terça-feira, 29 de abril de 2025

 

Gálatas 5-A LIBERDADE CRISTÃ AMEAÇADA

Gl.5.1-26

Introdução: Na antiguidade um escravo podia ser comprado no mercado de escravos unicamente para continuar seu serviço sob o novo dono(proprietário), ou seja, não era resgatado para a verdadeira liberdade. Alguns escribas (eram profissionais da escrita, no judaísmo eles eram especialistas na Lei de Moisés e responsáveis por copiar e interpretar as Escrituras.).

I LIBERTOS PARA  A LIBERDADE

1-Éramosm escravos (Gl.5.1)

1.      Gálatas 5.1 destaca a liberdade em Cristo como um presente.

2.      Exortando os cristãos a permanecer firmes nela e não se submeter novamente a um jugo de escravidão, como a obediência à lei judaica. 

3.      Este versículo é um chamado para que os crentes não percam a graça de Deus e a liberdade que Cristo lhes concedeu através da salvação.

4.      O Novo Testamento apresenta Jesus como nosso supremo libertador e a vida cristã como uma vida de liberdade.

5.      O próprio Jesus disse a alguns judeus que creram: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. 

 2-Legalismo é voltar a escravidão (Gl.5.3)

1.      Gálatas 5.2-4 Os mestres judeus legalistas na Galácia estavam incitando os cristãos a se deixarem circuncidar (Gl.6.12,13).

2.       Paulo ressalta que ser circuncidado muda inteiramente a orientação da salvação, que, em vez de ser pela graça de Deus, passa a ser pelas ações do indivíduo.

3.      Quem é circuncidado na tentativa de obter a aceitação de Deus é obrigado a guardar toda a lei, o que a história mostrou amplamente que ninguém pode fazer (Rm 3.10-18).

4.       E uma perda dupla: não podemos ser justificados pela lei (Gl.2.16, NVI), e os que tentam fazer isso separam-se [totalmente] de Cristo (NVI), fazendo com que Sua morte redentora na cruz de nada lhes sirva.

5.      O que os mestres legalistas judeus fizeram com respeito à circuncisão não é diferente em princípio do que fazem mestres legalistas de todas as épocas.

 3-Legalismo é decair da Graça (G.5.4-10)

1.      Gálatas 5.4 Alguns entendem a expressão caíram da graça (NVI) como uma referência à perda da salvação.

2.      No entanto, caíram da pode referir-se à atitude deles e à mensagem que essa atitude transmite, e não à sua salvação eterna.

3.      Gálatas 5.5 A fé em Cristo suscita não somente a justificação diante de Deus, mas também o crescimento na vida cristã até sermos completa mente glorificados por Deus.

4.      E estarmos livres da presença do pecado.

5.       Essa é a esperança da justiça.

6.      Podemos ter a certeza de que seremos declarados justos diante do Senhor naquele último dia, por que já podemos usufruir agora daquela justiça vinda do Espírito que vive em nós (2 Co.5.5).

7.      Gálatas 5.7, 8 Corríeis bem. A forma promissora com que os gálatas iniciaram a corrida da vida cristã não teve continuidade.

8.       Sem dúvida, seu retorno ao legalismo não era da vontade de Deus.
Gálatas 5.9, 10 

9.      O fermento simboliza os intrusos com sua falsa doutrina e má influência.

10.   Eles estavam tirando dos gálatas o evangelho do perdão gratuito.

11.   Quem causa um mal assim sofrerá a condenação de Deus (2 Co 5.10).

 II LIBERDADE PARA FAZER O BEM

1-Liberdade cristã não é pecar (Gl.5.13a)

1.      Gálatas 5.13, 14 A liberdade apresenta uma tentação contrária ao legalismo.

2.      A pessoa pode ser tentada a ver a liberdade em Cristo como uma ocasião [egoísta] à carne, em outras palavras, uma oportunidade para fazer tudo o que queira fazer.

3.      Contudo, Paulo mostra que a verdadeira liberdade cristã serve para que os cristãos sirvam uns aos outros (NVI) em caridade (Gl.5.5,6).

2-Liberdade cristã é fraternidade (Gl.5.13b)

1.      Em Gálatas 5.13b, Paulo enfatiza a importância de servir uns aos outros pelo amor, em vez de usar a liberdade para dar ocasião à carne. 

2.      Isso significa que, mesmo sendo livres em Cristo, devemos usar essa liberdade para edificar e amar uns aos outros, cumprindo assim a lei do amor. 

