Gn.1.26-28
Introdução: De onde viemos, para onde vamos? Porque
fomos criados? Desde o tempo antigo, o homem olha para o céu, para os astros e
estrelas, buscando respostas a essas perguntas fundamentais e ao mesmo tempo
tão intrigantes.
Diversos filósofos, astrônomo, físicos e outros
pensadores têm se dedicado a tentar explicar qual a origem do Universo e, de
forma especialmente particular, da criação do ser humano.
I
ORIGEM DO HOMEM
1-Criação divina
·
Adão(do hebraico
“vermelho”, adom, termo similar ao
usado para designar “terra”(hb.
Adama), foi assim chamado por Deus, Ele formou Adão do barro, da terra.
·
“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e
soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente
Gn.2.7.
·
O verbo “yatsar” (formou) sugere o trabalho de
um artesão moldando a obra em barro.
·
Deus se envolveu
pessoalmente na criação do homem,
enquanto modelava o corpo humano do barro, e após, soprou em suas narinas o fôlego
de vida.
·
O sopro divino
descrevia a forma como o Senhor infundiu o Espírito no ser humano, o que deu ao
homem a capacidade intelectual, moral, relacional e espiritual.
·
Diferente de todo
o resto da criação, onde Deus simplesmente utilizava o termo “haja”, com o
homem o Senhor demostrou profunda consideração e planejamento.
·
O Elohim emprega
a frase façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança.
·
Deus estabelece
um padrão moral altíssimo para ao ser humano, padrão referenciado e assemelhado
ao próprio Deus.
·
Agora havia chegado o momento ápice de toda obra
criadora, tudo que foi criado anteriormente era destinado a comportar,
sustentar e manter a vida da joia prima da natureza.
2-Imagem de
Deus
·
“E disse Deus; Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança (Gn.1.26).
·
Adão era o único
ser em que Deus utilizou a sua própria imagem, uma criatura feita para refletir
a sua glória.
·
A visão
tradicional da criação está associada com a imagem de Deus no homem,
representando a sua moral e ética, bem como a habilidade intelectual que
recebeu do criador.
·
Personalidade –
Somos seres pessoais dotados de capacidade de mantermos comunhão com Deus e com
o nosso semelhante, o homem não nasceu para ser uma ilha, ela precisa ter
comunhão com seu a semelhado, isto, está claro quando Deus em sua sabedoria
concedeu ao homem uma companheira, não foi um companheiro.
·
O relacionamento
interpessoal, entre pessoas é parte do plano de Deus para a humanidade, onde
devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos.
·
Semelhança Moral- Quem não tem uma semelhança moral, que possa distinguir o certo do
errado, assim como ter liberdade de agir de maneira responsável, perante a
sociedade, não tem a semelhança divina, caminha mais para o irracional.
·
Natureza racional- Isto fala de cognitivo (aprendizado, conhecimento etc...), o homem é
um ser racional que tem a capacidade de pensar, é um ser intelectual, e por ter
essa capacidade, eles pode perfeitamente ter conhecimento de Deus.
·
Capacidade de governar- Essa é outra característica do homem formado por Deus,
ele é um ser pode governar outros e dominar com sua inteligência, fazendo as
coisas certas, ele pode dominar as coisas em seu redor, como animais e
construir bens para seu uso. E esta ordem se aplica a nós mesmos também. Vemos
cada vez mais o domínio da humanidade se estendendo através do conhecimento
cientifico. A cada dia cresce a conquista dos mares, da terra, do ar e do
espaço.
·
Autoconsciência- É a capacidade do homem de ter consciência de si mesmo, seus limites e
capacidade, ele é um ser diferente dos demais seres, e por isso não pode se
depreciar, se achando inútil, pois Deus o já capacitou com uma inteligência que
outros não têm.
·
O Homem tem uma natureza social- Esta natureza o capacita a viver em sociedade, em
comunhão com seres da mesma espécie. Eu não aceito a ideia de que o homem
pertence a raça animal, como apregoam os estudiosos, se assim fosse obviamente
Deus seriam um animal, pelo fato de termos características de semelhança a
Deus.
