Ef. 3.4-8
Introdução: Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um
considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é
propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que
haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em
forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas esvaziou-se a si
mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na
forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de
cruz.
I HUMILDADE PESSOAL
1-O Menor de
todos
·       
Quando Paulo faz sua própria descrição como sendo “o mínimo de todos os santos”, ele quer dizer que sem a ajuda de Deus
nunca seria capaz de realizar a obra do Senhor.
·       
No entanto, Deus o escolheu para partilhar o evangelho com os gentios e
deu-lhe o poder necessário para fazê-lo. 
·       
Podemos estar certos se crermos que o nosso papel é pequeno – porém estamos
certo de que Deus faz a diferença.
·       
Como será que Ele deseja usá-lo?
·       
Apoie-se em seu poder, faça a sua parte e execute fielmente a função
especial que Ele lhe atribuiu. Em seu plano.
·       
Os não cristãos não podem entender as verdades  espirituais e não podem assimilar o conceito
de que o Espírito de Deus vivem em cada um dos crentes.
·       
Não espere que a maioria das pessoas aprove ou entenda sua decisão de
seguir a Cristo.
·       
Da mesma maneira que uma pessoa surda não pode apreciar uma boa musica, a
pessoa que rejeita Cristo não pode entender as verdades do Espírito de Deus. 
2- “O menor dos apóstolos 
·       
Existem mais ou
menos vinte e seis traços diferentes do caráter cristão ensinado ou por
preceito ou por exemplo no Novo Testamento.
·       
Confiança de
Paulo em Deus, podemos recordar que ele é aquele que escreveu à igreja dos
filipenses aquelas palavras tão conhecidas: “Não
andeis ansiosos de cousa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de
Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.” (Fp
4:6). 
·       
Não há dúvida que
Paulo tinha ampla oportunidade para praticar o que pregava no meio dos
incríveis sofrimentos que ele aguentava no seu trabalho apostólico.
·       
 Na realidade, Paulo escreveu estas palavras de
Filipenses 4:6 do seu aprisionamento em Roma.
·       
 De qualquer forma, um exemplo perfeito de sua
confiança em Deus ocorreu alguns anos antes desta escrita na cidade de Filipos
mesmo.
·       
A humildade de
Paulo é mais claramente vista na sua própria auto avalição. 
·       
Escrevendo aos
coríntios em 55 d.C., ele fala de si como “o
menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois
persegui a igreja de Deus” (1 Co 15:9). 
·       
Para os ésfios
mais ou menos cinco anos mais tarde, ele se refere a si mesmo como o menor de
todos os santos (Ef 3:8). 
·       
Perto do fim de
sua vida, ele se considera o principal dos pecadores (1 Tm 1:15). 
·       
Isso é um
progresso e tanto no seu autoconhecimento, de um fariseu orgulhoso e fanático
ao principal dos pecadores. Só uma pessoa com humildade genuína poderia se
descrever nestes termos.
3-“Desventurado homem”
·       
Paulo era pecador. A lei era contrária a ele e,
porém, realmente santa e justa. 
·       
O que é santo e justo é, necessariamente, bom.
·       
 No resto deste capítulo, Paulo
procura explicar a relação do pecador à lei, frisando claramente a necessidade
de um Salvador.
·       
As afirmações de
Romanos 7. 14, 15, 18,19 e 21 são verdadeiras a respeito de todos os crentes
que vivem nesse mundo. 
·       
Todo crente fica
aquém, muito aquém do padrão colocado diante dele; estamos nos referindo ao
padrão de Deus, e não ao padrão dos ensinadores da suposta “vida vitoriosa”. 
·       
Se qualquer
leitor crente disser que Romanos 7 não descreve a sua vida, afirmamos com toda
a bondade que ele se encontra terrivelmente enganado.
·       
Não estamos
dizendo que todo crente quebra a lei dos homens ou que ele é um ousado
transgressor da lei de Deus. 
