1) A NECESSIDADE DE PERDÃO
A) PRECISAMOS DE PERDÃO
Todos precisamos de perdão porque
todos somos pecadores. Em Rom. 3:23 e v. 12 diz: “Todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus; todos se extraviaram e se fizeram
inúteis”. Em Ecl. 7:20 diz: “não há Homem justo sobre a Terra, que
faça o bem, e nunca peque". No Sal. 51:5 diz: "em pecado me
concebeu minha mãe". Assim, todos somos pecadores por natureza.
Entretanto, ninguém será condenado porque é pecador por natureza.
Mas serão condenados todos os
que rejeitarem a salvação que Deus oferece pelo sacrifício de Jesus. Pecado é
toda atitude, pensamento ou obra contrária à vontade de Deus.
B) PRECISAMOS DE PERDÃO
Todos precisamos de perdão porque
nada podemos fazer para nos livrar dos nossos pecados. No Sal. 49:6-9 diz: "ninguém
pode dar a Deus o resgate de sua alma". Em Mat. 20:28 diz: "que
Jesus veio dar a sua vida em resgate de muitos". 1a Ped.
1:18-19 confirma: “o resgate é o sacrifício de Jesus através do seu sangue”.
Em Marcos 10:26-27 está
escrito: "para os Homens é impossível a salvação, mas para Deus tudo é
possível". Pelo perdão, Deus apaga os nossos pecados.
C) PRECISAMOS DE PERDÃO
Todos precisamos de perdão para
podermos ser salvos e ter uma vida de comunhão com Deus. Porque Deus é
Santo e não pode tolerar pecado. Isaias 59:1-2 diz: "nossos pecados
fazem divisão entre nós e o nosso Deus". Em Efésios 2:8-9 diz: "Porque
pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus,
não vem das obras, para que ninguém se glorie". Atos 3:19 está
escrito: "arrependei-vos e convertei-vos para que cinjam apagados os
vossos pecados". Assim, todos temos necessidade de perdão. Todos
somos pecadores e sem perdão não há salvação.
2) COMO OCORRE O PERDÃO
O perdão só existe em Deus, e
por Deus nos é concedido para que perdoemos. O perdão é o meio divino de
tornar nulos os nossos pecados. Deus quer a nossa participação.
Necessitamos perdoar a quem nos ofendeu, e experimentar o verdadeiro
arrependimento, que significa reconhecer que somos pecadores, que erramos,
envolvendo ainda um esforço para abandonarmos o pecado (Prov. 28:13). Só assim
seremos perdoados.
A) PRIMEIRA E SEGUNDA
DIREÇÃO DO PERDÃO
O pecado atua contra o nosso próximo e contra Deus.
Também o perdão funciona assim: precisamos perdoar os outros e pedir o perdão
de Deus, para eles e para nós. Há quem diga: eu o perdôo, mas não esqueço. Na
verdade só Deus tem a capacidade de não lembrar mais de nossos pecados. No
entanto, devemos pedir a Deus que nos liberte de tal maneira, que a
lembrança de pecados passados não nos cause nenhum mal.
Ao vermos o nosso antigo
desafeto, devemos pedir a Deus misericórdia, amor e perdão em favor dele.
Jesus disse: amai até os vossos inimigos.
Em Mat. 18:21-22 recomenda
perdoar até setenta vezes sete, isto quer dizer perdoar sempre. É assim que
Deus quer que nós façamos e então Ele fará conosco assim também. Peçamos a Deus
poder para perdoar, porque o não perdoar faz maior mal a quem precisa dar o
perdão, do que a quem precisa recebê-lo. Atente: a Palavra de Deus é poderosa
para curar toda raiz de amargura e todas as feridas da alma, desde a nossa
consciência até a inconsciência (Heb. 4:12; 12:15; Tiago 1:21; Sal. 19:7).
Aprendamos a liberar o perdão para os outros e a abençoá-los, e estaremos
liberando as bênçãos de Deus sobre nós Mat. 18:32-35. O texto de Mar.
11:25-26 nos fala das duas direções do perdão. Deus quer que perdoemos
os outros para Ele nos perdoar também.
B) A TERCEIRA DIREÇÃO DO
PERDÃO
O pecado atua contra nós
mesmos. A terceira direção do perdão é perdoarmos a nós mesmos. Há
pessoas que sofreram traumas ou se envolveram em pecados tão grosseiros e
perversos que, mesmo depois de crerem em Jesus, serem perdoadas e salvas, ainda
vivem oprimidas pela lembrança das coisas passadas. Elas não conseguem perdoar
a si mesmas. Das três direções do perdão, a mais difícil é perdoar a nós
mesmos.
Mas vejamos o que diz a
Bíblia em 2a Cor. 5:17: "Assim que, se alguém está em Cristo,
nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo".
Em Isaias 1:18; 43:25; Heb. 8:12; 10:17 está escrito: “Dos
teus pecados não me lembrarei mais. Mesmo que sejam vermelhos como o carmesim,
se tornarão brancos como a lã”. Se Deus já os perdoou e deles não se
lembra mais, por que vamos nós ainda nos lembrar e carregar o peso deles?
Atentemos: Deus quer que cada um de nós perdoe a si mesmo. Em 1a
João 1:7 diz: “O sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o
pecado”. Em 1a João 3:20 diz: “Se o nosso coração nos condena,
maior é Deus do que o nosso coração”. Em João 8:32 e v. 36 diz: “E
conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". Se você já nasceu
de novo, tem certeza do perdão e da salvação, rejeite todo pensamento
acusatório dos pecados passados, repreenda e expulse em nome do Senhor Jesus,
porque isso vem do maligno.
