segunda-feira, 30 de abril de 2018

SALVAÇÃO E TESTEMUNHO ATÉ NA HORA DA MORTE



Lc 23.40-43
Introdução: É possível alguém ser salvo caso aceite a Cristo na hora da morte? Essa questão perturba muitas pessoas e divide opiniões, mas nós que servimos a Deus sabemos que para questões de tão grande importância a palavra final sempre deve ser a da Bíblia Sagrada. O texto bíblico que melhor comprova que é possível haver salvação para quem aceita a Jesus no leito da morte é justamente o texto que narra sobre a crucificação de Jesus. Somos informados que ao lado de Jesus havia um ladrão, que percebeu que Jesus era, de fato, o salvador. Esse homem pediu ao Senhor que lhe desse salvação e Jesus lhe deu uma palavra de garantia: AINDA HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO (Lucas 23.39-43).

I SALVAÇÃO NA MORTE
1- Um homem perverso
·        A história deste ladrão perdoado nos mostra a bondade de Deus que sempre se revela quando há arrependimento.
·         O arrependimento é aquela decisão que nos leva a agir de modo diferente ao modo errado que vivíamos antes.
·         Mas se arrependimento é uma ação diferente daquela que um dia agimos, como pode haver salvação se o arrependimento ocorre pouco ante de uma pessoa morrer?
·         A questão é que Deus olha para o coração das pessoas e quando há arrependimento verdadeiro Deus sabe.
·        Ao olhar para uma pessoa arrependida Deus sabe que se Ele lhe desse mais uma chance, aquela pessoa faria as coisas de um modo diferente.
·        Veja como Deus é misericordioso, a palavra MISERICÓRDIA vem de duas outras palavras: MISÉRIA E CARDIA.
·         Miséria é a nossa condição sem Deus, somos pobres de fé, de salvação e de santidade; cárdia é a palavra usada para se referi ao coração que é o centro dos nossos sentimentos.
·         A misericórdia é o que leva Deus a sentir as nossas misérias e se colocar como solução para elas.
·        Salvação é resultado de atitudes interiores que podem ser tomadas até mesmo na hora da morte: 1-Fé –Jo 3.16 ; 2 – Arrependimento –At 3.19; 3 – Confissão 1 Jo 1.19.

2-Um homem Moribundo
·        Este homem era um transgressor das leis, não há relato da sua vida pregressa, a única informação bíblica sobre esse homem, é que ele foi crucificado junto com Jesus.
·        Aquele ladrão estava prestes a morrer, mas voltou-se a Cristo em busca de perdão, e Ele o aceitou.
·        Isto demonstra que as nossas obras não nos salva: e sim a nossa fé em Cristo.
·        Nunca é tarde demais para nos voltarmos a Deus.
·        Mesmo em meio à aflição, Jesus teve misericórdia daquele criminoso que decidiu crer nEle.
·        Nossa vida será muita útil e feliz se voltarmos rapidamente para a Deus!
·        Mesmo aquele que se arrepende no último momento de sua vida estará com o Senhor (Jesus Cristo) no Paraíso.
·        O criminoso que estava prestes a morrer teve mais fé do que os demais seguidores de Jesus.
·        Como é inspiradora a fé daquele ladrão que sozinho foi capaz de enxergar, além da vergonha presente, a glória vindoura.

3- Um homem arrependido
·        Acho que não é necessário eu dizer que ninguém deve usar o pretexto de que quando ela chegar perto da morte se converterá a Deus.
·        Conhecendo o coração e vendo que a pessoa está tentando cometer uma “fraude” ou enganá-Lo considerará tal atitude como uma blasfêmia digna de condenação eterna.
·        Além disse há também outro risco que é o de a pessoa sofrer uma morte súbita sendo por essa razão incapacitada de tomar qualquer decisão na hora da morte.
·        Embora seja possível que uma pessoa seja salva mesmo aceitando o Salvador na hora da morte, não é sensato ninguém deixar para tomar a decisão mais importante da sua vida em horas tão inseguras.
·        Sabemos que qualquer pessoa pode forjar uma confissão, mas ninguém pode fingir um arrependimento, pelo menos não para Deus! (Eclesiastes 12.12-14/Hebreus 4.12-13).
·        Um dos primeiros passos para quem deseja andar nos caminhos do Senhor é o arrependimento.
·        O verdadeiro arrependimento sempre resulta numa atitude diante de Deus. (Romanos 12:1-2).
II INCREDULIDADE NA MORTE
1-Dois Malfeitores
·        Um dos primeiros passos para quem deseja andar nos caminhos do Senhor é o arrependimento.
·        Através do arrependimento genuíno é que a verdadeira conversão surge e não um mero convencimento de mente.
·        O verdadeiro arrependimento sempre resulta numa atitude diante de Deus. (Rm 12.1,2).
·        O livro de Ezequiel 33 diz: Todavia se advertires o ímpio do seu caminho, para que ele se converta, e ele não se com verter do seu caminho, morrerá ele na sua iniquidade; tu, porém, terás livrado a tua alma. Demais, quando eu também disser ao ímpio: Certamente morrerás; se ele se converter do seu pecado, e praticar a retidão se esse ímpio restituir o penhor devolver o que ele tinha furtado, e andar nos estatutos da vida, não praticando a iniquidade, certamente viverá, não morrerá. Nenhum de todos os seus pecados que cometeu será lembrado contra ele; praticou a retidão e a justiça, certamente viverá (Ez 33.9-14-16).
·        Como vimos, a conversão genuína depende de uma ação de fé pratica de quem ouve.
·        Neste versículo citado acima mostra que a pratica da retidão, ou seja, de uma vida reta e integra são fatores fundamentais para o arrependimento.
·        A prática de retidão se evidencia com o abandono da prática errada e o desejo de viver uma nova vida segundo os princípios de Deus.
·        Os dois malfeitores da Cruz nos trás a uma lição pratica: O malfeitor que se arrependeu, retrata as pessoas que mesmo fazendo coisas erradas em sua vida, mas, que no último momento se arrepende e obtém a salvação. A outra situação é o malfeitor que não se arrependeu, e ainda escarneceu de Jesus. Retrata as pessoas que não aceitam Jesus em seus leitos de morte e ainda fazem escarnio dEle e de seus servos que vão lhe dar a última oportunidade de salvação.

