Et.3.1-11; 4.12-17
Introdução: Em Ester 3, o escritor nos
mostra um acontecimento decisivo na história do povo de Deus: a promoção de
Hamã, no governo de Xerxes e seu ódio contra os judeus.
Ao receber da parte do rei uma posição elevada, Hamã queria ser
reverenciado por todos. Contudo, Mardoqueu não lhe prestava tal reverência não
se curvava diante dele.
Quando soube disso, Hamã ficou furioso e decidiu destruir não
apenas Mardoqueu, mas todo o seu povo os judeus.
O Diabo que é inimigo declarado do povo de
Deus, o influenciou e ele arquitetou um plano maligno e determinou um dia para
a execução.
1- Mordecai não se dobrou a Hamã
(Et.3.2)
1. Nos
tempos antigos, o respeito a um superior era demonstrado inclinando a cabeça ou
se abaixando até o chão.
2. Mordecai,
porém, não se inclinou, nem se prostrava.
3. Nenhuma
razão específica é dada para Mordecai se
recusar a inclinar-se a Hamã.
4. Hamã
era descendente do rei amalequita (Aguague), um inimigo do rei Saul, de Israel
(1 Sm.15.7,8).
5. Hamã
é introduzido abruptamente, e não é dada a razão de sua promoção a um alto
cargo.
6. Deus
decretou continua inimizade entre
amalequita e israelitas(Êx.17.8-16).
7. O
problema se estende desde Jacó e Esaú
(Amaleque era descendente de Esaú (Gn.36.12).
8. Acima
de todos os príncipes – Hamã era como um primeiro Ministro, um
secretário do Estado ou um grande conselheiro do Rei Assuero.
1. Furor
(Heb. chemah- que soa similar ao nome de Hamã) – Sua fúria extrema parece estar fora de proporção pela
depreciação que ele recebeu de Mordecai.
2. A
animosidade de Hamã ante Mordecai e os judeus deve ter sido construída por um
longo tempo.
3. Mordecai
também foi perseguido, como Jesus foi perseguido.
4. Mordecai
foi perseguido pelo perverso Hamã.
5. Jesus
foi perseguido pelo povo rebelde.
6. Mordecai,
por meio de sua oração, libertou seu
povo das mãos de Hamã.
7. Jesus,
por meio de sua oração, libertou seu povo das mãos do diabo (nosso Hamã
espiritual).
8. Como servos de Deus devemos estar cientes de que vivemos em uma
grande batalha espiritual.
9. Estamos
cercados por hostes e principados, nas regiões celestiais.
10. Por isso, devemos estar vigilantes.
11. Em oração, de maneira que possamos ouvir a Deus e clamar
pelo seu socorro.
1. A recusa diária de Mardoqueu em
curvar-se a Hamã deixou o funcionário com tanto ódio que ele jurou matar todos
os judeus do Império Persa.
2. A ancestralidade amalequita de Hamã
explicaria esse ódio profundo.
3. Nisã é o primeiro mês do antigo
calendário lunar, corresponde a março e abril em nosso calendário.
4. O décimo segundo ano do reinado de
Assuero foi 474 a.C.
5.
Se
lançou Pur. A
palavra pur foi a base para o nome da festa de Purim (cap. 9).
6.
Lançar a sorte era comum na antiguidade.
7.
O fato de a sorte ter sido lançada no início
do ano para determinar a melhor época para a destruição dos judeus é típico da
cultura daquela era.
8.
A
religião babilônica afirmava que os deuses reuniam-se no começo de todos os
anos para estipular o destino dos seres humanos.
9. Hamã não identificou o povo no
início.
10. Ele pode ter se aproveitado do senso
inato de superioridade do imperador persa sobre outros povos.
11. Hamã agiu como se seus motivos não passassem
de admissível preocupação com o bem-estar do rei.
12. Ele deixou implícito que esse grupo anônimo
era rebelde, uma ameaça real ao rei.
13. O anel de sinete do rei simbolizava
sua autoridade.
14. Quando ele deu esse anel a Hamã, passou a ele
um símbolo da pessoa real.
15. Isso significava que Hamã podia
seguir adiante com seu plano.
16. Pode parecer que o rei estivesse se
recusando a aceitar a prata.
17. Porém, isso é de difícil conciliação com as
palavras de Mardoqueu a Ester, em Et 4-7, e o comentário da mesma sobre estar
vendida, em Et 7.4.
18. Provavelmente, o rei estava usando o
método de barganha comum à época (Gn 23.7-18).
1- O Edito é publicado (Et.3.12)
1. Dia treze do Primeiro Mês- Hamã emitiu o decreto de aniquilação dos
judeus um dia antes da celebração anual da Páscoa (14º dia de nisã).
2. Sátrapas – Heródoto reporta que Dario havia
organizado o império em mais de vinte sátrapas
( governadores de uma província, entre
os antigos persas).
3. Escribas. O rei possuía escrivães que
escreviam os documentos oficiais.
4. Esse versículo nos dá uma imagem da
abrangência do edito.
5. Este foi dado aos príncipes das províncias,
garantindo sua distribuição em todos os lugares do reino.
6. Foi, também, vertido para as línguas de cada
povo do reino.
7. A
marca do anel de sinete equivale à de uma assinatura nos dias de hoje (1 Rs
21.8).
1.
