Et.1.1-22
Introdução: O livro de Ester é um dos livros que compõe o Antigo
Testamento. Esse livro narra a história de Ester, Mardoqueu, Hamã e
Assuero. Na Bíblia hebraica esse livro está organizado dentro do grupo
chamado Megilote, cuja composição consiste em cinco livros. São
eles: Rute, Cantares de Salomão, Eclesiastes, Lamentações e Ester. Neste estudo bíblico faremos um panorama do livro de Ester e
conheceremos suas principais características.
1-Titulo autor e data (Et.1.1)
1. O autor do livro de Ester é desconhecido.
2. Os eventos narrados aconteceram durante o exilio entre
483 a. C e 471 a. C
3. Alguns já
sugeriram que tenha sido Mardoqueu, porém detalhes textuais tornam essa
possibilidade bastante improvável.
4. O que se sabe ao certo é que o autor do livro de Ester
foi um judeu que possuía um grande conhecimento dos costumes persas, da
geografia do império e da corte.
5. É bem provável que ele tenha vivido em Susã.
6. Possivelmente
ele também teve acesso aos escritos de Mardoqueu, às crônicas do governo persa
e aos decretos reais.
7.
Devido a algumas
semelhanças no estilo hebraico, Esdras e Neemias também já foram apontados como
possíveis autores.
2- Ausência do nome de Deus (Rt.4.14)
1.
É verdade que
o nome de Deus não
aparece diretamente mencionado no livro de Ester.
2.
Muitas especulações já foram feitas na
tentativa de explicar o porquê do autor não ter citado explicitamente o nome de
Deus, mas nenhuma delas é digna de nota.
3.
Apesar disto, o
que se sabe é que o autor conseguiu transmitir perfeitamente a ênfase
espiritual que pretendia.
4. No livro de Ester ele faz referência ao jejum e ao
clamor dos judeus por ajuda.
5. Obviamente eles estavam jejuando e pedindo ajuda a
Deus.
6. Mardoqueu
também demonstra sua fé em Deus explicando que, se Ester falhasse, ele sabia
que o socorro para os judeus aconteceria de alguma forma.
7. Mardoqueu
também expressa sua compreensão acerca da soberania de Deus quando enxerga a
providencia divina na posição de honra que foi dada a Ester (Ester 4:13,14).
8.
Aqui
também vale mencionar o versículo que destaca a fala dos sábios e da esposa de
Hamã, quando lhe disseram: “Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da
descendência dos judeus, não prevalecerás contra ele, antes certamente cairás
diante dele” (Ester 6:13).
9.
Nesta
frase está mais do que clara a referência ao poder e a glória do Deus de
Israel diante do fracasso iminente do arrogante e vaidoso Hamã.
10.
Na
verdade, a forma com que o autor do livro conduziu a narrativa, coloca Deus em
evidência do começo ao fim do livro de Ester.
1.
Qual
é a importância do Livro de Ester?
2.
O livro de Ester
ensina alguns princípios fundamentais para nossa vida cristã. Nele aprendemos
que em determinados momentos o povo de Deus sofre intensas perseguições de seus
inimigos, porém Deus preserva o seu povo durante os períodos difíceis.
3.
No livro de Ester
também aprendemos que, como povo escolhido do Senhor, devemos exaltá-lo por
todas as suas maravilhas.
4.
Devemos
permanecer fieis a Deus esperando sua provisão a nosso favor, confiando que Ele
derrotará definitivamente todos aqueles que se levantam contra sua obra.
5.
Então Ester se tornou a nova rainha.
6.
Contudo, ela não revelou a
ninguém que era judia, conforme a ordem dada por Mardoqueu.
7.
Então ninguém, nem mesmo o Rei
sabia qual a nacionalidade de Ester.
8.
O livro de Ester
ensina alguns princípios fundamentais para nossa vida cristã.
9.
Nele aprendemos que em determinados momentos o
povo de Deus sofre intensas perseguições de seus inimigos, porém Deus preserva
o seu povo durante os períodos difíceis.
10.
No livro de Ester
também aprendemos que, como povo escolhido do Senhor, devemos exaltá-lo por
todas as suas maravilhas.
11.
Devemos permanecer fieis a Deus esperando sua
provisão a nosso favor, confiando que Ele derrotará definitivamente todos
aqueles que se levantam contra sua obra.
1-Exatidão da história (Et.1.1)
1.
Os acontecimentos descritos no livro de Ester aconteceram quando o
povo de Israel era cativo na Babilônia.
2.
O local da história é Susã, a
cidade onde o Rei da Pérsia e Média, o Rei Assuero1, vivia.
3.
Este Rei após mandar embora sua
primeira esposa, a rainha Vasti, ele estava buscando uma nova esposa para se
tornar rainha.
4.
Nesse intuito organizaram uma competição onde mulheres de todo o reino
foram convidadas a vir até Susã com o propósito de que uma delas preenchesse o
lugar vazio da rainha. (Ester 2:1-4).
5.
No meio dessas mulheres estava também Ester, uma jovem hebreia que foi
criada por Mardoqueu, um dos cativos que foram trazidos de Jerusalém por
Nabucodonosor (Ester 2:5-7).
6.
