quarta-feira, 4 de abril de 2018

FRACOS E FORTES NA FÉ


Rm 14.10-13
 “Não to mandei Eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que andares.” Josué 1.9. Deus mandou que Josué fosse forte e corajoso. Josué não deveria temer nem se espantar, porque o Senhor estaria com ele em todos os lugares e situações. Essa mesma ordem é dada a todo aquele que se dispõe a servi-lo. Tão importante que, por três vezes consecutivas, o Senhor ordenou a Josué ser forte e corajoso. A conquista da Terra Prometida exigia firmeza de caráter e determinação. Assim também é nos dias de hoje.

I RELACIONAMENTO DE FÉ (Rm 14.1)
1-Acolhei os fracos na fé
·        Quem é fraco na fé?
·        Todos nós somos fracos em alguma coisa, e fortes em outras.
·        Nossa fé será forte em determinada área se pudermos sobreviver aos contatos com pessoas mundanas sem nos deixar envolver pelos padrões delas; e será fraca em outras se tivermos de evitar certas atividades, pessoas  ou lugares, a fim de proteger nossa vida espiritual.
·        É importante fazermos uma avaliação, para descobrir nossos pontos fortes e fracos.
·        Devemos perguntar-nos “Será que posso fazer isso sem pecar?”
·        “Posso influenciar os outros para o bem sem me deixar influenciar pelo mal”?
·        Na área em que somos fortes, não devemos ter receio de ser pervertidos pelo mundo, devemos servir a Deus.
·        Nas áreas em que somos fracos precisamos ser cautelosos.
·        Se tivermos uma sólida fé, mas a escondermos, não será possível fazer a obra de Cristo nesse mundo, se expressarmos uma fé  débil, seremos extremamente tolos.

2- Divisão por comida ( Rm 14.2)
·        Os crentes em Roma estavam sofrendo uma forte influência de uma corrente filosófica que pregava que restrição alimentar, em nossos dias essa corrente ainda existe.
·        Ainda hoje, encontramos algo semelhante, quando encontramos alguns irmãos sob orientação espiritual para não comer  carne e sim vegetais.
·        A expressão “um crê que tudo pode comer”, pode ser  uma alusão ao cristão  que está livre de restrições  alimentares, que comiam “carnes” mesmo a que fosse  oferecida aos ídolos.
·        Entretanto, as pessoas mais fracas na fé talvez comessem apenas vegetais, recusando-se a comer aquela carne.
·        Mas como os cristãos chegaram ao ponto de comerem carne oferecida a ídolos?
·        O sistema sacrificial fazia parte da vida religiosa, social e domestica do mundo romano.
·        Depois que um sacrifício havia sido oferecido a um deus em um templo pagão, somente parte dele era queimado.
·        Muitas vezes, o restante era enviado ao mercado para ser vendido.
·        Desse modo, um cristão poderia facilmente e involuntariamente comprar essa carne no mercado ou come-la na casa de um amigo.
3-Senhor de vivos e mortos. ( Rm 14.7-9)
·        A função da nossa vida não é agradar a nós mesmos, mas agradar a Deus.
·        Não vivemos para nós mesmo, nem morremos para nós mesmos
·        Cristo é o cabeça de todas as coisas da Igreja.
·        Ele é o Senhor para governar os vivos, e para receber os mortos e ressuscitá-los.
·        "Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor. Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos." Rom. 14: 7-9.
·        Saber que não somos donos de nada nessa vida nos faz ter consciência de que somos todos iguais.
·         Não importa a conta no banco.
·        Não importa a ideia de tentar conservar a vida em outro planeta ou perpetuar a espécie em laboratório - "nenhum de nós vive ou morre para si."
·        Para o Senhor vivemos e morremos.
·         Ele está no controle de tudo.
·         Vivendo ou morrendo, somos do Senhor.
·        Isso leva a uma certeza, não adianta querer fugir dos propósitos do Senhor.
·        Ele colocou um GPS em cada um de nós.
·         Ele segue nossos passos.
·        Sabe quantas curvas fazemos na direção do nosso carro e quantas palavras de bênção e maldição falamos ao dia.

