Sl 19.1-5
Introdução: Muitas pessoas fazem a
seguinte pergunta QUEM É DEUS? Há muitas descrições de Deus, porém prefiro
ficar com a Bíblia quando o assunto é Deus.
Como a Bíblia descreve Deus? A Bíblia
diz em Deuteronômio 32.4 “ELE É A ROCHA; SUAS OBRAS SÃO PERFEITAS, PORQUE TODOS
OS SEUS CAMINHOS SÃO JUSTO; DEUS É FIEL E SEM INIQUIDADE; JUSTO É RETO É ELE”.
I
A OBRA DA CRIAÇÃO
1-1-Doutrina da criação
·
Uma das grandes
discussões que existem é sobre a criação do universo. Existem várias linhas de
pensamentos sobre este assunto.
·
A criação segundo
a Bíblia, a teoria da evolução e a teoria da autocriação são as principais.
·
“ A Bíblia não
discute o tema “evolução”, pois inicia afirmando que” No principio criou Deus
os céus e a terra”.
·
O que evoluiria seriam
a ciência, as pesquisas, o saber (Dn 12.4).
·
Ela não entra em
detalhes sobre os assuntos postos acima, apenas afirma.
·
Não se preocupa
em explicar, por exemplo, se os seis (6) dias da criação foram de vinte e
quatro (24) horas como os de hoje.
·
Analisando alguns
dados científicos relacionados com a vida vegetal e animal sobre a terra, os
registros dos fósseis e outros dados puderam verificar que a criação,
exatamente como relatada no Livro de Gênesis, é a mais viável, não necessitando
de nenhuma suposição, como fazem os evolucionistas.
2-A Gloria do
Criador
·
Ao examinarmos o
que é a criação, em toda sua maravilha e diversidade, e ponderarmos como essa
criação veio a existir, temos de nos lembrar de que toda a complexidade e
beleza do Universo não feita com a intenção de acabar em si mesma, mas sim,
traçar sua origem no criador.
·
Deus criou tudo,
e tudo que fez era bom, mas aquilo que criou para ser bom não era um fim em si
mesmo, foi-nos dado como bom para que nós fôssemos impelidos a adorá-lo.
·
Noutras palavras,
quando você e eu tomamos um bocado de comida, isso deveria nos induzir à
adoração – não da comida, claro, mas do Criador dos alimentos.
·
Quando sentimos o calor do braço de nossos filhos,
isso deveria atiçar em nós a adoração.
·
Ao sentir o calor
do sol em nosso rosto, isso deveria criar adoração.
·
Sendo assim, a
criação nos leva a olhar algo além de nós e nos maravilharmos disso.
·
Toda a criação
nos foi dada para que contemplássemos o tremendo Deus que tudo criou e o fez
bem.
3-Nova Criação
·
“Pelo que, se alguém
esta em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se
fez novo”. (2 Coríntios 5.17).
·
Todo aquele que está em Cristo, é, sem exceção, uma nova
criatura, isto é, gerado de novo espiritualmente falando, que não nasceu da
carne, mas, do espírito.
·
Porque nasceu, não da semente corruptível, mas da
incorruptível, pela Palavra de Deus, a qual vive e permanece (1 Pe 1.23).
·
É nova criatura porque nasceu de novo (Jo. 3.7), porque foi
gerado pela Palavra da verdade (Tg. 1.18); porque foi criado em Cristo Jesus.
·
Antes de sermos
recriados em Cristo, éramos escravos do pecado, mas agora há uma nova realidade
a nosso respeito: o pecado já não mais tem domínio sobre nós (Rm 6.14).
·
Ser nova criação
implica em ter nova identidade, e é isto que a Bíblia quer dizer quando fala
que “tudo se fez novo”, ou, segundo a tradução da Bíblia de Jerusalém, “se fez
uma realidade nova”.
·
Nem o pecado, nem
o diabo, nem as consequências do pecado, tais como: a enfermidade e a dor, a
miséria e toda forma de maldição, nenhuma destas coisas tem mais domínio sobre
nós.
·
É uma nova
realidade que passamos a usufruir em Cristo Jesus (Ef 2.10)
·
Agora somos uma
nova pessoa, com uma nova identidade e realidade acerca de si mesmo.
·
Tudo quanto à
palavra de Deus diz que nós somos tem e pode fazer, nós realmente somos, temos e podemos fazer! Isto faz
parte da nova realidade.
·
Quando a Palavra
de Deus diz que tudo se fez novo, ela não quer dizer que nós fomos melhorados
como se fosse um pneu recauchutado; de modo nenhum! Ela quer dizer que nós
fomos recriados, refeito, e que há uma nova realidade a nosso respeito! Isto
não é maravilhoso?
II
GOVERNO SOBERANO
1-Soberania
·
A soberania de
Deus, às vezes, uma doutrina misteriosa, mas de grande importância para a nossa
vida, não está reservada apenas às discussões de teólogos e eruditos.
·
Primeiramente, a
soberania de Deus nos livra da ansiedade. Ela não elimina nossas perguntas.
·
Ela dissipa nossa
ansiedade, quando descansamos nela, ficamos livres das preocupações.
·
Segundo – a soberania de Deus nos liberta das explicações,
que não precisamos ter respostas para todas as perguntas.
