Sl. 91-1-7
Introdução: É comum nas casas, nas empresas e escolas encontrarmos uma
Bíblia aberta no Salmo 91. Às vezes, pela ação do tempo, as páginas até ficam
empoeiradas e amareladas. Outros penduram na porta de suas residências quadros
que estampam uma cópia do Salmo 91.
Muitos utilizam o Salmo 91 para rezar, enquanto outros citam trechos do
Salmo 91 em suas orações, mas será que compreendem o seu significado? E ainda
existem aqueles que, nem mesmo leram o Salmo 91 por completo, mas por
recomendação, fazem dele um amuleto.
I ASPECTOS GERAIS
1- Autor, título e data.
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O salmo 91 é um salmo sem título, sendo
conhecido apenas como salmo 91, e não tem seu autor mencionado.
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Porém, alguns apontam o profeta Moisés como o
escritor do Salmo 91, por causa de certas evidências internas (expressões
idiomáticas).
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Outros apontam como autor o salmista e rei Davi,
mas, na verdade, não há como precisar quem redigiu o Salmo 91.
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O salmo 91 é considerado um salmo muito forte,
mas se você acha que não funciona para você e que Deus não te guarda e
protege de todo mal e da violência por rezá-lo.
·
Então, hoje, o salmo 91 é considerado uma oração
escrita por Moisés, uma crença vinda de estudiosos dos salmos.
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Moisés também escreveu o salmo 90, mas é o salmo
91 capaz de ajudar as pessoas a vencerem tribulações, sendo considerada a
oração mais poderosa da bíblia e usado entre os judeus.
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Para entendê-lo melhor, você pode procurar um
estudo evangélico com explicações do significado de cada versículo.
2- Classificação
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O Salmo 91 e muitos outros são considerados
proféticos ou messiânicos pela Teologia cristã.
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Eles apontam para a vinda do Messias.
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Sendo com frequência citados no Novo Testamento da Bíblia com o objetivo de
identificar Jesus Cristo
como o cumpridor da promessa.
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A história do canto do salmo na liturgia do culto cristão corre paralela à
história da liturgia, da música e das igrejas (mais corretamente confissões,
denominações ou ministérios) cristãs.
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Após o desenvolvimento do salmo responsorial no século IV, a função do salmista acaba por
se transformar num ministério próprio.
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Mais tarde incluído até no clero local.
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No entanto, esse ministério acaba por cair em
desuso com a especialização crescente dos cantores e com a instituição das scholae
(hospedagem), ao mesmo tempo em que a participação do povo se reduz.
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Certa feita o Senhor Jesus questionou os
fariseus acerca do Salmo 110, e eles não puderam respondê-lo de quem o Messias
era filho: (Mt 22:42 -46).
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Através da abordagem que Jesus fez, verifica-se
que os Salmos, como parte das Escrituras, tem por objetivo dar testemunho do
Cristo.
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O Salmo 110 demonstra que o Messias não seria
somente filho de Davi, antes era Senhor de Davi, indicando a sua divindade.
II ESCONDERIJO DO ALTÍSSIMO
1-Invisivel pela fé (Sl. 91.1-9).
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“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do
Onipotente descansará” (Salmo 91:1).
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Quando colocamos
a nossa Fé em Deus, Ele se torna uma proteção (defesa), um amparo, um refúgio
quando sentimos medo.
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Assim
como o salmista colocou a sua confiança em Deus, devemos também escudar a nossa
Fé em sua promessa de vida.
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A forma
de fazermos isto é vivendo Nele e permanecer Nele. Colocar a nossa devoção
diária a serviço do reino de Deus.
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O primeiro passo para interpretar Salmo 91 é
responder a seguinte pergunta (Sl 91:1).
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Quem habita no esconderijo do Altíssimo?
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É possível aos homens mortais residirem no
recôndito do Altíssimo?
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A resposta está no decurso do próprio Salmo:
“Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação” (Sl
91:9).
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Quando escreveu esta profecia, o salmista fez
referência a alguém que, naquele exato momento estava residindo no esconderijo
(lugar oculto) do Altíssimo.
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E que, no futuro, haveria de deixar a habitação
do Altíssimo.
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Quando
deixasse o esconderijo do Altíssimo, seria necessário refugiar-se à sombra do
Onipotente (Jo 16:28).
2-Não te assustará (Sl. 91.5,6).
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Quem se
esconde debaixo das asas do Senhor não temerá o que muitos temem: o pavor da
noite.
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Lembrando de que na época da escrita dos salmos
havia muita guerra no deserto e invasões inesperadas que aconteciam na calada
da noite.
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Sem
esquecer de que, à noite, também é o momento da invasão dos animais pequenos
indesejável tais como muriçocas, baratas, rãs, cupins e ratos, sem querer
elencar aqui alguns mais.