II BOM CONVÍVIO NA FÉ
1-Porque julgas teu irmão?
·        Quando se fala em julgar, qual é a primeira frase de que você lembra? Provavelmente, seja esta "não julgue para não ser julgado".
·        Essa frase é uma verdade bíblica, porém as pessoas aprenderam o significado dessa passagem de forma errada e repetem isso religiosamente para justificar suas atitudes erradas de forma que ninguém possa corrigi-las.
·        O mau hábito das pessoas em relação à Palavra de Deus é ler versículos e analisados individualmente ou fora de contexto, sendo que devemos analisar a Bíblia em sua totalidade.
·        A frase "não julgue para não ser julgado" baseia-me nos versículos de Mateus 7:1-2, em que o Senhor Jesus ensina a multidão e os discípulos.
·        Jesus falou sobre a atitude de apontar defeitos em uma pessoa a partir de sua própria opinião sem reconhecer os seus próprios erros.
·        Ninguém gosta de ser corrigido, pois isso não produz boas emoções ou bons sentimentos, ou seja, não agrada a alma.
·         Porém, o Senhor nos ensina em Sua Palavra que aquele que aceita a repreensão é sábio e prudente.

2- Tribunal de Cristo (Ap 20.11-15)
·        Contemplamos o trono e tribunal do julgamento, grande e branco, muito glorioso e perfeitamente justo e reto.
·        Com o surgimento do juiz, que é Jesus Cristo, ocorre a dissolução de toda a estrutura da natureza.
·        Novos e velhos, baixos e altos pobres e ricos.
·        Ninguém é tão mau que não tenha algum talento para apresentar, e ninguém é tão grandioso para evitar a jurisdição desse tribunal, não somente os que forem achados vivos na vinda de Cristo, mas todos os que morreram antes.
·        Vai haver a abertura dos livros: Que livros?
·        Os livros da ONISCIÊNCIA de Deu, que é maior do que a nossa consciência e sabe de todas as coisas (existe um livro da lembrança  com ele, tanto do bem como do mal); o livro da CONSCIÊNCIA  DOS PECADORES, que, embora anteriormente  fosse secreto, agora é aberto.
·        Tem o LIVRO DA VIDA: Outro Livro será aberto – o livro das ESCRITURAS o livro do estatuto do céu, a regra  da vida.
·        Este livro é aberto  e contém os critérios pelos quais os corações  e vidas serão julgados.
·        Pelas suas obras, os homens serão justificados ou condenados.
·        Deus julgará seus princípios e suas práticas.  
·        Não será nossa arte dramática e nossa capacidade de representar e fingir que estará sendo avaliada quando estivermos diante do Tribunal de Cristo, mas a verdadeira disposição de nosso coração.
·         Tudo o que um cristão possui na vida é dom de Deus.
·         E quanto mais recebemos, mais teremos de prestar contas quando estivermos diante de Cristo.
·        O parâmetro não é termos sido muito admirados pelos nossos dons, mas a apreciação e seu louvor para o que fizemos em vida, mas se fizemos o uso correto e adequado, de coração sincero, de tudo aquilo que o Senhor nos concedeu.
·        Um lutador, para voltar ao exemplo usado por Paulo, não irá se embriagar ou exagerar na comida pouco antes da luta.
·        Ele se absterá do que lhe faz mal e priorizará uma alimentação saudável. Por que não fazemos igual? Abstinência. De quê?
·        Das coisas sem valor, que só pesam e atrapalham – é ficar longe do pecado, que impede uma vida de santificação. No lugar delas, vamos nos alimentar de comida boa, espiritualmente saudável.

