros concernente a Cristo­- O crente permanecerá em Cristo como salvo, somente a medida em que permanecer  no ensino bíblico original de Cristo e dos apóstolos. Isso sugere duas coisas:
(a) –Abandonar  o evangelho original conforme o NT é espiritualmente fatal, e nos separa de Jesus Cristo(Cf. Gl.1.6-8 ;5.1-4).Os crentes devem  permanecer  biblicamente CONSERVADORES quanto à teologia,isto é,sempre seguirem os ensinos do NT.
(b) – É perigoso correr atrás de novos ensinos ou mestres, que pregam coisas NOVAS,alheias à fé cristã(Cf.Jd3). Por essa razão, é importante estudar a Palavra de Deus e ser-lhe fiel, nossa própria alma e nosso destino eterno dependem disso.
Para João, o ponto mais importante é que a vida  dos crentes não será caracterizada pelo pecado. A primeira  vinda de Jesus teve  a finalidade de tirar os NOSSOS pecados, embora Ele mesmo fosse sem pecado(Cf.Jo.8.46; Hb.4.15) .Novamente, João apela ao exemplo de Jesus. Aqueles que  alegam viver(literalmente, permanecer) nEle, devem  viver como Ele( I Jo.2.6,29 ; 3.3) qualquer que permanecer  nEle não continua pecando(Nova Versão Internacional). O pecado é uma atitude de REBELIÃO contra os mandamentos de Deus, que em I João consiste na crença  no Filho e no AMOR pelos irmãos. Até mesmo um mandamento da lei mosaica como a proibição do assassinato representa  em 3.11-15 uma  referência  especifica  à ausência  do amor ao próximo na vida dos oponentes.Assim, o autor  pode  concluir que ninguém que  continue no pecado( isto é,os adversários) jamais viu ou  conheceu  a Deus e a Jesus.

2- Auto engano moral – O crente deve rejeitar qualquer teologia  ou doutrina afirmando que a pessoa pode estar  fora da comunhão com Deus(1.3), continuar a pecar, fazer as  obras do diabo(v.8), amar o mundo(2.15), lesar o próximo (v.14-8), e ainda ser filho de Deus, salvo, a caminho do céu. Contrariamente a esse  FALSO ensino,João cria claramente que quem continua na prática de pecado conhecido “é do diabo” e “ não é de Deus”.
Quem habitualmente pratica o pecado, e afirma que tem a vida eterna e que é filho de Deus, está  enganado e “é mentiroso”. Além disso o que caracteriza um verdadeiro filho de Deus é o amor a Deus, manifesto na guarda dos seus mandamentos.(5.2) e na solicitude sincera pelas necessidades espirituais e físicas doutros crentes.

3- A auto exaltação espiritual- “Não creiais em todo espírito, mas provai se o espírito  são de Deus”.Na verdade, existem fundamentalmente apenas dois espíritos que merecem consideração. Um deles é o Espírito de Deus(v.2), enquanto o outro é o espírito do anticristo; um é o espírito da verdade, enquanto o outro é o espírito  do erro. Os leitores são  exortados a provar os  espíritos, “porque já muito falsos profetas se têm levantado no mundo”.
Precisamos ter muito cuidado, e levar em consideração as instruções de João, pois na nossa atualidade, temos vistos muitos “ pseudos” pregadores que chegam nas igrejas, rotulados de exímios conhecedores  da  Palavra de Deus, chegam nas igrejas com “palavras de ordem”, usam e abusam da “auto-sugestão”, que é um instrumento de manipulação de massa, transformam uma mentira em “verdade”, obrigam o povo(crentes ingênuos,não atento) a fazerem o que eles querem, é nesta pratica da auto-sugestão, que eles estabelecem os seus “ganhos” e saem dos cultos garbosos, enfatuados, e ainda são “exaltados” como “verdadeiros homens de Deus”.
Diante de tudo isso fica uma pergunta, baseado no livro de João, estes “pregadores modernos”, eles estão na luz e andam na luz ?, o amor de Cristo está neles ?, eles amam seus irmãos de fé ?, se as respostas forem  SIM, entendemos que suas atitudes deverão refletir essa verdade.
Terão uma vida santa sem hipocrisia; o amor de Cristo será notório em suas vidas, pois a HUMILDADE será notória em seus atos; conseqüentemente os seus irmãos na fé não serão explorados por eles.
Pr. Carlos Borges(CABB)

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