domingo, 21 de novembro de 2021

A IGREJA, A TRANSFIGURAÇÃO E O PERDÃO

 

Mt.16.13-28

Introdução: O Livro de Mateus é o único que faz menção da palavra IGREJA. Jesus transmite relevantes  ensinamentos para Sua Igreja ( A Noiva) e para a vida espiritual de cada crente (salvo), ressaltando a grande importância de cumprir os ensinos da Bíblia, buscando cada vez mais agradar a Deus, o autor e consumador de nossa redenção através de Seu Filho Jesus Cristo.

 I A IGREJA  DE CRISTO

1- O fermento dos fariseus (Mt.16.12)

1.      O fermento é colocado no pão para fazê-lo crescer; basta uma pequena quantidade na massa para que  isso aconteça.

2.      Jesus usou o fermente para explicar como uma pequena quantidade do mal é suficiente para contaminar um grande  grupo de pessoas.

3.      Os ensinamentos falsos  dos fariseus e dos saduceus estavam desviando as pessoas  do caminho certo.

4.      Tenha cuidado com o que dizem: “Como pode um pequeno erro afetar alguém?”.

5.      DOUTRINAS ERRÔNEAS SÃO COMO FERMENTO NOS SEGUINTES ASPECTOS:

v  1.Eles têm uma aparência leve e sem importância, assim como o fermento é pequeno em quantidade em comparação com a massa a ser fermentada.

v  2. Eles são insinuados na alma inconscientemente e silenciosamente, e são difíceis de serem detectados.

v  3. Eles agem gradualmente.

v  Eles agem com toda a certeza.

v  Eles permeiam toda a alma e trazem todas as faculdades sob seu controle.

 2- A Igreja de Cristo (Mt.16.18)

a rocha sobre a qual Jesus construiu a sua igreja tem sido identificada como:

 v  O Próprio Senhor Jesus Cristo, que efetuou Sua obra  de salvação, morrendo por nós  na cruz.

v  A confissão de fé de Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho  do Deus vivo”, que todos os verdadeiros  cristãos posteriormente  repetiriam.

v  Pedro, considerado por alguns  como o primeiro grande líder da Igreja em Jerusalém. Alguns pensam  que  a “rocha” sobre a qual é edificada a Igreja  cristã é Pedro, não necessariamente  por causa do caráter do discípulo, mas pela  função a ele confiada.

v  Contudo, é necessário  lembrar que, mais tarde, o próprio Pedro lembrou aos cristãos que eles são a igreja, edificada  sobre o fundamento posto pelos apóstolos e profetas.

v  O Senhor Jesus Cristo, a pedra fundamental (1 Pe.2.4-6).Todos os cristãos  estão reunidos  na igreja  por meio da FÉ em Jesus com Salvador, a mesma fé que Pedro expressou (Ef.2.20,21).

v  Jesus elogiou Pedro por sua confissão de fé, e esta fé é  fundamento do Reino de Cristo (DEUS).

 3- Tome a sua cruz e siga-me (Mt.16.24)

1.      Quando Jesus usou a imagem de seus  discípulos  carregando uma cruz  e seguindo-o, estes  entenderam o que Ele queria dizer.

2.      A crucificação era um método  romano muito  usado nas execuções, os condenados  deveriam carregar sua cruz pelas ruas até o local  designado para a execução.

3.      Acompanhar  Jesus, portanto, sempre significou um compromisso  com risco de morte, sem a possibilidade  de voltar atrás (Mt.10.39).

4.      Pode muito bem ser interpretado, que ele negue ou renuncie a si mesmo completamente – em todos os aspectos,  perseverantemente.

5.       É uma palavra composta, e a preposição  aumenta abundantemente o significado.

6.       Um seguidor de Cristo precisará observá-lo em sua latitude máxima de significado, para ser feliz aqui e glorioso no futuro.