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Eu não temerei! Ao contrário, eu me
fortalecerei como aquela que tem convicção no poder do Senhor que me ama e que
cuida de mim todo o tempo.
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Na
sequência, o salmista lembra-me de que não somente o medo da noite que me assola
será capaz de me paralisar.
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A
flecha que voa de dia, representando bem os momentos de enfrentamento passados
em lançamentos de flechas nas guerras.
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O
inimigo lança numerosas flechas ao ar e realmente não se tem certeza do caminho
que a flecha percorrerá e em cima de quem ou do quê ela cairá.
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Pois
dependerá da força de quem lançou, da distância e da direção e velocidade dos
ventos, coisas bem difíceis de serem mensuradas em um momento de batalha.
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Também
podemos ser afligidos durante o dia por muitas coisas que estão fora do nosso
domínio.
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“Você não temerá o
pavor da noite nem a flecha que voa de dia, nem a peste que se move sorrateira
nas trevas, nem a praga que devasta ao meio-dia.” Salmo 91.5-6.
3-Palavra de Fé (1.7-9)91.7,8 — Mil [...] dez mil.
·
Tal como os
israelitas no Egito foram poupados dos perigos que assolaram seus vizinhos (Êx
9.26; 10.23; 11.7), os crentes no Senhor estão inteiramente protegidos de todo
e qualquer ataque inimigo.
·
Olharás e
verás. O castigo dos ímpios é tão certo quanto à redenção dos justos.
·
Das
calamidades gerais, eles serão preservados de modo particular.
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“Quando
milhares e dezenas de milhares caírem pela doença ou pela espada da batalha, a
tua direita”.
·
Nada disso
chegará perto de ti, nem o medo da morte.
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Quando
multidões morrem ao nosso lado, embora devessem estar preparados para a nossa
própria morte.
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No versículo
8 se refere à destruição do primogênito egípcio pela pestilência.
III DÁ ORDENS AOS SEUS ANJOS
1-Lares protegidos
(Sl. 91.10).
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“Nenhum
mal te suceder, nem praga alguma chegará a tua casa (tenda)”.
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Ainda que aflições e turbulências caiam sobre
ti, não haverá nenhum mal verdadeiro nelas, pois elas virão do amor de Deus e
deverão ser santificadas.
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Elas surgirão não para ter machucar, mas para o
teu bem, mesmo que, atualmente, não sejam agradáveis, mas penosas, ainda assim,
elas serão tão boas no final que tu mesmo declararás que elas são
inofensivas.
2- O diabo reconheceu (Sl. 91.11-13).
·
91.11-13 — Seus anjos [...] em pedra.
Estas palavras foram usadas por Satanás para tentar o Salvador (Mt 4.5,6).
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O leão e a áspide.
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A imagem de animais e serpentes neste versículo
ilustra todo o mal que possa ameaçar o Enviado.
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O Pai O protegerá totalmente, não importa o
perigo.
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“Porque aos seus anjos
dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Eles te
sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra. Pisarás
o leão e a cobra; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.” (Salmos
91:11-13).
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Nessa parte do Salmo 91, afirma-se
que os anjos são enviados para que guarde os caminhos o servo de Deus,
para que nem mesmo pedras firam seus pés.
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Ele pode
pisar leão, cobra e nada de mal acontece!
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Não podemos nos deixar contaminar com a visão
limitada e temporal de prosperidade humana.
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Se fizermos isso, acabaremos trabalhando para
Hollywood em filmes de super-heróis, ou cometendo equívocos teológicos do tipo:
“sou filho do dono do outro e da prata então posso tudo no que me fortalece!”.
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Não! Fuja disso, pois são sutilmente palavras do Diabo.
3- Promessas venceu os peregrinos (Sl. 91.14-16).
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91.1 4 — O termo traduzido aqui por amou não procede do
verbo usual hebraico para amar.
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Contém mais
a ideia de ter por perto e até de abraçar apertado com amor (Dt 7.7; 10.15).
Conheceu o meu nome trata de uma relação íntima e experiente com o Pai (Jo
1.18).
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91.15,16 — As promessas de Yahweh são de livrar o Messias (v.
15) e de lhe conceder abundância de dias (v. 16).
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São promessas do Pai de fazer reviver Seu
Filho e de lhe conceder Sua vida eterna (SI 16.10,11; 72.15; 118.17,18).
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A salvação reservada para o Enviado não é
justificação (pois Ele já é justo por Si próprio), mas, sim, libertação da
morte, sob a forma de Ressurreição (como em 118.21).
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O Salmo 91 conclui, assim, de forma dramática,
com uma promessa do Pai ao Filho quanto à Sua vitória final sobre a morte (1 Co
15.20,21).
· Abundâncias
de Dias- Um homem pode morrer jovem e, ainda assim, morrer pleno de dias,
satisfeito com sua vida.
·
Ademais eles
terão vida eterna no outro mundo.
Pr. Carlos Borges (CABB)