3.      Em vez de buscar satisfação individual, devemos priorizar as necessidades e o bem-estar do próximo, refletindo o amor de Deus. 

4.      Liberdade em Cristo e sua aplicação: Paulo, em Gálatas 5.13, destaca que os cristãos foram chamados à liberdade, mas essa liberdade não deve ser um pretexto para a libertinagem ou para o pecado. 

5.      Em vez disso, a liberdade em Cristo deve ser usada para servir e amar uns aos outros. 

6.      Em resumo, Gálatas 5.13b é um chamado para usar a liberdade em Cristo para servir uns aos outros pelo amor, cumprindo assim a lei do amor e demonstrando o caráter de Cristo. 

7.      É uma chamada para que os cristãos priorizem o bem-estar e as necessidades uns dos outros, em vez de se concentrarem em seus próprios desejos e necessidades

 3-A liberdade cristã vai além da Lei (Gl.5.14)

1.      A lei do amor: A passagem de Gálatas 5.14 afirma que a lei inteira se cumpre em um só preceito: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo.". Portanto, o amor ao próximo é o fundamento da lei e o ponto central da vida cristã. 

2.      Servir uns aos outros: Ao invés de buscar satisfação individual, os cristãos devem priorizar o bem-estar e as necessidades uns dos outros. 

3.      Isso implica em atos de serviço, compaixão e apoio mútuo, que demonstram o amor de Cristo. 

4.      Consequências de usar a liberdade para a carne: Paulo alerta que, se a liberdade cristã for usada para dar ocasião à carne, os resultados serão negativos, incluindo conflitos, inveja, ciúme e outras obras da carne. 

5.      Em contraste, aqueles que são guiados pelo Espírito Santo, que agem pelo amor, colherão frutos positivos, como alegria, paz, paciência e bondade. 

6.      A importância do ministério: O serviço aos outros é um aspecto fundamental do ministério cristão, contribuindo para a edificação do Corpo de Cristo, que é a Igreja. 

7.      Quando servimos uns aos outros, estamos glorificando a Deus e demonstrando o amor de Cristo. 

 III AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO

1-Andar na carne e andar no Espírito (Gl.5.16)

1.      Gálatas 5.16 é um versículo que fala sobre a necessidade de viver no Espírito Santo, em vez de satisfazer os desejos da carne. 

2.      A passagem destaca a luta interna entre o desejo natural do ser humano e a vontade do Espírito, e enfatiza que, ao serem guiados pelo Espírito, os cristãos não estão mais sob a lei, mas vivendo em liberdade e na graça de Deus. 

3.      Quero dizer a vocês o seguinte: deixem que o Espírito de Deus dirija a vida de vocês e não obedeçam aos desejos da natureza humana.

4.      Viver pelo Espírito significa seguir a orientação do Espírito Santo em nossas vidas e buscar a vontade de Deus em todas as coisas.

5.      Os desejos da carne são os impulsos e tendências egoístas que nos levam a buscar prazer e satisfação pessoal, muitas vezes em detrimento dos outros e da vontade de Deus.

6.      Viver pelo Espírito nos ajuda a resistir aos desejos da carne e a buscar a vontade de Deus em vez de nossos próprios interesses.

7.      Podemos viver pelo Espírito através da oração, leitura da Bíblia, comunhão com outros cristãos e obediência à vontade de Deus.

8.      Quando satisfazemos os desejos da carne, nos afastamos da vontade de Deus e podemos prejudicar a nós mesmos e aos outros.

9.      É importante evitar satisfazer os desejos da carne porque isso nos impede de seguir a vontade de Deus e pode levar a consequências negativas em nossas vidas e nas vidas dos outros.

10.   O Espírito Santo nos guia, fortalece e capacita a viver de acordo com a vontade de Deus.

11.   Podemos discernir entre os desejos da carne e a vontade de Deus através da oração, estudo da Bíblia e conselho de outros cristãos maduros.

12.   A passagem de Gálatas 5:16 nos ensina que a natureza humana é propensa a buscar a satisfação pessoal em vez de obedecer a Deus.

13.   Podemos aplicar essa passagem em nossas vidas diárias buscando a orientação do Espírito Santo e resistindo aos desejos da carne, a fim de seguir a vontade de Deus e viver uma vida que honre a Ele.

 2-As obras da carne (Gl.5.19-21)

1.      Por favor, abram comigo uma das passagens mais desanimadoras de toda a Bíblia, mas também uma das mais realistas e relevantes, Gálatas 5:19-21:

2.      Os atos da natureza pecaminosa são manifestos: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; {20} idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, acessos de ira, egoísmo, dissensões, facções {21} e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes, que os que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus.