7.       O eu de um homem é para ele a causa principal da maioria de suas misérias. Veja a nota em Marcos 8:34.

 II GLORIFICAÇÃO E FÉ

1-A Transfiguração (Mt.17.5)

1.      Uma nuvem brilhante os ofuscou – A palavra “ofuscar” aqui significa, antes, “difundir-se” ou “espalhar-se” sobre eles.

2.      Isso não significa que fez uma sombra.

3.      Uma nuvem era o símbolo da presença divina.

4.      Assim, Deus foi adiante dos israelitas em um pilar nublado – escuro de dia e brilhante de noite Êxodo 14: 19-20.

5.      Ele apareceu no monte Sinai em uma nuvem brilhante pelo fogo Êxodo 24: 15-17.

6.      E uma nuvem, o símbolo da presença divina – chamada Shekiná– habitava continuamente no lugar mais sagrado do templo, 1 Reis 8: 10-11 ; Ezequiel 1: 4 ; Ezequiel 10: 4 .

7.      Quando, portanto, os discípulos viram essa nuvem, estavam preparados para ouvir a palavra do Senhor.

8.      Este é o meu Filho amado – Esta foi a voz de Deus.

9.       Foi a segunda vez que, de maneira notável, Deus declarou isso( Veja Mateus 3:17) .

10.     Isso foi dito para confirmar os discípulos; dar a conhecer a eles que era seu dever ouvir a Cristo, mais do que qualquer outro.

11.    Honrá-lo mais do que Moisés e Elias; e fortalecer sua fé nele quando deveriam sair para pregar o evangelho depois que ele foi vergonhosamente morto.

12.     Depois disso, foi impossível para eles duvidarem que ele era verdadeiramente o Filho de Deus. Ver 2 Pedro 1: 17-18 .

 2-A Glorificação (Mt.17.4)

1.      Em Mateus 17.1–8 vemos que Jesus levou a Pedro, Tiago e João a alta monte, que pode ter sido o Monte Hermom, próximo de Cesareia de Filipe, uma vez que Jesus aparecia naquela região, conforme vemos em Mateus 16:13.

2.      Pedro queria uma tenda  para cada um desses três  grandes homens, para mostrar  como a Festa dos Tabernáculos  se cumpria na vinda do Reino de Deus.

3.      Pedro tinha uma concepção correta a respeito de Cristo, mas desejava  agir  no momento errado.

4.      Esta não era uma ocasião  para agir, tratava-se de um momento de louvor  e adoração.

5.      Ele queria comemorar  esse momento, mas deveria antes aprender e progredir espiritualmente.

6.      Por que Moisés e Elias, de todas as indivíduos do Antigo Testamento, foram lembrados nesta situação?

7.      Pode ser que estes dois homens e os discípulos sugiram de todas as categorias de indivíduos que estarão no reino vindouro de Jesus.

8.      Os discípulos representam pessoas que viverão em corpos físicos. Moisés representa pessoas salvas que morreram ou irão falecer.

9.      Elias representa pessoas salvas que não experimentarão a morte, porém serão arrebatados vivos para o céu (1 Tessalonicenses 4:17).

10.    Estas três categorias estarão existentes quando Deus instaurar Seu reino na terra.

11.     Além disso, o Senhor estará em sua glória como se encontrava na transfiguração, e o reino ocorrerá na terra, como claramente verificou-se.

 3-Pequena fé e  moeda na boca do peixe (Mt.17.15)

1.      O relato desta cura ajuda a enfatizar a necessidade da fé.

2.      17.14 multidão O povo que estava esperando ao pé do monte (v. 1).

3.      17.15 epilético Naquele tempo, pensava-se que a epilepsia era causada por um demônio (vs. 18-19).

4.      17.16 os seus discípulos Os que não tinham subido o monte com Jesus (v. 1).

5.      17.18 o menino ficou curado O poder que Jesus tem de expulsar demônios prova que o Reino do Céu já chegou (Lc 11.20).

6.      17.20 se vocês tivessem fé É pela fé que se tem acesso ao poder do Reino de Deus (Mt 21.21; Mc 11.22-23; 1Co 13.2).

