segunda-feira, 28 de abril de 2025

O CRISTÃO, A LEI E A FÉ

 


Gl.3.1.22

Introdução: Um grupo de mestres judeus insistia que os crentes não judeus deveriam obedecer à Lei judaica e às regras tradicionais. Esses mestres acreditavam que uma pessoa seria salva se obedecesse à Lei de Moisés (com com ênfase na circuncisão, que era o sinal da aliança com Deus), além da fé em Cristo. Paulo se opunha a eles mostrando que a lei não podia salvar ninguém.

 I A INSENSATEZ DOS GÁLATAS

1-Convertidos, mas não convictos (Gl.3.1)

1.      Os gálatas não apenas haviam recebido o Espírito Santo pela fé, mas também visto milagres realizados por essa mesma fé na mesma mensagem do Evangelho de Cristo.

2.      Se os milagres vêm pelo Espírito, isso era uma evidência de que o poder para o aperfeiçoamento em Cristo virá pelo Espírito.

3.      Em Gálatas 3:1-5, o apóstolo Paulo repreende os gálatas por seguirem falsos ensinamentos e por quererem terminar a sua caminhada espiritual pela carne. 

4.      Paulo ensinava que a salvação é alcançada pela fé em Jesus Cristo, e não pela obediência à lei de Moisés

5.      Paulo lembrou os santos da Galácia que Abraão foi justificado por ter fé em Jesus Cristo e por sua obediência a Seu evangelho, muito antes de ser dada a lei de Moisés.

6.      Os crentes da Galácia tinham ficado fascinados com os argumentos dos falsos mestres, quase como se estivessem enfeitiçados.

7.      A magia era muito comum nos dias de Paulo (At.8.9-11; 13.6-7)  

 2-Saindo do Espírito para a carne (Gl.3.3)

1.      A lei não nos coloca em posição de justiça diante de Deus, somente a fé no verdadeiro Evangelho de Cristo pode fazer isso.

2.      É por isso que em Gálatas 2:17 Paulo repreende aos crentes da Galácia por procurarem ser justificados em Cristo seguindo à Lei.

3.      Por que vocês buscariam o que já têm?

4.      Não faz sentido aos que já são justificados pela fé em Cristo, pelo poder do Espírito, procurar ser justificados por algum outro caminho (como seguir regras religiosas).

5.      Os gálatas sabiam de todas essas coisas — eles haviam sido ensinados por Paulo.

6.      Eles foram apresentados a Jesus por Paulo.

7.      É por isso que Paulo estava tão chateado (chamando-os de "tolos" várias vezes e até sugerindo que seu comportamento se assemelhava a alguém que havia sido "enfeitiçado"). 

8.      A lei não nos coloca em posição de justiça diante de Deus, somente a fé no verdadeiro Evangelho de Cristo pode fazer isso. É por isso que em Gálatas 2:17 Paulo repreende aos crentes da Galácia por procurarem ser justificados em Cristo seguindo à Lei.

9.      Por que vocês buscariam o que já têm?

10.   Não faz sentido aos que já são justificados pela fé em Cristo, pelo poder do Espírito, procurar ser justificados por algum outro caminho (como seguir regras religiosas).

11.   Os gálatas sabiam de todas essas coisas — eles haviam sido ensinados por Paulo.

12.   Eles foram apresentados a Jesus por Paulo.

13.   É por isso que Paulo estava tão chateado (chamando-os de "tolos" várias vezes e até sugerindo que seu comportamento se assemelhava a alguém que havia sido "enfeitiçado"). 

3-Tudo é pela fé (Gl.3.5)

1.      Gálatas 3:5 é uma passagem da Bíblia New International Version (NIV) que diz: “Mas Deus demonstra seu amor por nós ao dar Cristo para morrer por nós, quando ainda éramos pecadores”.

2.      Esta passagem é parte de uma discussão que o apóstolo Paulo trava com os gálatas, que estavam considerando a observância da Lei judaica como necessária para salvação.

3.      Paulo argumenta que, em vez disso, é pela fé em Cristo que o homem é salvo, portanto, não é necessária a observância da Lei judaica.

4.      Esta passagem é uma declaração de Paulo de como Deus nos ama.

5.      Deus mostrou o seu amor por nós ao enviar seu Filho, Jesus Cristo, para morrer por nós. Ainda estávamos pecadores, ou seja, ainda estávamos separados de Deus devido ao nosso pecado.