3.      À primeira vista, é difícil imaginar algo mais deprimente e desanimador do que esses três versículos.

4.      Quinze pecados graves são listados, seguidos por uma forte advertência de que aqueles que os praticam não herdarão o reino de Deus.

5.      E alguns de vocês podem estar se perguntando: "Será que nosso pastor realmente vai dedicar um sermão inteiro a esses três versículos?"

6.      Por que não os combinar com os três seguintes, que falam do fruto do Espírito?

7.      Assim, pelo menos algo edificante e positivo pode resultar do culto.  

 3-O Fruto do Espírito (Gl.5.22.23)

1.      Gálatas 5.22-23 descreve o "fruto do Espírito", que são as virtudes que se manifestam em um cristão que está sendo cheio pelo Espírito Santo. 

2.      Esses frutos incluem amor, alegria, paz, paciência, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.

3.       O texto destaca que esses frutos são o resultado da vida em comunhão com o Espírito Santo, em contraste com as obras da carne que são resultado da nossa natureza pecaminosa. 

4.      O Fruto do Espírito (Gálatas 5.22-23):Amor: Um amor profundo e abnegado, que se estende a todos, incluindo inimigos, como demonstrado por Jesus. 

5.      Alegria: Uma alegria que transcende as circunstâncias, que é uma expressão da comunhão com Deus. 

6.      Paz: Uma paz interior, um sentimento de calma e harmonia, mesmo em meio à turbulência da vida. 

7.      Paciência: A capacidade de suportar com calma e bondade as dificuldades e as provações da vida. 

8.      Bondade: A disposição de praticar o bem, de ser generoso e compassivo com os outros. 

9.      Fidelidade: A lealdade e a integridade, tanto para com Deus como para com as pessoas. 

10.   Mansidão: Uma força controlada, uma atitude de humildade e submissão, mas com firmeza na defesa da verdade. 

11.   Domínio Próprio: A capacidade de controlar os desejos carnais e de viver de acordo com a vontade de Deus. 

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)

 

segunda-feira, 28 de abril de 2025

O CRISTÃO, A LEI E A FÉ

 


Gl.3.1.22

Introdução: Um grupo de mestres judeus insistia que os crentes não judeus deveriam obedecer à Lei judaica e às regras tradicionais. Esses mestres acreditavam que uma pessoa seria salva se obedecesse à Lei de Moisés (com com ênfase na circuncisão, que era o sinal da aliança com Deus), além da fé em Cristo. Paulo se opunha a eles mostrando que a lei não podia salvar ninguém.

 I A INSENSATEZ DOS GÁLATAS

1-Convertidos, mas não convictos (Gl.3.1)

1.      Os gálatas não apenas haviam recebido o Espírito Santo pela fé, mas também visto milagres realizados por essa mesma fé na mesma mensagem do Evangelho de Cristo.

2.      Se os milagres vêm pelo Espírito, isso era uma evidência de que o poder para o aperfeiçoamento em Cristo virá pelo Espírito.

3.      Em Gálatas 3:1-5, o apóstolo Paulo repreende os gálatas por seguirem falsos ensinamentos e por quererem terminar a sua caminhada espiritual pela carne. 

4.      Paulo ensinava que a salvação é alcançada pela fé em Jesus Cristo, e não pela obediência à lei de Moisés

5.      Paulo lembrou os santos da Galácia que Abraão foi justificado por ter fé em Jesus Cristo e por sua obediência a Seu evangelho, muito antes de ser dada a lei de Moisés.

6.      Os crentes da Galácia tinham ficado fascinados com os argumentos dos falsos mestres, quase como se estivessem enfeitiçados.

7.      A magia era muito comum nos dias de Paulo (At.8.9-11; 13.6-7)  

 2-Saindo do Espírito para a carne (Gl.3.3)

1.      A lei não nos coloca em posição de justiça diante de Deus, somente a fé no verdadeiro Evangelho de Cristo pode fazer isso.

2.      É por isso que em Gálatas 2:17 Paulo repreende aos crentes da Galácia por procurarem ser justificados em Cristo seguindo à Lei.

3.      Por que vocês buscariam o que já têm?

4.      Não faz sentido aos que já são justificados pela fé em Cristo, pelo poder do Espírito, procurar ser justificados por algum outro caminho (como seguir regras religiosas).

