quarta-feira, 18 de agosto de 2021

O BANQUETE DE ASSUERO E VASTI DESTRONADA

 


Et.1.1-22

Introdução: O livro de Ester é um dos livros que compõe o Antigo Testamento. Esse livro narra a história de Ester, Mardoqueu, Hamã e Assuero. Na Bíblia hebraica esse livro está organizado dentro do grupo chamado Megilote, cuja composição consiste em cinco livros. São eles: Rute, Cantares de Salomão, Eclesiastes, Lamentações e Ester. Neste estudo bíblico faremos um panorama do livro de Ester e conheceremos suas principais características.

 I O LIVRO DE ESTER

1-Titulo autor e data (Et.1.1)

1.      O autor do livro de Ester é desconhecido.

2.      Os eventos narrados aconteceram durante o exilio entre 483 a. C e 471 a. C

3.       Alguns já sugeriram que tenha sido Mardoqueu, porém detalhes textuais tornam essa possibilidade bastante improvável.

4.      O que se sabe ao certo é que o autor do livro de Ester foi um judeu que possuía um grande conhecimento dos costumes persas, da geografia do império e da corte.

5.      É bem provável que ele tenha vivido em Susã.

6.       Possivelmente ele também teve acesso aos escritos de Mardoqueu, às crônicas do governo persa e aos decretos reais.

7.      Devido a algumas semelhanças no estilo hebraico, Esdras e Neemias também já foram apontados como possíveis autores.

2- Ausência do nome de Deus (Rt.4.14)

1.      É verdade que o nome de Deus não aparece diretamente mencionado no livro de Ester.

2.       Muitas especulações já foram feitas na tentativa de explicar o porquê do autor não ter citado explicitamente o nome de Deus, mas nenhuma delas é digna de nota.

3.      Apesar disto, o que se sabe é que o autor conseguiu transmitir perfeitamente a ênfase espiritual que pretendia.

4.      No livro de Ester ele faz referência ao jejum e ao clamor dos judeus por ajuda.

5.      Obviamente eles estavam jejuando e pedindo ajuda a Deus.

6.       Mardoqueu também demonstra sua fé em Deus explicando que, se Ester falhasse, ele sabia que o socorro para os judeus aconteceria de alguma forma.

7.       Mardoqueu também expressa sua compreensão acerca da soberania de Deus quando enxerga a providencia divina na posição de honra que foi dada a Ester (Ester 4:13,14).

8.      Aqui também vale mencionar o versículo que destaca a fala dos sábios e da esposa de Hamã, quando lhe disseram: “Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da descendência dos judeus, não prevalecerás contra ele, antes certamente cairás diante dele” (Ester 6:13).

9.      Nesta frase está mais do que clara a referência ao poder e a glória do Deus de Israel diante do fracasso iminente do arrogante e vaidoso Hamã.

10.    Na verdade, a forma com que o autor do livro conduziu a narrativa, coloca Deus em evidência do começo ao fim do livro de Ester.

 3-Importância do Livro ( Et.9.26)

1.      Qual é a importância do Livro de Ester?

2.      O livro de Ester ensina alguns princípios fundamentais para nossa vida cristã. Nele aprendemos que em determinados momentos o povo de Deus sofre intensas perseguições de seus inimigos, porém Deus preserva o seu povo durante os períodos difíceis.

3.      No livro de Ester também aprendemos que, como povo escolhido do Senhor, devemos exaltá-lo por todas as suas maravilhas.

4.      Devemos permanecer fieis a Deus esperando sua provisão a nosso favor, confiando que Ele derrotará definitivamente todos aqueles que se levantam contra sua obra.

5.      Então Ester se tornou a nova rainha.

6.       Contudo, ela não revelou a ninguém que era judia, conforme a ordem dada por Mardoqueu.

7.       Então ninguém, nem mesmo o Rei sabia qual a nacionalidade de Ester.

8.      O livro de Ester ensina alguns princípios fundamentais para nossa vida cristã.

9.       Nele aprendemos que em determinados momentos o povo de Deus sofre intensas perseguições de seus inimigos, porém Deus preserva o seu povo durante os períodos difíceis.

10.    No livro de Ester também aprendemos que, como povo escolhido do Senhor, devemos exaltá-lo por todas as suas maravilhas.

11.     Devemos permanecer fieis a Deus esperando sua provisão a nosso favor, confiando que Ele derrotará definitivamente todos aqueles que se levantam contra sua obra.

 II BANQUETE DE ASSUERO

1-Exatidão da história (Et.1.1)

1.      Os acontecimentos descritos no livro de Ester aconteceram quando o povo de Israel era cativo na Babilônia.

2.       O local da história é Susã, a cidade onde o Rei da Pérsia e Média, o Rei Assuero1, vivia.

3.       Este Rei após mandar embora sua primeira esposa, a rainha Vasti, ele estava buscando uma nova esposa para se tornar rainha.

4.      Nesse intuito organizaram uma competição onde mulheres de todo o reino foram convidadas a vir até Susã com o propósito de que uma delas preenchesse o lugar vazio da rainha. (Ester 2:1-4).

5.      No meio dessas mulheres estava também Ester, uma jovem hebreia que foi criada por Mardoqueu, um dos cativos que foram trazidos de Jerusalém por Nabucodonosor (Ester 2:5-7).