3- Ser Especial
·
A Bíblia é clara
e enfática ao afirmar que o homem foi criado no sexto dia da criação.
·
O homem não veio
de nenhum material biológico pré- existente ou da evolução da família de
primatas antigos.
·
O homem foi
criado pessoalmente por Deus, que utilizou materiais inertes, sem vida, pois o
Senhor Majestoso foi quem criou a vida, Ele é o dom da vida.
·
Deus deu vida ao
homem e imediatamente o deu uma casa, um lar que o Senhor pessoalmente plantou, o
jardim ( do hebraico “gan”, área cercada) Éden( cujo significado é
deleite, prazer, alegria, e localizava-se entre rios, originando o termo
“Mesopotâmia”.
·
O homem tem
varias capacidades: Capacidade de falar, pensar, apreciar a beleza da natureza,
há no homem uma grande necessidade de adorar a Deus, quando o homem não adora o
Deus verdadeiro, ele busca algo para preencher esse vazio, isto talvez explique
a busca do homem de algo para ser seu alvo de adoração.
·
Cada ser humano
tem dentro de si um vazio do tamanho de Deus, como não há nada maior do que
Deus, somente Deus poderá preencher completamente esse vazio.
II
NATUREZA DO HOMEM
1-Aspecto físico
·
Homem
exterior-Quando a Bíblia se refere ao homem exterior (corpo) ela está se
referindo em boa parcela ao seu corpo(2
Co.4.16; 1 Pe.3.3; Rm. 2.28.)
·
Geralmente a
Bíblia faz uso do termo homem interior/homem exterior em contraste de um com o
outro ( Mt. 23.26; Rm 2.29).
·
A Bíblia nos diz
de forma clara que o nosso corpo é apenas a nossa casa terrestre (espiritual),
isto é onde esta alojada a alma e espírito.
·
Nosso corpo é o
templo do Espírito Santo, portanto dever ser um lugar que Ele possa se agradar
em ficar permanentemente nele.
·
Talvez seja essa
a dificuldade do ser humano entender isso, tem gente que “picha” o templo do
Espírito com tatuagem, outros usam drogas, outros bebidas, e outros utilizam
esse corpo para a prostituição.
·
No seguimento
evangélico, muitos usam o corpo para outras manifestações que não seja a do
mover do espírito.
·
Sem o corpo
físico não poderíamos ter contato com as coisas materiais.
2- Aspectos Imateriais
·
Podemos listar alguns
elementos importantes que compreendem a parte imaterial do homem, e procurar
entender o que cada um é de fato.
·
Dentre esses, é
possível listar: Alma, Espirito, temos
também; pensamento, emoções; dor, amor,
ódio etc...
·
Alma- O termo “alma” em português reporta-se basicamente a “nephesh” em hebraico e a “psiche” no grego.
·
No
Velho Testamento podemos encontrar os seguintes usos para o termo hebraico:
“Alma”, “ser vivente”, “vida”, “eu”, “pessoa”, “desejo”, “apetite”, “emoção” e
“paixão”. Mas basicamente significa “vida”.
·
O
termo hebraico pode tanto significar uma pessoa por inteiro, tanto viva quanto
morta. Pode referir-se ao aspecto imaterial do homem como um todo em relação à
emoções, e tem um importante enfoque na redenção.
·
Espírito - A palavra “espírito” é equivalente a
“ruah” hebraico e “pneuma” grego. Pode, como já bem
demonstrado, ser utilizado intercambiavelmente com a palavra “Alma”,
referindo-se ao Aspecto Imaterial do homem como um todo.
·
Mas é válido demonstrar que o homem nunca é
apresentado como um espírito, embora possua um.
·
O que se demonstra com a atribuição de
Espírito e Alma ao Aspecto Imaterial do homem, não é que Alma e Espírito sejam
o mesmo elemento, mas que não são os únicos elementos do aspecto imaterial.
3-Aspectos Morais
·
O
homem é uma criatura moral. Com isto queremos dizer que ele é responsável pelas
suas ações. Isto é um dos sinais por que o homem se distingue da besta.
