segunda-feira, 1 de setembro de 2014

LIVRA-NOS DO MAL



LIVRA-NOS DO MAL
Sl 23.1-6
Introdução: A cada dia que se passa estamos nos deparando com a maldade em seu estado mais avançado. Este é movido pelo reino das trevas. Depois da queda de Adão e Eva e sua consequente expulsão do Paraíso, o homem, nascido de mulher, segundo a Bíblia, é gerado com a velha natureza adâmica. A Bíblia diz que o ser humano é mal desde a sua meninice (Gn 8.21). Consequentemente, o mal atravessa todo o sistema mundano e, portanto, condenado por Deus conforme 1 João 5.19 que diz: “sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno”.

I TENTAÇÃO E VITÓRIA
1-Origem da tentação (91 Jo 3.8)
·         Todos nós temos áreas onde a tentação é forte e hábitos que são difíceis de dominar. Essas fraquezas dão lugar ao Diabo, então devemos lidar com as nossas áreas de vulnerabilidade.
·         Porém se tivermos lutando contra um pecado em particular, estes versículos não estão dirigidos a nós, ainda que no momento pareçamos continuar pecando.
·         João não está se referindo às pessoas cujas vitórias ainda estão incompletas, está se referindo às pessoas que fazem do pecado uma pratica e que procuram caminhos para justifica-los.
·         Três passos são necessários para alcançar a vitória sobre o pecado prevalecente.
1-      Buscar o poder do Espírito Santo e da Palavra de Deus.
2-      Afastar-se de situações tentadoras.
3-      Buscar a ajuda do corpo de Cristo (a igreja), estar aberto à sua posição de considerá-lo responsável por seus próprios pecados e a sua disposição de orar a seu favor.
·         As palavras “livram-nos” sugerem a necessidade do poder de Deus nos perigos da vida. “O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26:41); mas Deus “é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós” (Efésios 3:20). Aqueles “guiados pelo Espírito” através de sua revelação serão capazes de mortificar “os feitos do corpo” (Romanos 8:13-14) e produzir “o fruto do Espírito” (Gálatas 5:22). Quando formos assim “fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior” (Efésios 3:16), Cristo habitará em nós; estaremos libertados do mal.

2- Vencendo com Jesus (Lc 6.12; Tg 1.2-25).
·         Além disso, Deus promete dar libertação, pondo limitações às tentativas de Satanás de nos destruir.
·          Ele promete nunca deixar Satanás nos testar com tentações acima de nossa experiência humana normal ou com aquelas para as quais não haja escapatória: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1Coríntios 10:13).
·          Com esta garantia podemos enfrentar as provações da vida com esperança da libertação de Deus.
·         O capítulo um de Tiago oferece algumas sugestões práticas que nos ajudarão a viver no espírito desta petição. Neste capítulo maravilhoso, Tiago examina primeiro o desafio da tentação, mostrando como devemos responder a ele.
·         Então ele examina o processo da salvação, mostrando como podemos viver a vida justa que Deus espera de nós. Permita-me sugerir que leia o capítulo (Tg 1.2-15). Enquanto examina esta lista de exortações práticas para lidar com a tentação.


3-Temendo a pessoa certa (Mc 1.11; Lc 12.4; Jo 17.25).
·         Devemos estar sempre em vigilância contra Satanás, pois, como um ladrão, ele não dá nenhuma indicação de sua abordagem.
·         Os crentes que têm tido experiência dos ardis de Satanás, sabem que há determinadas épocas quando ele provavelmente irá atacar, assim como em certas épocas do ano os ventos podem ser esperados; portanto, o cristão se coloca em dupla guarda dupla por temor do perigo, e o perigo é evitado por nos prepararmos para encontrá-lo.
·          É melhor prevenir do que remediar: é melhor estar tão bem armado que o diabo não irá atacá-lo, do que suportar os perigos da luta, mesmo que você saia da mesma como um vencedor.
·         Mas façamos o que façamos, seremos tentados; daí a oração: “livrai-nos do mal.” Deus teve um único Filho sem pecado, mas ele não tem um filho sem tentação. O homem natural nasce para a tribulação, como as faíscas voam para cima, e o homem cristão nasce para a tentação.
·         Por isso o Senhor nos ensinou a orar: “Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.” Ore esta noite, primeiro para que você não possa ser tentado, e depois, caso a tentação seja permitida, para que você seja livrado do mal.


II VENCENDO A SEDUÇÃO
1-Desejos naturais (Lc 4.4; 1 Pe 2.22).
·         A raiz do engano e da sedução está em darmos autoridade para nossos sentimentos e desejos; quando a voz do nosso desejo se torna mais alta do que a voz de Deus, quando o nosso desejo dita o nosso comportamento, quando nosso sentimento é mais forte do que a consciência do certo e errado.
·         Oséias relaciona o espirito de sensualidade com a adoração a ídolos, pois a sedução toma conta da vida de alguém quando qualquer sentimento ou desejo se torna mais forte e mais importante do que a voz de Deus pra nós: quando o que sentimos ou desejamos se torna um ídolo, acima de Deus.
·         Quando Oséias diz “o espirito de sensualidade os engana”, ele está dando uma personalidade a este espirito; ou seja – não é somente uma questão de comportamento humano, mas uma entidade demoníaca que age nas vidas.
·         Daí ficamos totalmente sem discernimento, cegos, e entregues na mão do espirito de sedução – é como se a pessoa estivesse debaixo de um encantamento.