5.      Os gálatas sabiam de todas essas coisas — eles haviam sido ensinados por Paulo.

6.      Eles foram apresentados a Jesus por Paulo.

7.      É por isso que Paulo estava tão chateado (chamando-os de "tolos" várias vezes e até sugerindo que seu comportamento se assemelhava a alguém que havia sido "enfeitiçado"). 

8.      A lei não nos coloca em posição de justiça diante de Deus, somente a fé no verdadeiro Evangelho de Cristo pode fazer isso. É por isso que em Gálatas 2:17 Paulo repreende aos crentes da Galácia por procurarem ser justificados em Cristo seguindo à Lei.

9.      Por que vocês buscariam o que já têm?

10.   Não faz sentido aos que já são justificados pela fé em Cristo, pelo poder do Espírito, procurar ser justificados por algum outro caminho (como seguir regras religiosas).

11.   Os gálatas sabiam de todas essas coisas — eles haviam sido ensinados por Paulo.

12.   Eles foram apresentados a Jesus por Paulo.

13.   É por isso que Paulo estava tão chateado (chamando-os de "tolos" várias vezes e até sugerindo que seu comportamento se assemelhava a alguém que havia sido "enfeitiçado"). 

3-Tudo é pela fé (Gl.3.5)

1.      Gálatas 3:5 é uma passagem da Bíblia New International Version (NIV) que diz: “Mas Deus demonstra seu amor por nós ao dar Cristo para morrer por nós, quando ainda éramos pecadores”.

2.      Esta passagem é parte de uma discussão que o apóstolo Paulo trava com os gálatas, que estavam considerando a observância da Lei judaica como necessária para salvação.

3.      Paulo argumenta que, em vez disso, é pela fé em Cristo que o homem é salvo, portanto, não é necessária a observância da Lei judaica.

4.      Esta passagem é uma declaração de Paulo de como Deus nos ama.

5.      Deus mostrou o seu amor por nós ao enviar seu Filho, Jesus Cristo, para morrer por nós. Ainda estávamos pecadores, ou seja, ainda estávamos separados de Deus devido ao nosso pecado.

6.      Mas Deus nos amou mesmo assim.

7.      Cristo morreu na cruz para nos salvar, e quando aceitamos Seu sacrifício, somos reconciliados com Deus.

 II O EXEMPLO DE ABRAÃO

1-Abraão foi justificado pela fé (Gl.3.6)

1.      No v. 6, portanto, Paulo, citando Gênesis 15.6, introduz o exemplo de Abraão como prova bíblica de que a justificação é pela fé.

2.      De fato, o texto de Gênesis ensina que foi a fé que Abraão teve e não a sujeição a regras[3] que o levou a ser considerado justo diante de Deus.

3.      Aliás, esse exemplo de Abraão foi citado por Paulo com o mesmo objetivo cerca de nove anos mais tarde, na Epístola aos Romanos.

4.      Ali, o Apóstolo expõe de modo ainda mais completo o fato de o grande patriarca da nação judaica ter sido justificado somente por ter crido em Deus e ainda antes de ser circuncidado (Rm 4.1-3, 9-10, 13).

5.      Esse fato tinha relevância especial no combate aos ensinos dos falsos mestres da Galácia que impunham aos crentes a necessidade da circuncisão caso quisessem ser salvos (5.2-6; 6.12-13).

6.      Entretanto, esse uso reiterado que Paulo faz de Gênesis 15.6 pode levantar objeções.

7.      Isso porque, aparentemente, o objeto da fé de Abraão não foi idêntico ao objeto da fé cristã.

8.      Abraão, mesmo sendo já velho e não tendo nenhum filho, creu na promessa de que Deus faria uma grande nação a partir de um descendente seu (Gn.15.4-6).

9.      A fé cristã, por sua vez, tem um foco distinto.

10.   Por ela o crente crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus que morreu e ressuscitou pelos nossos pecados, depositando nele sua confiança para a vida eterna.

11.   Parecem, portanto, bem distintos os contornos que caracterizam a fé de Abraão e a fé dos crentes em Cristo. Como, então, Paulo pôde compará-las?

 2-Os verdadeiros filhos de Abraão (Gl.3.7)

1.      No v. 7, Paulo leva o leitor à implicação do que foi dito no versículo anterior: se Abraão foi justificado pela fé, os verdadeiros filhos dele são aqueles que creem.

2.      O ensino de que os crentes são descendentes de Abraão aparece algumas vezes, direta ou indiretamente, no Novo Testamento (Rm 2.28-29; 4.11-12; Gl.6.16; Fp. 3.3).