Finalmente esta jovem após
obter a graça3, primeiro de “Hegai,
guarda das mulheres" (Ester 2:9), segundo a graça "de todos que a
viram" (Ester 2:15) e por fim e mais importante a graça do próprio Rei
(Ester 2:17), ganhou a competição.
1.
Susã, hoje em dia Schusch, no Kuzestão, sudoeste
da Pérsia, foi numa época a capital de Elã.
2.
Foi destruída por volta do ano 645 a.C. por
Assurbanipal, mas posteriormente voltou a florescer com todo o esplendor como
residência dos persas aquemênidas.
3.
A capital da antiga Elão, Susã era uma das quatro residências
dos imperadores persas.
4.
Susã ficava a cerca de
240 km ao norte do Golfo Pérsico. Foi o local de uma das visões de Daniel (Dn
8.2), e foi onde Neemias serviu como copeiro ao rei Artaxerxes (Ne 1.1,2).
Fortaleza.
5.
A capital tinha um palácio-fortaleza em seu ponto mais alto,
a acrópole.
6.
No
terceiro ano de seu reinado, Assuero exibiu a riqueza de seu reino por seis
meses.
7.
Existem
controvérsias sobre se o rei teria dado um ou dois banquetes.
8.
E possível que o v. 3 apresente a ideia de um
grande banquete e o v. 5 registre os detalhes específicos daquilo que acabou
sendo um festival de sete dias.
9.
É
improvável que o banquete em si tenha durado 180 dias.
3-O Esplendor Persa (et.1.4)
1. Pérsia e
Média. Entre essas duas nações, os medos já haviam sido os
mais fortes.
2. Desde o reinado de Ciro, os persas dominavam o
reino. Juntos, estabeleceram um poderoso império (Dn 5.28).
3. Branco e
azul-celeste. Eram as cores reais dos persas. O costume
persa era recostar-se em sofás à mesa.
4.
O monarca ordenou que os convidados bebessem na quantidade
que preferissem, fosse ela muita ou pouca.
5.
Isso diferia do costume persa, segundo o qual os convidados
de um banquete deviam beber todas as vezes que o rei erguesse sua taça.
6. Vasti. A rainha ofereceu
um banquete separado para as convidadas.
7. Este versículo serve para preparar a cena dos
versículo 10-12 e para definir para o leitor as importantes diferenças de
status entre homens e mulheres da corte persa.
1-O Rei é
desafiado (Et.1.12)
1. Recusou vir – A debilidade do Rei e evidenciada,
neste versículo quando ele manda buscar Vasti, estando ele ébrio e na companhia
de muitos cavalheiros, dos quais a maioria, certamente, estaria nas mesmas
condições de ebriedade.
2. No entanto, talvez
não fosse sábio da parte da rainha negar
o pedido do rei.
3. Se ela fosse até o
Rei, iria, evidentemente, em pura obediência, e isso não seria um reflexo ruim para a sua modéstia.
4. O rei depositava
muita confiança nesses conselheiros, e
os honrava-os.
5. Devido ao grau de confiança que esses homens
eram capazes de conquistar, às vezes também serviam em funções administrativas
do reino.
6. Harbona, mais
tarde, terá um papel significativo na história (Et 7.9).
7.
Sábios que entendiam dos tempos. Astrólogos e
mágicos da corte aconselhavam e previam o futuro com base no que fingiam
conhecer do sobrenatural.
8.
Os profetas muitas vezes lançavam um olhar de escárnio sobre
tais charlatães (Is 44.24,25).
9. Esses homens tinham o
privilégio incomum de falar pessoalmente ao rei.
1.
Sábios que entendiam dos tempos.
2.
Astrólogos e mágicos da corte aconselhavam e previam o futuro
com base no que fingiam conhecer do sobrenatural.
3.
Os profetas muitas vezes lançavam um olhar de escárnio sobre
tais charlatães (Is 44.24,25).
4. Os sete conselheiros
provavelmente eram este mesmo grupo.
5. Agindo como porta-voz dos outros,
Memucã respondeu com astúcia, transformando a ofensa em algo maior do que uma
afronta pessoal ao rei.
6. Desprezo. A palavra
hebraica empregada aqui ocorre somente nesta situação em todo o Antigo
Testamento.
7. Tem relação com o
verbo traduzido como desprezarão no versículo 17.
8. Talvez o pensamento
desse conselheiro tenha sido obscurecido pela bebida.
9. Com certeza essa
Lei não fez com que as mulheres daquele país respeitassem seus maridos.
10. No fundo de toda
essa história, vemos a mão de Deus, agindo para no seu devido tempo, Ester
viesse a se tornar rainha da Pérsia e Média.
1. O rei da persa era tido como um
“deus” por muitos de seus súditos.
2. Assim sendo expedia uma Lei ou ordem, ela permanecia para sempre.
3. Outra Lei poderia expedida para
neutralizar os efeitos de uma lei antiga.
4. Edito real. Memucã urgiu
o rei a tomar providências imediatas contra Vasti.
5. A rainha receberia o equivalente a um divórcio
e seria rebaixada de sua posição privilegiada de esposa preferida do rei.
6. Enviou cartas. Os persas
eram conhecidos por terem um excelente sistema postal.
7. A cada povo segundo
sua língua.
8. Isso sugere o
respeito concedido aos idiomas e dialetos locais no império persa.
Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)
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