2- Exercite o autodomínio
·         Provérbios 17: 27-28 ”Quem tem conhecimento é comedido no falar, e quem tem entendimento é de espírito sereno. Até o insensato passará por sábio, se ficar quieto, e, se contiver a língua, parecerá que tem discernimento.”.
·         Consideramos nossa necessidade desesperada de autocontrole (domínio próprio) e vimos à parede de proteção que nos proporciona.
·          Contrastamos as vidas de 2 homens: um pereceu e o outro prosperou basicamente por causa do autocontrole. Vimos também à futilidade do excesso na vida do Rei Salomão.
·         Duas coisas acontecem quando exercitarmos o autocontrole sobre o que vemos e sobre o quanto nós vemos – evitamos comportamentos e produzimos comportamentos. Nossos filhos não são os únicos a serem prejudicados.
·          Recentemente saíram publicadas estatísticas de que 80% de intimidades que aparecem na TV são extraconjugais, fazendo com que as situações dramatizadas pareçam excitantes e muito convidativas.

3--Não espiritualize tudo
·         Por que muitos crentes gostam de espiritualizar tudo? Parece que na mente dessas pessoas todas as coisas têm uma explicação espiritual, histórico-redentiva.
·          Por isso, não conseguem explicar o relacionamento do cristão com a política, a sociedade, as instituições, a ciência, a filosofia. Acham que tudo o que não for "espiritual" é carnal ou demoníaco.
·         Esse pensamento é equivocado. Os que espiritualizam a vida não possuem uma teologia da criação, mas apenas uma teologia da redenção, e isso quando realmente têm uma teologia formada.
·         Veem o mundo somente depois da Queda, não observam princípios eternos nem instituições pré-tentação, como a família, o trabalho, o mandato cultural e a sociedade.
·         Adão e Eva foram criados antes do pecado. Eles cuidavam do jardim do Éden, Adão o lavrava e guardava. O trabalho, portanto, não adveio do pecado, mas a exploração do trabalhador e a necessidade de suar para obter o sustento.

III LIVRAMENTO E TRIUNFO
1-O poder da oração.
·         Para o bem de cada crente, Deus concedeu-lhe duas grandes e preciosas bênçãos que devemos usar diariamente: a Sua Palavra e a Oração.
·          Pela Sua Palavra Deus revela-nos, além de muitas coisas mais, a grandeza da Sua bondade e da Sua misericórdia e a certeza de que estas nunca se esgotarão.
·         Pela Oração o crente reconhece a sua fraqueza e incapacidade de fazer coisa alguma, até mesmo de dirigir bem a sua própria vida, mas que Deus quer e é poderoso para nos sustentar, proteger e guiar.
·         Como é bom falar com o nosso Pai, dizer-Lhe que O amamos agradecer-Lhe por todas as Suas dádivas e pelo perdão dos nossos pecados. E acima de tudo implorar-Lhe pela nossa família, nossos vizinhos, Sua Igreja e pelos perdidos. Se quisermos realmente um avivamento sejamos homens e mulheres de oração.
·         Os bem conhecidos homens e mulheres da Bíblia obtiveram poderosas respostas às suas orações. Temos ultimamente considerado as vidas de Samuel, de sua mãe e de David e ficamos impressionados com as respostas que obtiveram de Deus às suas orações. Elias, Eliseu, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Josias, Daniel e muitos outros, são a prova de que a oração feita por um justo tem grande poder junto de Deus.

2- O poder do amor
·         1 Coríntios 13:4-6 “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade…”.
·         Os versículos acima nos ensinam que o amor não é “alegrar-se com a injustiça, mas é alegrar-se com a verdade.”.
·         Isto significa que os cristãos não devem se conformar e aceitar os erros e as injustiças que vemos no mundo.
·         O amor nos permite  odiar o mal injusto que visitou inocente, mas sempre sabendo que o amor de Deus se estende a pessoa que cometeu o ato.  Simplesmente, devemos odiar o pecado, mas devemos amar o pecador.
·         Deus não quer que desprezemos ninguém; a ação errada  por si só já trará repercussão ou disciplina divina. Mas o Senhor estende Seu cuidado, a Sua misericórdia e Sua salvação para quem quiser. Ele não mantém nenhum registro dos erros. Ele ama sem condições. Ele quer que amemos da mesma forma.

3-Reino, poder e glória.
·         Em algumas versões bíblicas não tem esta expressão final: teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Pois alguns a consideram uma interpolação e que não está nos melhores manuscritos originais.
·         Deus é o Senhor da história: o Rei dos reis. Reina agora sobre todos e mantém uma posição superior a qualquer autoridade espiritual e terrena.
·         Jesus ensinou nessa oração a pedir: venha o teu reino. Tal pedido é um ato de rendição ao Senhorio de Deus. Tal pedido não é passivo, mas um compromisso de participação da concretização do reino de Deus aqui na terra. Sem dúvida esta petição é uma atitude de comprometimento com os valores do reino de Deus.
·         Nós como filhos de Deus vivendo nesta terra enfrentamos as seduções dos valores mundanos que nos cercam. Porém Jesus nos ensina que os valores do Seu reino devem ser a nossa prioridade.
·         A Deus pertence toda a autoridade sobre o universo físico e sobre o reino espiritual. Ele criou o universo físico e também o espiritual, não havendo nada, em nossa vida ou nas circunstâncias, que escape do poder divino.
Pr. Carlos Borges(CABB)

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