1 Jo. 2.14-17
Introdução: Nós vivemos no mundo, mas não pertencemos a ele; nós
convivemos com o mundo, mas não concordamos com ele; por mais que estejamos
neste mundo, não podemos jamais esquecer que nosso lar é outro, que somos
apenas peregrinos e que estamos aqui designados para uma missão em favor do
Reino celestial. Quando o apóstolo nos exorta a não amar o mundo, nos ensina
que não devemos ser condizentes com as coisas deste mundo, não podemos ser
influenciados pelas pessoas deste mundo; ao contrário, nós é que devemos
influenciar as pessoas que ainda não aceitaram a Jesus como seu Salvador.
I O SISTEMA PECAMINOSO DO
MUNDO
1- O Sistema Pecaminoso do Mundo
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O mundo retratado aqui é não é o globo
terrestre, conhecido como planeta terra.
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Estamos falando do mundo como um sistema com
seus costumes pagãos e libertinos, suas atrocidades, a propensão para o mal e a
negação da cruz de Cristo.
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Não devemos “andar de braços dados” com este mundo
(sistema), mas isso não significa que devemos ignorar as pessoas do mundo.
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Até porque, se estamos em um mundo estrangeiro
com a missão de resgatar as pessoas perdidas, precisamos nos aproximar delas
para apresentar-lhes o nosso mundo, o Reino Eterno, o nosso modo de viver com
Cristo e para Cristo.
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Cada um de nós dará contas do que fez a Cristo,
não aos demais irmãos.
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Embora a igreja procure ser inflexível em sua
posição contra certas atividades ou comportamentos expressamente proibido pela
Escrituras( adultério, homossexualidade, assassinato, e roubo).
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Ninguém deve criar regras e regulamentos
adicionais, concedendo-lhes uma condição semelhante a Lei de Deus.
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Muitas vezes os cristãos baseiam seus critérios
morais em opiniões, particularidade
pessoas ou preconceitos culturais, em
vez de na Palavra de Deus.
2- O sistema e a comunidade
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Algumas pessoas pensam que o sistema está
limitado ao comportamento exterior – As pessoas
com quem nos associamos, os lugares que frequentamos, as atividades que
apreciamos.
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O mundanismo é também interior – Porque começa
no coração e é caracterizado por 3
atitudes : 1- A cobiça pelo
prazer físico. 2- A cobiça por tudo que vemos – Almejar e acumular coisas,
curvando-se ao deus do materialismo.
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O orgulho por essas posses – obsessões pela
condição, posição ou por ser importante.
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O mundo é só treva, por isso precisamos ser luz:
luz para iluminar o caminho dos perdidos, luz na vida das pessoas necessitadas
de amor e paz, luz para guiar os cansados e oprimidos, luz para as nações que
vivem em guerra, luz na escuridão que o pecado causa na alma das pessoas.
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O mundo
também está podre por causa da maldade e do pecado, por isso somos o sal, para
dar sabor e conservar.
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Antigamente, em tempos remotos em que não
existia o conforto da geladeira e do freezer, o sal era usado para conservar os
alimentos para que não apodrecessem.
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Sabe por que esse mundo ainda resiste, mesmo
diante de tanta podridão?
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Porque ainda existem os remanescentes, aqueles
que fazem a diferença e dão sabor e tempero a este mundo: nós, a Igreja de
Cristo, lavada e remida no sangue do Cordeiro.
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Estamos
nesta Terra unicamente para fazer a diferença nela, para influenciar as pessoas
com nosso comportamento e pregação, levando-as para o Reino eterno, por meio do
Espírito Santo que é capaz de convencê-las de seus pecados, e por meio de
Cristo e seu sacrifício na cruz, salvando a todos quantos crerem em Seu nome
santo.
3- O sistema e a nação
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Uma nação
é constituída por uma população que partilha a mesma origem, língua, religião
e/ou cultura, ou seja, são pessoas que possuem uma história e identidade
comuns.
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O conceito de nação, portanto, é mais amplo e
complexo do que o conceito de povo.
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A razão pela qual Babilônia caiu é descrita aqui
- todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição (veja também
17.2).
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Babilônia personifica tudo o que é mau - a
imoralidade sexual, a idolatria, a avareza, e a opressão.
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As pessoas do mundo afastaram-se completamente
de Deus e desfrutaram da capacidade de sedução daquilo que ela estava
oferecendo através da sua imoralidade e idolatria.
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O Antigo
Testamento usa o adultério para descrever a apostasia espiritual (veja, por
exemplo, Jr 3.2; Os 4.10).
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Nos últimos dias, a apostasia irá alcançar um
pináculo na adoração à besta (13.15).
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Os reis da terra se prostituíram com ela, o que
significa que eles cometeram pecados vergonhosos - desistindo do que é mais
importante em troca do que é mais gratificante.
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Este
“adultério” provavelmente se refere às alianças pecaminosas e ao abandono total
da moralidade de Deus.
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Além disto, os mercadores da terra se
enriqueceram com a abundância de suas delícias. Eles foram seduzidos pelas
grandes riquezas que podiam ser obtidas no seu relacionamento com ela.
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O texto em Isaías 47.8 descreve a grande luxúria
da Babilônia e o julgamento de Deus sobre ela. A sua luxúria levou ao orgulho e
à autossuficiências.
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Parte deste adultério estava em receber a marca
da besta, porque estes mercadores não podiam comprar ou vender nada sem ela
(13.17).
