sábado, 28 de agosto de 2021

A TRAMA DE HAMÃ

 


Et.3.1-11; 4.12-17

Introdução: Em Ester 3, o escritor nos mostra um acontecimento decisivo na história do povo de Deus: a promoção de Hamã, no governo de Xerxes e seu ódio contra os judeus.

Ao receber da parte do rei uma posição elevada, Hamã queria ser reverenciado por todos. Contudo, Mardoqueu não lhe prestava tal reverência não se curvava diante dele.

Quando soube disso, Hamã ficou furioso e decidiu destruir não apenas Mardoqueu, mas todo o seu povo os judeus.

Diabo que é inimigo declarado do povo de Deus, o influenciou e ele arquitetou um plano maligno e determinou um dia para a execução.

 I  A TRAMA DE HAMÃ

1- Mordecai não se dobrou a Hamã (Et.3.2)

1.      Nos tempos antigos, o respeito a um superior era demonstrado inclinando a cabeça ou se abaixando até o chão.

2.      Mordecai, porém, não se inclinou, nem se prostrava.

3.      Nenhuma razão  específica é dada para Mordecai se recusar a inclinar-se a Hamã.

4.      Hamã era descendente do rei amalequita (Aguague), um inimigo do rei Saul, de Israel (1 Sm.15.7,8).

5.      Hamã é introduzido abruptamente, e não é dada a razão de sua promoção a um alto cargo.

6.      Deus decretou continua inimizade  entre amalequita e israelitas(Êx.17.8-16).

7.      O problema  se estende desde Jacó e Esaú (Amaleque era descendente de Esaú (Gn.36.12).

8.      Acima de todos os príncipes – Hamã era como um primeiro Ministro, um secretário do Estado ou um grande conselheiro do Rei Assuero.

 2-O Rancor de Hamã (Et.3.5)

1.      Furor (Heb. chemah- que soa similar ao nome de Hamã) – Sua fúria  extrema parece estar fora de proporção pela depreciação que ele recebeu de Mordecai.

2.      A animosidade de Hamã ante Mordecai e os judeus deve ter sido construída por um longo tempo.

3.      Mordecai também foi perseguido, como Jesus foi perseguido.

4.      Mordecai foi perseguido pelo perverso Hamã.

5.      Jesus foi perseguido pelo povo rebelde.

6.      Mordecai, por meio de sua oração, libertou  seu povo  das mãos de Hamã.

7.      Jesus, por meio de sua oração, libertou seu povo das mãos do diabo (nosso Hamã espiritual).

8.      Como servos de Deus devemos estar cientes de que vivemos em uma grande batalha espiritual.

9.       Estamos cercados por hostes e principados, nas regiões celestiais. 

10.    Por isso, devemos estar vigilantes.

11.    Em oração, de maneira que possamos ouvir a Deus e clamar pelo seu socorro.

 3- Hamã autorizado pelo rei (Et.3.11)

1.      A recusa diária de Mardoqueu em curvar-se a Hamã deixou o funcionário com tanto ódio que ele jurou matar todos os judeus do Império Persa.

2.      A ancestralidade amalequita de Hamã explicaria esse ódio profundo.

3.      Nisã é o primeiro mês do antigo calendário lunar, corresponde a março e abril em nosso calendário.

4.      O décimo segundo ano do reinado de Assuero foi 474 a.C.

5.      Se lançou Pur. A palavra pur foi a base para o nome da festa de Purim (cap. 9).

6.       Lançar a sorte era comum na antiguidade.

7.       O fato de a sorte ter sido lançada no início do ano para determinar a melhor época para a destruição dos judeus é típico da cultura daquela era.

8.      A religião babilônica afirmava que os deuses reuniam-se no começo de todos os anos para estipular o destino dos seres humanos.

9.      Hamã não identificou o povo no início.

10.    Ele pode ter se aproveitado do senso inato de superioridade do imperador persa sobre outros povos.

11.     Hamã agiu como se seus motivos não passassem de admissível preocupação com o bem-estar do rei.

12.     Ele deixou implícito que esse grupo anônimo era rebelde, uma ameaça real ao rei.

13.    O anel de sinete do rei simbolizava sua autoridade.

14.     Quando ele deu esse anel a Hamã, passou a ele um símbolo da pessoa real.

15.    Isso significava que Hamã podia seguir adiante com seu plano.

16.    Pode parecer que o rei estivesse se recusando a aceitar a prata.

17.     Porém, isso é de difícil conciliação com as palavras de Mardoqueu a Ester, em Et 4-7, e o comentário da mesma sobre estar vendida, em Et 7.4.

18.    Provavelmente, o rei estava usando o método de barganha comum à época (Gn 23.7-18).

 II DECRETADA A MORTE DOS JUDEUS

1- O Edito é publicado (Et.3.12)

1.      Dia treze do Primeiro Mês- Hamã emitiu o decreto de aniquilação dos judeus um dia antes da celebração anual da Páscoa (14º dia de nisã).

2.      Sátrapas – Heródoto reporta que Dario havia organizado o império em mais de vinte sátrapas ( governadores de uma província, entre  os antigos  persas).

3.      Escribas. O rei possuía escrivães que escreviam os documentos oficiais.

4.      Esse versículo nos dá uma imagem da abrangência do edito.

5.       Este foi dado aos príncipes das províncias, garantindo sua distribuição em todos os lugares do reino.

6.       Foi, também, vertido para as línguas de cada povo do reino.

7.       A marca do anel de sinete equivale à de uma assinatura nos dias de hoje (1 Rs 21.8).

 2- O dia da vingança (Et.3.13)

1.      Os correios eram mensageiros reais estacionados em vários pontos situados às margens das principais estradas que transportavam as mensagens a cavalo.

