Sl. 90.1-6
Introdução: O Salmo 90 é uma lamentação por termos uma vida curta,
mas ao mesmo tempo é de confiança na proteção de Deus e um pedido profundo de
que Ele sempre renove sua confiança e dedicação ao seu povo. Considerado um dos
cinco Salmos Orações (sendo eles também o 72:20, 86, 102, e 146) o Salmo 90 é
de autoria de Moisés.
I ASPECTOS GERAIS
1-Autor títulos e data
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Muitos esforços têm sido feitos para provar que
Moisés não escreveu este Salmo, mas cremos que realmente foi Moisés.
·
A condição de Israel no deserto é tão
preeminente explicada em cada versículo, e as reviravoltas, expressões e
palavras são tão similares a muitas do Pentateuco.
·
Moisés era poderoso em palavras , assim como em
obras, e nós cremos que este salmo é uma de seus poderosos discursos.
·
Moisés era, peculiarmente, um homem de Deus e um
profeta: escolhido por Deus, inspirado por Deus, honrado por Deus e fiel a
Deus.
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Os profetas certamente são homens de oração.
·
Está não foi à única oração de Moisés.
2-Classificações
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Muitas gerações de pranteadores ouviram este
salmo quando ao lado da sepultura aberta, e com ele foram consolados.
·
Quando não percebiam a sua aplicação especial, a
Israel no deserto, e deixaram de se lembrar do nível mais elevado em que os
crentes agora se encontram.
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Moisés canta sobre a fragilidade do homem, e a
pouca duração da vida, comparadas aqui com eternidade de Deus.
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Ele é um pedido de realização de objetivos.
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Por isso é muito bom que antes de fazer essa
Oração se pense muito bem no que quer alcançar.
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Não peça ao Senhor algo que não é justo ou que
você sabe que não deverá ser realizado.
·
Seja
sensato e entregue de coração seu pedido nas mãos dEle.
3-Poesia Hebraica
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O Salmo 90 é um salmo de lamentação, em
que a comunidade reclama do juízo de Deus e da brevidade da vida.
·
Todavia, em meio à tristeza, o povo reconhece a
segurança que tem no Senhor e ora por sua renovação.
·
É o único poema no livro de Salmos atribuído a
Moisés, que escreveu outros dois poemas, registrados no Pentateuco (Êx 15; Dt
32).
·
O Salmo 90 abrange quatro partes:
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(1) afirmação da segurança de uma vida próxima
ao Senhor (v. 1,2);
·
(2) queixa a respeito da brevidade da vida (v.
3-6);
·
(3) queixa a respeito do juízo de Deus na vida
de Seu povo (v. 7-12);
·
(4)
oração pela restauração do povo (v. 13-17).
II A ETERNIDADE DIVINA
1-Deus Soberano (Sl. 90.1).
·
Senhor, aqui, não é o nome próprio de Deus (Êx
3.14,15), mas, sim, uma palavra hebraica que celebra a majestade de Sua
autoridade.
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A palavra sugere um título semelhante a meu
Mestre Supremo. Refúgio refere-se ao Senhor como abrigo para o Seu povo (Sl
71.3; 91.9).
·
De geração em geração.
·
Desde o começo de sua história, o povo
encontrara no Senhor seu refúgio e proteção.
·
Depois de 80 anos de preparação prática em
diversas experiências.
·
Moisés
foi chamado por Deus para libertar o povo de Israel.
·
Os descendentes privilegiados de Abraão, da sua
escravidão no Egito.
·
O
primeiro dos cinco livros atribuídos a Moisés servia para educar a nação sobre
suas raízes nessa linhagem e seu lugar nas grandes promessas dadas aos
Patriarcas.
·
Com certeza, essas lições históricas ocuparam um
espaço importante no ensinamento que Moisés deu aos israelitas no deserto
depois de saírem do Egito.
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O Pentateuco frisa a sublimidade do Eterno
Criador em contraste com a fragilidade dos homens depois do pecado do primeiro
casal.
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Deus é eterno, mas o homem é mortal.
2-Breve Existência (Sl. 90.5).
·
Mesmo que as pessoas vivessem mil anos,
passariam como a vigília da noite.
·
Mil anos
pode parecer muito tempo, mas nada é em comparação à existência eterna de Deus.
·
A erva brota depois da chuva, mas logo murcha
sob o calor — quase que no mesmo dia.
·
Todos precisamos nos lembrar de que a vida é
curta.
·
Mesmo que chegue aos cem anos, é curta.
·
Todos precisamos nos lembrar de que a vida passa
muito rapidamente.
·
Nosso tempo de vida é como a hora que
passou (verso 4).
