2 Tm. 4.1-5
Introdução: Qualidade de quem é fiel; lealdade. Semelhança entre o
original e a cópia. Afeição constante. Probidade. Exatidão, pontualidade. Encontramos na
Palavra de Deus muitos textos que falam de fidelidade, ou que falam a respeito
daquele que é fiel… Dizer que é fiel quando tudo vai bem é fácil. Somos
desafiados a vivermos uma vida de fidelidade seja em qual for à situação, não
importando com o tamanho do problema ou do desafio que temos pela frente, e nem
mesmo com o tempo que isso possa durar.
I O DEVER SOLENE
1- Fidelidade na pregação (2 Tm. 4.1-2).
·
Para Timóteo era importante pregar as Boas Novas
deforma que a fé cristã pudesse se espalhar por todo o mundo.
·
Cremos em Cristo hoje porque como Timóteo foi fiel à sua missão.
·
Ainda hoje, divulgar as Boas Novas é de vital
importância para os crentes.
·
Jesus virá em breve, e deseja encontrar os
crentes fiéis prontos para a sua vinda.
·
Em certas ocasiões pode parecer inconveniente
defender a Cristo ou falar seu amor às pessoas, mas pregar a Palavra de Deus é
a responsabilidade mais importante da Igreja e de seus membros.
·
Esteja preparado para aproveitar as
oportunidades que Deus lhe concede de pregar as Boas Novas corajosamente.
2- Predição da apostasia (2 Tm. 4.3,4) fd.
·
“Apostasia (em grego antigo
[apóstasis], “estar longe de”) tem o sentido de um afastamento definitivo e
deliberado de alguma coisa, uma renúncia de sua anterior fé ou doutrinação”.
·
Geralmente o que deixa arrepiados os defensores
da ideia de que “um crente nunca se desvia” é a questão da apostasia.
·
Como ter
um apóstata sem ter um perdido da verdadeira fé e da real conversão?
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E o termo
“Apostasia” parece mesmo indicar um real cataclismo na vida de um salvo.
·
Para
alguém apostatar era preciso ser membro de um partido da sociedade helênica.
·
Quando a pessoa, de livre vontade e escolha,
decidia sair do seguimento partidário que frequentava e procurava outro partido
de cosmovisão antagônica, este indivíduo cometia a apostasia e se tornava um
apóstata renegado.
·
O contexto cultural e etimológico da palavra
mostra que era impossível alguém apostatar sem ter sido membro de um partido.
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Assim, como veremos nos comentários abaixo, tudo
indica que a palavra “apostasia”
dentro da ótica teológica adverte para a possibilidade da queda soteriológica(doutrina da salvação) do
crente.
3- Fidelidade suprema a Deus (2 Tm. 4.5).
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Para manter-nos calmo quando nós formos atingido
ou sacudido por pessoas ou circunstâncias, não devemos reagir precipitadamente.
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Em qualquer trabalho ministerial a que nós
venhamos empreender, manter o equilíbrio pessoal ajuda estar moralmente alerta
à tentação, resistência à pressão e vigilante quando estiver desempenhando uma
grande responsabilidade.
·
Quando o final de sua vida estava se
aproximando, Paulo pode confiadamente dizer que foi fiel ao seu chamado.
·
Desse modo, ele enfrentou a morte calmamente,
sabendo que seria recompensado por Cristo.
·
Seu modo de viver lhe fornece a correta
preparação para a morte?
·
A boa noticia é que a recompensa divina não é
somente para os gigantes da fé, como Paulo, mas para todos os que estão
esperando ansiosamente pela segunda vinda de Cristo.
·
Paulo disse essas palavras para encorajar
Timóteo e a nós, de forma que, não importa quão difícil o combate possa
parecer, possamos continuar lutando.
·
Um dia quando estivermos com Jesus,
descobriremos que valeu a pena.
II COMBATI O BOM COMBATE
1-Combati o bom Combate (2 Tm. 4.6).
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Esta frase está dentro de um contexto onde o
apóstolo simplesmente exorta Timóteo.
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Ele era filho na fé e companheiro de ministério,
a permanecer firme, sempre com fidelidade e zelo na pregação do Evangelho (2 Timóteo 4:1-5).
·
O apóstolo também diz que ele próprio já estava
de partida desde mundo (2 Timóteo 4:6-8).
·
Quando estudamos os três versículos que compõe
todo esse pensamento do apóstolo Paulo, percebemos algo interessante neles. É
possível perceber que o apóstolo analisa sua fé em três perspectivas
diferentes: passado, presente e futuro.
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No Presente
- No versículo 6 ele utiliza uma metáfora baseada na linguagem sacrifical do Antigo Testamento.
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Ele faz referência à ocasião onde o vinho era
derramado junto ao altar como uma oferta de gratidão a Deus, isto é, a libação (cf. Números 15:5-10).
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No passado - Após
fazer a analise da sua situação no presente, o apóstolo agora olha para o
passado. É aí então que ele declara: “Combati
o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé”.
·
No Futuro
- Após ter olhado para o presente e
para o passado, o apóstolo foca o futuro e faz outra importante
declaração.
·
Ele diz: “Já
agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará
naquele Dia; e não apenas a mim, mas também a todos quantos amam a
sua vinda” (2 Timóteo 4:8).