·       
Estamos afirmando
que a vida de todo crente está muito aquém do nível de vida que nosso Senhor
vivenciou, quando esteve neste mundo. 
II
HUMILDADE MINISTERIAL
1- Instituição bíblica
·       
Se um líder da
igreja (presbítero) é uma responsabilidade pesada, porque a igreja pertence a
Deus vivo.
·       
Os líderes da
igreja não devem ser eleitos por serem populares, nem deve ser permitido que
forcem sua trajetória até o topo.
·       
Em vez disso,
devem ser escolhidos pela igreja por seu respeito à verdade, por aquilo em que
creem e pelo modo como vivem.
·       
A igreja é uma organização? 
·       
Muitas pessoas têm a noção errada de que a igreja é uma organização ou
instituição, independente do povo que compõe a igreja. 
·       
Este não é o conceito bíblico de igreja. Jesus não morreu para
estabelecer uma instituição, mas para salvar o povo do pecado (Atos 20:28; 1
Coríntios 6:20). 
·       
Jesus e o Pai não habitam numa organização, mas no povo que os obedece
(João 14:15, 23). 
·       
A Bíblia não usa um nome exclusivo para a igreja.
·       
 É errado, portanto, insistirmos
num único nome que todas as igrejas fiéis tenham que usar. Muitas passagens
falam simplesmente da igreja, algumas vezes identificando o local (cidade ou
casa) onde o grupo de cristãos se reunia. 
·       
Portanto, podemos nos referir à igreja simplesmente como “a igreja”
(Atos 8:1; 9:31; Romanos 16:1).
2-Providencia
de Deus
·       
Depois de o
Senhor Deus criar os céus e a terra (1.1), Ele não deixou o mundo à sua própria
sorte. Pelo contrário, Ele continua interessado na vida dos seus, cuidando da
sua criação.
·       
 Deus não é como um hábil relojoeiro que formou
o mundo deu-lhe corda e deixa acabar essa corda lentamente até o fim; pelo
contrário, Ele é o Pai amoroso que cuida daquilo que criou.
·       
 O constante cuidado de Deus por sua criação e
por seu povo é chamado, na linguagem doutrinal, a providência divina.
·       
 Há, pelo
menos, três aspectos da providência divina.
·       
1-Preservação - Deus, pelo seu poder, preserva o mundo que Ele criou.
A confissão de Davi fica clara: “A tua
justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo;
SENHOR, tu conservas os homens e os animais” (Sl 36.6).
·       
Provisão. Deus não somente preserva o mundo que Ele criou como
também provê as necessidades das suas criaturas. Seu cuidado abrange, não
somente as necessidades físicas da humanidade, como também as espirituais (Jo
3.16,17).
·       
Governo. Deus, além de preservar sua criação e prover-lhe o
necessário, também governa o mundo. Deus, como Soberano que é, dirige, os
eventos da história, que acontecem segundo sua vontade permissiva, diretiva  e seu cuidado.
3-Privilegio Honroso
·       
Acreditar que vem a ser uma atitude desonrosa: Se servir fosse desonra, todos os servos de Deus da
Bíblia teriam sido pessoas sem honra. 
·       
E além do mais, o
próprio Deus, que em Jesus veio como Servo. Amados! Quando servimos os irmãos,
estamos na posição de um ministro de Deus. 
·       
E eu pergunto:
Pode haver posição mais honrosa? 
·       
É claro que
servir a Deus e o próximo é uma atitude de grande honra diante dos homens de
Deus, e diante de seus santos anjos. Hebreus 6.10
·       
Como deve ser uma pessoa que não tem
ministério: Apesar desse
pensamento herético, nós vemos que na bíblia, os grandes ministérios foram
caracterizados por atitudes de serviço em amor.
·       
 Se um líder na visão celular quer ter Êxito e
ser um grande conquistador, deverá, antes de tudo, ter um coração disposto a
servir a Deus e ao próximo.
