GÁLATAS 4.1-20
Introdução; Deus não faz
nada antes do tempo devido, mas, sim, prevendo o resultado desde o começo,
espera até que tudo esteja amadurecido para a execução de Seu propósito. Se Cristo
tivesse vindo imediatamente depois da queda, a enormidade e os frutos mortais
do pecado não teriam sido devidamente entendidos pelo homem de modo que
sentisse a gravidade do seu estado pecaminoso, da desesperada situação e
necessidade de um Salvador.
I FILHOS E HERDEIROS DE DEUS
1-Escravos ou Filhos
(Gl.4.1-2)
1. Esta
declaração que Paulo faz aqui é usada, principalmente, para mostrar a situação
de um crente sob o concerto do Antigo Testamento (isto, é, a maneira de manter
um relacionamento com Deus com base nas leis e sacrifícios do Antigo
Testamento, antes que Cristo fizesse o sacrifício perfeito pelo pecado com a
sua própria vida).
2. No
entanto, o principio desta passagem também indica que os pais piedosos
normalmente supervisionam a instrução de seus filhos (veja Dt.6.7- os hebreus
foram extremamente bem sucedido ao tornar a religião parte integral de sua
vida).
3. O
motivo do sucesso foi a combinação entre educação religiosa e uma prática de
vida.
4. Porém
digo que, enquanto o herdeiro é menor de idade, em nada difere de um
escravo, embora seja dono de tudo.
5. No
entanto, ele está sujeito a guardiães e administradores até o tempo
determinado por seu pai.
6.
Assim também nós, quando éramos menores,
estávamos escravizados aos princípios elementares do mundo.
7.
Enquanto o herdeiro é menor de idade:
O termo menor de idade não sugere uma idade específica, mas sim
alguém que ainda não é legalmente reconhecido como um adulto.
1. (4-5)
A libertação dos herdeiros de sua escravidão.
2. Mas,
quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher,
nascido debaixo da Lei, a fim de redimir os que estavam sob a Lei
3. Para
que recebêssemos a adoção de filhos.
4. Mas,
quando chegou a plenitude do tempo: A ideia por trás da
frase a plenitude do tempo é “quando estivesse na hora certa”.
5. Jesus veio na hora exata do plano redentor de
Deus, quando o mundo estava perfeitamente preparado para a obra de Deus.
6. “Mas introduz
um contraste.
7. O
controle dos princípios elementares foi somente por um
tempo limitado”.
8. Para
aqueles que estavam sob a escravidão da lei, pode parecer que a vinda de Jesus
foi tardia.
9. Paulo
nos garante que ela veio.
10. .
“Foi na época em que a Pax Romana (Paz Romana) se
estendia pela maior parte do mundo civilizado e quando a viagem e o comércio
eram, portanto, possíveis de uma maneira que eram anteriormente impossíveis.
1. (6-7)
Celebrando nossa filiação.
2. A
prova de que vocês são filhos é o fato de que Deus enviou aos nossos corações o
Espírito do seu Filho que chama: Abba, Pai! Portanto, você já não é escravo,
mas filho, e se é filho, é também herdeiro por vontade de Deus.
3. A
prova de que vocês são filhos…Abba, Pai (é uma expressão aramaica que
significa “Pai” em um sentido carinhoso e íntimo como “papai ou paizinho).
4. É
apropriado que aqueles que são de fato filhos, tenham
o Espírito de Filho em seus corações.
5. Isto
nos dá tanto o direito quanto a capacidade de
gritar “Papai!” a Deus nosso Pai, assim como Jesus fez com Seu Pai.
6. Alguns
acham que traduzir a ideia de Abba como “Papai” é muito
íntimo, e até mesmo impróprio. Cole escreve sobre Abba: “Embora fosse a
palavra informal usual usada por uma criança para seu pai dentro de casa, é
excessivamente sentimental traduzi-la como ‘Papai’.
7. Mas
como Boice aponta: “Os primeiros pais da igreja – Crisóstomo, Teodoro de
Mopsuéstia e Teodoreto de Chipre, que vieram da Antióquia (onde era falado o
Aramaico e que provavelmente tiveram enfermeiras de língua aramaica em suas
infâncias) – testemunham unanimemente que Aba era o termo que
uma criança pequena usava para seu pai”.
8. “Abba é
um diminutivo afetuoso aramaico para ‘pai’ usado na intimidade do círculo
familiar; ele passou sem alteração para o vocabulário dos cristãos de língua
grega”.
9. Nós
temos acesso à mesma intimidade com Deus Pai que Deus Filho, Jesus Cristo teve.
Jesus se dirigia a Deus Pai como “papai” quando Ele orava, aba, Pai como
registrado em Marcos 14:36.
1-Apelo Pastoral
(Gl.4.12)
1. O
início do argumento de Paulo traz um tom de severidade.
2. Ele
diz: Eu lhes suplico (v.12).
3. O
tom de severidade tinha uma razão de ser.
4. Os
cristãos da Galácia estavam se apostatando da fé, mas Paulo tinha a esperança
de que ainda eles não haviam totalmente naufragado, senão não usaria a palavra irmãos
(v.12) para com eles.
5. O
apelo de Paulo era para que eles se tornassem (v.12) como ele, pois, ele diz: eu
me tornei como vocês (v.12).
6. Este
apelo é para os cristãos da Galácia se tornem livres em Cristo, como Paulo era,
e Paulo lembra que ele mesmo, no passado, fora aprisionado na Lei, mas que,
quando esteve entre eles, o apóstolo tinha se libertado da Lei e vivia com os
gentios viviam.
