terça-feira, 4 de setembro de 2018

O FILHO PRÓDIGO QUE ABANDONOU O LAR


O FILHO PRÓDIGO QUE ABANDONOU O LAR
Lc 15.13-19
Introdução: No texto “O pai do filho pródigo” que veremos, seremos surpreendidos com o amor de um pai por seu filho rebelde que venceu o tempo e todas as adversidades. Assim também Deus o faz com aqueles que estão distantes de Seu Caminho. A parábola do filho pródigo é narrada por Jesus, onde Ele ilustra de como um jovem, impressionado pelo mundo grandioso ao seu derredor e, cansado da vida que levava em seu lar, viajou até um país distante, a fim de buscar fortuna e gastar o seu dinheiro descontroladamente.


I  CARACTERÍSTICA  DA PARÁBOLA
1-Contexto
·        Esta é uma estória( sem H quando é uma ficção) onde os nomes dos personagens não se encontram na Palavra de Deus, mas isso não diminui o grande valor que ela tem e, através dela podemos tirar valiosos ensinamentos.
·        Dentre as 41 Parábolas que Jesus contou, uma das mais conhecidas é, a ”Parábola do filho pródigo”. Está estória somente é encontrada no livro de Lucas.
·        Jesus ilustra nesta Parábola o Amor de Deus pelo pecador.
·        A Parábola do filho pródigo é na verdade uma resposta às críticas que os fariseus fizeram a Jesus por estar perto dos publicanos e pecadores que estavam ali para ouvir seus ensinamentos.
·        Os fariseus o criticavam de “receber pecadores e comer junto com eles’’
·        Essas críticas vieram de homens que se diziam retos diante de Deus, mas que na verdade estavam mais longe do que todos os outros que ali estavam ansiosamente para ouvir o que Jesus tinha a dizer.
·        Provavelmente você já deva conhecer esta parábola, mas o que muitos não percebem é que, tanto naquela época que se passa este evento, assim como nos dias de hoje, não foi e nunca será comum que, um filho peça a sua parte da herança para seu pai.
·        Imagine a tristeza de aquele pai ouvir o seu próprio filho pedir a sua parte da herança antes de sua morte? (Lucas 15:12 NVI).
2-Resumo
·        É bem provável que, a herança foi dividida em 3 partes, seu pai, ele mesmo e o filho mais velho.
·         O filho pródigo tinha o direito de fazer o que quisesse com sua parte da herança, mas isso é claro que depois da morte de seu pai.
·        Ele não tinha qualquer direito legal de exigir sua parte na herança enquanto seu pai continuasse vivo.
·        Ele provavelmente partiu para Roma, Corinto, Babilônia, ou algum outro lugar como estes.
·        Lugares que eram bem atrativos para quem desejava esbanjar o que tinha que era o caso dele.
·        O Filho Pródigo juntou a sua parte da herança e converteu em alguma moeda da época e fez o que desejava a sua mente.
·         Este jovem, gasta toda a sua herança com amigos e prostitutas.
·        Este é um filho rebelde, que não valorizou o que tinha ao seu redor, mas que agora, se arrepende de tudo que deixou para trás, o valor de seu lar, o valor de sua família, o valor de seu pai amoroso.
·        Agora, deseja voltar para o lar que um dia abandonou por coisas que aparentemente achava que tinha alguma estima, mas com o passar do tempo, percebeu que nada valia.
·        A única oportunidade de emprego que ele encontrou foi cuidar e alimentar dos porcos de um dos cidadãos que naquela cidade  onde morava.
·        A fome era tamanha que, aquele filho que comia do bom e do melhor em sua casa, agora sentia vontade de come as bolotas dos porcos que cuidava, também conhecido como vagens de alfarroba.
·        Provavelmente chegou a dormir no próprio chiqueiro que trabalhava e a sua única companhia eram aqueles próprios animais cuidava.  