3.      Esse ensino realça, basicamente, que os crentes, independentemente se sua origem racial, quando creram em Cristo passaram a desfrutar das bênçãos espirituais prometidas a Israel (Rm 15.27; Hb.8.8-12 cp. 9.15).

4.      Aqui é necessário fazer uma ressalva.

5.      O fato de Abraão ter uma descendência espiritual não implica a desconsideração de sua descendência física.

6.      O Israel “segundo a carne” obviamente ainda existe e ocupa um lugar no plano de Deus (Rm 3.1-2; 9.1-5; 11.1-2, 11, 25-29).

7.      A igreja não surgiu para substituí-lo, mas sim para entrar na sua herança (Rm 11.17-18; Ef.2.12-13; 3.5-6).

8.      É, portanto, errado dizer que a igreja agora é o novo Israel (1Co 10.32).

9.      É claro que dentro da igreja, judeus e gentios são um só, não havendo diferença entre ambos (1Co 12.13; Gl.3.26-28; Ef.2.11-16; Cl 3.11).

10.   Mas no aspecto externo, a igreja não se confunde com Israel, sendo ambos distintos, ocupando espaços diversos na visão e nos decretos de Deus.

 3- A justificação dos gentios (Gl.3.8)

1.      A profecia antiga sobre a bênção para todas as nações.

2.      A passagem bíblica de Gálatas 3:8 -traz uma profecia antiga que fala sobre a justificação pela fé dos gentios, ou seja, dos não-judeus, que seriam abençoados por Deus.

3.      O versículo menciona que essa profecia foi anunciada primeiro a Abraão, o patriarca do povo de Israel, que viveu cerca de 2000 anos antes de Cristo.

4.      A história começa com Deus chamando Abraão para deixar sua terra natal e seguir para uma terra que Ele lhe mostraria.

1.      Em troca, Deus prometeu a Abraão que faria dele uma grande nação e que através dele todas as famílias da terra seriam abençoadas.

2.      Abraão obedeceu a Deus e partiu com sua esposa Sarai e seu sobrinho Ló.

3.      Deus continuou a falar com Abraão ao longo de sua jornada, prometendo-lhe uma descendência numerosa e uma terra para possuir.

4.      Mas Abraão e Sarai não tinham filhos e já eram idosos.

5.      Então, Sarai sugeriu que Abraão tivesse um filho com sua serva, Hagar.

6.      Abraão concordou e teve um filho com Hagar, chamado Ismael.

7.      Mas Deus havia prometido que a bênção viria através da descendência de Abraão e Sarai.

8.      Então, quando Abraão tinha 99 anos e Sarai 90, Deus apareceu a ele novamente e renovou sua promessa.

9.      Ele mudou o nome de Sarai para Sara, que significa "princesa", e disse que ela teria um filho. Abraão riu de incredulidade, mas Deus cumpriu sua promessa e Sara deu à luz a Isaque, que se tornou o filho da promessa.

10.   Deus continuou a abençoar Abraão e sua descendência, mas a promessa de que todas as nações seriam abençoadas através dele ainda não havia se cumprido.

11.   Isso aconteceu quando Jesus Cristo, o descendente de Abraão e o Messias prometido, veio ao mundo e ofereceu a salvação a todos os povos, judeus e gentios, através de sua morte e ressurreição.

12.   Assim, a profecia de que todas as nações seriam abençoadas através de Abraão se cumpriu em Jesus Cristo.

13.   E é isso que Gálatas 3:8 nos lembra: que Deus já havia previsto que os gentios seriam justificados pela fé e que essa bênção viria através de Abraão.

14.   É uma história de fé, obediência e cumprimento das promessas de Deus.

 III FINALIDADE DA LEI

1- Lei mostra a transgressão (Gl.3.19)

1.      Gálatas 3:19 está conectado à referência de Paulo a lei mosaica como um método de obtenção da justiça.

2.      No versículo anterior (Gálatas 3:18) Paulo afirmou que é necessário aderir à fé de Cristo, pois a justiça procede da fé.

3.      Paulo está dizendo que não importa quão cuidadosamente se tente obedecer à lei mosaica, não se obterá a justiça necessária para estar em união com Deus.

4.      Em Gálatas 3:19, Paulo diz que a lei foi dada para que pudéssemos entender o pecado.

5.      Ele argumenta que a lei foi dada ao povo de Israel para lhes mostrar como servir a Deus, mas que a lei não pode tornar ninguém justo diante de Deus.

