Gen.1.26-28
Introdução: Estudar sobre o valor da família é de
muita importância para nós, pois, de uma forma ou de outra, nascemos numa
família. Com exceção daqueles que é fruto da marginalidade, cada um de nós vem
de uma família, seja pobre ou rica, desconhecida ou famosa, pequena ou grande,
evangélica ou não. A família é à base de nossa vivência. Dela nascemos e dela
dependemos na maior parte da existência. Isso é plano de Deus. Meditemos um
pouco sobre o assunto.
I
ORIGEM DA FAMÍLIA
1-A primeira Instituição
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O primeiro lar foi criado por Deus. Era maravilhoso. Nele, antes da
queda, havia amor; havia paz, união, saúde, alegria, harmonia, felicidade e
comunhão com Deus.
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A vida não era de ociosidade,
pois Deus colocou o homem no Jardim "para lavrá-lo e guardar" (Gn
2.15).
·
Mas o trabalho era suave. Não havia desgaste físico e emocional, como se
conhece hoje.
·
Havia trabalho, mas em compensação não havia doenças, nem dor, nem tristeza
nem morte.
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Diariamente, ““.... Deus,... passeava no Jardim, pela
viração do dia... (Gn 3.8a). Era maravilhoso ouvir a voz de Deus diretamente de
sua boca, contemplando Sua face.
·
Hoje, mais do que nunca, é necessidade vital a presença de
Deus nos lares cristãos.
2-A primeira
Família
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A palavra lar vem de lare (Latim), significando,
etimologicamente, “a parte da cozinha onde se acende o fogo"; "a
família” (fig.).
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Certamente, isso dá ideia de lugar íntimo, aconchegante.
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Daí vem à palavra
"lareira", onde a família se reunia para conversar, ao redor do fogo,
principalmente nas noites e dias frios.
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Podemos dizer que o lar é o ambiente em que convive uma
família.
·
Hoje, a TV tem
prejudicado a reunião da família e em família.
·
A Tv tem sido um “altar” para muitas famílias.
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Um lar não é apenas uma casa, uma construção. Alguém pode
morar numa pensão, num hotel, num quarto isolado, sem que possa dizer que vive
num lar.
·
Para que haja um
lugar que possa ser chamado lar, deve haver algumas condições, tais como: AMOR, HARMONIA, PAZ, RELACIONAMENTO SAUDÁVEL.
3-O Pecado e suas consequências
·
O homem podia comer de todos os milhares de árvores
que havia no Jardim (inclusive da Árvore da Vida), exceto da "árvore da
ciência do bem e do mal" (Gn 3.2-3).
·
Tentado pelo
diabo, o casal caiu, trazendo toda sorte de males para a família, inclusive a
morte, que passou a todos os homens (Rm 5.12). Atualmente, a história se
repete. Por ouvir a voz do "outro”, muitas famílias sofrem terrivelmente.
·
O homem, na sua origem, talvez não criasse a família.
·
Não saberia como
fazê-lo, depois da Queda, podemos ter certeza de que o homem jamais buscaria
criar uma organização que haveria de lhe impor limites e regras de convivência,
contrariando seus instintos pecaminosos e egoístas.
·
Deus só fez uma mulher para o homem e, mesmo assim, há uma
tendência à poligamia ou ao adultério masculino e feminino.
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Por ser de origem divina, o inimigo tem atacado a família
de maneira implacável.
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As tentações aos
pais de família, principalmente na área do sexo e do mau relacionamento com os
filhos tem sido constante; os ataques aos filhos, lançando-os contra os pais;
dos pais contra os filhos; o problema das drogas, do sexo ilícito, da
pornografia, de outros vícios, do homossexualismo.
II
FINALIDADE DA FAMÍLIA
1-Companheirismo
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Ao longo da jornada da vida a dois, enfrentamos
circunstâncias adversas que nos levam ao desânimo, que provocam frustrações, e
que nos levam à sensação de que não dá mais.
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Na jornada da vida, estamos expostos a possíveis perdas!
Perdas de pessoas queridas, perdas financeiras, perda da saúde, da vitalidade
do corpo, perdas de alguns sentimentos que mantém o relacionamento aquecido.
·
Quando
lemos Ec 4.9a “Melhor é serem dois do que um”, lembramos-nos do que Deus disse
quando viu o homem sozinho no jardim do Éden: “não é bom que o homem esteja
só;”.
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A família é uma instituição divina. Ela é tão importante,
que foi criada antes da Igreja, antes do Estado, antes da nação. Deus não fez o
homem para viver na solidão.
·
Quando acabou de criar o homem, Adão, o Senhor disse:
"Não é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma adjutora, que esteja como
diante dele" (Gn 2.18).
·
Deus tinha em mente a constituição da família, mas esta não
está completa só com o casal. Por isso, o Senhor previu a procriação, dizendo: “Crescei
e multiplicai-vos e enchei a terra (Gn 1.27-28)”.
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Fica mais clara a
origem da família, quando lemos: "Portanto, deixará o homem seu pai e sua
mãe e se unirá à sua mulher e será ambos uma só carne" (Gn 2.24). "O
homem" aí é o filho, nascido de pai e mãe.
·
Deus fez a família para que o homem não vivesse na solidão
(Sl 68.6; 113.9).
2-Realizações Mútuas
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Após haver criado o homem, Deus disse não ser bom que ele
vivesse só.
·
O próprio Criador lhe daria uma ajudadora que fosse da
mesma essência e da mesma espécie que ele, mas diferente, para complementá-lo.
Na essência, os dois seriam iguais. Na função, seriam diferentes,
complementares.
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Ao fazer a mulher, Deus usou um método diferente daquele
usado para fazer o homem.