3-O filho mais novo
·        Que desgosto para aquele pai. Viveu e cuidou de sua família e, agora ouve essas palavras de seu próprio filho.
·         O fato de ele pedir a sua parte da herança com o seu pai ainda vivo, foi uma forma de expressar a falta de amor que o filho pródigo tinha pelo seu pai.
·        Esse pedido também é um tanto quanto grave, tanto para nós nos dias de hoje como também para aqueles dias.
·         Considerando o contexto social da época, foi muito mais agravante o que aquele filho ingrato fez.
·        Naquela época, esse pedido era digno de morte, um pecado tão grande contra o pai que a punição seria por apedrejamento.
·         Mas este pai vai contra esses princípios morais e, atende ao pedido de seu filho.
·        Nas Escrituras sagradas, vemos que após esse ocorrido, o filho pródigo percebe o grande pecado que cometeu contra seu pai e, lembra que até os seus empregados tinham mais dignidade e tinham melhores condições do que ele, inclusive comida em grande abundância.

II LIÇÕES  DA PARÁBOLA
1-Longe de Deus é difícil
·        Deus prova o Seu perdão, a Sua misericórdia por nós através de Cristo, (1 Timóteo 2:5 NVI), Deus prova o Seu amor por nós, ainda quando somos pecadores. (Romanos 5:8 NVI).
·        O pai reconhece seu filho, ainda que distante, mesmo em meio ao seu estado decaído e deplorável, com suas roupas já em trapos, mesmo repleto de sujeira, de imundície.
·         Mesmo de longe e com a sua cabeça provavelmente encurvada pela tristeza e vergonha de ter abandonado seu lar, ainda sim, seu pai o vê e o reconhece.
·        O filho pródigo fez tudo fora dos padrões morais e, provavelmente nós o teríamos condenado.
·        Mas contrariando as atitudes da maioria de nós, o pai do filho pródigo age amorosamente.
·        Poderíamos dizer que, o Pai do filho pródigo desta estória só tomou tal atitude porque era com o seu próprio filho, e que se fosse o filho de outro ele seria muito mais duro com as suas atitudes.
·        Deus, Nosso Pai, nos amou de tal maneira que, deu o Seu Único Filho para nos abençoar e nos salvar da nossa condenação eminente. (João 3:16 NVI)
·        Assim somos lembrados de que, antes de Cristos éramos perdidos como este filho, pecadores sem perdão.
·         Éramos do diabo, pois assim como ele, praticávamos o pecado desde o princípio.(1 João 3:8,9 NIV).
·        Mas hoje, através de Cristo, recebemos o perdão dos nossos pecados sem mérito algum. Não é por nós, é por Cristo.
2- A desobediência alienada
·        A parábola do filho pródigo é uma história fictícia com uma poderosa mensagem em sua essência, dessa maneira é importante tentar compreender quem são os personagens descritos na história, desse modo, o pai mencionado na parábola pode ser compreendido como Deus e os dois irmãos como cristãos divididos em duas classes, os fieis e infiéis.
·        Todavia, a parábola é direcionada aos cristãos, uma vez que a história aponta a atitude de dois filhos com relação ao pai, assim sendo, o homem só pode se tornar filho de Deus se reconhecer Jesus como seu salvador (JOÃO 1:12).
·        É notório que o filho pródigo cometeu muitos pecados e por isso foi parar em uma situação deplorável, uma vez que, ele começou a cuidar de chiqueiros e a passar fome ao ponto de desejar comer a comida dos porcos e ser proibido.
·         Contudo, ele resolve voltar a fazenda do pai, no entanto, com um caráter quebrantado, arrependido dos seus erros, confessando os seus erros ao pai: “O filho disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho( Luc 15:21).

