2 Tm. 3.13-17
Introdução: A Bíblia é a Palavra de Deus
e contem toda a revelação necessária ao conhecimento de Deus. Por isso, com
toda diligência, leia a Bíblia e medite nela para ser sábio, creia nela para
desenvolver sua salvação, ame-a para manter viva a esperança, pratique-a para
ser santo e agradar a Deus.
I
NECESSIDADE DA REVELAÇÃO
1-Conhecer a Deus
·
Saber
coisas de Deus, estudar teologia, ler alguns capítulos de livros e falar sobre
Deus é muito diferente de caminhar com Deus, passar tempo em oração
contemplativa, conhecer Deus e estar sensível e obediente à Sua voz.
·
Conhecer
sobre Deus nos leva a uma vida de questionamentos, de nos colocar no centro
como se tivéssemos que ter todas as respostas. Jó estava nesta situação.
·
Questionava
Deus do por que tudo aquilo estava acontecendo com ele.
·
Quando se fala de crer em Deus, ás vezes em muitos de nós
surge um problema: do ponto de vista humano, nós teríamos de conhecê-lo bem
antes, para depois crer nele.
·
Mas no caso, do crente é diferente, ele nasce e vive
espiritualmente pela fé em Deus.
·
Os seus conhecimentos deverão ser submissos à fé. Nunca ao
contrário.
·
Conhecer a Deus, não significa provar a sua existência,
através de provas formais.
·
E muitos hoje dizem em seus corações que não há Deus, esses
pertencem ao grande número de ateus praticantes, isto é, esses que agem e falam
como se não existisse Deus.
·
A Bíblia em parte alguma faz referência, que nós tenhamos
que saber as provas da existência de Deus.
·
Ela afirma que ele existia antes do mundo, e existe até
hoje.
2-Revelação
escrita
·
A Bíblia é dividida em duas partes maiores, conhecidas como
o Velho Testamento e o Novo Testamento.
·
O Velho Testamento fala sobre a criação do homem e de suas
lutas sem sucesso contra o pecado. Ele nos ajuda a ver o que é o pecado e a
entender suas consequências, mas não revela completamente a solução (Romanos
3:19-23).
·
O Novo Testamento dá a resposta ao problema do homem na
pessoa de Jesus Cristo (Romanos 1:16-17).
·
Apesar de que algumas
pessoas ainda o rejeitem, ele é o único meio de salvação (Atos 4:11-12).
·
Referimos-nos a essas partes da Bíblia como testamentos ou
alianças, porque elas mostram como Deus revelou sua vontade a diversas pessoas
em diferentes épocas.
·
O Velho Testamento é principalmente sobre o povo de Israel,
os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó.
·
Deus os escolheu como nação especial e fez um pacto com
eles.
·
Ele comunicou-lhes a
lei no Monte Sinai e a entregou por intermédio de Moisés, seu servo fiel.
·
Essa aliança foi dada para proteger o povo do mal enquanto
ilustrava, muito claramente, a consequência mortal do pecado.
·
Sem a informação que nos é dada no Velho Testamento, seria
difícil entender as palavras de Paulo: "... porque o salário do
pecado é a morte..." (Romanos
6:23).
·
Hoje, entendemos
muitas coisas importantes no Velho Testamento. Aprendemos sobre a natureza do
Deus verdadeiro que governa o futuro e nunca quebra suas promessas (Romanos
15:1-4).
·
Observamos os perigos da desobediência (1 Coríntios
10:1-13). Encontramos alguns detalhes do plano perfeito de Deus quando ele
prepara o envio de seu Filho para nos salvar (João 5:39).
·
Quem não conhece a Palavra de Deus, não conhece o Deus da
Palavra (CABB).
·
Quem despreza a Bíblia, está desprezando a verdade, e como
ser Salvo. (CABB)
3-O
Nome Bíblia
·
A Bíblia (do grego, plural de, transl). bíblion,
"rolo" ou "livro", diminutivo de "byblos",
“papiro egípcio”, provavelmente do nome da cidade de onde esse material era
exportado para a Grécia, Biblos, atual Jbeil, no Líbano é uma
coleção de textos religiosos de valor
sagrado para o cristianismo, [] em que se
narram interpretações religiosas do motivo
da existência do homem na Terra.
·
É considerada pelos cristãos como divinamente inspirada, tratando-se de importante documento
doutrinário.
