O Mar já não existe!
"E vi um novo céu e uma nova terra.
Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram e o mar já não
existe". Ap 21:1.
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O alvo e a expectativa final da fé da Igreja é de um novo mundo,
transformado e redimido, onde Cristo permanecerá com seu povo e a justiça
reinará em santa perfeição.
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O amoroso apóstolo João, tem o vislumbre de um futuro bem próximo onde
os Escolhidos do Senhor terão uma recompensa por todas as adversidades que
enfrentaram aqui neste tempo presente (Rm 8:18), ele observa atentamente a
visão de um novo céu e de uma nova terra na qual nunca havia visto antes, fico
a imaginar que visão maravilhosa teve nosso irmão João.
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Porém, o que me chama a atenção nesse episódio vivido pelo apóstolo, é
justamente o que ele (João) não viu, é a última parte do versículo supracitado
onde ele diz: "E O MAR JÁ NÃO EXISTE", Interessante não? fiquei a
meditar então na referência que João faz por não contemplar naquela visão o
MAR, a partir de então, Deus me fez entender a mensagem que João queria passar
para os leitores deste capítulo tão peculiar.
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Quando João enfatizou que O mar não existe entendi que alguns
significados importantes existem por traz desta frase.
MAR SIMBOLIZA: INQUIETAÇÃO, DÚVIDAS E SEPARAÇÃO
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O apóstolo do amor era um pescador por profissão (Mc 1:19,20), portanto
sabia muito bem lidar com o mar e as suas intempéries.
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Quantas madrugadas frias e
escuras não passou João nas águas geladas do mar da Galiléia exercendo seu
papel de pescador, porém, sabia ele o quanto era difícil lutar contra o vai e
vem das ondas, as cheias das marés e a dificuldade de pescar em um mar revolto
e Inquieto.
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João ao contemplar a visão, enfatiza que o Mar já não existe, entendo
que ele lembrou-se de quantas vezes teve que enfrentar águas agitadas,
tempestades com fortes ventos, a própria inquietação dos discípulos ao ver o
seu barco indo quase a pique e Jesus levantando-se na ocasião e repreendendo a
Inquietação do mar e a fúria do vento (Mc
4:35 ao 41), então, ele se depara com a visão dizendo: Eu ví um novo céu, e
uma nova terra, mas Mar eu não vi. oh glória.
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Quando chegarmos ao céu e desfrutarmos desta gloriosa visão que teve
João, não existirá mais Inquietação
alguma que nos tire a paz, a tranquilidade, a bonança, não viveremos mais
preocupados com o amanhã, nem com o que vai acontecer no futuro.
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Não haverá mais ansiedade que corrói a alma e nem frustrações que
dilaceram corações, mas, somente haverá alegria e gozo eternal, pois, O Mar já
não existe .
NÃO HAVERÁ MAIS DÚVIDAS
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Assim como Inquietação, o mar simboliza Dúvida, porquê?
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Porque todas as vezes que os discípulos levavam seus barcos para o mar
para a pesca, eles não sabiam o que iriam encontrar pela frente, simplesmente se
preparavam, colocavam suas redes no barco, seus acessórios de pesca e partiam
para mar alto no intuito de trazerem seu sustento, porém, não havia uma certeza
de pesca bem sucedida e quantas vezes eles voltaram para praia de mãos vazias
sem nenhum peixe em suas redes, lembremos que em uma ocasião Jesus manda os
discípulos voltarem ao mar alto e jogarem as redes, pois naquela madrugada não
haviam pescado nada, mas, segundo a palavra de Jesus, eles entraram novamente
no barco e obedeceram a palavra do Mestre, quando recolheram as redes haviam
muitos peixes que quase rompiam as redes (Mc 5:1 ao 11).