3- Pedra de tropeço (Rm 14.13)
·        Em vez de censuramos as praticas dos outros, olhemos para a nossa maneira de viver.
·        Devemos ter cuidado para não dizer nem fazer algo que venha a causar o Tropeço ou queda de nosso irmão.
·        Não devemos ofender entristecer nem desanimar a fé uns dos outros ou e a confiança em Cristo.
·        Se as nossas ações fazem nosso irmão ficar entristecido, então desobedecemos à lei régia do amor e da caridade cristã ( que é o amor em ação).
·        Paulo, de certa forma, condena o defeito no amor mais do que o defeito no conhecimento.
·        O verdadeiro amor nos faria sensível à paz  e pureza  dos outros, geraria uma consideração pela consciência deles assim como pela nossa.
·        Não devemos usar o nosso conhecimento e a nossa força de tal maneira a dar oportunidade para que os outros nos chame de presunçoso, desorientado e desobediente à lei de Deus.
·        Devemos buscar a paz mútua.
·        Não podemos edificar, ou ajudar o outro a crescer enquanto estamos discutindo e sendo contencioso.
III MATURIDADE CRISTÃ
1-Reino e Tradição (Rm 14.17)
·        O crescimento quantitativo é ruim? Não.
·         Mais do que isso, ele é desejável e necessário.
·        Mas, um crescimento que é apenas numérico é ruim, pois ele carece de uma dimensão qualitativa para ser saudável. De acordo com John Stott, ao analisarmos o cenário cristão mundial, nos dias atuais, precisamos ter cuidado com nossa propensão ao triunfalismo, pois “na maioria dos casos trata-se de crescimento sem profundidade” (pp. 33).
·         Fazendo uma rápida comparação, seria como construirmos uma represa com uma largura de milhares de quilômetros quadrados, mas com uma profundidade de algumas dezenas de centímetros.
·        Baseando-se no pensamento do apóstolo Paulo, ele procura destacar passos simples, mas consistentes, que podem nos sustentar no caminho da maturidade espiritual, gerando um discipulado radicado na confiança e obediência a Cristo.
·        A doutrina sobre a graça e a fé... é a parte principal do Evangelho, e deve existir e ter eminência na Igreja  acima de tudo, a fim de se reconhecer bem  o mérito de Cristo, e para que a fé, que crê serem os pecados perdoados por causa de Cristo.
·        Essa é a razão porque Paulo se aplica ao máximo em Rm 14.17, nesse artigo, remove a Lei e as tradições humanas, a fim de mostrar que a justiça cristã é algo diverso de obra dessa natureza.

2-Edificação Mútua
·        Edificação é o funcionamento de fazer desenvolver, crescer ou de amadurecer.
·        Devemos nos edificar na santíssima fé que temos em Deus, orando no Espírito Santo.
·        Sempre quando formos edificados espiritualmente, crescemos e ficamos mais maduros.
·        Precisamos nos manter no amor de Deus, enquanto esperamos que a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo nos leve para a vida eterna, que é a nossa maior riqueza que nos aguarda no céu.
·        Efésios 4:29 – “Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem”.
·        1 Tessalonicenses 5:11 – “Por isso, exortem-se e edifiquem-se uns aos outros, como de fato vocês estão fazendo”


3- Por uma fé madura
·        Em qualquer igreja onde não há um processo que leve as pessoas ao amadurecimento, a carnalidade irá dominar.
·        Individualmente também, mas, enquanto o Corpo de Cristo que é a Igreja que tem um (amadurecimento).
·         É claro que cada pessoa tem a responsabilidade de buscar o seu crescimento comportamento carnal revela a fraqueza espiritual em que vive. Por que isso acontece?
·        Ser “adulto no entendimento” depende do amadurecimento espiritual que, por sua vez, precisa de uma base espiritual sólida, como falamos.
·        Esta base se equilibra em três pilares: Idade (tempo de existência); Experiência vivida (prática da Verdade); Treinamento (ensino certo).
·        Por mais que a pessoa tenha uma idade adulta (tempo de existência), treinamento (ensino) e experiência vivida (prática da Verdade), se a base não for construída na ORAÇÃO e no ESTUDO DA PALAVRA DE DEUS, o “tripé” do amadurecimento não será sustentado!
·        O nosso espírito precisa de COMUNHÃO COM DEUS!
·        Só a IDADE não é sinônimo de amadurecimento; só a EXPERIÊNCIA VIVIDA não é sinônimo de amadurecimento; só o TREINAMENTO não irá garantir o amadurecimento.
·        É preciso que os 4 fatores trabalhem interagindo para o amadurecimento.

AMADURECIMENTO: 3 PILARES: IDADE, EXPERIÊNCIA E TREINAMENTO. BASE: ORAÇÃO E ESTUDO BÍBLICO.

Pr. Carlos Borges(CABB).


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