·
Segundo a tradição aceita pela maioria dos cristãos, a
Bíblia foi escrita por 40 autores, entre 1 500 a.C. e 450
a.C. (livros do Antigo Testamento) e entre 45
d.C. e 90 d.C. (livros do Novo Testamento), totalizando um período de quase 1600 anos.
·
A maioria
dos historiadores considera
que a data dos primeiros escritos acreditados como sagrados é bem mais recente:
por exemplo, enquanto a tradição cristã coloca Moisés como o
autor dos primeiros cinco livros da Bíblia (Pentateuco), muitos estudiosos aceitam que foram compilados pela
primeira vez apenas após o exílio babilônico, a partir
de outros textos datados entre o décimo(X) e o quarto( IV) século antes de
Cristo.
·
Muitos
estudiosos também afirmam que ela foi escrita por dezenas de pessoas oriundas
de diferentes regiões e nações.
II
A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS
1-Inspiração Divina
·
A revelação de Deus se fez em muitas vezes e de muitas
maneiras como se afirma em Hb 1.1,2. Revelação é a ação de Deus pela qual Ele
deu a conhecer ao escritor coisas desconhecidas.
·
Era de se esperar a revelação porque a entrada do pecado no
mundo sujeitou a criação à vaidade, tornando necessária a intervenção do
Criador para redimi-la do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória
dos filhos de Deus (Rom 8.20,21).
·
A revelação é necessária porque a razão humana é incapaz, por
si mesma, de provar e saber qual é o significado da chamada (vocação) de Deus
para o homem, aí incluíndo tudo o que se espera dele quanto à transformação de
sua natureza pelo novo nascimento, à necessidade da expiação do pecado; vida de
santidade para o serviço, culto, oração e adoração ao Senhor, neste mundo, bem
como é pela revelação que se desvenda que a vida de Deus no crente vence a
morte eterna, e o coloca na vida eterna.
·
Muitos se colocam contra a afirmação de serem as Escrituras
(tanto do Antigo quanto do Novo Testamento) a verdade, argumentando,
puerilmente, que elas são o produto da imaginação do homem, e mais ainda, que
não pode ser infalíveis, posto terem sido imperfeitos os homens que as
produziram, como todos os demais homens.
·
Ora, a isto respondemos que para revelar a verdade e para
preservá-la através das sucessivas gerações da humanidade, Deus já havia
planejado inspirar profetas, apóstolos e outros para serem ministros da
Palavra, antes mesmo que estes tivessem chegado à existência (Jer 1.5; Gl
1.15,16).
2-Evidencias
·
A Bíblia é um livro cheio de instruções para uma vida bem
sucedida, mas há muitos livros que oferecem conselho semelhante. O que torna a
Bíblia diferente ou distinta, entre tais livros? A Bíblia proclama ser a
Palavra de Deus, uma revelação divina!
·
A Bíblia tem tido uma enorme influência na História do
homem. Ela continua sendo o livro mais frequentemente traduzido. É
inquestionável que a Bíblia seja amplamente acreditada como sendo a Palavra de
Deus, um livro divinamente inspirado.
·
Mas qual evidência existe para apoiar esta crença? Seria sem
fundamento esta fé? O que podemos oferecer à pessoa que tem dúvidas sobre a
inspiração da Bíblia?
·
A inspiração é a influência do Espírito Santo sobre os
escritores da Bíblia, para que as coisas que eles escreveram sejam exatamente o
que Deus desejou revelar ao homem.
·
A Bíblia declara ser o produto da inspiração. Paulo
escreveu, "Toda a
Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a
correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja
perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2 Timóteo 3:16-17).
·
Aos Coríntios, ele
escreveu que o Espírito Santo revelou as verdadeiras palavras que ele e outros
usaram para ensinar a Palavra de Deus (1 Coríntios 2:10-13).
·
Pedro afirmou que os
profetas do Velho Testamento também falaram como foram levados pelo Espírito
Santo (1 Pedro 1:11-12; 2 Pedro 1:20-21).
·
Os próprios profetas
declararam que estavam falando as palavras de Deus (por exemplo, Jeremias 1:2,
4, 9).
3-
Revelação completa
·
Em Gal. 1-6 – Algumas pessoas estavam pregando “outro
Evangelho”, estavam ensinando que, para serem salvos, os gentios crentes
precisavam obedecer às leis e os costumes judaicos, especialmente ao rito da
circuncisão.
·
A fé em Cristo não era suficiente.
