segunda-feira, 3 de outubro de 2016

A FAMÍLIA, UMA INSTITUIÇÃO DIVINA


Gen.1.26-28
Introdução: Estudar sobre o valor da família é de muita importância para nós, pois, de uma forma ou de outra, nascemos numa família. Com exceção daqueles que é fruto da marginalidade, cada um de nós vem de uma família, seja pobre ou rica, desconhecida ou famosa, pequena ou grande, evangélica ou não. A família é à base de nossa vivência. Dela nascemos e dela dependemos na maior parte da existência. Isso é plano de Deus. Meditemos um pouco sobre o assunto.
I ORIGEM DA FAMÍLIA
1-A primeira Instituição
·        O primeiro lar foi criado por Deus. Era maravilhoso. Nele, antes da queda, havia amor; havia paz, união, saúde, alegria, harmonia, felicidade e comunhão com Deus.
·         A vida não era de ociosidade, pois Deus colocou o homem no Jardim "para lavrá-lo e guardar" (Gn 2.15).
·        Mas o trabalho era suave. Não havia desgaste físico e emocional, como se conhece hoje.
·        Havia trabalho, mas em compensação não havia doenças, nem dor, nem tristeza nem morte.
·        Diariamente, ““.... Deus,... passeava no Jardim, pela viração do dia... (Gn 3.8a). Era maravilhoso ouvir a voz de Deus diretamente de sua boca, contemplando Sua face.
·        Hoje, mais do que nunca, é necessidade vital a presença de Deus nos lares cristãos.

2-A primeira Família
·        A palavra lar vem de lare (Latim), significando, etimologicamente, “a parte da cozinha onde se acende o fogo"; "a família” (fig.).
·        Certamente, isso dá ideia de lugar íntimo, aconchegante.
·         Daí vem à palavra "lareira", onde a família se reunia para conversar, ao redor do fogo, principalmente nas noites e dias frios.
·        Podemos dizer que o lar é o ambiente em que convive uma família.
·         Hoje, a TV tem prejudicado a reunião da família e em família.
·        A Tv tem sido um “altar” para muitas famílias.
·        Um lar não é apenas uma casa, uma construção. Alguém pode morar numa pensão, num hotel, num quarto isolado, sem que possa dizer que vive num lar.
·         Para que haja um lugar que possa ser chamado lar, deve haver algumas condições, tais como: AMOR, HARMONIA, PAZ, RELACIONAMENTO SAUDÁVEL. 

3-O Pecado e suas consequências
·        O homem podia comer de todos os milhares de árvores que havia no Jardim (inclusive da Árvore da Vida), exceto da "árvore da ciência do bem e do mal" (Gn 3.2-3).
·         Tentado pelo diabo, o casal caiu, trazendo toda sorte de males para a família, inclusive a morte, que passou a todos os homens (Rm 5.12). Atualmente, a história se repete. Por ouvir a voz do "outro”, muitas famílias sofrem terrivelmente.
·        O homem, na sua origem, talvez não criasse a família.
·         Não saberia como fazê-lo, depois da Queda, podemos ter certeza de que o homem jamais buscaria criar uma organização que haveria de lhe impor limites e regras de convivência, contrariando seus instintos pecaminosos e egoístas.
·        Deus só fez uma mulher para o homem e, mesmo assim, há uma tendência à poligamia ou ao adultério masculino e feminino.
·        Por ser de origem divina, o inimigo tem atacado a família de maneira implacável.
·         As tentações aos pais de família, principalmente na área do sexo e do mau relacionamento com os filhos tem sido constante; os ataques aos filhos, lançando-os contra os pais; dos pais contra os filhos; o problema das drogas, do sexo ilícito, da pornografia, de outros vícios, do homossexualismo.



II FINALIDADE DA FAMÍLIA
1-Companheirismo
·        Ao longo da jornada da vida a dois, enfrentamos circunstâncias adversas que nos levam ao desânimo, que provocam frustrações, e que nos levam à sensação de que não dá mais.
·        Na jornada da vida, estamos expostos a possíveis perdas! Perdas de pessoas queridas, perdas financeiras, perda da saúde, da vitalidade do corpo, perdas de alguns sentimentos que mantém o relacionamento aquecido.
·        Quando lemos Ec 4.9a “Melhor é serem dois do que um”, lembramos-nos do que Deus disse quando viu o homem sozinho no jardim do Éden: “não é bom que o homem esteja só;”.
·        A família é uma instituição divina. Ela é tão importante, que foi criada antes da Igreja, antes do Estado, antes da nação. Deus não fez o homem para viver na solidão.
·        Quando acabou de criar o homem, Adão, o Senhor disse: "Não é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma adjutora, que esteja como diante dele" (Gn 2.18).
·        Deus tinha em mente a constituição da família, mas esta não está completa só com o casal. Por isso, o Senhor previu a procriação, dizendo: “Crescei e multiplicai-vos e enchei a terra (Gn 1.27-28)”.
·         Fica mais clara a origem da família, quando lemos: "Portanto, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e será ambos uma só carne" (Gn 2.24). "O homem" aí é o filho, nascido de pai e mãe.
·        Deus fez a família para que o homem não vivesse na solidão (Sl 68.6; 113.9).


