quinta-feira, 6 de abril de 2017

JESUS, EXPRESSÃO VISÍVEL DE DEUS

Cl 1.13-17
Introdução: Jesus, como homem, tinha sentimentos humanos. Ele foi o único que nasceu com um destino pré-determinado. Deus, todavia, nos deu uma história e também deu um livro em branco, no qual o homem pode continuar ou modificar a própria história. Ele não escreveu uma história de dores ou assassinatos para o homem, nem nos deu filhos para a perdição. Jesus, enquanto filho de Maria, recebeu toda a carga inerente aos humanos.

I A HUMANIDADE DE JESUS
1-Encarnação
·        Não foi o trino Deus, mas a segunda pessoa da Trindade que assumiu a natureza humana.
·         Por essa razão, é melhor dizer que o Verbo se fez carne, do que dizer que Deus se fez homem.
·        Ao mesmo tempo, devemos lembrar que cada uma das pessoas divinas agiu na encarnação(Mt 1.20; Lc 1.35; Jo 1.14; At 2.30; Rm 8.3; Gl 4.4; Fp 2.7)
·        Quer dizer também que a encarnação não foi uma coisa que simplesmente aconteceu com o Logos, mas foi uma ativa realização da parte dele.
·        Ao se falar de encarnação em distinção do nascimento do Logos, dá-se ênfase à Sua participação ativa neste fato histórico, e se pressupõe a Sua preexistência.
·        Não é possível falar da encarnação de alguém que não teve existência prévia. Esta preexistência é claramente ensinada na Escritura: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, Jo 1.1. “eu desci do céu”, Jo 6.38.
·        “Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos”, 2 Co 8.9
·        As Escrituras testemunham que um dia quando chegou a “plenitude dos tempos”( Gl 4.4).
·        Ele  enviou Seu Filho Jesus Cristo ao mundo e aqui Ele nasceu e viveu.
·        A este fato dá-se o nome de “ encarnação”, que significa “ na carne”, e aplica-se  a Cristo porque a Bíblia diz que Ele se “ encarnou” (Jo1.14).
·        Os dias de Jesus entre os homens foram os “ os dias de sua carne”. (Hb 5.7).
·        A encarnação de Cristo se deu no tempo exato de acordo com o que Deus havia planejado.


2-Genealogia
·        Muitas pessoas já tiveram contato através da leitura ou pelo menos já ouviram falar nas genealogias de Jesus Cristo apresentadas na Bíblia nos dois Evangelhos sinóticos, Mateus e Lucas.
·         Infelizmente pouquíssimas pessoas se aprofundam nessas passagens encontradas nos dois Evangelhos, chegando a ponto de pularem esses versículos em suas leituras, exceto, alguns exegetas bíblicos e acadêmicos de teologia, mesmo assim, a maioria ainda segue uma linha ortodoxa e tendenciosa em suas investigações, não permitindo assim, uma leitura mais imparcial e libertadora de dogmas pré-concebidos.
·        A genealogia de Jesus no Evangelho de Mateus (Mt.1.1-17) apresenta quarenta e dois antepassados divididos em três módulos de catorze gerações cada: de Abraão a Davi, em seguida até o cativeiro babilônico, chegando por último em José, marido de Maria, mãe de Jesus.
·         Em Lucas (Lc.3.23-38), esta genealogia é diferente, são descritos cinquenta e quatro antepassados, sendo que a partir de Davi, a lista segue por Natan e não por Salomão como está em Mateus
·        Segundo a interpretação conservadora da igreja, a diferença entre essas duas genealogias encontra-se no objetivo de cada autor.
·        No caso de Mateus, a intenção seria apresentar Jesus como o Messias Rei da linhagem de Davi, que veio para libertar o povo eleito do julgo da escravidão.
·        Em Lucas, a preocupação do autor encontra-se em apresentar Jesus como o Salvador Universal (Sóter), que tem sua linhagem desde Adão, ou seja, Jesus seria um segundo Adão, que veio para resgatar a humanidade da queda ocorrida no Éden.

3- Limitações
·        Nasceu como todo ser humano (Lc 2.7). O nascimento de Jesus foi natural, embora com diferencial milagroso.
·        Sua concepção foi pelo Espírito Santo e Seu nascimento virginal.
·        Jesus nasceu como humano e assim teve a natureza humana aliada à Sua divindade.
·        Foi o nascimento virginal de Cristo que tornou- Lhe possível a existência da natureza hu­mana sem a herança do pecado.
·         Jesus foi concebido pelo Espírito Santo e assim teve a herança do pecado de Adão quebrada ao nascer. Conforme Lucas 1.35, Deus declara que Seu filho nasceria Santo.
·        Jesus era um ser humano normal com algumas limitações humanas, pois teve fome, sede, cansaço, dormia quando tinha sono, mas, operava nEle a vontade do Pai Celeste, Ele anda conforme a vontade do Pai sob a orientação do Espírito Santo.
·        Nós seus servos também podemos agir sob a direção do Pai e sob a supervisão do Espírito Santo, mas, para isso precisamos obedecer incondicionalmente a Deus e amar sua Palavra que é o manual de sobrevivência espiritual do verdadeiro crente (servo de Deus, e discípulo de Jesus).