II OS EFEITOS DO SISTEMA
PECAMINOSO
1-Os Efeitos na Política
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Satanás tem um propósito, um projeto e um
programa.
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Seu propósito é “ser igual ao Altíssimo”, seu
projeto é estabelecer um reino em oposição ao Reino de Deus, seu programa é
melhorar as condições do mundo e as circunstâncias da humanidade de modo que os
homens estejam satisfeitos em permanecer como seus súditos e não tenham desejo
pelo Reino de Deus.
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Seu projeto está alinhado com seu propósito.
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Ele deixaria sua posição de subordinado no Reino
de Deus e estabeleceria seu próprio reino.
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Seu fundamento seria o eu (ego). Vontade
própria, amor-próprio, interesse próprio e suficiência própria constituiriam
sua pedra de esquina.
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A ilegalidade, a revolta contra o senhorio de
Deus, a irreverência, a recusa em adorar a Deus seriam a sua superestrutura.
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Há um claro vácuo no espaço político atual e, na
falta de liderança idônea e capaz, junto com certa confusão quanto aos rumos
que estão adiante, oportunistas de toda espécie se movimentam para ocupar o
poder. Enquanto a sociedade brasileira parece saber o que não quer, ainda
aparenta falta de clareza quanto a que rumos seguir.
2-Os efeitos na educação
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Enquanto ditadores sanguinários como Stalin e
Mao-Tsetung utilizaram-se da educação para infelicitar seus povos, paladinos da
justiça, como o jurista baiano Rui Barbosa, defendiam a educação como a grande
promotora da felicidade dos povos.
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Embora partidário do ensino laico, Rui defendia
não somente a educação moral e cívica, como também o ensino religioso nas
escolas brasileiras, a fim de que nossas crianças recebessem uma formação
completa e viessem a conscientizar-se de seus deveres tanto diante da sociedade
como perante Deus.
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Aconselha o grande tribuno:
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Existe um sistema ordenado, “o mundo”, que é
governado por detrás das cenas por um governador, Satanás.
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Quando Jesus (Jo 12:31) declara que a sentença
do julgamento deste mundo foi proferida, não está dizendo que o mundo material
ou os seus habitantes estão julgados.
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Para
estes, o julgamento ainda está por vir.
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Em julgamento está aquela instituição, aquela
harmoniosa ordem mundial, da qual o próprio Satanás é a origem e líder.
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Política, educação, literatura, ciência, arte,
leis, comércio, música – estas são as coisas que constituem o kosmos, e com
elas nos defrontamos diariamente.
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Estudando a história da humanidade, temos que
reconhecer um claro progresso em cada uma dessas áreas.
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A
questão, no entanto, é: Para que direção este “progresso” está caminhando?
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Qual o objetivo final de todo este
desenvolvimento?
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Ao final, João diz-nos, o Anticristo se erguerá
e estabelecerá seu próprio reino neste mundo (I Jo 2:18, 22; 4:3; II Jo 7; Apoc
13).
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É para esta direção que o mundo avança. Satanás
está usando os homens e todas as coisas para formar um reinado.
3- Os efeitos na economia
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Certamente, o equilíbrio e a bênção na vida
financeira começam pelo reconhecimento de quem Deus é.
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Honramos
alguém quando tratamos essa pessoa conforme as expectativas dela, fazendo o que
ela deseja, como ela quer.
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A forma como empregamos nosso dinheiro também
demonstra a realidade de nosso amor por Deus.
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Devemos honrar a Deus com aquilo que produzimos,
com integridade – “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mc
12.17) e com alegria e gratidão.
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O sistema mundano é antagônico ao sistema
cristão, pois o sistema mundano é egoísta e devasso.
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O mundo está cheio de pessoas passando fome,
enquanto uma boa parte, que tem recursos financeiros sobejando, esquecem-se dos
necessitados, a Bíblia cita um caso semelhante, a Parábola do Rico e o Lázaro.
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Os cristãos devem ser solicito no que diz
respeito a ajudar os necessitado, primeiramente aos domésticos da fé.
III A IGREJA E O SISTEMA PECAMINOSO
1-A igreja não se omite
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A
omissão nos afasta de Deus e da vontade Dele para as nossas vidas.
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Quantas
vezes nos encontramos em situações complicadas que poderiam ter sido evitadas
por nós mesmos?
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Não orar, não socorrer aquele irmão ou irmã em
dificuldade, não compartilhar a palavra de Deus quando se tem oportunidade, não
disciplinar os filhos, não exortar, não ler a Bíblia, não contribuir com a
obra...
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São
apenas alguns exemplos de omissões que se sucedem na vida de muitos cristãos
por conta dos afazeres diários e que geram sérias consequências futuras.
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No plano
social a igreja não deve se omitir, se assim o fizer está fora do ensinamentos
de Jesus, com relação ao amor ao próximo.
2- A igreja não se alia
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A igreja
não se alia ao sistema mundano.
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Não
pratica as coisas que são abominação ao Deus
·
Não se
mescla com a política.
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Ela é
Santa e fiel a Deus.
3- A igreja profetiza
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A igreja deve ser uma voz profeta para o mundo.
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A igreja deve andar nos ensinamentos da Palavra
de Deus.
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A igreja não é uma propriedade humana, ele a é
propriedade de Jesus
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A Igreja deve praticar o amor entre seus
membros, uma igreja que não tem amor está morrendo espiritualmente.
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A igreja deve brilhar como o sol da justiça,
deve ser justa e praticar a justiça, entre seus membros e povo derredor.
Pr. Carlos Borges(CABB)