Rm 10.9-13
Introdução: Quem nunca ouviu as expressões “Tempo da
lei" e "Tempo da graça”? Ou então a afirmação: “Lei é o
Velho Testamento e Graça é o Novo Testamento da bíblia”? Ou ainda: “Lei
é o que vem de Moisés e Graça é o que vem a partir de Jesus, 2000 anos atrás”?
Ou quem sabe: “Evangelho é tudo o que se parece com Jesus e Lei é tudo o que
se parece com Moisés”? Mas particularmente discordo desse ponto, por não
ver coerência nessa dicotomia, afinal, sem a Graça não há revelação da Lei e
sem a Lei, não há necessidade de Graça para salvação.
I A FONTE DA JUSTIÇA
1- Justiça Promovida pela Lei
·
Temos inúmeras passagens no Velho Testamento,
nas quais se faz referência à justiça da Lei, e não à justiça da fé, mediante
nosso Senhor Jesus Cristo.
·
Nova
Aliança, apesar de serem também profetizadas em muitas passagens, citações
relativas a esta Justiça da Nova Aliança que é segundo a fé, e não segundo as
obras da Lei.
·
Ainda que não se exclua no Novo Testamento, a
exigência de um procedimento justo por parte do crente, não é, no entanto, tal
como no Velho Testamento, por tal meio, que o mesmo será considerado justo por
Deus, mas por causa da sua fé em Cristo.
·
Deus prometeu pelos profetas que Jesus seria a
justiça do crente.
·
É pela fé, na comunhão com Cristo que o crente é
justificado.
·
O coração do crente foi mudado de coração de
pedra para coração de carne, e assim, está habilitado pelo poder do Espírito
Santo que o regenerou, renovou e santificou, a cumprir os mandamentos de Deus,
andando na vereda da justiça.
·
Muitas das pessoas do Antigo Pacto, não eram pessoas de fé, e resistiam ao
Espírito Santo, de modo que mesmo quando declaravam que seriam obedientes aos
mandamentos, Deus sabia muito bem qual era a condição carnal de seus corações,
e isto lhes incapacitaria a guardarem devidamente os mandamentos que lhes
haviam sido dados no Monte Sinai.
2-A justiça que é pela fé
·
Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e
procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus. Rm
10:3.
·
Porque o
fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê. Rm 10:4.
·
Ora,
Moisés escreveu que o homem que praticar a justiça decorrente da lei viverá por
ela. Rm 10:5
·
Por isso, temos inúmeras passagens no Velho
Testamento, nas quais se faz referência à justiça da Lei, e não à justiça da
fé, mediante nosso Senhor Jesus Cristo na Nova Aliança, apesar de serem também profetizadas
em muitas passagens, citações relativas a esta Justiça da Nova Aliança que é
segundo a fé, e não segundo as obras da Lei.
·
Ainda que não se exclua no Novo Testamento, a
exigência de um procedimento justo por parte do crente, não é, no entanto, tal
como no Velho Testamento, por tal meio, que o mesmo será considerado justo por Deus,
mas por causa da sua fé em Cristo.
·
A primeira vez que vemos essa afirmação: “O
JUSTO VIVERÁ PELA FÉ” é em Habacuque 2:4. O contexto era de opressão e medo,
ilegalidade e imoralidade.
·
Os últimos quatro reis de Israel haviam sido
homens ímpios que rejeitaram a Deus e oprimiram seu próprio povo.
·
A
Babilônia tornava-se a maior potência mundial e Judá logo sentiria sua força
destrutiva.
·
“Pois não
me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo
aquele que crê primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus
se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.”
Romanos 1:16, 17.
3-Mensagem acessível
·
Deus está sempre acessível! Nenhum tempo ou
lugar nos separa da possibilidade de falar com o Senhor.
·
Para
encontrá-lo não há sala de espera em que tenhamos que passar horas angustiosas
de incerteza.
·
Uma visita ao médico muitas vezes exige
paciência.
·
Então
surge logo a pergunta: durante quanto tempo terei que esperar?
·
Quando
chegará a minha vez? É desse modo que ficamos sentados nas salas de espera.
·
Não é assim com Deus.
·
Com Ele, é bem simples – como está escrito em
Hebreus 10.22: "aproximemo-nos..." Devemos exclusivamente ao
nosso Senhor Jesus Cristo os termos esse acesso livre.
·
A chave para ele é a fé: "aproximemo-nos...,
em plena certeza de fé".
·
Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).
·
Sem fé,
obstruímos o caminho até Ele.
·
Sem fé, não percebemos o acesso livre.
·
Somente a visão de fé nos conduz com segurança
até Ele.
·
O aproximar-se dEle é ao mesmo tempo um passo de
fé.
·
Hebreus 4.16 nos exortam bem
concretamente: "Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a
fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião
oportuna.”.
·
Um grande problema entre nós cristãos é a
passividade e a indiferença.
·
Se não
dermos passos bem concretos de fé em direção a Ele, Deus não agirá.
·
Sem buscarmos conscientemente Sua presença, não
receberemos ajuda.
II O RECEBIMENTO DA JUSTIÇA
1-Dada através de Cristo
·
O
Apóstolo Paulo não se envergonhava do evangelho de Cristo.
· Ele testificava do evangelho.
· Contudo, uma das razões pelas quais
muitas pessoas sofrem, apesar de crerem em Jesus, é por causa dos seus pecados.
· É também em razão da sua ignorância no
reconhecimento da justiça de Deus.