2.       A conspiração para matar os judeus incluía os de todas as idades e de ambos os sexos.

3.      O mês de Adar corresponde a fevereiro e março em nosso calendário (Et 3.7; 8.12).

4.      Deus permitirá que autoridade seja dada aos nossos adversários para que situações de treinamento sejam iniciadas em nossas vidas.

5.      O decreto era de morte para todos os judeus.

6.      Uma grande confusão foi instaurada enquanto isso, o rei e Hamã, comiam e bebiam.

7.      Haverá muitos dias assim, enquanto choramos muitas pessoas que não tem nenhum compromisso com Deus, se alegram, comem e vivem fartamente.

8.      Muitos decretos e determinações serão assinados pelo inimigo contra as nossas vidas, mas precisamos crer que a Palavra final vem de Deus.

9.      O ódio extremo de Hamã contra os judeus os ameaça com a aniquilação.

10.    Fanatismo  e intolerância continuam  em nosso mundo  moderno.

11.    Nossos preconceitos podem colocar barreiras para a pregação das Boas Novas.

 3- O Desdém do rei e Hamã (Et.3.15)

1.      O desdém do rei e de Hamã, que se assentou a beber enquanto a mensagem corria o reino.

2.      Dificilmente deixa de provocar uma empada no leitor em relação à situação dos judeus.

3.       O texto afirma que até os habitantes da cidade de Susã ficaram perplexos.

4.       A brutalidade severa do edito fica patente pela desconsideração demonstrada pela vida humana nessa frase.

5.      Por outro lado, a providência divina é vista com clareza no fato de que há um prazo de 11 meses até a execução do decreto.

6.      O ódio extremo de Hamã, o Espírito Santo precisa tirar  as raízes do peado de Hamã do nosso coração.

12.    Infelizmente, existe muitas pessoas com o coração de Hamã, e poucas com o coração de Mordecai, e Ester.

 III MORDECAI E ESTER

1- Angústia e desespero (Et.4.1)

1.      Em Ester 4, quando o decreto da morte dos judeus é oficialmente publicado em todas as províncias, Mardoqueu é tomado por um lamento e tristeza profundos.

2.      A atitude dele deve ser a nossa em momentos de caos na nossa nação, comunidade, povo. Precisamos amar nosso povo e nação.

3.      Somos vozes proféticas levantadas para ser sal e luz.

4.      Se não resplandecermos tudo ao nosso redor será dominado por trevas e nós mesmos seremos tragados por ela.

5.      Quando soube da tristeza de Mardoqueu, a rainha Ester ficou muito aflita, mas não sabia o motivo, e então mandou perguntar o que estava acontecendo.

6.      O mensageiro foi até Mardoqueu e voltou a rainha com as respostas.

7.      Ele contou sobre o decreto da morte dos judeus e com instruções de seu pai adotivo, para que ela intercedesse junto ao rei.

8.      Mas não era tão simples, havia um decreto que proibia a qualquer um ir a presença do rei sem ser chamado, e a pena podia ser a morte, a não ser que o Xerxes estendesse o cetro a Ester, simbolizando sua permissão a ela.

 

 

2-Um Apelo a Ester (Et.4.14)

1.      Mardoqueu, crendo que socorro e livramento viriam doutra parte, asseverava sua fé em Deus e Sua promessa de proteger o povo judeu.

2.      Deus controla todos os acontecimentos do Seu mundo e interviria com ou sem Ester.

3.       Caso ela se recusasse a ajudar, pereceria junto à casa de seu pai.

4.      Aqui, Mardoqueu pode estar se referindo ao julgamento divino.

5.      Ao concluir seu apelo, Mardoqueu sugeriu um motivo providencial para sua ascensão à rainha justamente nesse momento histórico.

6.       Ester era instrumento de Deus no livramento dos judeus.

7.       Quem sabe.

8.      Como Yahweh controla a história humana e usa constantemente o Seu povo para cumprir os Seus propósitos.

9.      Essas maravilhosas e conhecidas palavras podem ser estendidas à vida de todos os filhos de Deus, em todos os lugares..

 

 

3- Ester concorda em interceder (Et.4.16)

1.      Ester concordou em interceder junto ao rei em favor do seu povo.

2.      O jejum por três dias deixa implícito um período de determinada busca ao Senhor nessa difícil encruzilhada.

3.       Digno de nota é o fato de, mesmo nesse momento, o narrador não utilizar o nome de Deus.

4.       Ester também buscava o apoio do povo judeu quando pediu que ele se juntasse a ela em jejum.

5.       Ela compreendia perfeitamente que iria descumprir a lei daquela terra e poderia sofrer a mais severa consequência: perecer.

6.      As palavras de Mardoqueu à Ester são profundas.

7.       Ele cria que socorro viria de Deus para os judeus, e talvez ele quisesse usá-la.

8.      Mas caso ela se recusasse o Senhor levantaria outra pessoa, mas qual seria o seu futuro?

9.      Aqui nesta história temo uma tipologia da Igreja com  Senhor Jesus (Mordecai um protótipo do Espirito Santo; Ester um protótipo da Igreja e Rei um protótipo de Jesus)

10.    É a Igreja(Ester espiritual) que intercede ao Jesus( Assuero espiritual), sob a orientação do Espírito Santo(Mordecai espiritual)


Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)

 

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