II DEIDADE DE JESUS
1-Atributos
·         Examinar o texto e tratar honestamente com o mesmo é ver a divindade de Jesus Cristo como o único verdadeiro Deus.
·        Em João 8:58-59, encontramos uma acirrada discussão entre os fariseus e Jesus. Esse debate faz aumentar o ódio contra Cristo por parte dos judeus.
·         Diz o texto: "Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou." 
·        Por que eles lançaram mão de pedras para apedrejá-lo? Porque sabiam exatamente o que Jesus estava dizendo. Jesus estava afirmando ser Aquele que havia libertado os israelitas do Egito.
·        Ele era o "Eu Sou", que havia falado a Moisés, conforme Êxodo 4, na sarça ardente. Isso fica mais forte, quando nos lembramos da discussão anterior com eles, em João 5:17-19, em que Jesus faz algumas declarações que os judeus não puderam suportar: "E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente." 

2-Atributos Naturais
·        Você precisa ter em mente que  Jesus era 100% homem e também 100% Deus.
·         Usando a Bíblia como nosso instrumento principal, vamos estudar referências sobre a divindade de Cristo.
·        Nossa doutrina afirma que Jesus era, e, é plenamente Deus e plenamente homem.
·         Essas duas naturezas não transformam Jesus em duas pessoas e, sim, numa pessoa com duas naturezas.
·        Em João 17.21-22. Nesse texto, o homem Jesus declara ser um só com o Pai.
·         A referência nada declara sobre a humanidade de Jesus, mas o fato Dele mesmo declarar Sua divindade mostra que tinha o entendimento de que, mesmo sendo homem, possuía uma natureza em comum com o Pai, ou seja, a natureza divina.
·        Outros dois textos são importantes para nosso estudo (Jo 3.13 e 1Tm 3.16).
·         Em João temos o uso do termo Filho do Homem (humanidade de Cristo) com a referência sobre ter descido do céu (divindade).
·        Em Timóteo encontramos uma referência a Cristo no céu antes de Sua encarnação (contemplado por anjos – divindade), Sua encarnação como homem (ma­nifestado na carne – humanidade) e depois na Sua ressurreição e ascensão aos céus (recebido na glória – divindade e humanidade).

3-Atributos Morais
·        Muitas características do Deus (Jesus) único e verdadeiro, especialmente seus atributos morais, têm certa similitude com as qualidades humanas; sendo, porém, evidente que todos os seus atributos existem em grau infinitamente superior aos humanos.
·         Por exemplo, embora Deus (Jesus) e o ser humano possuam a capacidade de amar, nenhum ser humano é capaz de amar com o mesmo grau de intensidade como Deus (Jesus) ama.
·       Além disso, devemos ressaltar que a capacidade humana de ter essas características vem do fato de sermos criados à imagem de Deus (Gn 1.26,27); noutras palavras, temos a sua semelhança, mas Ele não tem a nossa; i.e., Ele não é como nós.
Jesus era humano mas, também era divino, ele vivia conforme a vontade de Deus, e obedecia mais a Deus do que a homens, um exemplo disso está na narração da bodas de Caná( Jo. 2).

III AS OBRAS DE JESUS
1-Morte
·        "Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus." 2Co5:21.
·        Todas as pessoas falam e até mesmo os incrédulos sabem que Jesus morreu pelos nossos pecados.
·        Mas não teremos revelação espiritual enquanto não soubermos por que foi necessária esta morte.
·        Por que Deus exigiu a morte de seu único filho?
·        Para conhecermos o amor de Deus é necessário conhecer também sua santidade e justiça.
·         Deus é perfeitamente santo e perfeitamente justo. Não pode suportar nem mesmo aquilo que para nós seria um "pequeno erro".
·        Sua santidade se ofende com qualquer forma de pecado e sua justiça exige punição (Rm1:18 ). Assim é Deus.
·        Se a exigência é assim tão grande, e se só um homem totalmente perfeito pode agradar a Deus, então quem poderá agradá-lo? Será que existe alguém que preenche tais condições? A resposta clara da Escritura é NÃO.

2-Ressurreição
·        "Ao qual Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, pois não era possível que fosse retido por ela." At 2:24
·        Se a morte de Jesus está coberta de glória, quanto mais a sua ressurreição! As Escrituras nos mostram vários aspectos da ressurreição e seu amplo significado.
·        A ressurreição de Jesus é a sua vitória sobre a morte. (1Co 15:54-57 ).
·        O que é a morte ? A morte não é deixar de existir. A morte física ocorre quando o espírito e a alma deixam o corpo.
·        Quando se quebra a unidade entre o espírito, a alma e o corpo então acontece a morte física.
·        Para vencer a morte, Jesus precisava de uma ressurreição física, ressurreição do corpo. Um corpo de carne e osso e não um espírito (Lc 24:39-40).
·         Para provar isso Jesus comeu na presença dos discípulos ( Lc 20:20;24-27).
·         Entretanto era um corpo transformado. Não estava preso a espaço nem ao tempo. Podia aparecer e desaparecer. ( Lc 24:31 Jo20:19;26).

3-Ascensão e ressurreição
·        “Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (Atos 1.11). A Ceia do Senhor é ligada diretamente à ressurreição e à ascensão de Cristo. E a ressurreição e a ascensão declaram a Sua exaltação.
·        Se a celebração da Ceia do Senhor anuncia vividamente a humilhação do Senhor pela Sua morte, as instruções de celebrá-la, “até que venha”, proclamam convincentemente a Sua ascensão ao Pai.
·        A ascensão de Cristo anuncia para todos que têm ouvidos para ouvir a exaltação soberana de Cristo pelo Pai.
·        Os anjos convidaram os discípulos a ver o lugar onde Cristo jazia (Mateus 28.6).

·        Vendo o lugar vazio, confirmaram a veracidade da profecia de Cristo e todos os profetas, que Ele ia ressurgir. O testemunho ocular do túmulo vazio deveria ter fortalecido a fé dos discípulos na obra redentora de Cristo. 
Pr. Carlos Borges (CABB)

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