6.       Finalmente esta jovem após obter a graça3, primeiro de “Hegai, guarda das mulheres" (Ester 2:9), segundo a graça "de todos que a viram" (Ester 2:15) e por fim e mais importante a graça do próprio Rei (Ester 2:17), ganhou a competição.

 2-A cidade de Susã (Et.1.2)

1.      Susã, hoje em dia Schusch, no Kuzestão, sudoeste da Pérsia, foi numa época a capital de Elã.

2.       Foi destruída por volta do ano 645 a.C. por Assurbanipal, mas posteriormente voltou a florescer com todo o esplendor como residência dos persas aquemênidas.

3.      A capital da antiga Elão, Susã era uma das quatro residências dos imperadores persas.

4.       Susã ficava a cerca de 240 km ao norte do Golfo Pérsico. Foi o local de uma das visões de Daniel (Dn 8.2), e foi onde Neemias serviu como copeiro ao rei Artaxerxes (Ne 1.1,2). Fortaleza.

5.      A capital tinha um palácio-fortaleza em seu ponto mais alto, a acrópole.

6.      No terceiro ano de seu reinado, Assuero exibiu a riqueza de seu reino por seis meses.

7.      Existem controvérsias sobre se o rei teria dado um ou dois banquetes.

8.       E possível que o v. 3 apresente a ideia de um grande banquete e o v. 5 registre os detalhes específicos daquilo que acabou sendo um festival de sete dias.

9.      É improvável que o banquete em si tenha durado 180 dias.

3-O Esplendor Persa (et.1.4)

1.      Pérsia e Média. Entre essas duas nações, os medos já haviam sido os mais fortes.

2.       Desde o reinado de Ciro, os persas dominavam o reino. Juntos, estabeleceram um poderoso império (Dn 5.28).

3.      Branco e azul-celeste. Eram as cores reais dos persas. O costume persa era recostar-se em sofás à mesa.

4.      O monarca ordenou que os convidados bebessem na quantidade que preferissem, fosse ela muita ou pouca.

5.      Isso diferia do costume persa, segundo o qual os convidados de um banquete deviam beber todas as vezes que o rei erguesse sua taça.

6.      Vasti. A rainha ofereceu um banquete separado para as convidadas.

7.       Este versículo serve para preparar a cena dos versículo 10-12 e para definir para o leitor as importantes diferenças de status entre homens e mulheres da corte persa.

 III VASTI É DESTRONADA

1-O Rei é desafiado (Et.1.12)

1.      Recusou vir – A debilidade do Rei e evidenciada, neste versículo quando ele manda buscar Vasti, estando ele ébrio e na companhia de muitos cavalheiros, dos quais a maioria, certamente, estaria nas mesmas condições de ebriedade.

2.      No entanto, talvez não fosse sábio da parte da rainha  negar o pedido do rei.

3.      Se ela fosse até o Rei, iria, evidentemente, em pura obediência, e isso não seria um reflexo  ruim para a sua modéstia.

4.      O rei depositava muita confiança  nesses conselheiros, e os honrava-os.

5.       Devido ao grau de confiança que esses homens eram capazes de conquistar, às vezes também serviam em funções administrativas do reino.

6.      Harbona, mais tarde, terá um papel significativo na história (Et 7.9).

7.      Sábios que entendiam dos tempos. Astrólogos e mágicos da corte aconselhavam e previam o futuro com base no que fingiam conhecer do sobrenatural.

8.      Os profetas muitas vezes lançavam um olhar de escárnio sobre tais charlatães (Is 44.24,25).

9.      Esses homens tinham o privilégio incomum de falar pessoalmente ao rei.

 2-Crise Institucional (Et.1.18)

1.      Sábios que entendiam dos tempos. 

2.      Astrólogos e mágicos da corte aconselhavam e previam o futuro com base no que fingiam conhecer do sobrenatural.

3.      Os profetas muitas vezes lançavam um olhar de escárnio sobre tais charlatães (Is 44.24,25).

4.      Os sete conselheiros provavelmente eram este mesmo grupo.

5.       Agindo como porta-voz dos outros, Memucã respondeu com astúcia, transformando a ofensa em algo maior do que uma afronta pessoal ao rei.

6.      Desprezo. A palavra hebraica empregada aqui ocorre somente nesta situação em todo o Antigo Testamento.

7.      Tem relação com o verbo traduzido como desprezarão no versículo 17.

8.      Talvez o pensamento desse conselheiro tenha sido obscurecido pela bebida.

9.      Com certeza essa Lei não fez com que as mulheres daquele país respeitassem seus maridos.

10.    No fundo de toda essa história, vemos a mão de Deus, agindo para no seu devido tempo, Ester viesse a se tornar rainha da Pérsia e Média.

 3-Vasti é destronada (Et.1.19)

1.      O rei da persa era tido como um “deus”  por muitos de seus súditos.

2.      Assim sendo  expedia uma Lei  ou ordem, ela permanecia para sempre.

3.      Outra Lei poderia expedida para neutralizar os efeitos de uma lei antiga.

4.      Edito real. Memucã urgiu o rei a tomar providências imediatas contra Vasti.

5.       A rainha receberia o equivalente a um divórcio e seria rebaixada de sua posição privilegiada de esposa preferida do rei.

6.      Enviou cartas. Os persas eram conhecidos por terem um excelente sistema postal.

7.      A cada povo segundo sua língua.

8.      Isso sugere o respeito concedido aos idiomas e dialetos locais no império persa.

        Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)     

 

 

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