·       
“Eis que o meu Servo procederá com prudência; será
exaltado e elevado e será mui sublime.” (Isaías 52.13).
·       
O Que devemos  acontece, quando sentimos vontade de agradar
alguém: Esse é um dos
grandes erros de pessoas que procuram posição e não ministério. 
·       
São pessoas que
só fazem algo na frente do pastor porque estão procurando apenas agradar para
ganhar posição. 
·       
Mas, o servo
verdadeiro fará na presença ou na ausência de seu líder e de seu pastor, a
mesma coisa, pois isso está em seu interior, e faz parte de sua vida.
III
EXALTAÇÃO SÓ A JESUS
1-A pessoa de Cristo
·       
Quatro
declarações devem ser compreendidas e afirmadas a fim de se obter uma imagem
completamente bíblica da pessoa de Jesus Cristo:
        1. Jesus
Cristo é plena e completamente divino.
        2. Jesus
Cristo é plena e completamente humano.
        3. As
naturezas divina e humana de Cristo são distintas.
        4. As
naturezas divina e humana de Cristo estão completamente unidas em uma pessoa.
·       
Muitas passagens
da Escritura demonstram que Jesus é plena e completamente Deus:
·       
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e
o Verbo era Deus. […] E o
Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a
sua glória, glória como do unigênito do Pai. (João 1.1,14)
·       
Ninguém jamais
viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou. (João
1.18)
·       
Respondeu-lhe
Tomé: Senhor meu e Deus meu! (João 20.28).
2-A obra de Cristo
·       
JESUS Cristo
realizou muitas obras, porém a obra suprema que Ele consumou foi a de morrer
pelos pecados do mundo (Mt 1.21; Jo 1.29).
·       
O evento mais
importante e a doutrina central do Cristianismo resumem-se no seguinte
versículo: “Pois o que primeiramente lhes
transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as
Escrituras” (I Co 15.3).
·       
“CRISTO morreu” é
o evento, “por nossos pecados” é a doutrina. 
·       
A morte expiatória
de Cristo é o fato que caracteriza a religião cristã. 
·       
Martinho Lutero
declarou que a doutrina cristã distingue-se de qualquer outra, e mui
especialmente daquela que parece ser cristã, pelo fato de ser ela a doutrina da
Cruz.
·       
O ensino dos
reformadores era este: quem compreende
perfeitamente a Cruz, compreende a Cristo e a Bíblia! 
·       
É essa
característica singular do Evangelho que faz do Cristianismo a única religião
que apresenta uma perfeita provisão para o grande problema da humanidade: o pecado. 
·       
Jesus é o autor
da salvação eterna (Hb 5.9).
3- O caráter de Cristo
·       
Caráter é a soma
de todas as influências positivas e negativas aprendidas na vida de uma pessoa.
·       
 O caráter se manifesta através de valores,
motivações, atitudes, sentimentos e ações. 
·       
O caráter é o
mesmo que marca; uma marca impressa em nós.
·       
O mesmo Apóstolo
Paulo, em Gálatas 4:19, mostra aos cristãos da Galácia a importância de ver
neles o caráter de Cristo sendo formado, apesar da dor que envolvia o líder
para que isso acontecesse. 
·       
Paulo diz que
sofreu dores de parto: “Meus filhinhos,
por quem de novo, sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós.”.
·       
Logo no início da Bíblia, em Gênesis 1:26,
Deus disse: “Façamos o homem a nossa
imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre
as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre a terra, e sobre todo réptil que se
move sobre a terra.”.
·       
A palavra imagem não se refere a uma atitude
física, refere-se a permanecermos com a natureza de Deus, com uma natureza que reflita
a natureza do caráter de Cristo, o Seu Filho.
·       
 Jesus
derrama o caráter dEle em cada um de nós. Como cristãos, devemos seguir os Seus
passos. “O qual é a imagem do Deus
invisível, o primogênito de toda a criação.” Devemos desejar nos parecer
com Ele.
Pr. Carlos Borges (CABB) 
 
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