6.      Mas Deus nos amou mesmo assim.

7.      Cristo morreu na cruz para nos salvar, e quando aceitamos Seu sacrifício, somos reconciliados com Deus.

 II O EXEMPLO DE ABRAÃO

1-Abraão foi justificado pela fé (Gl.3.6)

1.      No v. 6, portanto, Paulo, citando Gênesis 15.6, introduz o exemplo de Abraão como prova bíblica de que a justificação é pela fé.

2.      De fato, o texto de Gênesis ensina que foi a fé que Abraão teve e não a sujeição a regras[3] que o levou a ser considerado justo diante de Deus.

3.      Aliás, esse exemplo de Abraão foi citado por Paulo com o mesmo objetivo cerca de nove anos mais tarde, na Epístola aos Romanos.

4.      Ali, o Apóstolo expõe de modo ainda mais completo o fato de o grande patriarca da nação judaica ter sido justificado somente por ter crido em Deus e ainda antes de ser circuncidado (Rm 4.1-3, 9-10, 13).

5.      Esse fato tinha relevância especial no combate aos ensinos dos falsos mestres da Galácia que impunham aos crentes a necessidade da circuncisão caso quisessem ser salvos (5.2-6; 6.12-13).

6.      Entretanto, esse uso reiterado que Paulo faz de Gênesis 15.6 pode levantar objeções.

7.      Isso porque, aparentemente, o objeto da fé de Abraão não foi idêntico ao objeto da fé cristã.

8.      Abraão, mesmo sendo já velho e não tendo nenhum filho, creu na promessa de que Deus faria uma grande nação a partir de um descendente seu (Gn.15.4-6).

9.      A fé cristã, por sua vez, tem um foco distinto.

10.   Por ela o crente crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus que morreu e ressuscitou pelos nossos pecados, depositando nele sua confiança para a vida eterna.

11.   Parecem, portanto, bem distintos os contornos que caracterizam a fé de Abraão e a fé dos crentes em Cristo. Como, então, Paulo pôde compará-las?

 2-Os verdadeiros filhos de Abraão (Gl.3.7)

1.      No v. 7, Paulo leva o leitor à implicação do que foi dito no versículo anterior: se Abraão foi justificado pela fé, os verdadeiros filhos dele são aqueles que creem.

2.      O ensino de que os crentes são descendentes de Abraão aparece algumas vezes, direta ou indiretamente, no Novo Testamento (Rm 2.28-29; 4.11-12; Gl.6.16; Fp. 3.3).

3.      Esse ensino realça, basicamente, que os crentes, independentemente se sua origem racial, quando creram em Cristo passaram a desfrutar das bênçãos espirituais prometidas a Israel (Rm 15.27; Hb.8.8-12 cp. 9.15).

4.      Aqui é necessário fazer uma ressalva.

5.      O fato de Abraão ter uma descendência espiritual não implica a desconsideração de sua descendência física.

6.      O Israel “segundo a carne” obviamente ainda existe e ocupa um lugar no plano de Deus (Rm 3.1-2; 9.1-5; 11.1-2, 11, 25-29).

7.      A igreja não surgiu para substituí-lo, mas sim para entrar na sua herança (Rm 11.17-18; Ef.2.12-13; 3.5-6).

8.      É, portanto, errado dizer que a igreja agora é o novo Israel (1Co 10.32).

9.      É claro que dentro da igreja, judeus e gentios são um só, não havendo diferença entre ambos (1Co 12.13; Gl.3.26-28; Ef.2.11-16; Cl 3.11).

10.   Mas no aspecto externo, a igreja não se confunde com Israel, sendo ambos distintos, ocupando espaços diversos na visão e nos decretos de Deus.

 3- A justificação dos gentios (Gl.3.8)

1.      A profecia antiga sobre a bênção para todas as nações.

2.      A passagem bíblica de Gálatas 3:8 -traz uma profecia antiga que fala sobre a justificação pela fé dos gentios, ou seja, dos não-judeus, que seriam abençoados por Deus.

3.      O versículo menciona que essa profecia foi anunciada primeiro a Abraão, o patriarca do povo de Israel, que viveu cerca de 2000 anos antes de Cristo.

4.      A história começa com Deus chamando Abraão para deixar sua terra natal e seguir para uma terra que Ele lhe mostraria.

