O COMBATE CONTRA O PECADO

1 Jo 3.4-8

Introdução: Não é incomum ouvir um irmão ou irmã se lamentando do padrão de exigência cobrado do crente. Parece que “todo mundo faz isso, e ninguém diz nada, mas basta o crente fazer qualquer coisa errada, e todo mundo começa a comentar e cobrar”. Embora isso pareça um tanto injusto, é natural que seja assim. Quem está nas trevas vive e pratica aquilo que lhe é próprio sem nada lhe ser cobrado, pois as man­chas não são vistas nas trevas, mas quem se chega para a luz tem sua vida exposta diante da luz do evangelho de Cristo. Quando as obras são más, é natural que se prefiram as trevas “a fim de não serem arguidas as suas obras”, mas “quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus”.

I O PECADO

1- O que é

·        Pecado- Pecado é qualquer ato, sentimento ou pensamento que vai contra os padrões de Deus.

·         Quem peca desrespeita as leis divinas, fazendo o que é errado ou injusto do ponto de vista de Deus. (1 João 3:4;  5:17).

·         A Bíblia também fala sobre o pecado da omissão, ou seja, deixar de fazer o que é certo. — Tiago 4:17.

·        Nos idiomas originais da Bíblia, as palavras traduzidas “pecado” significam “errar um alvo”.

·        Por exemplo, no Israel antigo, um grupo de soldados era tão experiente em arremesso de pedras que eles atiravam “sem errar”, ou, numa tradução literal, “sem pecar”.

·         Assim, pecar é errar o alvo dos padrões perfeitos de Deus.

·        Como Criador Deus tem o direito de determinar padrões para os humanos.

·        Temos de prestar contas a ele por nossas ações. — Romanos 14:12.

·        Cristo será o juiz e diante Dele ficaremos de pé para sermos julgados individualmente (num tribunal de justiça humana o condenado fica de pé para ouvir sua sentença).

2-Origem

·        A Bíblia não explica em detalhes a origem do pecado, mas nos informa como ele entrou na humanidade e nos fornece alguns detalhes importantes acerca de sua existência antes de atingir o homem. 

·        Quando Adão e Eva pecaram no Éden, o pecado já existia, ou seja, a queda do homem não marcou o início da existência do pecado no Universo, mas apenas sua entrada no mundo físico com sua origem na humanidade.

·        Obviamente que quando se fala na origem do pecado, naturalmente se está discutindo a própria origem do mal filosófico, isto é, o mal moral.

·         Logo, a primeira coisa que precisamos considerar quando falamos sobre a origem do pecado é que Deus não é o seu autor.

·         A Bíblia é muito clara ao afirmar que Deus não tenta a ninguém para fazer o mal (Tiago 1:13).

·        Deus não é o autor do pecado de ninguém.

·        Alguns podem cair na hora da tentação.

·        A culpa da sua má conduta repousa inteiramente sobre si mesmo.

·        Não há nada na natureza de Deus que eles possam culpar.

·        Ele não pode promover o que é repugnante à Sua natureza.

·        É muito ruim pecar, mas pior é quando erramos e colocamos a culpa em Deus.

3- Poder

·        “Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” (1Co 15:56).

·        A morte tinha o poder de ferir.

·        Isso lhe dava o veneno para os seus dardos; isso e tão somente isso, dá poder à morte para ferir e matar.

·        O pecado não perdoado, e nada mais, pode manter alguém sob o poder dela.

·        A força do pecado é a lei, é a ameaça divina contra os transgressores da lei, a maldição ali denunciada que dá poder ao pecado.

·        O pecado é o pai da morte, e lhe fornece todo o seu poder destruidor.

·        Por um homem o pecado entrou no mundo e a morte pelo pecado (Rm 5.12).

·        Cristo ao morrer, tirou esse agulhão.

·        A força do pecado é a lei; mas a maldição da lei foi removida quando o nosso Redentor (Jesus) se tornou maldição por nós.

·        O pecado foi destituído de sua força e de seu aguilhão por Cristo, isto,é, por Sua encarnação, sofrimento e morte.

·        A morte pode pegar um cristão, mas não pode feri-lo, não pode mantê-lo sob seu poder.

II O COMBATE

1-Contra o Mundo

·        Você pode vencer o pecado com a ajuda de Jesus.

·        Por causa de Jesus, é possível ficar livre do pecado e viver de forma diferente.

·        A Bíblia dá conselhos práticos para vencer o pecado.

·        A Bíblia diz que o pecado escraviza (Romanos 7:21-23).

·        É por isso que é tão difícil vencer o pecado.

·         Mas Jesus veio para nos libertar dessa escravidão.

·        Com sua vida, morte e ressurreição, Jesus mostrou que é possível vencer o pecado e viver de forma diferente.

·        Sozinhos, não conseguimos, mas com Jesus podemos vencer!  

2-Contra a Carne

·        Existe uma luta interior em cada ser humano entre a carne e o espírito.

·         A carne deseja coisas temporais e humanas muitas vezes destrutíveis se não forem comedidas.

·         O espírito almeja o que é invisível e espiritual.

·        Ter consciência desta luta interior é imprescindível para quem deseja servir a Deus.