·
O
homem se constitui criatura moral por aquelas faculdades que o fazem
responsável pelas suas ações. Essas faculdades são três: Intelecto, consciência e vontade.
·
Intelecto- É a faculdade da percepção ou
pensamento. É o poder de o homem saber ou receber conhecimento. Sem isto o
homem não seria uma criatura moral. Isto está ensinado por Jesus em João 9:41.
·
Consciência - De um ponto de vista estritamente
psicológico a consciência não é considerada como uma faculdade separada.
·
Deste
ponto de vista as três faculdades são intelecto,
sensibilidade e vontade; sendo a consciência considerada como a ação
combinada dessas três faculdades dando ao homem um senso íntimo de sua
responsabilidade moral e julgando entre o bem e o mal.
·
Vontade -A vontade do homem está definida por
A. H. Strong como “o poder da alma de escolher entre motivos e dirigir sua
atividade subsequente de acordo com o motivo assim escolhido, em outras
palavras, o poder da alma de escolher tanto o fim como os meios de atingir o
escolhido”.
·
Diz o mesmo autor: “A escolha de um fim último
chamamos preferência imanente; a escolha dos meios chamamos volição (manifestação
da vontade) executiva”.
III IMORTALIDADE DO HOMEM
1-Morte
física
·
Nascemos, vivemos e morremos. E depois? Esta pergunta tem desafiado a
humanidade através da História do Mundo.
·
Nosso entendimento do que acontece após a morte influenciará muito a
maneira pela qual vivemos. Para aqueles que procuram agradar a Deus, é
importante saber o que ele revelou sobre este assunto.
·
Só por um estudo da Bíblia
podemos evitar os perigosos erros da sabedoria humana.
·
A morte é uma separação. Podemos entender este fato claramente,
considerando como a Bíblia descreve a morte espiritual.
·
Comecemos no livro de Gênesis,
onde encontramos pela primeira vez o conceito de morte.
·
Quando Deus disse a Adão que não comesse da árvore do conhecimento do
bem e do mal, ele revelou que a consequência da desobediência seria a morte no
mesmo dia do pecado (Gênesis 2:17).
·
Com certeza, Deus cumpriu sua promessa sobre a consequência do pecado,
porque ele sempre fala a verdade e nunca quebra uma promessa.
2-Razão da
Morte
·
O
entendimento correto do ensinamento Bíblico sobre a morte tem aplicação prática
em nossas vidas. Eis duas sugestões específicas sobre as aplicações que devemos
fazer:
Devemos
resistir às doutrinas e práticas que não são baseadas na Bíblia, incluindo:
– A ideia de que a existência termina com a morte
– As tentativas de comunicar com os mortos
– A doutrina do purgatório
– A doutrina da reencarnação
- Devemos viver de acordo com os ensinamentos da Bíblia, de modo que estejamos prontos, quando encontrarmos Jesus (Mateus 24:42-44; 2 Pedro 3:10-13).
– A ideia de que a existência termina com a morte
– As tentativas de comunicar com os mortos
– A doutrina do purgatório
– A doutrina da reencarnação
- Devemos viver de acordo com os ensinamentos da Bíblia, de modo que estejamos prontos, quando encontrarmos Jesus (Mateus 24:42-44; 2 Pedro 3:10-13).
3-Imortalidade
·
1
Coríntios 15.53-54 – Pois é necessário que aquilo que é corruptível se revista
de incorruptibilidade, e aquilo que é mortal, se revista de imortalidade.
·
Quando,
porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal,
de imortalidade, então se cumprirá a
palavra que está escrita: A morte foi destruída pela vitória! (NVI).
·
Paulo
ressalta o que vai acontecer não com todos os homens, mas especificamente com
os cristãos que estiverem vivos bem como os cristãos que já haviam morrido por
ocasião da segunda vinda de Cristo (vs.52), que é um evento designado para o
futuro.
Pr. Carlos Borges (CABB).
Nenhum comentário:
Postar um comentário