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Nosso dia a dia não é diferente, fazemos nossos deveres, tomamos
decisões, porém, em muitas situações encontramos dúvidas, faço ou não faço
prego ou não prego, canto ou não canto, e muitas outras interrogações que
invadem a nossa mente, quanto mar de dúvidas não enfrentamos no nosso dia a
dia, mas João nos anima afirmando com toda avidez, que quando chegar o grande
dia o Mar de Dúvidas não existirá, tudo será visível, esclarecedor, limpo,
claro e objetivo, não haverá mais SEPARAÇÃO , como existem nos mares aqui desta
terra, como por exemplo os OCEANOS ( Índico, Pacífico, Atlântico) que separam
os continentes e os povos , nações e etnias, mas na visão de João o Mar não
existe, então podemos afirmar segundo a Palavra que lá não haverá separação
alguma, Jesus disse:
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"Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele
será meu filho." ( Ap 21:7), estaremos então para sempre com Ele, veremos
seu rosto, e reinaremos com ele em glória para todo sempre, amém.
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Tenhamos a certeza que este glorioso dia está muito mais perto de nós,
do que quando aceitamos a fé, ora vem Senhor Jesus.
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Ao escrever o
apóstolo do amor as palavras: o mar já não existe, seu gozo deve ter sido
inexprimível, pois isolado como estava na ilha penal de Patmos, o mar só
tornava mais real a cruel separação e a solidão que lhe consumiam a alma. Mas
quando Deus refizer a Terra, tudo que lembre a triste história do pecado e da
tristeza será apagado.
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Na Terra feita nova não haverá fúria de
tempestades, praias juncadas de destroços, mas tão somente a calma paz da
eternidade. Não haverá apenas uma nova humanidade, mas uma nova geografia.
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Este presente
mundo tem muito mais água em sua superfície do que terra; com efeito, três
quintos da superfície da Terra estão cobertos por oceanos.
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Nos dias de Noé “irromperam-se as fontes do
grande abismo”. Gn. 7:11. Isto foi o que provocou o dilúvio, não meramente a
queda de chuvas.
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A Terra foi convulsionada, resultando em
tremendas mudanças físicas.
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Depois do
dilúvio, Deus disse: “Não tornarei mais a amaldiçoar a Terra por amor do
homem.” Gn. 8:21. O dilúvio foi a última maldição em virtude do pecado e
corrupção do homem.
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Por toda parte da
Terra acumulam-se evidências de uma vasta destruição pela água. Não somente
poderosos oceanos, mas enormes abismos e contorcidos estratos geológicos
permanecem como lápides tumulares de uma civilização sepultada.
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A Palavra de Deus diz: “Pereceu o mundo de
então, sendo sepultado pelas águas do dilúvio.” II Pedro 3:6.
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Somente a ação da água poderia depositar a
abundante vida marinha que se encontra hoje na forma de fósseis em montanhas
com 15 a 20 mil pés de altura. O mundo de hoje é, na verdade, um vasto
cemitério.
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Mas quando Deus
recriá-lo, não haverá mais “depósitos” a nos lembrar pecado e catástrofes.
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Assim como para
João o mar representava separação e solidão, para muitos o mar só lembra
tragédias e perdas envolvendo pessoas queridas. Contudo o plano de Deus é que
na Nova Terra não tenhamos mais que sofrer separações e tão pouco perdas, por
isso o mar não mais existirá.
Isaías 65 e 66
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As predições de Isaías 65 e 66 causaram problemas para os que buscam
aplicar à nova terra descrita em Apocalipse 21 e 22 as descrições que Isaías
faz da morte, do nascimento de meninos e da presença de cadáveres (Isa. 65:20,
23; 66:24).
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Estas dificuldades surgem se se ignora o fato da revelação progressiva
entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento.
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Como se descreveu na primeira parte, nos capítulos 3 e 4, Cristo e seus
apóstolos anunciaram que com Jesus começou o tempo dos antítipos (ver Mat.
12:6, 41, 42; Rom. 5:14, 15; 1 Cor. 15:22).
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Este conceito teológico denota que a consumação das esperanças de Israel
será imensamente maior que o que foi predito pelos profetas.
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O Novo Testamento proclama que Cristo Jesus é "fiador de um melhor
pacto" (Heb. 7:22). Isto significa que "Deus tinha já disposto algo
melhor para nós, de modo que não chegassem eles [os fiéis hebreus] sem nós à
perfeição" (11:40, BJ).
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Esta hermenêutica do evangelho não requer que Apocalipse 21 e 22 repitam
as restrições do velho pacto. A esperança cristã é melhor que a antiga
esperança de Israel.
