sábado, 25 de abril de 2015

A MISSÃO DA IGREJA


Lc. 24.45-49
Introdução: A palavra missão significa ter uma tarefa a desempenhar a mando de alguém, por isso chamamos de missionário alguém que se disponha a fazer um trabalho, seja lá onde for, porém com a responsabilidade de fazê-lo da melhor maneira, a igreja também tem a sua missão a desempenhar, sob as ordens de Jesus, fiscalizada pelo Espírito Santo, o consolador.

I A DEFINIÇÃO  DE MISSÃO
1-Ir por todo o mundo
·       A missão deve responder o que a empresa, a organização ou Igreja se propõe a fazer, e para quem.
·       Existe hoje uma confusão generalizada no meio dos cristãos, a respeito do que é missão, assim como antigamente, hoje tudo se convencionou chamar de missão,ora se tudo é missão, nada é missão, diz Stephen Neill.
·       Tentar definir missão não é tarefa fácil. É claro que houve uma evolução natural do termo a ponto de "missão" incluir tudo, porém sem se identificar com esse tudo. Pôr exemplo missão não é sinônimo de evangelismo, pois se tudo que a Igreja fizer for chamado de evangelismo, então nada é realmente evangelismo.
·       Na realidade "missão" significa atividade divina que emerge da própria natureza de Deus. Foi o Deus vivo quem enviou a seu filho Jesus Cristo ao mundo, que enviou pôr sua vez os apóstolos e a Igreja. Enviou também o seu Espírito Santo à Igreja e hoje envia aos nossos corações.

2-Fazer discípulos
·       Ser cristão é fazer o que o Messias fez e mandou fazer. Não há como escapar desta constatação: Ele fez e mandou fazer discípulos! 
·        Então, pergunto: onde estão os seus discípulos? Ou melhor, de quem você é discípulo?
·        As dificuldades que a maioria dos cristãos tem de responder a estas duas indagações comprovam que há algo errado com os rumos que a Igreja tomou.
·        Discipular é a razão de ser da Noiva do Cordeiro na Terra.
·       A ordem de “fazer discípulos” pressupõe o cuidado de ministrar às vidas que o próprio Deus nos entrega. 
·        Os discípulos são do Senhor e jamais serão nossos.  Como Deus zeloso que Ele é, confiam seus filhos aos cuidados daqueles servos que buscam nEle unção para cuidar de vidas.
·       Quais seus critérios para escolher uma babá para seus filhinhos? Pois o Todo-Poderoso tem critérios para escolher a quem confia Seus filhos. Ele escolhe pessoas que vivam a Palavra. ( ver At.2.42-47).
3-Missão transcultural
·       Duas coisas diferentes que comumente confundimos são MISSÃO e Missões.
·       Desde o Éden, quando a raça humana nas pessoas dos nossos primeiros pais se separou de Deus pela desobediência, Deus manifestou seu Amor e seu plano perfeito e eterno de resgatar para si aqueles que se haviam perdido.
·       A Missão é desenvolvida em missões transculturais todas as vezes que buscamos COMUNICAR a notícia de salvação em Cristo a outros, mesmo perto de nós, e, ainda, sempre que os missionários ou enviados buscam fazê-lo a grupos humanos que existem em outros universos sócio-culturais e linguísticos, isto é, onde as maneiras de pensar, de entender a vida e de falar são mais ou menos diferentes das nossas, os que queremos comunicar do Evangelho.

II O COMEÇO DA MISSÃO
·       Por muito tempo, o Brasil foi apenas um campo missionário de organizações estrangeiras.
·       As igrejas brasileiras demoraram a despertar para a sua responsabilidade missionária junto a outras culturas e povos. Algumas razões para isso são as seguintes:
(1)   - A maioria dos missionários estrangeiros não ensinou aos membros das igrejas brasileiras o imperativo da Grande Comissão.
(2) - As missões transculturais eram vistas – a continuam sendo para muitos – como um    trabalho para estrangeiros, pessoas com mais dinheiro ou líderes de missões em outros países.
(3) - A ideia de "destino" ou de que Deus vai dar uma solução para os povos que não conhecem o evangelho, tem levado as igrejas brasileiras a se acomodarem quanto ao trabalho missionário no próprio Brasil e no restante do mundo.
1-A autoridade da Palavra
·       Autoridade significa o direito e a capacidade de comandar, fazer leis, exigir obediência e julgar.
·       Em outras palavras, a nossa autoridade é o fundamento ou o padrão que temos para distinguir o certo do errado.
·        Em todas as áreas, tem que haver um padrão de autoridade, para as distâncias, a autoridade é o metro; para o peso, é a balança; para o tempo, o relógio; na escola, o diretor. Dependemos da autoridade para tudo o que realizamos; sem autoridade, só há confusão e anarquia.
·       No presente século, Deus deu toda a autoridade a seu Filho, Jesus Cristo (Mateus 17:5; 28:18). Jesus sempre transmite a mensagem de Deus (João 7:16; 12:48, 49). Ele sempre fala a verdade (João 14:6; 18:37).
·       Jesus confirmou a autoridade da Bíblia. Ele confirmou a inspiração do Antigo Testamento. Muitas vezes, ao referir-se às Escrituras, disse: "não lestes.?" ou "está escrito". Ele disse que a Escritura não podia falhar (João 10:35), e nem mesmo um i ou um til jamais passaria da lei até que tudo se cumprisse (Mateus 5:18).
2-A unção do Espírito Santo
·       A unção é um derramar de Deus... É quando o Espírito Santo, com o Seu poder, vem numa medida generosa, sobre aqueles que creem.
·       Receber a unção do Espírito Santo é a experiência de se receber um revestimento de poder.
·       Como lemos em Lc 24.49, Jesus fazendo promessa aos discípulos, Ele disse: “... esperem aqui em Jerusalém, até que o poder de cima venha sobre vocês". Unção é o derramar desse poder que desce de cima.
·       Unção é também como um batismo com fogo, a palavra "batismo" sugere "mergulho", onde a pessoa é envolvida pela glória de Deus, é preenchida.
3-Liderança Múltipla
·       A história da Igreja é a história de homens e mulheres a trabalhar  para Deus. É a história do povo de Deus continuando o ministério de Cristo neste mundo.
·        Dela constam as atividades da Igreja e a promoção da fé cristã através dos tempos.
·       Fornece-nos lições para o presente e instruções para o futuro.
·       À medida que a igreja primitiva crescia, havia a necessidade de adequar lideres para conduzir o povo.
·       Cada líder deveria primar pela doutrina fins manter o povo (congregados) debaixo do ensinamento verdadeiro da Palavra de Deus