·
Ela foi criada a partir de outro ser humano, estando assim
ligada a ele de forma indestrutível.
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A palavra do
original hebraico usada para descrever essa ajudadora é “ezer”, que significa a
pessoa que está diante de outra, cercando, dando apoio, suporte.
·
Ela é usada no capítulo 2 de Gênesis duas vezes para se
referir à mulher, e em mais de cinquenta vezes no restante do Antigo Testamento
para se referir a Deus como o ajudador do Seu povo.
·
Assim, a mulher, em
sua maneira feminina de ser, reflete algumas das características do próprio
Deus.
·
Um
dos principais pontos de tensões em nossos relacionamentos são, certamente, as
opiniões divergentes. Como podemos superar isso?
·
Vejamos
dois princípios básicos: Não agradar a nós mesmos;
Renunciar aos nossos direitos.
·
As
nossas igrejas estão cheias de pessoas fracas, sobrecarregadas e abatidas;
pessoas que carecem de um irmão-suporte; alguém que se coloque ao seu lado no
sentido de ajudá-las a superarem seus fardos, ansiedades, medos e inúmeras
indagações acerca da vida.
3-Geração e educação de filhos
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Uma observação
deve ser dada nesta altura. Quando uma criança faz algo que não é aceitável
pelos pais à tendência é desculpar tal ação pelo ditado, ‘é coisa de criança’,
ou ‘é coisa de jovem’.
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Uma atitude dessas é nada menos de uma fuga de
responsabilidade que os pais têm em corrigir as ações dos seus filhos.
·
Também tal ditado reflete uma falta de crença
na própria Bíblia que diz que pelas ações da criança se conhece a criança.
·
A verdade é: as
ações tolas vêm de uma criança tola. O que é necessário neste caso é uma
correção e não uma desculpa (Prov. 22:15).
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Tolice deve ser cortada
em crianças de qualquer idade. O que a criança faz indica o que ela é de
coração.
·
Educação adequada transformará tal coração em
prudência, autocontrole e sabedoria (Prov. 29:15). O que é necessário é
educação, não uma desculpa.
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Os filhos fazem com que seus pais se tornem co-criadores
com Deus.
·
É através deles que
um novo ser é formado, embora a vida em si venha diretamente das mãos de Deus.
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Eles são confiados aos pais durante um período breve da
vida para serem por eles criados e nutridos até atingirem a idade em que podem
assumir as responsabilidades da vida adulta.
·
Através do cuidado dos filhos, os pais aprendem sobre o
amor e o cuidado de Deus e amadurecem como pessoas.
·
Eles são a fonte de
nossas maiores alegrias e de nossas maiores tristezas.
III
PROPÓSITOS PARA A FAMÍLIA
1-Crescimento pessoal
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Aprendendo a desfrutar da onipresença de Deus e também da
sua presença manifesta.
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Deus deseja relacionar-se conosco mais profundamente no
nosso dia a dia, e tocar-nos com seu poder e com seu Espírito (Ef 5.18, 19).
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Meditar diariamente na palavra de Deus de uma forma
profunda, buscando compreender aquilo que estamos lendo, deixando o Senhor
falar ao nosso coração através do seu Espírito, até que nos sintamos
alimentados (Sl 119.11; Sl 1.2).
·
Na fidelidade ao Senhor com os nossos dízimos e
ofertas, contribuindo com pontualidade, aumentando proporcionalmente nossas
contribuições de acordo com nossa prosperidade (1 Co 16. 2; 2 Co 9.6-8).
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Estar envolvido com a nossa responsabilidade pelo
evangelismo pessoal, antes do evangelismo coletivo, sabendo que, somos
responsáveis diante de Deus por todos aqueles que estão ao nosso redor sem
Jesus (Mc 16.15; Rm 1.16).
2- Cultuar a Deus
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Estão dando mais valor à presença das atrações gospel, do que
à presença do Espírito Santo de Deus.
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Precisamos levar menos “estrelas” em nossas reuniões, e
buscar mais a presença do Senhor. II Crônicas 7:2
·
Temos programações demais em nossas igrejas, ideias e mais
ideias, congressos e mais congressos, cultos e mais cultos, mas temos visto
muito pouco da presença poderosa do Senhor transformando nossas vidas, gerando
caráter cristão. Isaías 64:6
·
Se nós buscarmos espírito de sabedoria e revelação – Efésios
1:17 – o Senhor derramará sobre nós. Poderemos conduzir aqueles que Jesus
deseja que discipulemos, a uma fonte pura de alimento espiritual. Fazendo
assim, também acabaremos com o “mercado” ou com o “campo” dos oportunistas do
show gospel deste século.
3-Canal de Benção (Ef. 1.1-3).
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Depois de saudar os irmãos, Paulo agradece a Deus pelas suas
bênçãos espirituais em Cristo.
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Observe que Paulo dá graças pelas bênçãos espirituais "nas regiões celestiais", e não por bênçãos físicas.
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Cristo morreu para tornar os homens ricos espiritualmente,
não fisicamente. As bênçãos espirituais são encontradas "em Cristo" e não no mundo, na igreja ou no
pastor.
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Fora de Cristo, realmente não há bênçãos, somente bens
físicos, que perecerão quando morrermos.
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Às vezes pensamos que precisamos estar em um lugar abençoado, com
pessoas abençoadas, coisas abençoadas e momentos de bênçãos. Na verdade tudo
isso é abençoado se você for uma bênção. Nada, nenhum lugar, pessoa, coisa ou
momento é abençoado se a pessoa não o for.
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Reflita: O que é ser uma bênção? Qual é o estilo de vida de uma pessoa
abençoada? Sua igreja é uma bênção?
Pr. Carlos Borges(CABB)
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