·
Essa mensagem enfraquecia a verdade de que a salvação é uma
dádiva, e não uma recompensa por certos atos.
·
Jesus Cristo tornou essa dádiva disponível a todas as pessoas,
e não somente aos judeus.
·
Precisamos ter cuidados com as pessoas que nos cercam nos
trazendo uma nova mensagem que nos induz a ir além da fé em Cristo Jesus para
sermos salvos.
·
Qualquer ensino a que venha colocar “aditivos” para obtermos
a salvação, além da fé no Sacrifício vicário de Jesus, deve ser descartado,
desconsidere os deturpadores da Palavra de Deus, e siga para o alvo que é
Cristo Jesus.
III CÂNON DAS ESCRITURAS
1-Conceito
·
No
grego, a palavra "cânon" significa uma vara ou régua, portanto um
padrão ou regra. Os cristãos passaram a usar essa palavra em referência a uma
lista de livros inspirados por Deus que eles reconhecem como Escrituras com
autoridade divina. As escrituras judaicas.
·
Após dezenove séculos, o Cânon das Escrituras ainda continua
a ser questão de debate.
·
Protestantes, católicos e ortodoxos, têm uma coleção de
livros um tanto distinto um dos outros.
·
Até o próprio reformador Martinho Lutero questionou a
inclusão do Livro de Tiago nas Escrituras, bem como, muitos cristãos hoje em
dia, mesmo afirmando que a autoridade dos Livros da Bíblia tende a confiar em
apenas alguns livros, tem seus livros favoritos e ignoram os demais.
·
Os
documentos que entraram no cânone da Bíblia Hebraica foram colecionados,
originalmente, num "livro" em formato de um rolo.
·
No
início, os rolos eram feitos de folhas de papiro.
·
Cada
folha tinha cerca de 30 cm de altura e 20 cm de largura. As folhas eram coladas
umas nas outras, formando rolos de comprimento variado, embora fosse pouco
comum um rolo com mais de 20 folhas.
2-Antigo
Testamento
·
O Antigo Testamento, também chamado de Velho Testamento, ou
mais corretamente Escrituras Hebraicas, é composto de 39 livros
divinamente inspirados, de Gênesis a Malaquias, segundo o atual arranjo
costumeiro, constituem a maior parte da Bíblia.
·
Os livros do Antigo Testamento, conforme aparecem na maioria das
versões da Bíblia, podem ser divididos em três seções: (1) Históricos, Gênesis a Ester, 17 livros; (2) Poéticos, Jó a O Cântico de Salomão, 5 livros; (3) Proféticos, Isaías a Malaquias, 17 livros.
Essas divisões são um tanto gerais, visto que a seção histórica contém partes
poéticas (Gên 2:23; 4:23, 24; 9:25-27; Êx 15:1-19, 21; Jz 5), bem como
proféticas (Gên 3:15; 22:15-18; 2Sa 7:11-16); a seção poética contém matéria
histórica (Jó 1:1-2:13; 42:7-17), bem como profética (Sal 2:1-9; 110:1-7); e na
seção profética encontram-se informações históricas e matéria poética (Is 7:1,
2; Je 37:11-39:14; 40:7-43:7; La 1:1-5:22).
2- Novo
Testamento
·
O Cristianismo, nas suas etapas iniciais, considerou o
Antigo Testamento como a sua única Bíblia. Jesus, como os seus discípulos e
apóstolos e o resto do povo judeu, citou-o como “as Escrituras”, “a Lei” ou “a
Lei e os Profetas” (cf. Mc 12.24 Mt 12.5 Lc 16.16).
·
Com o passar do tempo, a Igreja, tendo entendido que em
Cristo “as coisas antigas já passaram eis que se fizeram novas” (2Co 5.17),
produziu muitos escritos acerca da vida e da obra do Senhor, estabeleceu e
transmitiu a sua doutrina e estendeu a mensagem evangélica a regiões cada vez
mais distantes da Palestina.
·
Dentre esses
escritos foi-se destacando aos poucos um grupo de vinte e sete, que pelos fins
do séc. II começou a ser conhecido como Novo Testamento.
·
Eram textos redigidos na língua grega, desiguais tanto
em extensão como em natureza e gênero literário.
·
Todos, porém, foram considerados com especial
reverência como procedentes dos apóstolos de Jesus ou de pessoas muito próximas
a eles.
Pr. Carlos Borges(CABB)
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