6.      Essa ideia difere dos ensinamentos do judaísmo, pois os judeus acreditavam que a lei era um meio de obter a justiça de Deus.

7.      Paulo está oferecendo uma solução completamente diferente.

8.      Ele acredita que a justiça virá através da fé em Cristo, não das leis.

9.      Ele está argumentando que, enquanto a lei pode ajudar a revelar o pecado, ela não pode nos salvar.

10.   A salvação vem apenas daquela que acredita em Cristo.

 2- A lei não invalida a promessa (Gl.3.21)

1.      Em Gálatas 3:21, Paulo afirma que a lei não é contrária às promessas de Deus. 

2.      Ele explica que a lei não foi dada para dar vida às pessoas, mas para demonstrar que todos estão debaixo do pecado

3.      Antes de sermos libertos pela fé em Cristo, estávamos presos pelo pecado, derrotados pelos erros do passado e sufocados por desejos que sabíamos ser errado.

4.      Deus sabia que éramos prisioneiros do pecado, mas proporcionou um caminho para a libertação – a fé em Jesus Cristo.

5.      Sem Ele, estamos nas garras do pecado.  

 3- A lei aponta para Cristo (Gl.3.24)

1.      A imagem da lei como uma entidade protetora é semelhante à de um tutor que supervisiona uma criança.

2.      Mas não precisamos mais desse tipo de supervisão.

3.      A lei nos ensina a necessidade da salvação; a graça de Deus nos dá essa salvação

4.      O AT ainda se aplica aos nossos dias, pois nele Deus revela sua natureza, sua vontade para a humanidade, suas leis morais e suas diretrizes para a vida cotidiana.

5.      Mas não podemos ser salvos pela obediência à lei, devemos, antes, confiar em Cristo.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)



terça-feira, 22 de abril de 2025

A SUPERIORIDADE DO EVANGELHO DA GRAÇA

 

GÁLATAS 4.1-20

Introdução; Deus não faz nada antes do tempo devido, mas, sim, prevendo o resultado desde o começo, espera até que tudo esteja amadurecido para a execução de Seu propósito. Se Cristo tivesse vindo imediatamente depois da queda, a enormidade e os frutos mortais do pecado não teriam sido devidamente entendidos pelo homem de modo que sentisse a gravidade do seu estado pecaminoso, da desesperada situação e necessidade de um Salvador.

 

I FILHOS E HERDEIROS DE DEUS

1-Escravos ou Filhos (Gl.4.1-2)

1.      Esta declaração que Paulo faz aqui é usada, principalmente, para mostrar a situação de um crente sob o concerto do Antigo Testamento (isto, é, a maneira de manter um relacionamento com Deus com base nas leis e sacrifícios do Antigo Testamento, antes que Cristo fizesse o sacrifício perfeito pelo pecado com a sua própria vida).

2.      No entanto, o principio desta passagem também indica que os pais piedosos normalmente supervisionam a instrução de seus filhos (veja Dt.6.7- os hebreus foram extremamente bem sucedido ao tornar a religião parte integral de sua vida).

3.      O motivo do sucesso foi a combinação entre educação religiosa e uma prática de vida.

4.      Porém digo que, enquanto o herdeiro é menor de idade, em nada difere de um escravo, embora seja dono de tudo

5.      No entanto, ele está sujeito a guardiães e administradores até o tempo determinado por seu pai. 

6.      Assim também nós, quando éramos menores, estávamos escravizados aos princípios elementares do mundo.

7.       Enquanto o herdeiro é menor de idade: O termo menor de idade não sugere uma idade específica, mas sim alguém que ainda não é legalmente reconhecido como um adulto.

 2-A Plenitude do Tempo (Gl.4.4)

1.      (4-5) A libertação dos herdeiros de sua escravidão.

2.      Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da Lei, a fim de redimir os que estavam sob a Lei

3.      Para que recebêssemos a adoção de filhos.

4.      Mas, quando chegou a plenitude do tempo: A ideia por trás da frase a plenitude do tempo é “quando estivesse na hora certa”.

5.       Jesus veio na hora exata do plano redentor de Deus, quando o mundo estava perfeitamente preparado para a obra de Deus.