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O Apocalipse declara que no
estado eterno não haverá barreiras étnicas ou raciais na Nova Jerusalém (ver
Apoc. 21:14), não haverá mais morte (20:14), não haverá pessoas ímpias nem
coisas impuras (19:20, 21; 21:27).
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Não haverá nenhuma das maldições
de Deus. Tudo será feito "novo" (21:5).
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As diferenças entre o panorama futuro que João apresenta e o panorama do
futuro de Isaías revelam a progressão da revelação divina. Para ter uma
investigação dos princípios de interpretação no Novo Testamento, ver também o
ensaio que sobre isto aparece no Comentário bíblico adventista, tomo 4, páginas
27-40.
Já Não Haverá Mais Mar
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Outro tema de interpretação é a notável declaração de João: "E o
mar já não existe" (Apoc. 21:1).
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Os comentadores tratam em forma detalhada se esta expressão deve
tomar-se de maneira literal ou simbólica. Para que esta predição tenha sentido,
precisamos recordar que o "mar" em Daniel e no Apocalipse é o símbolo
padrão do caos, do reino dos poderes ímpios e inquietos (Dan. 7 e Apoc. 13;
também Ezeq. 28:8; Isa. 57:20) e da morte (Apoc. 20:13). Henry B. Swete faz o
seguinte comentário:
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"O mar desapareceu, porque na mente do escritor está associado com
ideias que estão em desacordo com o caráter da nova criação".
Portanto, João assinala ao mar como o
"separador de nações e igrejas".
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Nesse sentido negativo, João nos assegura que já não haverá mais nenhum
"mar".
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A humanidade não necessitará ter nenhum temor à separação ou ao
levantamento do mal. Em Salmos 104:25 e 26 se menciona o "mar" como
uma parte da criação original de Deus em Gênesis 1:10, que permanece sob o
total domínio do Criador.
A Nova Jerusalém como a Esposa
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Outro problema aparente é causado pelo fato de que tanto a igreja
defeituosa como a Nova Jerusalém é chamada de a "esposa" de Cristo.
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João denominou a igreja que se
preparou para encontrar-se com Cristo, a "esposa" de Cristo (Apoc.
19:7).
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Depois o anjo declara que a
cidade é "a noiva, a esposa do Cordeiro" (21:9).
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Isto tem feito com que alguns intérpretes concluam que a Jerusalém
celestial e a igreja redimida de Cristo são uma e a mesma.
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De acordo com a lei judaica, uma mulher comprometida em matrimônio era
considerada como uma mulher casada que podia ser castigada por adultério.
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Isto explicaria por que o anjo chama à Nova Jerusalém ao mesmo tempo
"a noiva" e "a esposa" do Cordeiro (Apoc. 21:9).
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À luz do ensino apostólico, a identificação da igreja com a Nova
Jerusalém contém um ponto importante de verdade: a igreja na terra é uma com a
igreja no céu. Contudo, a distinção entre a comunidade terrestre e a celestial
não deve abolir-se.
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A Jerusalém celestial, como a cidade do Deus vivente, permanece como a
"mãe" da igreja sobre a terra (Gál. 4:26).
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Esta cidade celestial descerá do
céu, como Cristo prometeu à sua igreja em Apocalipse 3:12.
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O cumprimento desta promessa tem lugar à conclusão do milênio (Apoc.
21:2).
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Então, o fato de que à Nova Jerusalém seja chamada "a noiva, a
esposa do Cordeiro" (v. 9), indica que os santos estão todos dentro da
Nova Jerusalém, o que confirma o ensino de Cristo (João 14:1-3) e o do Paulo (1
Tes. 4:16, 17): que os santos serão levados ao céu por ocasião da segunda
vinda.
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Além disso, a Nova Jerusalém sobre a terra é descrita com detalhe em
Apocalipse 21:1-22:5. Tem o trono de Deus e do Cordeiro, e dela flui "o
rio puro da água da vida, claro como cristal". De um e do outro lado, na
praça, está a árvore da vida, que dá cada mês seu fruto (22:1, 2). Isto afirma
a realidade desta cidade.
Pr. Carlos Borges(CABB)
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