7.      17.21 Este versículo não faz parte do texto original grego (Mc 9.29).

8.      Jesus fala outra vez da sua morte e da sua ressurreição 17.22-23
Mais uma vez Jesus toca no assunto de sua morte e ressurreição (Mt 16.21).

9.      17.22 será entregue É a primeira vez que Jesus diz que ele vai ser traído.

10.    O imposto do Templo 17.24-27.Todo homem israelita precisava, uma vez por ano, pagar um imposto para ajudar na manutenção do Templo (ver Êx 30.13, n.; 38.26).

11.     No tempo de Jesus, essa quantia era mais ou menos o que se pagava a um trabalhador rural por dois dias de serviço.

12.    17.26 os cidadãos não precisam pagar O Reino do Céu é muito mais importante do que o Templo (Mt 12.6).

13.    Mas, para não escandalizar os líderes religiosos (v. 27), Jesus toma as providências necessárias para que o imposto seja pago.

 III CRIANÇA, TROPEÇO E PERDÃO

1-Maior como uma criança (Mt.18.1)

1.      Na cidade de Cafarnaum, os discípulos fizeram a Jesus uma indagação que sem dúvida vinham meditando entre si: Quem é o maior no reino dos céus? (Mateus 18:1–6).

2.      Os discípulos também estavam antecipando um reino terreno e se perguntando que grandes posições eles teriam.

3.      Em resposta, Jesus pegou uma criança, que não tinha direitos de acordo com a Lei, e colocou-a no meio delas.

4.      Ele disse aos discípulos que uma transformação em seu discernimento era essencial.

5.      A grandeza no reino não se baseava em grandes obras ou palavras, senão na simplicidade de um pensamento infantil.

6.      A resposta de Jesus indicou que eles estavam fazendo a indagação errada.

7.      Eles deveriam ter se concentrado em servir ao Todo-poderoso, não perguntando sobre posições no reino.

8.      O serviço deles precisava ser voltado aos seres humanos, uma vez que Jesus falou sobre amparar uma criança em Seu nome.

9.      Naqueles dias, pouca atenção era dirigida às crianças, porém Jesus não as ignorou.

10.    Na verdade, Ele deu uma observação severa sobre qualquer um que possa colocar uma pedra de tropeço no caminho de um desses pequeninos que creem nele.

11.    Seria melhor para este perverso ter uma grande pedra de moinho pendurada no pescoço e se mergulhar nas profundezas do oceano.

12.    Um indivíduo verdadeiramente simples não se preocupa com posto ou autoridade, porém se preocupa com o serviço diligente, especificamente para com os mais necessitados.

 2-Trpeço aos pequeninos (Mt.18.6)    

1.      As crianças são crédulas por natureza.

2.      Por confiarem  nos adultos, são facilmente  levadas a crer em Cristo.

3.      Deus diz  que os pais  e os demais  adultos são responsáveis  pelas influência que exercem sobre eles.

4.      Jesus advertiu que se alguém afastar os pequeninos da fé receberá um severo castigo.

5.      “ Mas se alguém fizer tropeçar um destes  pequeninos que creem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de Moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar”.(Mt.18.6).

 3- O perdão e a disciplina (Mt.18.18)

1.      Ligardes. Como em Mateus 16.19, o aspecto verbal indica que o fato de ligarmos ou desligarmos algo na terra determinara como isso acontecerá no céu. Em outras palavras, essa é uma promessa da direção divina que a Igreja teria.

2.      Essa passagem geralmente e usada como uma promessa para a oração, mas não é. É bem óbvio que os filhos de Deus têm total acesso ao trono do Pai, e não é necessário que três ou quatro deles se reúnam para que Deus esteja presente.

3.      Esse texto se refere especificamente à disciplina na igreja.

4.      Trata-se de uma promessa de orientação para dois ou três que discordam um do outro e uma promessa para que a Igreja peça sabedoria para lidar com o irmão que errou, a fim que ele seja restaurado.


Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)

 

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