6.      Mas introduz um contraste.

7.      O controle dos princípios elementares foi somente por um tempo limitado”.

8.      Para aqueles que estavam sob a escravidão da lei, pode parecer que a vinda de Jesus foi tardia.

9.      Paulo nos garante que ela veio.

10.   . “Foi na época em que a Pax Romana (Paz Romana) se estendia pela maior parte do mundo civilizado e quando a viagem e o comércio eram, portanto, possíveis de uma maneira que eram anteriormente impossíveis.

 3- Aba Pai (Gl.4.6)

1.      (6-7) Celebrando nossa filiação.

2.      A prova de que vocês são filhos é o fato de que Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho que chama: Abba, Pai! Portanto, você já não é escravo, mas filho, e se é filho, é também herdeiro por vontade de Deus.

3.      A prova de que vocês são filhos…Abba, Pai (é uma expressão aramaica que significa “Pai” em um sentido carinhoso e íntimo como “papai ou paizinho).

4.      É apropriado que aqueles que são de fato filhos, tenham o Espírito de Filho em seus corações.

5.      Isto nos dá tanto o direito quanto a capacidade de gritar “Papai!” a Deus nosso Pai, assim como Jesus fez com Seu Pai.

6.      Alguns acham que traduzir a ideia de Abba como “Papai” é muito íntimo, e até mesmo impróprio. Cole escreve sobre Abba: “Embora fosse a palavra informal usual usada por uma criança para seu pai dentro de casa, é excessivamente sentimental traduzi-la como ‘Papai’.

7.      Mas como Boice aponta: “Os primeiros pais da igreja – Crisóstomo, Teodoro de Mopsuéstia e Teodoreto de Chipre, que vieram da Antióquia (onde era falado o Aramaico e que provavelmente tiveram enfermeiras de língua aramaica em suas infâncias) – testemunham unanimemente que Aba era o termo que uma criança pequena usava para seu pai”.

8.      Abba é um diminutivo afetuoso aramaico para ‘pai’ usado na intimidade do círculo familiar; ele passou sem alteração para o vocabulário dos cristãos de língua grega”.

9.      Nós temos acesso à mesma intimidade com Deus Pai que Deus Filho, Jesus Cristo teve. Jesus se dirigia a Deus Pai como “papai” quando Ele orava, aba, Pai como registrado em Marcos 14:36.

 II UM PASTOR QUEBRANTADO

1-Apelo Pastoral (Gl.4.12)

1.      O início do argumento de Paulo traz um tom de severidade.

2.      Ele diz: Eu lhes suplico (v.12).

3.      O tom de severidade tinha uma razão de ser.

4.      Os cristãos da Galácia estavam se apostatando da fé, mas Paulo tinha a esperança de que ainda eles não haviam totalmente naufragado, senão não usaria a palavra irmãos (v.12) para com eles.

5.      O apelo de Paulo era para que eles se tornassem (v.12) como ele, pois, ele diz: eu me tornei como vocês (v.12).

6.      Este apelo é para os cristãos da Galácia se tornem livres em Cristo, como Paulo era, e Paulo lembra que ele mesmo, no passado, fora aprisionado na Lei, mas que, quando esteve entre eles, o apóstolo tinha se libertado da Lei e vivia com os gentios viviam.

7.      Sejam como eu-Ele desejava que todos os ressentimentos sejam colocados de lado e que eles pudessem ter o mesmo ânimo mental em relação à Paulo, como ele tinha por eles, nenhum mal.

8.      Ao culpar a conduta deles, ele lhes garante que não era por causa de qualquer senso de prejuízo ou afronta pessoal, completamente pelo zelo da verdade e da pureza do evangelho e para o bem estar deles.

 2-Enfermo, recebido como anjo (Gl.4.14)

1.      Para descrever a incrível hospitalidade que os gálatas tiveram, Paulo lembra-lhes a condição em que ele se encontrava quando lhes pregou o evangelho pela primeira vez (13).

2.      Paulo os lembra de que em nada vocês me ofenderam (nenhum mal me fizeste, muito embora ele estivesse doente e que a sua doença lhes tinha sido uma provação (14).

3.      Não sabemos ao certo qual era a doença que levou Paulo a pregar o Evangelho aos Gálatas.

4.      Alguns sugerem que era algum problema de vista com base no contexto do versículo quinze, mas isso parece improvável.

5.      Nos tempos antigos, muitos viam enfermidades como maldição dos deuses, o que explicaria a provação para os gálatas receberem bem a Paulo.

6.      Mesmo diante disto, Paulo diz a eles: vocês não me trataram com desprezo ou desdém; ao contrário, receberam-me com um anjo de Deus, como o próprio Cristo Jesus (14)

 3- Dores de parto (Gl.4.19)

1.      Para expressar seu grande amor, carinho e cuidado com os gálatas, Paulo usa um termo peculiar, “teknon”, é o termo grego traduzido por filhos (19).