2 - Ladrão Presunçoso
·        Nos seus últimos momentos de vida, este malfeitor teve a chance de ter um encontro com Jesus, de mudar sua vida mesmo nos últimos segundos.
·        A parte mais triste da história deste ladrão, é que ele se perdeu, tendo a salvação ao alcance de suas mãos, bem ao seu lado.
·        Tão perto de Jesus e da salvação, mas ainda assim, totalmente perdido. Ao invés de aproveitar sua última chance, preferiu se juntar aos escarnecedores, pondo Jesus á prova.
·        E dizia: “Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós.”.
·        Provavelmente estava tomado de raiva, ódio e com o coração petrificado.
·        A única coisa que o impediu de ser salvo foi ele mesmo.
·        Para se chegar a Jesus é preciso abrir o coração sem nenhum questionamento.
·        Este ladrão representa todos os que buscam alcançar sua salvação por esforços pessoais.
·        Todos os que rejeitam a salvação.
·        Nesta cruz estão aqueles que como as autoridades, dizem “Salvou aos outros; que se salve a si mesmo”.
·        Representa todos os que, como o soldado, dizem: “Se tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo”. Na cruz da rejeição estão aqueles  que como o ladrão, dizem:” Não és tu o Cristo?.
·        “Salva-te a ti mesmo e a nós também”. Todos aqueles que buscam a salvação pelos seus próprios esforços, estão nesta cruz, e esse ladrão os representa perfeitamente.

3-Salvação Rejeitada
·        João diz que o Verbo/Palavra “veio para o que era seu, mas os seus não o receberam (Jo 1.11), isto, é, Jesus não foi aceito como o Messias por Seus compatriotas judeus”.
·        “Contudo, aos que o receberam aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornaram filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne, nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus” (Jo 1.12,13).
·        O que vai evidenciar nossa salvação e comprovar que a fé que temos em Cristo é genuína será o nosso arrependimento (At 3.19; At 26.20) e a nossa obediência (Hb 5.9; Jo 14.23).
·        É a decisão em abandonar o pecado (Hb 12.1-4; Rm 8.5-8), seguida pela transformação de vida (Rm 12.2), pela perseverança ao enfrentar adversidades (Tg 1.2-4; 1Pe 1.3-9).

III TESTEMUNHO NA MORTE
1-A fé Testemunhada
·        “Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não prazer nele” (Hb 10.38).
·        Ela demonstra que Abraão, Isaque e Jacó tinham uma promessa de Deus, porém, morreram sem alcança-las “todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas”; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra (Hb 11.13).
·        O escritor aos Hebreus também demonstra que muitos tiveram uma vida vitoriosa. Ex: Moisés, Raab, Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e alguns profetas são exemplos de fé, pois venceram as adversidades confiados em Deus e alcançaram livramento conforme as promessas de Deus ainda em vida (Hb 11.32-34).
·        Do mesmo modo, ou seja, pela fé, muitos outros experimentaram a morte, a tortura, o escárnio, os açoites, as prisões, o apedrejamento, foram serrados, mortos à espada, outros eram necessitados, aflitos, maltratados, etc.. O que demonstra que, muitos, embora crendo, não alcançaram livramento das agruras deste mundo.

2- O senso do Pecado
·        Todo pecado na Bíblia é tratado como sendo um ato em desacordo com a vontade soberana de Deus.
·        Todo pecado é considerado como um ato de ofensa a Deus e leva à morte, independente se é um assassinato ou uma mentira, uma ofensa verbal ou uma agressão física: “Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá a luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte (Tg 1.15)”.
·        Essa morte é a morte espiritual, a distância de Deus, conforme nos ensina também Isaías 59.2.
·        Dai a necessidade de sermos perdoados por Deus e dos nossos pecados (1 Jo 1.9).
·        Sob essa ótica específica podemos perceber que todos os pecados são iguais perante Deus.

3-amor pelo Próximo
·        O amor não deve ser apenas professado, deve ser demonstrado.
·        Deus provou seu amor enviando Cristo; Ele não apenas disse que amava, antes, Ele agiu. Essa lógica deve ser aplicada a nós.
·        Podemos e devemos falar de amor, entretanto, nossas ações devem acompanhar nossas palavras.
·        O comentarista John Gill faz uma pertinente consideração. Assim ele escreveu: “É legitimo e bom expressarmos nosso amor uns aos outros, e a todos, em palavras, empregar boas palavras e linguagem cortês, falando de maneira afetuosa, especialmente aos que estão aflitos; mas não devemos ficar somente nisso, pois de nada adiantará dizer aos necessitados, “ides e fartai-vos” e não lhes darmos nada além de palavras”.

Pr. Carlos Borges (CABB)

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