· Nós podemos ser salvos pela crença na
justiça de Deus e abrindo mão de nossa própria justiça.
·
Por
que Paulo não se envergonhava do evangelho? Primeiro de tudo, porque a justiça
de Deus se revela no Evangelho.
· O evangelho, ‘euaggelion’ em
grego, significa ‘boas novas’.
· Quando Jesus Cristo nasceu em Belém, um
anjo de Deus apareceu e disse aos pastores que estavam tomando conta de seu
rebanho de noite, “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre
os homens, a quem ele quer bem” (Lucas 2:14).
· Foi uma boa notícia - ‘paz na terra
entre os homens’. O evangelho do Senhor nos salvou de todos os pecados e lavou
os pecados do mundo.
·
Jesus
lavou todos os nossos pecados. Ele próprio lavou todos os pecados daqueles que
se humilhavam como larvas na sujeira.
2-Concebida no Coração
· A
base para o capítulo 10 de Romanos já foi mencionada, no mesmo livro, em
9.30-33.
· A ênfase dada aqui está no tema da justiça e
na razão pela qual Israel não conseguiu obtê-la.
· Paulo
põe a responsabilidade da falta de retidão nos ombros de cada indivíduo. Ele
sabe que quando os pecadores são trazidos à presença da soberania divina, a sua
reação mais frequente é tentar se justificar, colocando a responsabilidade pelo
seu pecado em Deus.
· De
modo algum Paulo se desculpa pelo que disse sobre a soberania de Deus no
capítulo 9.
· Ele
não se aparta em momento algum da sua forte convicção de que Deus sempre agiu a
partir do princípio da eleição.
· Porém,
ele demonstra que Deus não é responsável pela condição decaída do incrédulo.
· O ser humano é o único responsável pelo seu
estado.
· Qualquer
tentativa de se ocultar atrás da soberania divina e da doutrina de eleição é
inútil, pois não há como se desculpar pelo pecado pessoal ou se olvidar(esquecer-se) dele.
·
A frase para
a salvação, mencionada aqui é a explicação do versículo 9. A condição para
justiça, para que alguém seja justificado, é a fé interior.
·
A condição
para a salvação, que significa a libertação da ira de Deus e do poder de
pecado, é a confissão externa (v. 1; 5.9,10), é o clamor pelo auxílio do Senhor
(v. 12,13).
3
- Disponível a todos
·
Paulo enfatiza a oferta universal de salvação. Aquele
termo usado nos versículos 11 e 13 significam todos. O versículo 12 explica que
esse termo inclui o judeu e o grego (os pagãos).
·
Se a salvação passou a estar disponível para
todo o mundo, Deus deve enviar os pregadores para que as pessoas possam ouvir o
evangelho e crer nele, atendendo à sua mensagem.
·
Todos. Refere-se a Israel. Nem todos os judeus
atenderão ao chamado e crerão em Cristo.
·
E preciso ouvir a palavra de Deus e crer nela.
·
Os israelitas ouviram o evangelho, mas se
mostraram um povo rebelde; apenas um remanescente creu nele e acolheu sua
mensagem.
·
Israel tinha zelo de Deus; exteriormente,
os israelitas eram muito religiosos.
·
Mas o seu
esforço não era acompanhado de entendimento.
·
Faltava a
eles uma compreensão correta do tipo de culto que Deus queria deles.
·
Paulo
explica a ignorância de Israel nos versículos Rm 10. 3- 13.
III
DEUS DESEJA SALVAR A TODOS
1-Necessidade da pregação
·
Deve-se pregar a palavra de Deus, e não as ideias
dos homens. Somente a palavra de Deus é suficiente para corrigir, repreender, e
exortar pessoas para salvação (veja 2 Timóteo 3:16-17).
·
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E
como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão se não há quem pregue?
E como pregarão se não forem enviados? “Como está escrito: Quão formosos os pés
dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas
coisas.” Romanos 10:14-15.
·
A fé vem em ouvir e por ouvir a palavra de Deus.
·
É por ouvir a palavra de Deus, o Evangelho de
Cristo que os homens são salvos dos seus pecados, tal como Paulo declarou no
princípio da sua Epistola aos Romanos: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo,
pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê;“.
·
Certamente que o Evangelho de Cristo contém o
poder de Deus para a salvação.
·
Porque
salva, trás o conhecimento do Salvador para os ouvidos de pecadores, que quando
despertados pelo Espírito Santo da morte e dos seus estados depravados são lhes
dados olhos para ver e ouvidos para ouvir.
·
Tendo recebido por Deus o dom da fé, eles são
então liberados a acreditar naquela palavra para salvação.
·
Certamente vemos que as escrituras ensinam que
todos os crentes são ministros.
·
Todos Cristãos são chamados a dar testemunho do
trabalho de Deus e de se edificarem uns aos outros no corpo de Cristo.
3-Israel Indesculpável
·
Os gentios atingiram a justiça; os judeus não
(9:30-33).
·
É irônico, porque os gentios não buscavam a
justiça, mas os judeus sim.
·
Por que a maioria dos judeus não atingiu a
justiça?
·
Eles buscavam-na por obras e não pela fé.
Eles tentaram obter a justiça por seu próprio empreendimento, sem confiar em
Deus.
Eles viam a lei como um meio de ganhar a salvação (veja Filipenses 3:9)
·
Eles tropeçaram em Cristo.
·
Devemos orar por aqueles que desejamos que sejam
salvos
Pr.Carlos Borges (CABB).
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