Os
correios eram mensageiros reais estacionados em vários pontos situados às
margens das principais estradas que transportavam as mensagens a cavalo.
2.
A conspiração para matar os judeus incluía os
de todas as idades e de ambos os sexos.
3.
O
mês de Adar corresponde a fevereiro e março em nosso calendário (Et 3.7; 8.12).
4.
Deus
permitirá que autoridade seja dada aos nossos adversários para que situações de
treinamento sejam iniciadas em nossas vidas.
5.
O
decreto era de morte para todos os judeus.
6.
Uma
grande confusão foi instaurada enquanto isso, o rei e Hamã, comiam e bebiam.
7.
Haverá
muitos dias assim, enquanto choramos muitas pessoas que não tem nenhum compromisso
com Deus, se alegram, comem e vivem fartamente.
8.
Muitos
decretos e determinações serão assinados pelo inimigo contra as nossas vidas,
mas precisamos crer que a Palavra final vem de Deus.
9.
O
ódio extremo de Hamã contra os judeus os ameaça com a aniquilação.
10.
Fanatismo e intolerância continuam em nosso mundo moderno.
11.
Nossos
preconceitos podem colocar barreiras para a pregação das Boas Novas.
1. O desdém do rei e de Hamã, que se assentou
a beber enquanto a mensagem corria o reino.
2. Dificilmente deixa de provocar uma
empada no leitor em relação à situação dos judeus.
3. O
texto afirma que até os habitantes da cidade de Susã ficaram perplexos.
4. A
brutalidade severa do edito fica patente pela desconsideração demonstrada pela
vida humana nessa frase.
5. Por outro lado, a providência divina é
vista com clareza no fato de que há um prazo de 11 meses até a execução do
decreto.
6. O ódio extremo de Hamã, o Espírito Santo
precisa tirar as raízes do peado de Hamã
do nosso coração.
12.
Infelizmente,
existe muitas pessoas com o coração de Hamã, e poucas com o coração de Mordecai, e Ester.
1- Angústia e desespero
(Et.4.1)
1.
Em Ester 4, quando o decreto da morte dos
judeus é oficialmente publicado em todas as províncias, Mardoqueu é tomado por
um lamento e tristeza profundos.
2.
A atitude dele deve ser a nossa em momentos de
caos na nossa nação, comunidade, povo. Precisamos amar nosso povo e nação.
3.
Somos vozes proféticas levantadas para ser sal
e luz.
4.
Se não resplandecermos tudo ao nosso redor
será dominado por trevas e nós mesmos seremos tragados por ela.
5.
Quando soube da tristeza de Mardoqueu, a
rainha Ester ficou muito aflita, mas não sabia o motivo, e então mandou
perguntar o que estava acontecendo.
6.
O mensageiro foi até Mardoqueu e voltou a
rainha com as respostas.
7.
Ele contou sobre o decreto da morte dos judeus
e com instruções de seu pai adotivo, para que ela intercedesse junto ao rei.
8.
Mas não era tão simples, havia um decreto que
proibia a qualquer um ir a presença do rei sem ser chamado, e a pena podia ser
a morte, a não ser que o Xerxes estendesse o cetro a Ester, simbolizando sua
permissão a ela.
2-Um Apelo a Ester (Et.4.14)
1.
Mardoqueu,
crendo que socorro e livramento viriam doutra parte, asseverava sua fé em Deus
e Sua promessa de proteger o povo judeu.
2.
Deus
controla todos os acontecimentos do Seu mundo e interviria com ou sem Ester.
3.
Caso ela se recusasse a ajudar, pereceria
junto à casa de seu pai.
4.
Aqui,
Mardoqueu pode estar se referindo ao julgamento divino.
5.
Ao
concluir seu apelo, Mardoqueu sugeriu um motivo providencial para sua ascensão
à rainha justamente nesse momento histórico.
6.
Ester era instrumento de Deus no livramento
dos judeus.
7.
Quem sabe.
8.
Como
Yahweh controla a história humana e usa constantemente o Seu povo para cumprir
os Seus propósitos.
9.
Essas
maravilhosas e conhecidas palavras podem ser estendidas à vida de todos os
filhos de Deus, em todos os lugares..
3- Ester concorda em interceder
(Et.4.16)
1. Ester concordou em interceder junto ao rei em favor do seu
povo.
2. O jejum por três dias deixa implícito um período de
determinada busca ao Senhor nessa difícil encruzilhada.
3. Digno de nota é o fato
de, mesmo nesse momento, o narrador não utilizar o nome de Deus.
4. Ester também buscava o
apoio do povo judeu quando pediu que ele se juntasse a ela em jejum.
5. Ela compreendia
perfeitamente que iria descumprir a lei daquela terra e poderia sofrer a mais
severa consequência: perecer.
6. As
palavras de Mardoqueu à Ester são profundas.
7. Ele cria que socorro viria de Deus para os
judeus, e talvez ele quisesse usá-la.
8. Mas
caso ela se recusasse o Senhor levantaria outra pessoa, mas qual seria o seu
futuro?
9. Aqui
nesta história temo uma tipologia da Igreja com
Senhor Jesus (Mordecai um protótipo do Espirito Santo; Ester um
protótipo da Igreja e Rei um protótipo de Jesus)
10. É a
Igreja(Ester espiritual) que intercede ao Jesus( Assuero espiritual), sob a
orientação do Espírito Santo(Mordecai espiritual)
Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)