III A MISSÃO CONTINUA
1-Suprindo necessidades
·       Após o derramamento do Espírito Santo no Dia de Pentecostes em Jerusalém, e a conversão de quase três mil almas a Cristo, houve um grande despertamento espiritual entre os primeiros crentes.
·        A despeito de os apóstolos jamais deixarem arrefecer a principal missão da Igreja na Terra, que compreende: a pregação do evangelho, a doutrina, a comunhão, a fraternidade e a oração (At 2. 42; 4. 31; 5. 42), o Espírito Santo também inspirou e guiou aqueles servos de Deus rumo ao cumprimento da missão social da igreja.
·       Ao invés de a igreja primitiva discutir se era ou não de sua responsabilidade suprir as necessidades dos cristãos pobres, realizava esse serviço movido de amor e compaixão de Deus.O bem-estar social de cada irmão em Cristo tinha sua base nos valores espirituais e morais da igreja nascente.
2-Em lugares Estratégicos
·       Os métodos usados pelos apóstolos representam o padrão para o trabalho missionário de todos os tempos.
·        O próprio apóstolo escreveu: “Sede meus imitadores!” Ele foi um exemplo para os missionários em todos os sentidos. Sendo assim, convém aplicar os métodos usados pelos apóstolos no trabalho missionário de hoje.
3-Suprimento financeiro
·       O exemplo dos macedônios (8.1-6). O princípio da generosidade está fundamentado na ideia de doar e não de ter (II Co 8.12).
·       A prova vem das igrejas macedônias que eram gentias e, apesar de suas dificuldades e pobreza, foram capazes, por causa do amor a Deus, de ofertar o pouco que tinham para socorrer os pobres de Jerusalém.
·        Paulo cita-lhes o exemplo e passa a exortar os coríntios a que observem a mesma prática em termos de contribuição.
·        O apóstolo apela para os cristãos de Corinto ser abundantes na generosidade para com os irmãos necessitados, especialmente, os de Jerusalém( a Igreja-mãe) pois foi onde tudo começou.
IV AMEAÇAS À IGREJA
1-Problemas administrativos
·       Entendemos que a administração é um dom de Deus, e enxergamos que esse dom está entre aqueles que são indispensáveis para o bom funcionamento de qualquer equipe de ministério e principalmente de toda uma igreja.
·       O ministério de todo pastor será muito mais frutífero e bem sucedido se ele puder dedicar-se integralmente à liderança em lugar da administração.
·       Por isso, necessitamos que na equipe pastoral tenha uma pessoa (ou mais) com esse dom, que possa tirar toda sobrecarga do pastor no que diz respeito às responsabilidades administrativas.
2-Espírito de Divisão
·       Uma frase descreve o que acontece em qualquer divisão na igreja: homicídio de relações.
·        Na divisão, bons amigos se tornam inimigos endurecidos, a suspeita toma o lugar da confiança, e a oração é suplantada pela maledicência.
·       Enquanto isso, a divisão se espalha como uma doença sistêmica, contaminando o corpo de Cristo. Por que toleramos tal visitação do inferno? Não existe justificativa bíblica.
·       Nenhum dos apóstolos do Novo Testamento jamais permitiu a divisão entre os cristãos nascidos de novo. As separações e divisões na igreja são, e na verdade, com todo rigor, condenadas por Deus nas Escrituras.
3-Falsos Mestres
·       Pedro descreve o caráter destes falsos mestres. Eles são arrogantes e não têm respeito pela autoridade (2:10, 18).
·       Eles são indivíduos gananciosos, tirando lucro financeiro dos seus "discípulos" (2-3S "movidos por avareza, farão comércio de vós"; 2:14S "tendo coração exercitado na avareza"; 2:15S seguiram no erro de Balaão que queria lucrar amaldiçoando Israel).
·        Além disso, eles são culpados de imoralidade (2:10S "imundas paixões"; 2:13S "sua luxúria carnal"; 2:14S "tendo os olhos cheios de adultério").

·       Pedro descreve vivamente a situação daqueles que deixam Cristo e retornam ao mundo. Eles se tornam escravos da corrupção (2:19). O último estado destas pessoas (mais uma vez enredados no pecado) é pior do que o primeiro.

Pr. Carlos Borges(CABB)

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