A palavra habitação pode ser traduzida por "mansão" ou " lugar de morada", o que dá a ideia de que Deus é nossa morada, nosso lar. Há plenitude e uma doçura na metáfora, pois nosso lar é muito estimado por nosso coração, ainda que seja uma cabana mais simples, ou um sótão mais apertado. e mais estimado ainda é o nosso Deus, em quem vivemos, nos movemos e existimos. É em casa que nos "sentimos seguro", deixamos o mundo para fora e permanecemos em calma segurança. Então, quando estamos com nosso Deus não "tememos mal algum". Ele é nossa proteção e nosso abrigo, nosso refúgio permanente. Em casa, "temos nosso descanso"; é ali que encontramos repouso após a fadiga e o trabalho pesado do dia. E, da mesma forma , nosso coração encontra descanso em Deus, quando, cansado devido aos conflitos da vida, nos voltamos para Ele e nossa alma descansa aliviada. Em casa, nós também "deixamos nosso coração livre; não temos medo de ser mal compreendidos nem de que nossa s palavras sejam mal interpretadas.
Então quando estamos com Deus podemos ter comunhão livre com Ele, deixando em aberto todos os nossos desejos escondidos pois, se "a intimidade do Senhor é para os que o temem", os segredos daquele que o temem precisamos estar, devemos estar com o seu Senhor. A casa também é o lugar de nossa "felicidade mais verdadeira e puro", e é em Deus que nosso coração encontra seu deleite mais profundo. A alegria que temos nele excede grandemente a qualquer outra alegria. "É também para nossa casa que trabalhamos". Essa ideia nos dá força para suportar os fardos diários e aviva as mãos para executarem a tarefa; e neste sentido podemos também dizer que Deus é nosso lar. O amor a ele nos fortalece. Pensamos nele, na pessoa de Seu amado Filho e um vislumbre da face sofredora do Redentor nos constrange a trabalhar em sua causa.Sentimos que precisamos trabalhar, pois ainda temos irmãos a serem salvos e temos o coração do nosso Pai ao qual desejamos alegrar, trazendo para casa Seus filhos afastados; desejamos encher de santa alegria a consagrada família na qual habitamos.
Felizes são aqueles que têm o Deus de Jacó como refúgio.
BASTA AO DISCÍPULO SER COMO O SEU MESTRE
Mt.10.25
Ninguém contestará essa afirmação, pois seria inconveniente que o servo fosse exaltado acima de seu Mestre. Quando nosso Senhor estava na terra, qual foi o tratamento que recebeu? Suas alegações foram reconhecidas, Suas instruções seguidas, Suas perfeições adoradas por aqueles a quem Ele veio abençoar? Não! "Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens" Sua morada era fora do acampamento, carregar a cruz era sua ocupação. O mundo concedeu-lhe conforto e repouso? "As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça". Esse território inóspito não lhe proporcionou abrigo; o expulsou e o crucificou . Se você é seguidor de Jesus e mantém uma caminhada e relacionamento consistente e semelhante ao de Cristo, você deve esperar que a parte de sua vida espiritual que se manifesta exteriormente, fique sob a observação dos homens. Eles o tratarão como trataram o Salvador: com desprezo. Não sonhe que pessoas mundanas o admirarão ou que, quanto mais santo e semelhante a Cristo você for, mais pacificamente será tratado pelas pessoas.Elas não valorizam o diamante polido, como, então, valorizarão a pedra preciosa ainda bruta? "Chamaram Belzebu ao dona da casa, quanto mais aos seus domésticos'? Se fossem mais como Cristo, deveríamos ser mais odiado por Seus inimigos. Seria uma triste desonra para o Filho de Deus ser querido pelo mundo. É um sinal muito ruim o mundo perverso aplaudir e exclamar: "Bom Trabalho" ao homem cristão.
E se isso acontecer, o cristão deve começar a analisar seu caráter e se perguntar se não está agindo incorretamente, considerando que os injustos o estão aprovando. Sejamos fiéis a nosso Mestre e não tenhamos amizade com um mundo cego e vil que o rejeita. Longe de nós buscar uma coroa de honra onde nosso Senhor encontrou uma coroa de espinhos.
Eis mais uma porção do Livro "DIA A DIA COM SPURGEON - MANHA E NOITE pgs. 640,641
Pr. Carlos Borges (CABB )
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