·
Nossos dias são breves como o sono (verso 5b).
·
Nossa
história pessoal é como a relva que brota ao amanhecer e murcha de tardezinha
(verso 5c).
·
Neste tempo curto, devemos fazer o que nos cabe
fazer, sabendo, por exemplo, que o tempo jogado no lixo não volta do lixo.
·
Nossa
vida será o que nós fizermos dela.
·
Nossos antepassados podem ter deixado um legal
(valioso ou horroroso), mas a responsabilidade por nossa vida é nossa.
·
Só nós
vivemos a nossa vida.
·
Nossos pais certamente nos influenciam, mas a
responsabilidade, quando nos chega o tempo da responsabilidade, é nossa.
·
Podemos culpar os nossos pais, que ainda assim
vida será nossa: cabe-nos vivê-la.
3-O elemento “desobediência (Sl. 7-11)”.
·
(7)
Somos consumidos pela tua ira e aterrorizados pelo teu furor.
·
(8)
Conheces as nossas iniquidades; não escapam os nossos pecados secretos à luz da
tua presença.
·
(9)
Todos os nossos dias passam debaixo do teu furor; vão-se como um murmúrio.
·
(10) Os
anos de nossa vida chegam a 70, ou a 80 para os que têm mais vigor; entretanto,
são anos difíceis e cheios de sofrimento, pois a vida passa depressa, e nós
voamos!
·
(11)
Quem conhece o poder da tua ira? Pois o teu furor é tão grande como o temor que
te é devido.
·
Do 7 ao 12, Moisés clama pela misericórdia
Divina.
·
Pois com a nossa breve vida aprendemos a andar
pelos caminhos certos graças aos ensinamentos do Senhor, pois se não fosse a
Sua presença e amor por teus filhos, passaríamos por uma vida perdidos.
III TRANSITORIEDADE DO HOMEM
1- Consciência de nossa limitação (Sl. 90.12).
·
“12. Ensina-nos
a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.”
·
É um pedido de que Deus nos ajude a dar valor a
nossas vidas para que possamos carregar conosco a sabedoria necessária para
termos a melhor passagem por esse mundo, sem sofrimentos.
·
Moisés
solicita que Deus renove sempre Seu amor por nós, e as esperanças em nossos
corações para que possamos viver seguros e em paz.
·
É a
demonstração de que aprendemos como é doloroso viver sem Deus, mas que esses
dias passaram e que agora são nada mais do que aprendizados, pois a felicidade
foi alcançada ao nos voltarmos ao caminho do Senhor.
·
Os homens são levados, por reflexões sobre a
brevidade do tempo, a dedicar a sua vida na mais sincera atenção a coisas
eternas.
2- Consciências de nossos erros (Sl 90.13)
·
Nos versículo de 13 e 14, Moisés solicita que
Deus renove sempre Seu amor por nós.
·
As esperanças em nossos corações para que
possamos viver seguros e em paz.
·
Moisés reconhece que os israelitas ainda são
servos de Deus.
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Eles tinham se rebelado, massa não tinham abandonado
o Senhor completamente, eles reconheciam as suas obrigações de obedecer a Sua
vontade (Palavra).
·
Embora Deus ferisse Israel, eles eram seu povo,
e Ele jamais os tinha renegado, por isso eles suplicam que Ele lide
favoravelmente com eles.
·
Embora eles não pudessem ver a terra prometida,
ainda assim imploravam que Ele os alegrasse pela estrada com a Sua
misericórdia.
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A oração equivale a outras palavras que vieram
do manso legislador, quando ele corajosamente , rogou a Deus pela nação ele tem
o estilo de Moisés.
3- Súplica por dias melhores (SL. 90.17).
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Moisés
pede inspiração para realizar uma grande obra em nome do Pai, de forma que ela
seja duradoura e que as próximas gerações possam continuar no caminho certo com
essa mensagem de fé e sabedoria.
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O Salmo 90 é uma demonstração de nossos medos e
fraquezas, mas que sabemos dar valor a tudo que Deus nos ensina e estamos
cientes de que andar por Seu caminho nos traz somente o melhor para nossas
vidas.
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Eles sabem que sem o Senhor nada podem fazer, e
por isso clamam a Ele.
·
Eles pedem ajuda no trabalho, aceitação dos seus
esforços e o estabelecimento de seus desígnios.
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A igreja, como um todo, deseja fervorosamente que
a mão do Senhor possa trabalhar com a mão do Seu povo, para que um edifício
substancial e eterno para o louvor e a glória de Deus possa ser o resultado.
Pr. Carlos Borges (CABB)
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