1.      Em troca, Deus prometeu a Abraão que faria dele uma grande nação e que através dele todas as famílias da terra seriam abençoadas.

2.      Abraão obedeceu a Deus e partiu com sua esposa Sarai e seu sobrinho Ló.

3.      Deus continuou a falar com Abraão ao longo de sua jornada, prometendo-lhe uma descendência numerosa e uma terra para possuir.

4.      Mas Abraão e Sarai não tinham filhos e já eram idosos.

5.      Então, Sarai sugeriu que Abraão tivesse um filho com sua serva, Hagar.

6.      Abraão concordou e teve um filho com Hagar, chamado Ismael.

7.      Mas Deus havia prometido que a bênção viria através da descendência de Abraão e Sarai.

8.      Então, quando Abraão tinha 99 anos e Sarai 90, Deus apareceu a ele novamente e renovou sua promessa.

9.      Ele mudou o nome de Sarai para Sara, que significa "princesa", e disse que ela teria um filho. Abraão riu de incredulidade, mas Deus cumpriu sua promessa e Sara deu à luz a Isaque, que se tornou o filho da promessa.

10.   Deus continuou a abençoar Abraão e sua descendência, mas a promessa de que todas as nações seriam abençoadas através dele ainda não havia se cumprido.

11.   Isso aconteceu quando Jesus Cristo, o descendente de Abraão e o Messias prometido, veio ao mundo e ofereceu a salvação a todos os povos, judeus e gentios, através de sua morte e ressurreição.

12.   Assim, a profecia de que todas as nações seriam abençoadas através de Abraão se cumpriu em Jesus Cristo.

13.   E é isso que Gálatas 3:8 nos lembra: que Deus já havia previsto que os gentios seriam justificados pela fé e que essa bênção viria através de Abraão.

14.   É uma história de fé, obediência e cumprimento das promessas de Deus.

 III FINALIDADE DA LEI

1- Lei mostra a transgressão (Gl.3.19)

1.      Gálatas 3:19 está conectado à referência de Paulo a lei mosaica como um método de obtenção da justiça.

2.      No versículo anterior (Gálatas 3:18) Paulo afirmou que é necessário aderir à fé de Cristo, pois a justiça procede da fé.

3.      Paulo está dizendo que não importa quão cuidadosamente se tente obedecer à lei mosaica, não se obterá a justiça necessária para estar em união com Deus.

4.      Em Gálatas 3:19, Paulo diz que a lei foi dada para que pudéssemos entender o pecado.

5.      Ele argumenta que a lei foi dada ao povo de Israel para lhes mostrar como servir a Deus, mas que a lei não pode tornar ninguém justo diante de Deus.

6.      Essa ideia difere dos ensinamentos do judaísmo, pois os judeus acreditavam que a lei era um meio de obter a justiça de Deus.

7.      Paulo está oferecendo uma solução completamente diferente.

8.      Ele acredita que a justiça virá através da fé em Cristo, não das leis.

9.      Ele está argumentando que, enquanto a lei pode ajudar a revelar o pecado, ela não pode nos salvar.

10.   A salvação vem apenas daquela que acredita em Cristo.

 2- A lei não invalida a promessa (Gl.3.21)

1.      Em Gálatas 3:21, Paulo afirma que a lei não é contrária às promessas de Deus. 

2.      Ele explica que a lei não foi dada para dar vida às pessoas, mas para demonstrar que todos estão debaixo do pecado

3.      Antes de sermos libertos pela fé em Cristo, estávamos presos pelo pecado, derrotados pelos erros do passado e sufocados por desejos que sabíamos ser errado.

4.      Deus sabia que éramos prisioneiros do pecado, mas proporcionou um caminho para a libertação – a fé em Jesus Cristo.

5.      Sem Ele, estamos nas garras do pecado.  

 3- A lei aponta para Cristo (Gl.3.24)

1.      A imagem da lei como uma entidade protetora é semelhante à de um tutor que supervisiona uma criança.

2.      Mas não precisamos mais desse tipo de supervisão.

3.      A lei nos ensina a necessidade da salvação; a graça de Deus nos dá essa salvação

4.      O AT ainda se aplica aos nossos dias, pois nele Deus revela sua natureza, sua vontade para a humanidade, suas leis morais e suas diretrizes para a vida cotidiana.

5.      Mas não podemos ser salvos pela obediência à lei, devemos, antes, confiar em Cristo.

Pr. Capl. Carlos Borges (CABB)



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