·        Se vivermos no espírito temos vida e paz, mas se vivermos na carne, a consequência é a morte (Romanos 8.5-11).

·         Por que essa luta parece maior na vida de um cristão?

·         Por que a pessoa do mundo se conforma em satisfazer os desejos da carne e o crente que não aceita isso então começa uma batalha, entre a “carne” e o “espírito”.

·        Para vencer esta batalha, precisamos saber com clareza o que é obra da carne e o que é fruto do Espírito (Gálatas 5.19-23) e alimentar o nosso espírito para que seja fortalecido e vença as paixões da carne.

·         Jesus disse que “... a carne é fraca” (Mc 14.38).

3-Contra o Diabo

·        SATANÁS está lutando contra os ungidos que estão na Terra e contra as “outras ovelhas”.

·         (João 10:16)

·        O tempo do Diabo está acabando.

·        Por isso, ele quer destruir a fé dos servos de Deus.

·        Ele quer afastar de Deus o maior número de pessoas.

·        Mas nós podemos vencer a luta contra Satanás, pois a Bíblia diz: “Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós- Tiago 4:7”.

·        Por que Satanás gosta quando as pessoas pensam que ele não existe?

·        Muitos dão risada quando dizemos que Satanás é um espírito real.

·        Para eles, Satanás e os demônios são apenas personagens de livros, filmes de terror e videogames.

·        Mas nós servimos a Deus e não nos deixamos enganar.

·         Nós sabemos que o Diabo é um espírito das trevas e que é real.

·        Como sabemos disso? A Bíblia conta que Satanás falou com Eva, usando uma estratégia de incorporação em uma serpente.

·        Em outra ocasião, ele conversou com Deus, duvidando do amor de Jó por Deus. (Jó 1:9-12).

·         Satanás também tentou Jesus. (Mateus 4:1-10).

·        Satanás é muito orgulhoso.

·         Esse anjo mau até desafiou o direito de Deus governar.

·        Ele queria que as outras criaturas parassem de adorar a Deus e começassem a adorar a ele.

·         Por isso, ele é o maior exemplo de alguém ORGULHOSO e ATREVIDO.

III O PREÇO

1-Arrependimento

·        No passado, antes do pleno conhecimento de Deus à raça humana através de Jesus Cristo, Deus deixou impune a ignorância humana quanto à sua Pessoa, bem como boa parte do pecado humano (cf. Rm 3.25).

·        Agora, com a plena e perfeita revelação de Deus através da vinda de Cristo, a Palavra de Deus ordena a todos que se arrependam e creiam em Jesus como seu Senhor e Salvador.

·         Não haverá exceção, pois Deus não tolerará os pecados de quem quer que seja.

·         Todos devem abandonar seus pecados, ou serão condenados. O arrependimento está bem claro, é essencial à salvação (ver Mt 3.2 nota).

·        Ato de afastar-se do pecado, da desobediência e da rebeldia, voltando-se para Deus (Mt. 9.13; Lc 5.32).

·        Em uma acepção mais geral, arrependimento significa mudança de mentalidade (Gn 6.6-7) ou um sentimento de remorso ou de pesar por um comportamento passado (Mt 27.3).

·        O verdadeiro arrependimento envolve um ato de “contrição divina” pelo pecado, uma mudança de atitude, tomando uma direção totalmente oposta.

·         Esse tipo de arrependimento leva a uma mudança fundamental do relacionamento de uma pessoa com Deus.

2-Renuncia

·        Uma grande parte do material cristão que temos disponível hoje se refere à autoajuda.

·         Pouco tem se falado em morrer, negar suas vontades ou aprender a abrir mão dos seus próprios interesses.

·         Sendo assim, a cruz de Cristo tem permanecido distante dos cristãos, mas é preciso entender que a cruz de Cristo é indispensável para todos que realmente desejam se tornar discípulos de Jesus, no Lc 14. 26,27 Jesus disse: ....se alguém...

·        Conforme está escrito João 3.2 Nicodemos foi ao encontro de Jesus à noite.

·        A pergunta que é possível fazer é: Por quê?

·        É possível compreender a partir do que está escrito em João 12:42-43 que Nicodemos poderia ter medo do que os fariseus diriam e fariam se o encontrassem conversando com aquele carpinteiro, não por Ele ser um carpinteiro, mas pelo perigo que oferecia à autoridade do Sinédrio pelos sinais que fazia.

·        Muitos fariseus, incluindo Nicodemos, não confessavam que criam em Jesus por que amavam mais a posição e o reconhecimento que tinham perante a sociedade judaica, e não queriam perder esse prestígio dos homens.

 3-Valor

·        Um homem não pode ser discípulo de Cristo se não amar a Cristo mais que qualquer coisa nesse mundo.

·        Embora os discípulos de Cristo não sejam todos crucificados, ainda assim carregam suas cruzes.

·        Eles devem estar contentes, mesmo quando blasfemam contra seu nome e são cheios de infâmia e vergonha.

·        Todo homem ama a própria vida, mas não podemos ser discípulo de Cristo se não o amarmos mais do que nossa própria vida.  

Pr. Carlos Borges (CABB)