7. Sejam
como eu-Ele desejava que todos os ressentimentos sejam colocados de lado e
que eles pudessem ter o mesmo ânimo mental em relação à Paulo, como ele tinha
por eles, nenhum mal.
8. Ao
culpar a conduta deles, ele lhes garante que não era por causa de qualquer
senso de prejuízo ou afronta pessoal, completamente pelo zelo da verdade e da
pureza do evangelho e para o bem estar deles.
1. Para
descrever a incrível hospitalidade que os gálatas tiveram, Paulo lembra-lhes a
condição em que ele se encontrava quando lhes pregou o evangelho pela
primeira vez (13).
2. Paulo
os lembra de que em nada vocês me ofenderam (nenhum mal me fizeste,
muito embora ele estivesse doente e que a sua doença lhes tinha sido uma
provação (14).
3. Não
sabemos ao certo qual era a doença que levou Paulo a pregar o Evangelho aos
Gálatas.
4. Alguns
sugerem que era algum problema de vista com base no contexto do versículo
quinze, mas isso parece improvável.
5. Nos
tempos antigos, muitos viam enfermidades como maldição dos deuses, o que
explicaria a provação para os gálatas receberem bem a Paulo.
6. Mesmo
diante disto, Paulo diz a eles: vocês não me trataram com desprezo ou
desdém; ao contrário, receberam-me com um anjo de Deus, como o próprio Cristo
Jesus (14)
1. Para
expressar seu grande amor, carinho e cuidado com os gálatas, Paulo usa um termo
peculiar, “teknon”, é o termo grego traduzido por filhos (19).
2. Este
é um modo carinhoso de dizer do seu cuidado para com filhos na fé.
3. Paulo
se apresenta como uma mãe que novamente (19) está sofrendo dores de
parto (19), haja visto que não era a primeira vez que lhes pregara o
evangelho.
4. Sofrer
dores de parto significa que Paulo estava sofrendo muito. Assim como uma mulher
sofre muito até dar luz à uma criança, Paulo sofria muito até que Cristo
seja formado em vocês (19).
5. Note
a diferença de atitude entre Paulo e os judaizantes.
6. Enquanto
estes queriam ganhar a atenção do povo e distanciá-los, Paulo queria que eles
fossem moldados por Cristo.
7. Ainda
que Paulo os amasse, Paulo não queria a atenção dos gálatas, mas queria
conduzi-los a Cristo.
1-Agar Antiga Aliança
(Gl.4.23)
1. O
segundo contraste era que o filho da escrava nasceu de modo natural, mas o
filho da livre nasceu mediante promessa (23).
2. Algumas
versões dizem que o filho da escrava nasceu segundo a carne e, ainda que o
sentido aqui seja realmente “nascer de modo natural”, a palavra “carne” vai
contrastar com “Espírito” no v.29, e vai dar início a estes dois temas
importantes nesta carta.
3. O
fato é que Ismael nasceu de modo natural, mas Isaque nasceu milagrosamente.
4. Neste
trecho, Paulo nos ensina duas grandes verdades.
5. Embora
quase não existam judaizantes nas igrejas, existem àqueles que creem que pelo
próprio esforço serão salvos.
6. Esses
vivem aprisionados em “faça isso e faça aquilo”, ou, “não faça isso e não faça
aquilo”.
7. São
escravos dos ritos religiosos.
8. Isto
não significa que regras não devem ser obedecidas, mas sim que delas não
procedem a nossa salvação.
1. Aqui
começa uma nova aliança, Deus prometeu que o filho de Abraão, não seria filho
de escrava, mas sim da livre.
2. As
coisas de Deus não podem ser feitas conforme a nossa vontade, e sim conforme a vontade
Dele o Todo Poderoso.
3. A
obediência a Deus trás melhores resultados do a desobediência.
4. Abraão
tinha conversado com Deus, a promessa seria para ele e Sara, ele não poderia
aceitar qualquer arranjo que não fosse da vontade de Deus.
5. Sara
ao ouvir a conversa entre Abraão e Deus, ela não deveria persuadir Abraão a
coabitar com Agar a escrava, apenas pelo fato de obter um filho (ele era estéril),
para cumprir a promessa de Deus, do seu jeito e não do jeito de Deus.
6. Há
uma analogia no Eden, Deus disse a Adão para não comer da árvore do bem e do
mal, Adão tinha conhecimento disso, é possível que ele tenha passado para Eva
essa informação, mas o que aconteceu, Eva foi persuadida por Satanás e acabou
comenda do fruto proibido, e deu a Adão, que não questionou a origem do fruto,
simplesmente comeu também, se ele tivesse questionado, hoje não estaríamos na
situação que estamos no momento.
1. A
história Sagrada registra duas alianças: a antiga e a nova.
2. A nossa Bíblia está dividia assim. John Stott
explica que “uma aliança é um acordo solene entre Deus e os homens,
através do qual ele os transforma em seu povo e promete ser o seu Deus”. E
continua: “a antiga aliança (mosaica) fundamentava-se na lei; mas a nova
aliança (cristã), figurada em Abraão e profetizada por Jeremias, fundamenta-se
em promessas. Na lei Deus colocou responsabilidades sobre as pessoas e disse:
‘Farás… não farás...’; mas, na promessa, Deus o assume a responsabilidade,
dizendo: ‘Eu farei...’”.
3. Para
explicar a Antiga Aliança, Paulo usa a imagem de Agar, ele diz que ela procede
do monte Sinai e gera filhos para a escravidão (24).
4. No monte Sinai foi onde Israel recebeu a Lei
e, logo no versículo 25, Paulo conecta Agar ao monte Sinai e diz que fica na
Arábia (25).
5. É
pouco provável que Paulo queira ensinar Geografia aos Gálatas.
Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)
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