3- Não dá para ser feliz sozinho
·        Penso que um olhar cristão sobre a felicidade passa pelo reconhecimento de que não é possível ser feliz sozinho, de que não existe felicidade fora da comunidade.
·         Somos essencialmente relacionais e o único meio de nos relacionarmos verdadeiramente com outra pessoa é por intermédio de Deus.
·        Sem Cristo a distância entre dois indivíduos, ainda que morem na mesma casa, pode ser a de uma eternidade. Em um mundo sem Deus não existe vida!
·         Os homens podem até inventar algo para chamarem de felicidade, satisfação, significado, justiça, paz; porém, não passará de pura ilusão, guerra, mentira, maldade, infelicidade, iniquidade.
·        Só entenderemos o cristianismo e a própria missão de Cristo se compreendermos essa parábola.
·        Vejamos, portanto, a primeira verdade que ela tenciona ensinar: a natureza do pecado humano.
·        O filho mais novo via o pai como alguém rude, incapaz de compartilhar de todos os bens, por isso, exige sua parte da herança.
·        A rebeldia, entretanto, estava no filho, que descumprindo a lei judaica, se torna herdeiro antes da morte do pai.

III CONCLUSÃO DA PARÁBOLA
1- A fatura sempre chega
·        Essa interpretação singela tem seus méritos e satisfaz a grande massa dos fiéis.
·        Mas existe muito mais riqueza por trás dessa parábola, que é um verdadeiro exemplo de quantos ensinamentos podem estar velados na linguagem do simbolismo.
·        Quantas pessoas estão passando por problema semelhante?
·        O pai da parábola representa Deus.
·        Muitos, por não conhecê-lo, julgam-no distante, impiedoso e egoísta.
·         Incapaz de compreender sentimentos, de amar os injustos pecadores.
·        Optam por viver afastado, recebendo apenas "a parte que lhe cabe na herança" (a vida com suas mazelas).
·        Procuram ajuda nos "fazendeiros" do mundo, que só têm olhos para seus "porcos”, ou seja, suas vidas sujas, imundas como um chiqueiro, "fazendeiros" que nada têm a oferecer, porque desconhecem o Pai.

2-É possível voltar
·        Arrependido, o filho volta para casa.
·         Imagino-o derramando lágrimas durante a viagem.
·         Quantas lembranças do pai...
·        "Pai pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.
·        “Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lo, e pondo-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés” (versos 21 e 22).
·        As vestes representam um novo espírito, o anel, uma nova aliança, desta feita, eterna. As sandálias representam um novo caminho.
·        O filho agora estava bem abrigado nos braços do Pai.
·        Ao filho mais velho, que sempre estava servindo o pai e buscando fazer a sua vontade, ele diz: “Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu.” (Lucas 15.31). Ao filho mais novo, diante de uma atitude de arrependimento, o pai age amorosamente: “E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.” (Lucas 15.20)


3-O Pai acolhe os que voltam
·        Deus em sua infinita bondade e amor nunca desprezam os que voltam para Ele ainda que tenham cometido pecado, pois o pecar é do home e o perdoar é de Deus.
·         Nós somos protegidos por esse amor.
·        Esse amor que sempre nos aceita de volta! A nossa atitude deve ser de sempre voltar e manter o nosso compromisso com Deus, nosso Pai celestial.
·        Entenda que foi o Senhor que trouxe essa pessoa de volta, com o objetivo de restaurá-la! Isso é um bom motivo para você celebra.
·        A primeira coisa que aquele pai fez, quando o filho voltou, foi comemorar!
·        Quando algo que você havia perdido voltar, você vai fazer uma grande festa! Você não vai mais chorar pelo tempo perdido! Você não vai perder tempo com mágoa!
·        O Senhor sempre está de braços aberto para receber os seus “Filhos Pródigo” que um dia saíram da casa do Pai, para suas aventuras, após suas frustrações, resolveram voltar aos braços do Pai amado, a Bíblia informa que há festa no céu quando um pecador se arrepende e volta para Deus.
        Pr. Carlos Borges (CABB)

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