3) A NECESSIDADE DE
JUSTIFICAÇÃO
Quando pela fé cremos em
Jesus e fomos salvos, isto foi o bastante para Deus justificar-nos,
imputando-nos a justiça de Cristo. A justificação é uma providência tomada
por Deus de nos declarar justificados em Cristo Jesus para todo o sempre. A
justificação não exige a nossa participação como no perdão. Deus a faz sozinho
pela nossa fé em Cristo Jesus; e nós, no princípio, nem tínhamos consciência
disto. A justificação promove em nós uma mudança de posição. Nós éramos
pecadores, filhos da ira e condenados. Agora, passamos à posição de filhos de
Deus, irmãos mais novos de Jesus e cidadãos dos Céus (João 1:11-12; Fil.
3:20-21).
A justificação é uma das mais
importantes doutrinas da salvação, pois sem ela não haveria salvação. Tanto o
arrependimento como a fé, o perdão e a regeneração conduzem à justificação. O
perdão apaga os pecados, mas não pode desfazer o mal que eles causaram. Por
isso, Deus tem a justificação para cobrir todos esses males. A justificação
é uma necessidade para que o crente tenha certeza absoluta de que está salvo,
seguro, aceito por Deus e para criar uma relação de Pai para filho e filho para
Pai entre o crente e Deus. A salvação e a justificação são só pela graça
mediante a fé e só por Jesus (Rom. 3:20 e v. 28; 11:6; Ef.
2:8-9).
4) PRIMEIRA CARACTERÍSTICA DA
JUSTIFICAÇÃO
Jesus foi feito para nós, lá na cruz, justiça de Deus
(1a Cor. 1:30). Esta é a primeira característica da justificação: Jesus
conquistou a justificação para nós na cruz do Calvário.
Cristo vestiu-se de
nossos pecados na cruz para que nós pudéssemos vestir a Sua justiça. Deus, o Justíssimo, declara que pode justificar o
Homem injusto sem praticar injustiça e o tornar justo para todo o sempre.
Deus não faz o Homem justo
para declará-lo justificado, mas o declara justificado pelo sacrifício de Jesus
(Rom. 5:1). “Quem intentará acusação contra nós? É Deus quem nos justifica”
(Rom. 8:33).
Nenhum juiz da Terra pode
justificar o injusto sem praticar injustiça. Mas Deus pode conservar-se justo,
ao mesmo tempo que justifica os injustos que creem, e que somos nós, pois todo o
nosso castigo e culpa foram lançados por Deus sobre Jesus. Em Rom. 3:25-26
diz que “Deus é justo e justificador daquele que tem fé em Jesus”. A
lei condena, a graça justifica. A lei diz: pague tudo. Já a graça diz: tudo
está pago.
5) SEGUNDA CARACTERÍSTICA DA
JUSTIFICAÇÃO
A justificação é o selo
máximo que nos garante a salvação para toda a eternidade. É um dom de Deus. Mas
esse dom tem que ser aceito. Nós o aceitamos quando cremos em Cristo e então
nos apropriamos dele pela fé. Esta é a segunda característica da justificação: A
justificação nos é imputada por Deus. Justificação significa muito mais do
que ser absolvido. Deus nos trata como se nunca tivéssemos pecado. “Imputar
significa levar à conta de alguém as consequências do ato de outrem”.
As consequências dos nossos
pecados foram levadas à conta de Cristo na cruz do Calvário (Isaias 53:4-6), e
as consequências da obediência de Cristo foram levadas à conta do crente
dando--lhe a justificação. Logo, recebemos a justificação que nos é comunicada
na regeneração. Tudo acontece pela fé em Cristo, em Seu sacrifício, em Sua Palavra,
em Suas promessas e em Sua salvação. A fé, por assim dizer, é a mão que recebe
tudo o que Deus oferece. Na justificação não ocorre em nós nenhuma
transformação.
A transformação interna
espiritual que se segue em nós chama-se regeneração e é operada pelo Espírito
Santo. O Cristo que é por nós torna--se então Cristo em nós. A justificação
é pelo sangue de Jesus e por Sua graça. Portanto, um ato divino. A nossa fé em
Cristo nos é imputada como justiça. A justificação nos é concedida quando
somos salvos ao aceitarmos Cristo pela fé. O estudo abundante da Bíblia e a
oração produzirão em nós quebrantamento e certeza absoluta do perdão e
justificação (Rom. 3:22, v. 24 e v. 28; Rom. 4:4-8; Rom. 5:1-2 e v. 9).
6) APELO
Se alguém ainda não nasceu de
novo e não tem certeza da salvação, arrependa-se e creia pela fé que os seus
pecados crucificaram Jesus. Creia que Cristo já recebeu na cruz o castigo que
você merecia, e receba hoje pela fé o perdão e a salvação (Rom. 3:20 e v. 28;
Efésios 2:8-9; Isaias 53:4-6).
CONCLUSÃO
O perdão só existe em
Deus e nos é concedido para perdoarmos sempre os outros e pedir que Deus também
os perdoe. Pedir o perdão para nós e perdoar a nós mesmos, pois o sangue de
Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado.
Todos nós tínhamos necessidade
de justificação. Jesus a conquistou na cruz do Calvário. Quando pela fé cremos
em Cristo, Deus nos perdoa e declara que estamos salvos e justificados para
todo o sempre, imputando-nos a justiça de Cristo. Que Deus o (a) abençoe. Amém.
Leia a Bíblia. Comece
pelo Novo Testamento e depois o Antigo.
Reestude em casa este assunto
lendo todos os textos, responda às perguntas da folha de respostas e receba
muitas bênçãos.
Ev. Carlos Borges(CABB)
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