·
Ficamos
tranquilos em dizer para algumas pessoas em tempo difíceis: “Sabe eu não sei. Não sou capaz de revelar o
plano de Deus nesta situação.”j
·
Terceiro – a soberania de Deus nos afasta do orgulho.
·
Temos muitos
pecados, pecados recorrentes, que nos aflige.
·
Pecados com os
quais lutamos e que confessamos diante de Deus.
·
A palavra
soberania, quando aplicada a Deus, indica o total domínio do Senhor sobre a sua
criação.
·
Como soberano
Deus exerce, de modo absoluto, a Sua vontade, sem ter de prestar contas a quem
quer que seja.
2-Governo
·
A Bíblia
apresenta Deus como o Grande Rei que está assentado no trono e governa todas as
coisas conforme a sua vontade determina.
·
A Providencia de
Deus nos fala que ele guia os eventos do mundo para um determinado fim.
·
Esse fim é o
beneplácito de sua vontade (Ef 1.5), é o seu supremo proposito para esse mundo
que redunda em “louvor de sua Glória” (Ef 1.12).
·
Exercício da
soberania e da providencia divina, visando à sustentação do Universo e a
manutenção da lei moral entre os filhos dos homens.
·
Porém o Governo é
regulado pelas leis naturais e físicas, que dão movimento, ordem e harmonia ao
mundo físico.
·
Pelas leis
morais, que regulamentam o relacionamento entre os seres humanos, e pelas leis
espirituais que nos impulsionam a tributar-lhe Honra e Glória.
·
As leis divinas
estão de tal modo ligado, que a sua quebra acarreta consequências em todas as
áreas. Obedecer é melhor do que sacrificar.
3-Delegação
·
Delegar é o ato
de transmitir poderes, de conferir a alguém representatividade, de incumbir
alguém a julgar, resolver ou trabalhar em alguma coisa.
·
Nas Escrituras,
encontramos inúmeros exemplos do ato de delegar; Deus delegou Moisés para
libertar o povo do governo egípcio; Moisés instituiu líderes que julgassem o
povo; Josué foi delegado para ser sucessor de Moisés; Jesus delegou seus
discípulos para evangelizar Israel.
·
Lc
10.1-19 Depois disso o Senhor designou outros setenta (70) e os enviou de dois
em dois, para que o precedessem em cada cidade e lugares onde Ele estava para
ir..... Eis ai vos dei autoridade para
pisardes serpentes e escorpiões e sobre
todo o poder do inimigo, e nada , absolutamente, vos causará dano.(Lc 10.1-19).
·
Um líder precisa
observar se além da capacidade, o tal também possui uma chamada da parte de
Deus.
·
A posição pode
mudar o status, mas pode não resolver o problema para o qual foi designada.
·
Um certificado de
médico não resolve o problema de um doente.
·
A certeza que não
existe governo que não seja eleito por Deus e por sua vontade, quando Jesus
elegeu seus doze discípulos e ordenou que pregassem o evangelho de Deus, ele
delegou o seu poder a cada um, confiante que poderiam fazer a sua obra, cobriu
lhes de coragem e confiança e estava com eles em cada ação.
III
PRESERVAÇÃO E PROVIDÊNCIA DIVINA
1- Preservação
·
“Mas a doutrina
da preservação divina não considera as substancias criadas como existentes por
si mesmas, visto que a auto existência”.
·
É propriedade
exclusiva de Deus, e todas as criaturas têm a base de sua existência contínua
em Deus, e não nelas mesmas.
·
Disto, segue-se
que continuam existindo não em virtude de um mero ato negativo de Deus, mas em
virtude de Seu exercício positivo e continuado do poder divino.
·
Berkouwer diz que
“a confissão da providencia como
preservação tira do trono toda a autossuficiência da criatura, e toda presunção
de independência”.
2-Providência
·
A doutrina da
providencia divina tem sido esquecida nos ensinos das igrejas atualmente ou, no
mínimo, por razões teológicas, negligenciadas.
·
Precisamos
devolver à igreja contemporânea o que ela perdeu neste século, e que foi crido
por ela de uma maneira mais vívida desde o período da reforma do século XVI. (Berkouwer).
·
Os elementos da
Providencia- Em geral a teologia reconhece três (3) elementos na doutrina da
providência que são fundamentais.
·
Conservatio
– que envolve a preservação da criação.
·
Gubernatio
– envolve a direção de todas as coisas para o cumprimento dos propósitos
previamente determinados.
·
Concursus
– envolve ideias de cooperação de Deus e homens no acontecimento de todos
os atos, sejam bons ou maus, para a realização de tudo o que Deus de antemão
escreveu.
3- Permissão
·
Há momentos em
nossa vida que somos provados diante de circunstâncias terríveis, que muitas
vezes não entendemos.
·
Parece um pouco
difícil de entender como um filho de Deus pode ser provado tão ardentemente em
sua vida.
·
Também difícil
compreender como um Pai permite que um dos seus filhos sofra risco de vida,
como vemos com Abraão no sacrifício de Isaque (Gn 22).
·
Quando entendemos
um dos atributos de Deus que é Sua Soberania, ou seja, Seu Poder Absoluto, sua
supremacia diante de tudo que acontece, podemos certamente compreender também o
porquê da sua permissão antes algumas circunstâncias.
Pr. Carlos Borges(CABB)
Nenhum comentário:
Postar um comentário