2.      Este é um modo carinhoso de dizer do seu cuidado para com filhos na fé.

3.      Paulo se apresenta como uma mãe que novamente (19) está sofrendo dores de parto (19), haja visto que não era a primeira vez que lhes pregara o evangelho.

4.      Sofrer dores de parto significa que Paulo estava sofrendo muito. Assim como uma mulher sofre muito até dar luz à uma criança, Paulo sofria muito até que Cristo seja formado em vocês (19).

5.      Note a diferença de atitude entre Paulo e os judaizantes.

6.      Enquanto estes queriam ganhar a atenção do povo e distanciá-los, Paulo queria que eles fossem moldados por Cristo.

7.      Ainda que Paulo os amasse, Paulo não queria a atenção dos gálatas, mas queria conduzi-los a Cristo.

 III SARA E AGAR DUAS ALIANÇAS

1-Agar Antiga Aliança (Gl.4.23)

1.      O segundo contraste era que o filho da escrava nasceu de modo natural, mas o filho da livre nasceu mediante promessa (23).

2.      Algumas versões dizem que o filho da escrava nasceu segundo a carne e, ainda que o sentido aqui seja realmente “nascer de modo natural”, a palavra “carne” vai contrastar com “Espírito” no v.29, e vai dar início a estes dois temas importantes nesta carta.

3.      O fato é que Ismael nasceu de modo natural, mas Isaque nasceu milagrosamente.

4.      Neste trecho, Paulo nos ensina duas grandes verdades.

5.      Embora quase não existam judaizantes nas igrejas, existem àqueles que creem que pelo próprio esforço serão salvos.

6.      Esses vivem aprisionados em “faça isso e faça aquilo”, ou, “não faça isso e não faça aquilo”.

7.      São escravos dos ritos religiosos.

8.      Isto não significa que regras não devem ser obedecidas, mas sim que delas não procedem a nossa salvação.

 2- Sara: Nova Aliança (Gl.4.23)

1.      Aqui começa uma nova aliança, Deus prometeu que o filho de Abraão, não seria filho de escrava, mas sim da livre.

2.      As coisas de Deus não podem ser feitas conforme a nossa vontade, e sim conforme a vontade Dele o Todo Poderoso.

3.      A obediência a Deus trás melhores resultados do a desobediência.

4.      Abraão tinha conversado com Deus, a promessa seria para ele e Sara, ele não poderia aceitar qualquer arranjo que não fosse da vontade de Deus.

5.      Sara ao ouvir a conversa entre Abraão e Deus, ela não deveria persuadir Abraão a coabitar com Agar a escrava, apenas pelo fato de obter um filho (ele era estéril), para cumprir a promessa de Deus, do seu jeito e não do jeito de Deus.

6.      Há uma analogia no Eden, Deus disse a Adão para não comer da árvore do bem e do mal, Adão tinha conhecimento disso, é possível que ele tenha passado para Eva essa informação, mas o que aconteceu, Eva foi persuadida por Satanás e acabou comenda do fruto proibido, e deu a Adão, que não questionou a origem do fruto, simplesmente comeu também, se ele tivesse questionado, hoje não estaríamos na situação que estamos no momento.    

 3-Filhos da promessa (Gl.4.28)

1.      A história Sagrada registra duas alianças: a antiga e a nova.

2.       A nossa Bíblia está dividia assim. John Stott explica que “uma aliança é um acordo solene entre Deus e os homens, através do qual ele os transforma em seu povo e promete ser o seu Deus”. E continua: “a antiga aliança (mosaica) fundamentava-se na lei; mas a nova aliança (cristã), figurada em Abraão e profetizada por Jeremias, fundamenta-se em promessas. Na lei Deus colocou responsabilidades sobre as pessoas e disse: ‘Farás… não farás...’; mas, na promessa, Deus o assume a responsabilidade, dizendo: ‘Eu farei...’”.

3.      Para explicar a Antiga Aliança, Paulo usa a imagem de Agar, ele diz que ela procede do monte Sinai e gera filhos para a escravidão (24).

4.       No monte Sinai foi onde Israel recebeu a Lei e, logo no versículo 25, Paulo conecta Agar ao monte Sinai e diz que fica na Arábia (25).

5.      É pouco provável que Paulo queira ensinar Geografia aos Gálatas.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)