2- Completei a carreira (2 Tm 4.7)
·
O apóstolo agora utiliza o simbolismo de uma
corrida de obstáculos.
·
Ele aponta para o fato de que pela graça de Deus
ele conseguiu completar o ministério para o qual foi chamado.
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Em nenhum
momento de sua carreira ele desviou-se de seu serviço no Reino de Deus.
·
Antes,
ele não mediu esforços para que Deus fosse glorificado como Senhor do
universo.
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O grande objetivo da carreira de Paulo
obviamente era a salvação de pecadores através do Evangelho de Cristo (1
Coríntios 9:22-24; 10:31-33).
·
Ele mesmo
nos ensina sobre a principal motivação da evangelização, que consiste em Deus ser
glorificado entre os homens (Romanos 1:16-3:20).
3 – Guardei a Fé (2 Tm. 4.8).
·
Esta expressão conclui a declaração de Paulo ao
analisar seu ministério que estava chegando ao fim.
·
Ao dizer “guardei
a fé”, o apóstolo estava afirmando sua confissão de fé. Ele estava
dizendo que sua confiança no Deus que o escolheu, permaneceu inabalável.
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Perceba que essa é uma conclusão muito
apropriada para quem disse “combati
o bom combate, acabei a carreira”.
·
Essa
conclusão explica o porquê desse resultado final, a saber, a fé que o manteve
firme até o fim.
·
Ele só combateu o bom combate e completou a
carreira porque a fé genuína o sustentou.
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Diante dessa declaração, nunca devemos pensar
que ele estava reivindicando para si qualquer mérito próprio, como se ele
mesmo, por seus próprios esforços, tivesse guardado a fé sem negá-la em nenhum
momento.
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Ao contrário disto, o próprio apóstolo já havia
ensinado anteriormente que Deus é quem mantém seu povo firme até o fim (1
Coríntios 1:8, 9).
III SAUDADE E DESPEDIDA
1- Visita de Timóteo (2 Tm. 4.9-13).
·
À luz de sua morte iminente, Paulo pediu que
Timóteo fosse visitá-lo.
·
Paulo
concluiu a epístola com as saudações costumeiras.
·
Paulo
escreveu ainda outra seção de reflexões que foram seguidas por exortações a
Timóteo.
·
Esse
material é dividido em: o anúncio da morte iminente de Paulo (vs. 6-8) e
diversas exortações (vs. 9-18).
·
Paulo entendia a sua morte iminente como uma
oferta a Cristo – vs. 6. Cristo havia feito tanto que Paulo daria a sua própria
vida a ele em gratidão.
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Quando ele reafirma que o seu tempo estava
próximo, ele usa outra metáfora para a morte (Fp 1.23) que, para Paulo,
carregava a esperança e a certeza de um destino além do túmulo (vs.18).
2- Solidão (2 Tm. 4. 14.16)
·
Quem nunca passou por momentos de solidão?
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Chega um determinado momento na vida da gente em
que nos encontramos vazios e sozinhos.
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Experimentamos a multidão e ainda assim a
sensação de estar só é cada vez mais forte.
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Esse é um momento de avaliar, consertar, ver os
prós e os contras, momento de ver onde temos errado os comportamentos que
necessitam serem modificadas, as atitudes e decisões que precisam ser tomadas.
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Avaliar quem são os verdadeiros amigos, as
pessoas que realmente nos amam, avaliar quem nós amamos e qual o real valor que
temos dado a essas pessoas.
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Embora Paulo fosse abandonado de todo o Senhor o
tinha assistido e o revestido de forças.
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Há muito tempo Paulo havia aprendido que ele
poderia sempre depender do poder daquele que o havia chamado (2Co 12.9-10; Fp
4.11-13).
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Às vezes encontramos pessoas super espirituais
que fingem nunca sentir solidão e nem ter necessidades de amigos, pois a
companhia de Cristo lhes satisfaz em todas as necessidades.
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Pura ilusão - A amizade humana é uma provisão amorosa de Deus.
3- Confiança no Senhor (2 Tm. 4.17-22).
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Paulo estava afirmando sua convicção na vida
eterna após a morte.
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Paulo sabia que o seu fim nesta terra se
aproximava, e estava pronto para partir.
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Ele permaneceu confiante no poder de Deus, mesmo
ao enfrentar a morte.
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Qualquer pessoa que estiver enfrentando uma luta
de vida ou morte pode ser confortada ao saber que Deus levará cada crente a
salvo e em segurança, através da morte, para o seu Reino Celestial.
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Primeiro, Ele se Fortalecia
no Senhor!
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Paulo sustenta sua vida
em Deus. “O Senhor me assistiu e me revestiu de forças” (2 Tm 4.17).
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Estava preso, sendo acusado, sentindo-se
abandonado, faltando amigos, o frio chegando, mas ele sabe onde buscar forças e
assim é tratado pelo próprio Deus.
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Muitas vezes os desafios são enormes, a vida
se torna complexa e pesada.
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Onde encontrar forças?
·
Como não sucumbir às
provocações e perdas? Encontra sua força no próprio Deus.
Pr. Carlos Borges (CABB)
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