2-Realizações Mútuas
·        Após haver criado o homem, Deus disse não ser bom que ele vivesse só.
·        O próprio Criador lhe daria uma ajudadora que fosse da mesma essência e da mesma espécie que ele, mas diferente, para complementá-lo. Na essência, os dois seriam iguais. Na função, seriam diferentes, complementares.
·        Ao fazer a mulher, Deus usou um método diferente daquele usado para fazer o homem.
·        Ela foi criada a partir de outro ser humano, estando assim ligada a ele de forma indestrutível.
·         A palavra do original hebraico usada para descrever essa ajudadora é “ezer”, que significa a pessoa que está diante de outra, cercando, dando apoio, suporte.
·        Ela é usada no capítulo 2 de Gênesis duas vezes para se referir à mulher, e em mais de cinquenta vezes no restante do Antigo Testamento para se referir a Deus como o ajudador do Seu povo.
·         Assim, a mulher, em sua maneira feminina de ser, reflete algumas das características do próprio Deus.
·        Um dos principais pontos de tensões em nossos relacionamentos são, certamente, as opiniões divergentes. Como podemos superar isso?
·        Vejamos dois princípios básicos: Não agradar a nós mesmos; Renunciar aos nossos direitos.
·        As nossas igrejas estão cheias de pessoas fracas, sobrecarregadas e abatidas; pessoas que carecem de um irmão-suporte; alguém que se coloque ao seu lado no sentido de ajudá-las a superarem seus fardos, ansiedades, medos e inúmeras indagações acerca da vida.

3-Geração e educação de filhos
·        Uma observação deve ser dada nesta altura. Quando uma criança faz algo que não é aceitável pelos pais à tendência é desculpar tal ação pelo ditado, ‘é coisa de criança’, ou ‘é coisa de jovem’.
·         Uma atitude dessas é nada menos de uma fuga de responsabilidade que os pais têm em corrigir as ações dos seus filhos.
·         Também tal ditado reflete uma falta de crença na própria Bíblia que diz que pelas ações da criança se conhece a criança.
·        A verdade é: as ações tolas vêm de uma criança tola. O que é necessário neste caso é uma correção e não uma desculpa (Prov. 22:15).
·        Tolice deve ser cortada em crianças de qualquer idade. O que a criança faz indica o que ela é de coração.
·         Educação adequada transformará tal coração em prudência, autocontrole e sabedoria (Prov. 29:15). O que é necessário é educação, não uma desculpa.
·        Os filhos fazem com que seus pais se tornem co-criadores com Deus.
·         É através deles que um novo ser é formado, embora a vida em si venha diretamente das mãos de Deus.
·        Eles são confiados aos pais durante um período breve da vida para serem por eles criados e nutridos até atingirem a idade em que podem assumir as responsabilidades da vida adulta.
·        Através do cuidado dos filhos, os pais aprendem sobre o amor e o cuidado de Deus e amadurecem como pessoas.
·         Eles são a fonte de nossas maiores alegrias e de nossas maiores tristezas.

III PROPÓSITOS PARA A FAMÍLIA
1-Crescimento pessoal
·        Aprendendo a desfrutar da onipresença de Deus e também da sua presença manifesta.
·        Deus deseja relacionar-se conosco mais profundamente no nosso dia a dia, e tocar-nos com seu poder e com seu Espírito (Ef 5.18, 19).
·        Meditar diariamente na palavra de Deus de uma forma profunda, buscando compreender aquilo que estamos lendo, deixando o Senhor falar ao nosso coração através do seu Espírito, até que nos sintamos alimentados (Sl 119.11; Sl 1.2).
·        Na fidelidade ao Senhor com os nossos dízimos e ofertas, contribuindo com pontualidade, aumentando proporcionalmente nossas contribuições de acordo com nossa prosperidade (1 Co 16. 2; 2 Co 9.6-8).
·        Estar envolvido com a nossa responsabilidade pelo evangelismo pessoal, antes do evangelismo coletivo, sabendo que, somos responsáveis diante de Deus por todos aqueles que estão ao nosso redor sem Jesus (Mc 16.15; Rm 1.16).

­2- Cultuar a Deus
·        Estão dando mais valor à presença das atrações gospel, do que à presença do Espírito Santo de Deus.
·        Precisamos levar menos “estrelas” em nossas reuniões, e buscar mais a presença do Senhor. II Crônicas 7:2
·        Temos programações demais em nossas igrejas, ideias e mais ideias, congressos e mais congressos, cultos e mais cultos, mas temos visto muito pouco da presença poderosa do Senhor transformando nossas vidas, gerando caráter cristão. Isaías 64:6
·        Se nós buscarmos espírito de sabedoria e revelação – Efésios 1:17 – o Senhor derramará sobre nós. Poderemos conduzir aqueles que Jesus deseja que discipulemos, a uma fonte pura de alimento espiritual. Fazendo assim, também acabaremos com o “mercado” ou com o “campo” dos oportunistas do show gospel deste século.

3-Canal de Benção (Ef. 1.1-3).
·        Depois de saudar os irmãos, Paulo agradece a Deus pelas suas bênçãos espirituais em Cristo.
·        Observe que Paulo dá graças pelas bênçãos espirituais "nas regiões celestiais", e não por bênçãos físicas.
·        Cristo morreu para tornar os homens ricos espiritualmente, não fisicamente. As bênçãos espirituais são encontradas "em Cristo" e não no mundo, na igreja ou no pastor.
·        Fora de Cristo, realmente não há bênçãos, somente bens físicos, que perecerão quando morrermos.
·        Às vezes pensamos que precisamos estar em um lugar abençoado, com pessoas abençoadas, coisas abençoadas e momentos de bênçãos. Na verdade tudo isso é abençoado se você for uma bênção. Nada, nenhum lugar, pessoa, coisa ou momento é abençoado se a pessoa não o for.

·        Reflita: O que é ser uma bênção? Qual é o estilo de vida de uma pessoa abençoada? Sua igreja é uma bênção?

        Pr. Carlos Borges(CABB)   


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